Clexa: Jogos Vorazes

By DeathToPrimes

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O que de tão ruim pode acontecer se a garota da família mais rica da capital, meio que se apaixonar pela maio... More

É a morte quem te segue
O primeiro dia é sempre o pior
Não perca tempo
Massacre Quaternário
Quando a tirania é lei, a revolução é ordem
Mudando de lado
Sangue se paga com sangue
Você me protege?
Só resta a morte
Contagem Regressiva
livres

A.L.I.E

110 12 18
By DeathToPrimes


Bom dia! — Lexa subiu em cima de Clarke enquanto ela acordava lentamente, dando um sorriso gentil — Já são 10 horas, dorminhoca.

Oi meu amor — A voz da loira era mais rouca do que de costume, abriu os braços e sorriu de olhos fechados, ainda extremamente sonolenta

Lexa se inclinou para abraçá-la, virando e deixando um beijinho em seu rosto — É melhor você acordar.

POR QUE VOCÊ TÁ AQUI?! — Clarke sentou assustada na cama, percebendo que estava sozinha no quarto, seu corpo tenso se relaxou com a tristeza de ser apenas um sonho, ouvindo seu despertador tocar e o encarando, ainda eram 7 horas, sua primeira reação foi deslizar a mão para a cabeceira que sustentava o despertador e pegar seu dispositivo de comunicação, o colocando no ouvido — Lex?

Ela tá dormindo — a voz de Bellamy era baixa, ele afiava uma faca e esperava que as outras garotas acordassem. A madrugada foi longa mas o plano de Lexa foi um sucesso, os pacificadores voaram em uma chuva de sangue barulhentaMas ela está bem, todos estamos.

Explodiram a estação? — Griffin voltou a se deitar, encarando o teto e sentindo falta de ser só uma adolescente normal outra vez, que poderia virar para o lado e dormir mais um pouco

Nops, ao invés disso usamos as bombas para explodir os seus soldados — Bellamy assoprou a faca, verificando o fio de corte.

Clarke sentou-se na cama outra vez, era horrível apenas observar, mas agora o plano dependia muito mais de seus amigos — Estou feliz que estejam bem...

Bell arqueou uma sobrancelha, não esperava mesmo que ela fosse falar algo tão simpático — Explodimos seus soldados, todos eles estão mortos.

— ela assentiu, ouvindo a campainha da casa tocar, empurrando as cobertas e levantando — Deixa a Lexa dormir bastante, não incomoda ela.

O garoto sorriu com leveza, percebendo que Clarke se importava — Você é uma boa aliada, quer uma dica sobre Lexa? Continue brigando e dando ordens, ela adora as garotas intensas.

Clarke riu ao descer as escadas — Você me acha intensa?

Puff, se olha no espelho, você é um furacão — suspirou e observou a irmã, também adormecida, a alguns metros — Sabia que furacões são mais fortes do que bombas nucleares?

Sério? Onde aprendeu isso? Achei que você fosse um burro sem estudo — chegou até a porta e a abriu, se deparando com Finn, sorrindo como sempre fez ao vê-lo — Entra, já tomou café?

Eu? Burro? Fiquei ao lado de Raven Reyes por 24 horas e você voltará para casa sabendo tudo sobre tudo — Bellamy ficou estranhou a outra pergunta — Café? Já, por que?

Ah, sim — Finn sorriu e entrou

Vai tomar outro comigo então — Griffin desligou o dispositivo e puxou o ex namorado com ela até a cozinha

Tenho o relatório que pediu sobre a opinião pública da capital, não é muito boa, mas tudo dentro do esperado — Finn puxou a cadeira para ela e retirou seu tablet da bolsa, deixando que ela analisasse o documento, se voltando ao balcão para preparar uma refeição para ela. Os dois conversaram sobre o assunto como dois amigos, porque acima de namorados, eles sempre foram bons amigos.

Monty se juntou com Luna e Raven na investigação, ele deu uma ideia melhor para sequestrar Cillian, uma ideia mais rápida e eficaz...

Olá Jasper — Cillian comentou com um sorriso ao entrar na sala presidencial, Luna mentiu e o convenceu a segui-la até lá — Qual o problema que preciso selecionar?

Poderia desbloquear nossos sistemas? Sabe, acesso total — o garoto sorriu esfregando as mãos

Ah.. isso — sorriu quadrado e sem jeito — Na verdade eu não posso

Você pode sim — Luna encostou o cano de uma arma na nuca do rapaz — É uma ordem da presidente.

Clarke.. uhum, sabia que eu já dormi com ela? — não parecia ameaçado pela arma — Sei lá se ela deveria estar nesse cargo...

Jasper puxou uma arma também, encostando abaixo do queixo do homem, encarando-o de perto — Sei lá se você deveria deixar a língua tão solta a essa hora da manhã

Maya estava sempre com Jasper, usava um tapa olho e tinha algumas marcas de feridas antigas no rosto, mas não precisava cobrir tudo com um curativo, sorriu orgulhosa do garoto, não achou que ele tivesse coragem pra muita coisa.

Eu deveria ter os ensinado a mexer nesse dispositivo — a voz de Becca falou com todos ao mesmo tempo, todos usavam um daqueles — Enfim, instalei uma assistente chamada ALIE, é uma inteligência artificial, você só precisa pedir para contatar alguém e ela o fará, é simples.

Obrigada Becca — Clarke suspirou aliviada — Posso tentar?

Claro

— Ligar para Luna.

— Não, chama a Alie antes.

Clarke revirou os olhos — Alie, ligar para Luna.

Ligando para Luna — a voz robótica repetiu, desconectando de Becca e conectando a Luna — Que porra é essa? Uma Alexa?

O nome é Alie, presta atenção, como vai os sistemas?

Ainda sem acesso, mas estamos trabalhando nisso, você saberá na hora certa — Luna desligou na cara dela

Mas- ah filha da puta — Clarke voltou os olhos para Finn, o observando cozinhar — Você é um cozinheiro muito lento.

Becca trabalhava na criação de Alie a um tempo, usou todos os recursos possíveis para dar vida a ela, realizava testes constantes, só não imaginava o que estava por vir...


70 horas de revolta



O distrito 12 se declarou independente, tudo que foi deixado para trás por repórteres, agora foi usado para Lexa realizar uma transmissão ao vivo, ao pôr do sol.

Boa tarde a todos os distritos de Panem — iniciou, parada em meio a muitos corpos de pacificadores e civis mortos, usava agora sua "maquiagem de guerra", a mesma que usou na entrevista, algumas pessoas diziam que ela parecia um guaxinim — Hoje, o 12 é nosso, a capital perde toda sua produção de carvão, e eu sei que o 12 pode não importar nada para eles... mas amanhã, será o 11, e depois, será o 10 — sorriu com tanta confiança que parecia já ser a vencedora — Isso é um recado a todos os civis que ainda tem medo e dúvidas, eu os convido para essa guerra, se unam a essa luta, se unam a mim, juntos somos maiores do que a capital — encarou aquela câmera, sabendo exatamente quem poderia ver e ouvir — Eu conheço seus corações, pois ele também é o meu — levou uma mão ao peito — Não estão cansados de ver suas crianças morreram naquela arena? Nosso sangue só serve para regar a grama da capital, mas somos nós quem os fazemos grandes, somos nós quem produzimos tudo, somos nós quem mandamos neles, nunca, jamais, será o contrário.

Lexa olhou para Octavia atrás da câmera, sorrindo e fazendo sinal positivo com as duas mãos, concordando rapidinho, como se aprovasse cada palavra

Vale a pena morrer pela liberdade, porque a morte não me assusta mais do que ver nossas crianças passarem fome, frio e medo, se não lutarmos, nunca iremos vencer, e essa é a única oportunidade que vamos ter, essa é a nossa melhor chance — segurou a língua para não incluir Clarke em seu diálogo, não confessar que ela estava ao seu lado — Hoje eu vou lutar por Anya — lembrou-se do sorriso gentil de sua irmã, sempre tão fria, mas tão amorosa com ela — Por Ilian — lembrou do garoto lutando por ela, por eles.. — Por Ontari — recordar dela era difícil, logo Ontari, a garota que duvidava de sua força, e apesar da rivalidade, era leal — Por Costia — sua voz falhou levemente, a cena naquela arena invadiu sua mente, aquela luta, aquelas palavras, seus olhos ficaram umedecidos — Por.. todos, todos que morreram com medo — se lembrava com perfeição absoluta do olhar de seus inimigos, viu medo em todos eles, desde os mais inocentes, aos mais perigoso — A vida das nossas crianças e jovens não podem ser um simples brinquedo descartável e sem valor, se levantem em uma só nação — Lexa beijou três dedos e levantou a mão ao céu, no gesto da resistência a capital — A sorte estará ao nosso favor, senhoras e senhoras.

Clarke já estava no prédio do governo quando ouviu essa comunicação, sentia orgulho de Lexa, sua esperança que se esgotava muito rápido, mas quando olhava aqueles olhos verdes, ela tinha força para enfrentar qualquer coisa, qualquer coisa por ela

Antes que a morena continuasse, todas os meios de transmissão do mundo se apagaram, menos de 10 segundos depois, toda energia da capital, e de cada distrito, foi derrubada. A única luz foi o fraco entardecer.


Roan e Ash cercaram Clarke, armados na mão livre e a puxando pelos braços com a outra mão — Vamos para seu bunker agora

Hey, nada disso, foi a Luna e aqueles nerdizinhos, tá tudo sob controle — suspirou entediada

Na verdade não — Luna contatou ela no fone de ouvido — Estávamos tentando desbloquear e.. tudo caiu

Como assim tudo caiu?!

Todos que estavam com o aparelho ouviram um barulho de interferência altíssimo, causando dor em todos e os obrigando a arrancar o fone.

Não não não não não merda merda merda bosta bosta bosta porra porra porra inferno inferno inferno — Becca se desesperou mexendo no seu sistema, era a única tecnologia ainda ligada na capital — Alie, interromper operações

Alie a ignorou. Becca a deixou com acesso ao plano de Clarke, não tinha idéia de que sua inteligência era tão grande, Alie entendeu aquilo como um pedido de ajuda...

A maior parte das pessoas estava exposta ao pôr do sol na esperança de terem alguma iluminação, não usavam mais velas na capital, mas os distritos ainda estavam a salvo da escuridão que viria.

Clarke! — Becca correu pelos corredores em desespero, em busca da líder, seguindo sua última localização pelo dispositivo antes dele queimar, levando o tablet com "Alie" até ela, chegando exausta e suada pela corrida intensa — Me desculpa, isso saiu do controle, você precisa... mandar bloquear, você é a presidente e ela tem reconhecimento de voz, eu a programei para obedecer apenas o presidente em caso de emergência, e você é a presidente atual

Ela sabe disso?! — Griffin pegou o tablet, confusa com todas as informações pulando em pop-ups e diversas telas pequenas abertas — Alie, parar tudo — ainda não entendeu direito mas começou a ter uma noção

Voz não reconhecida — Alie informou, Becca levou as duas mãos até a cabeça e começou a chorar com a pressão da situação.

Alie, aqui é a Clarke Griffin, não se faça de idiota você me ouviu falar com a Lexa, sabe qual é minha voz, tô mandando você se desligar — falou com mais calma

Voz não reconhecida

Escuta aqui sua puta

O sol... — Ash chamou a atenção

Roan, Clarke e Becca voltaram os olhos a grande janela ao lado deles, a loira abaixo a mão e sentiu suas forças diminuindo..

O som de tiros e gritos surgiram no prédio, seguido por vidro quebrado e correria, mas esse era só o início...

Lexa estava tranquila apesar da câmera quebrar, seu plano era pegar o trem e seguir para o distrito 11 ainda naquela noite, já havia planejado um ataque surpresa quando viu o sol mudar de cor. Mas dessa vez ela realmente estava preparada...


Como ela mudou a cor do sol? Não faz sentido, aqui não é uma arena com céu controlado — Becca perguntava confusa com essa arma biológica improvisa, que tecnicamente nunca saiu da fase de teste

É uma toxina, afeta a atmosfera com uma intensidade tão grande e sutil que.. enfim, já fomos expostos, é uma questão de tempo para todos mundo enlouquecer — Clarke descia as escadas de emergência do prédio enquanto falava, todos andavam rápido, ignorando os gritos que ecoavam dos lugares


Luna conhecia o protocolo do red sun, assim que percebeu o que aconteceu, ela trancou uma pessoa em cada sala, Jasper tentou implorar para ficar com Maya mas a própria Maya pediu para ficar sozinha, já conhecia os efeitos, porém a ruiva ficou com Raven.

Me desculpa te algemar assim — sorriu sem jeito enquanto prendia os pulsos da morena juntos, já havia amarrado suas pernas

Achei que você só ia me algemar em outras situações — Raven suspirou levantando as duas sobrancelhas — Tipo, na cama ou caso eu tentei roubar seu cartão de acesso e você me pega no flagra porque é muito esperta e PAH me derruba com sua arma de choque

Eu nem tenho arma de choque — riu leve e a observou, pegando uma algema para si mesma, passando em cada pulso — Tecnicamente não podemos ficar tão perto, mas quero ter certeza que ficará bem

A Anya ia gostar de você — falou o que passou na sua cabeça na hora — São bem parecidas

Em que sentido?

Raven negou tão suavemente que mal mexeu a cabeça, observando os olhos castanhos como as cascas mais claras de uma árvore, não conseguiu evitar sorrir, Luna tinha olhos que a prendiam e a deixavam burra, era difícil formar frases ou raciocinar — Vocês parecem malvadas, mas não são, potencial de liderança, olhos profundos e sinceros — aos poucos começou a pensar mais na irmã que perdeu e menos na ruiva que ganhou, sua voz saiu muito mais baixa agora, sussurrando — Queira que tivessem se conhecido

Ainda sente a falta dela.

Todos os dias.


A pequena equipe com Clarke se abrigou no corredor dos distritos, cada um se trancou em um quarto e jogaram a chave por baixo da porta, mas Griffin duvidou do red sun e deixou sua chave na maçaneta. Sentou-se no chão e se apoiou na parede, esperando os efeitos, ouviu gritos e batidas na porta vindo de outros quartos, a voz de Ash surtando e de Roan gritando bravo, mas ela não sentia nada além de uma tristeza crescente...

Abby e Jake se encontraram no hospital e buscaram abrigo em uma das salas, não foram expostos então não correram riscos, apenas observaram o caos.

Ela não precisa mais da gente — Abby comentou baixinho

Clarke? Precisa sim..

Abby sorriu e negou — Eu tô orgulhosa, mesmo que as coisas dêem errado, ela agiu pelo motivo certo

Mas no caminho errado — Jake apoiou a cabeça no ombro dela, se referindo ao Red Sun

Isso não é culpa dela, tenho certeza que não foi ela.. confio no meu bebê — deslizou a mão até seu colar, abrindo e revelando uma pequena foto de sua pequena família, uma foto tirada há 7 anos atrás, e esse era um presente de natal. Sentia tanta falta de sua garotinha e sentia que ninguém no mundo entenderia essa saudades, ser mãe era solitário, só outras mães poderiam entender...



Lexa conseguiu proteger o distrito 12 por completo, ela agiu rápido e os efeitos afetaram apenas alguns poucos moradores, agora estava escondida em sua casa destruída, sentindo-se como uma criança outra vez, como os dias que sentia falta de Anya e ia até aquele cantinho para chorar sem que Raven pudesse ouvi-la.

Seu dispositivo já era — Octavia entregou o fone — O motivo foi infarto, ele não resistiu.

Lexa sorriu com a brincadeirinha, pegando o aparelho e observando, era difícil entender porque Clarke fez isso

1.Talvez foi à Capital assassinando a presidente e usando a arma apenas contra os distritos.

2.Talvez Clarke se virou contra ela e agora, eram de fato inimigas, só que ela não foi avisada disso.

3.Talvez Clarke mentiu e esse era o plano real dela todo esse tempo, e amanhã acordaria com novos soldados em um ataque surpresa.

Tantas possibilidades, mas nenhum deles parecia certo, Griffin prometeu que iria protegê-la, e ela acreditava nisso da mesma forma que acreditava que o céu era azul.

Clarke ouviu a voz de Niylah a chamar do outro lado da porta, apertando seus olhos e focando de que aquilo era uma ilusão da própria mente

Clarke! Finalmente te achei, hey, eu senti tanto a sua falta! — Niylah riu aliviada, até a risada era igual — Posso entrar? Vamos conversar, eu venci como você disse que eu venceria! Não está feliz?

Clarke observou a luz de baixo da porta, não havia sombra, portanto, não havia ninguém — Por favor, vai embora — pediu firme, sentindo seu coração ser espremido como uma laranja

Acho que eu não sabia que você gostava tantooo de mim — Niylah parecia animada, do jeito que Clarke mais gostava — Na verdade, me amava, né? Você me amava, não amava?

Griffin sentiu até seu estômago doer com essas palavras

Eu também te amo, Clarke.

Por favor, me deixe em paz — levou as mãos ao rosto e se obrigou a fechar os olhos,

É tão estranho te ver com a Josephine, já se esqueceu do dia em que ela me matou? Você me esqueceu?

Ela escolheu o silêncio

A Lexa nunca vai valorizar aquele seu ato, entrando na arena por ela.. deveria ter feito isso por mim, não por ela — Niylah ficou mais desanimada, aos poucos, seu tom se transformou em algo triste — Sabe o que eu desejei nos meus últimos segundos? Te ver uma última vez.

De repentente percebeu que ainda estava com a arma na cintura, puxando o objeto e mirando na porta, seu emocional foi afetado muito mais do que ela imaginou que poderia ser e ela atirou. Sentia o coração quebrar por Niylah, sentia sua falta, queria tanto abrir aquela porta e ver ela, mas pensar em Lexa a mantinha presa no que era real e no que não importava mais.

Clarke? P-por que você atirou em mim? — a voz com dor de Lexa assumiu o lugar de Niylah, Griffin se encolheu quando um arrepio horrível cruzou sua alma — Clarke, você não é médica? Você pode me ajudar, por favor... — a voz se tornou falha nas últimas palavras, como se chorasse

A loira se afastou mais da porta, olhando a luz por baixo e procurando a sombra, mas óbvio que não tinha ninguém, focando em resistir apenas mais um tempinho — Você tá bem Lexa.

EU TE ODEIO — a morena gritou no fundo de seus ouvidos — E espero que o universo esteja reservando a você a morte mais terrível, dolorosa e lenta que já existiu

Você não pensa mais assim — suspirou ficando nervosa, começando a perder seu senso de realidade, repetindo que era impossível ser ela, mas a toxina era muito avassaladora para algumas pessoas

Eu penso sim, fico fingindo que não te odeio tanto para conseguir o que quero, e depois... ah — Lexa deu uma risada leve e irritada — Você é o problema! Porra, não percebe que é por isso que ninguém que você ama fica? Lily, Niylah, eu...

O que?

O que tem de errado hein? Por que você ainda está aqui? Lily morreu, Niylah morreu, e eu vou morrer, me enviou para a guerra mesmo sabendo o resultado

Clarke voltou a mão ao dispositivo no ouvido, mesmo queimado ela o manteve ali, a voz de Bellamy ecoou de repente — CLARKE! Clarke! Por Deus.. o distrito 12 já era, a Lexa tá morta!

Griffin puxou rápido isso do ouvido e o jogou para longe, sabendo que era uma alucinação

Aposto que a Madi é a próxima a morrer...

A voz da porta a torturou mais um pouco, mas aquela estava sendo só os primeiros minutos de algo que levaria um bom tempo...



Enquanto isso, a capital pegava fogo, todo mundo surtou intensamente, o número de civis mortos crescia mais a cada segundo, a noite já tinha assumido o céu e mesmo assim, levou um longo tempo até que todos voltassem ao seu estado normal.

A guerra nos distritos só se intensificou nesse período, a resistência teve vantagem, muitos guardas lutaram entre si e isso facilitou muito as coisas.

Lexa saiu da casa quando anoiteceu, e seu plano continuou o mesmo, rumo ao distrito 11...



Clarke sentiu a sua consciência voltando, quando se deu conta de si, estava com a boca aberta e o cano da arma próximo de seus lábios, a abaixando e enfiando novamente no coldre da cintura, onde nunca deveria ter saído, deixando aquela situação horrível para trás, abrindo sua porta e correndo verificar se seus amigos estavam bem.

Luna e Raven não foram afetadas, mesmo que fossem expostas, parece que tudo ficou bem com as duas, mas aquele era só o começo do fim.


O terceiro dia de guerra foi devastador, em absolutamente todos os sentidos. Os pacificadores restantes andavam pela capital verificando os estragos e contabilizando os mortos, o sistema todo fora do ar.

Lexa chegou no 11 atirando em todos os soldados a vista, a garota Woods pixou sua armadura com o símbolo de um guaxinim, ninguém iria confundi-la com um soldado. Toda a sua atenção pertencia à guerra e à morte. Em certo momento do dia, ela uniu um exercito tão grande de pessoas que eles apenas seguiram suas ordens, foram guiados por suas estratégias e seguiram na missão, rumo ao distrito 10, e ao 9, e ao 8... Aproveitando a fragilidade do momento, a pequena queda da capital, e Lexa não deixaria que eles se levantassem outra vez.

Eu vou com eles — Bell informou as duas garotas que sempre estavam ao seu lado

Não, precisamos esperar um sinal da Clarke — Octavia o lembrou, mas ele apenas sorriu 

Tomei decisões erradas durante a vida, é minha chance de concerta-las— se voltou para Lexa, precisava da permissão dela — Me deixa ir com eles, eu vou ajudar

Lexa desviou os olhos até o grupo que já se preparava para partir em direção a capital, não havia motivos para negar a esse pedido, Bellamy sabia seus passos e cada detalhe do plano — Vão os dois — sorriu para Octavia, mas a morena jovem parecia relutante com isso, como se algo a assustasse. A líder observou seu povo — Hey, Bellamy e Octavia estão no comando, sigam suas ordens — o grupo armado concordou

Mas assim? Você tem certeza? Não sei se consigo — Oc observou seu irmão, em busca de algum conforto — Pode liderar, eu não quero, eu não 

Hey, estamos juntos nisso — Bell sorriu de canto e deu de ombros — Se a boba da Lexa consegue, vai ser fácil

 Woods só revirou os olhos e ignorou esse comentário, deixando que os irmãos Blake seguissem nessa luta, confiava nele como se fossem uma só pessoa, tinha certeza que Bell não iria fracassar, muito menos morrer, mas Octavia tinha só 16 anos e foi poupada por ele de conhecer o mundo real, e agora ali estava ela, jogada em uma guerra, lutando como uma garota treinada há anos. A comandante não havia percebido, mas ela não estava bem, não pensou direito, Lexa nunca saiu daquela arena, tudo depois dos jogos era apenas um sonho estranho.


Hey, seu irmão me mandou ser seu guarda pessoal —  um rapaz jovem e sorridente se aproximou de Octavia,  estendendo a mão para cumprimentar — Me chamo Lincoln.

Não preciso de babá — observou com julgamento antes de se afastar mais.



Cadê a presidente? — um guarda se aproximou de uma jovem pacificadora, encarando seus olhos pelo visor do capacete. Ali era Clarke disfarçada, ela apenas negou por não saber — ENTÃO VÁ ENCONTRÁ-LA! — gritou tão alto que a fez dar um pulo no lugar, Ash e Roan também procuravam por Clarke, ela fugiu deles, e de todos, agora a capital também a odiava, esperta o bastante para saber o que eles fariam se a encontrassem.

Griffin se afastou por um dos corredores, a única coisa que passava por sua cabeça era falar com Lexa, tudo saiu do controle, seu plano foi destruído pelo imprevisto A.L.I.E, a única coisa que restava era acionar o plano de emergência...





// oii, eu não sei se vocês gostam de ler tanta guerra, mas queria avisar que logo logo vamos ter paz, e na realidade uma situação dessas seria extensa e cheia de tristeza, mas é só uma fanfic então não levem tão a serio rsrs beijinho na boca (a menos que você seja menor de idade)

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