Que merda, Olívia!

By KATTwillow

2.6K 397 557

Uma valentona da universidade do Queens de 17 anos, onde é a mais temida, e não abaixa a cabeça pra ninguém... More

Dedicatória
Notas da autora
Epígrafe
História dos principais
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 13
Capítulo 14 (extra)
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18

Capítulo 12

109 8 39
By KATTwillow

No capítulo 12 (esse mesmo) eu adicionei um recurso que foi a mudança da visão dos personagens. Até agora todo capítulo foi escrito ou na visão do Natan/Noah, ou na da Olívia, mas a partir desse aqui em algum momento dos episódios eu vou pôr a visão de outros personagens (se necessário kk). Por causa disso provavelmente os episódios ficarão mais longos, mas acredito que não seja problema.

Votem e comentem porque vocês vão surtar com esse capítulo, só digo isso.

Olívia Warner

Eu nasci com a pior mãe que alguém poderia ter.

Meu pai é uma prova imensa disso. Aquela mulher sabia o quanto ele significava pra mim, mas fez com que ele fosse embora, fez ele se cansar dela.

Ainda me olhando no espelho eu percebo o quanto é ridícula toda essa situação. Em todos esses anos ouvi muitas vezes pessoas dizendo que ninguém muda da noite pro dia, mas é muito estranho já que Genovive não mudou, ela basicamente se transformou em outra pessoa.

Sorrio baixo

Enrolo a ponta do cabelo em meus dedos de maneirar leve, imaginando o que eu poderia fazer pra consertar, e levando em consideração que na minha vida inteira nunca usei um cabelo menor do que na cintura, não faço ideia.

-Um corte em camadas é uma boa ideia... -Penso alto, mas logo caio em consciência. -Não. Se é pra mudar que seja pra algo diferente.

Saindo do meu quarto desço as escadas, pego meu moletom, meu tênis e saio de casa. Uma estudante de moda não deveria sair dois dias seguidos com a mesma roupa, porém hoje levarei como uma exceção, farei de tudo para que não me vejam e notem a merda que está o meu cabelo-.

4 horas depois, 12 horas da tarde meu cabelo finalmente fica em perfeito estado, exatamente como mandei ao cabelereiro. Na metade do pescoço, ondulado e volumoso.

-Licença, você já acabou? -Uma mulher aparece e corta minha linha de pensamentos

-Não. Ainda não acabei, mas acho que eu já respondi isso a você nas últimas duas vezes que me perguntou. -Respondo sarcástica

-Poderia ter mais educação e decência, já que não pretende comer rápido? -Diz me afrontando, enquanto cruzava os braços.

-Como? -Me viro em sua direção.

-Eu já lidei com muita vadia do seu tipo, mas hoje eu gostaria de comer em paz com meu marido, então se não quer ir embora troque seu acento.

-Desculpe vovó, mas se seu marido fica olhando pro corpo de outras mulheres sendo casado e na frente da própria esposa, o problema aqui não sou eu não. -Digo indiferente mastigando outro pedaço do hambúrguer de frango.

Meu rosto vira bruscamente e uma sensação ardente chega rápido na minha bochecha.

-O está insinuando com isso?! -grita me fazendo perder a paciência.

Limpo minha mão em um papel toalha e me levanto ficando em frente a velha.

-Você me deu um tapa? Teve a coragem?

-Acha que eu tenho medo de você? -zomba pondo as mãos na cintura -Ande, já que levantou mude de lugar. -Vira de costas e dá o primeiro passo pra sair me ignorando. Solto um suspiro pesado.

Imbecil

Minha mão vai de encontro com aquela palha cheia de tinta que ela chama de cabelo e o puxo com força fazendo-a cambalear pra trás. O homem aparentemente, seu marido veio tentar ajudar, mas os atendentes foram mais rápidos e nos afastaram. Sorte deles.

-Sua louca agressiva! -grita passando a mão pelo cabelo. -Nós não voltaremos mais nesse estabelecimento. Não lembro de ter que ser tão humilhada pra conseguir comer. -retruca e sai me olhando com os olhos cheios de raiva e frustação, respondo com um tchauzinho e sorrio sem mostrar os dentes.

Eu precisava comer, a menos que quisesse voltar ao hospital, então continuei comendo como se nada tivesse acontecido.

Dentro de casa, poucos minutos depois de voltar do restaurante estou lendo no notebook. Ler é uma coisa que eu sempre fiz desde criança, por causa do meu pai. Ele lia pra mim toda noite antes de dormir, e eu adorava.

Fortes batidas na porta são ouvidas e eu pulo de susto, acho que todo mundo resolveu se estressar comigo nesses últimos dois dias. Foi combinado?

Ao abrir a porta dou de cara com James quase soltando fumaça pelo nariz, e por algum motivo senti que eu deveria me preocupar. -O que foi? -pergunto o convidando pra entrar, e é isso que ele faz antes de fechar a porta.

-O que foi? Realmente vai me falar só isso? -Pergunta andando feito uma barata tonta pela sala

-O que mais gostaria que eu falasse?

-Você sempre foi impulsiva, nunca me incomodei com isso, mas tacar fogo em um carro?! -pergunta aos berros esquecendo de onde estávamos, e eu o lanço um olhar mortal fazendo ele cair em si.

Levanto e o encaro já sem paciência. -Seja direto, não me faça adivinhar o que está pensando.

-Tudo bem, serei mais direto. -conclui. -Eu posso acabar morto, ou na melhor das hipóteses serei espancado. -Diz me encarando e pude notar o desespero em seus olhos.

-Não seja idiota, nada vai acontecer com vocês. -afirmo confiante.

-Sabe de quem era o carro que você incendiou? -Endurece o maxilar. -Do Zane! Um dos maiores traficantes do Brooklyn, porra! -paraliso sem saber o que falar. -Ele tem muitos subordinados e contatos inclusive aqui pela área, não foi preciso mais do que algumas horas pra descobrirem tudo que aconteceu.

-Mas que porr... -Sento no sofá ainda desacreditada. Eu estava namorando com um traficante esse tempo inteiro. -E o que pretendem fazer?

-Fugir.

-Fugir? Pra onde? E o seu irmão? E eu?

-Meu irmão vai comigo e você se vira, não acho que ele vá te matar, mesmo assim ele vai fazer alguma coisa. -bufa. Se prepare. -Assim que fecha a boca percebo sua silhueta sair do meu campo de visão, assim, sem mais nem menos. Merda.

Droga, droga, droga...

O telefone da casa toca e quase faz com que eu enfarte de susto, novamente. Nem lembrava mais da existência desse fixo, tanto tempo parado me surpreende ainda funcionar.

-Oi. -Atendo

-Olívia? Oi amiga! -reconheço a voz de Violet do outro lado da linha.

-Como você sabe o número desse telefone? -pergunto intrigada

-Você me passou. Disse pra ligar por ele caso a louise negasse a proposta, lembra? -Murmuro algo indicando ter entendido. -Eu te mandei várias mensagens, nenhuma chegou.

-Quebrei meu celular. O que você quer?

-Vamos sair hoje? Tem muito tempo que não fazemos isso. Você sabe que Vina está viajando, mas vamos nós três, topa?

Sair é melhor do que ficar nesse manicômio com Genovive, também tem a história do Zane, seja o que for que ele pretende fazer, não vai conseguir se eu não estiver em casa.

-beleza. -confirmo. -A noite?

-As 20 horas. Vamos no brooklyn, Stanley disse que perto da casa dela tem um bar muito bom.

-Ótimo. -Digo e desligo o telefone.

São quase 17 horas... preciso me arrumar.

Dentro do meu armário tem várias peças que eu mesma fiz, muitas eu nunca usei, então vou aproveitar para estrear alguma dessas hoje a noite.

-Vamos ver... essa? -Um vestido justo com um enorme rasgo valorizando a perna esquerda, preto e brilhoso aparece em minha mão e balanço a cabeça em sinal de negação. -Idiotice usar isso em um bar. Não. -taco na cama. -E esse aqui? -pego um vestido vinho não tão justo, folgado entre os seios, deixando um decote atraente, como eu gosto. -Perfeito.

Daniel Barg

-Droga! -grito vendo que meu time do jogo tinha perdido, de novo. -Desisto. -Desligo o monitor e o notebook -Quero comer. Chega de jogo.

Ando até a cozinha e vou até o armário. Acho um pacote grande de cheetos e abro sem pensar na quantidade de calorias que isso tem. Se é bom não faz mal, esse é o meu lema. Enquanto Andava de volta ao meu quarto vejo horário no micro-ondas, 20:23. Natan nunca se atrasa desse jeito, era pra ele estar aqui agora.

𝙲𝚊𝚍𝚎̂ 𝚟𝚘𝚌𝚎̂?

𝙽𝚊̃𝚘 𝚟𝚘𝚞 𝚌𝚘𝚗𝚜𝚎𝚐𝚞𝚒𝚛 𝚒𝚛 𝚑𝚘𝚓𝚎, 𝚖𝚎 𝚍𝚎𝚜𝚌𝚞𝚕𝚙𝚎. 𝙽𝚘𝚜 𝚟𝚎𝚖𝚘𝚜 𝚊𝚖𝚊𝚗𝚑𝚊̃! -Ele responde.

Tento ligar, mas a linha está ocupada. Que diabos é que ele está fazendo?

Olívia Warner

-Estamos chegando. -Violet afima, virando pra esquerda -Nem acredito que você veio lív! Estou tão animada! -Stanley grita, e eu reviro os olhos.

-Odeio quando me chamam de lív, e você sabe. -resmungo

-Aí Olívia, relaxa um pouco essa noite. Ela só está feliz. -Violet debate sorridente. -Tem tempo que você não sai com a gente.

-Ela ficou assim desde que Natan entrou na universidade. -Stanley responde, e eu me viro pra olhá-la, mas ela logo desvia. De qualquer forma, não é mentira.

Violet respira fundo

-Chegamos.

Abro um mini sorriso ao olhar o lugar. Um bar movimentado e grande, parece mais uma boate. Fico feliz de ter vindo com esse vestido.

Alguns segundos depois de trancarmos o carro todas nós entramos, e um enorme som de música eletrônica invade minha audição. Pessoas bebendo nos balcões, fumantes e alguns pegantes deixam aquele lugar ainda melhor.

-Não pretendo sair daqui tão cedo. -Digo animada. -Então, vamos beber.

-Podemos nos sentar no balcão do bar, tem três lugares vagos ali -Violet aponta e eu confirmo com a cabeça. Nos sentamos uma ao lado da outra.

-Licença senhoritas, o que vão querer? -O atendente pergunta enquanto enxugava um copo.

-Um copo médio de Cerveja -Violet responde

-O mesmo pra mim, por favor. -Vejo Stanley me olhar, aparentemente procurando adivinhar o que eu iria pedir, antes que eu diga.

-Vodka. Traga uma tigela com gelo e a garrafa, gostaria de poder me servir sozinha. -O atendente sai e eu me ajeito na cadeira. Pela sua cara decepcionada acho que não acertou meu pedido.

Alguns poucos minutos depois, ele volta com os três copos, o meu ainda vazio. Tomo de sua mão e começo a pôr a bebida, no mesmo passo que as garotas tomavam a sua. Violet solta um som satisfeito depois dos primeiros goles e volta sua atenção em mim.

-Você se alimentou antes de vir, não é? -Pergunta e vejo Stanley me olhar também, querendo uma resposta. E eu não me alimentei, mas me sinto bem.

-Não. -Viro tudo de uma vez, que desce ardendo pela garganta. -Estava sem fome.

Coloco mais bebida no copo.

-E agora? Está com fome? Podemos pedir alguns aperitivos.

-Para de me incomodar com isso, já disse que estou bem. Se eu estivesse com fome já teria pedido algo. Pode ter certeza que a pessoa que menos quer voltar pro hospital sou eu. -Tomo tudo no copo novamente, e ele volta a se encher, mas não através de mim.

Viro meu corpo pra trás dando de cara com um loiro alto me servindo.

-Boa noite, princesa. -sorri, e eu retribuo

-Hm, oi.

-Estava olhando pra você e devo dizer que está linda essa noite. -acaricia meus cabelos. -Vem comigo?

Olho pra cara das meninas antes de sair, mas Stanley não estava mais ali, somente Violet que por sinal conversava com outro cara, provavelmente um amigo do loiro. Virei o copo de vodka antes de ir com ele.

Quando dei por mim já estava com o corpo grudado na parede e a boca tapada pela da dele, suas mãos corriam todo meu corpo. Eu não sabia mais o que estava fazendo, só estava sendo guiada pelo que minha cabeça mandava eu fazer.

-Princesa? -beija a ponta da minha orelha.

-hm? -murmuro

-O que acha de irmos pra outro lugar mais... reservado? -Abro meus olhos, com a visão meio turva não consigo reconhecer a pessoa que está na minha frente.

-Bom. -Digo e um sorriso se abre em seu rosto. Ele me oferece sua mão que eu seguro sem pensar duas vezes.

Antes mesmo que conseguíssemos passar pela porta, meu pulso livre é segurado com força fazendo com que eu parasse na mesma hora.

-Pra onde você está indo? -pressiono minhas pálpebras tentando ver quem era. -Responde Olívia, quem é esse cara? Pra onde vocês estavam indo? -reconheço sua voz

Natan?

-Seu idiota, o que você está fazendo aqui? -me solto da mão do loiro e cambaleio até Natan. -Você estava com alguma puta? -Tento me manter em pé sem desequilibrar, mas é mais difícil do que eu achei.

-Está bêbada?

-Pera aí, quem é você, cara? -O loiro pergunta, parecendo mais curioso do que qualquer outra coisa.

-O motivo dela estar aqui hoje.

Antes dele responder, Natan segura minha mão e me leva pra fora do bar, me pondo contra a parede.

-O que foi? Vai brigar comigo? Ah, você já fez isso. -Digo cruzando os braços. -Se me odeia tanto assim deveria me deixar ficar com quem eu quisesse.

-Pare de dizer besteira. Você ia pra casa de um cara que nem conhece e bêbada, tem noção do perigo que correu!? -Você é muito irresponsável! -Bufa irritado.

-E por que se importa? -murmuro baixo

-O quê?

-Por que se importa? Por que? -pergunto alto. -Você me confunde Natan, eu nunca sei se você me odeia ou gosta de mim, e a um tempo naquela casa você deixou bem claro que odeia, então pra quê esse show? Pra quê tudo isso? Não acha cruel? -tento continuar a falar, mas ele me interrompe.

-Conte até três -diz, simples assim.

-Como é?

-Quando não conseguir se controlar, conte até três. -Franzo o cenho.

-bufo sem paciência antes de começar. -Vou contar um... -dois... -olho em seus olhos procurando qualquer reação, mas não encontro nada.

-três -dizemos em uníssono.

Antes que eu pudesse raciocinar ele me beija como se fosse me perder no dia seguinte, aproximando meu corpo no dele cada vez mais pela cintura, e eu retribuo cada gesto com a mesma intensidade.

Fim do capítulo 12

Como autora eu preciso dizer que amei DEMAIS esse capítulo, e vocês??

Continue Reading

You'll Also Like

74.9K 3.8K 41
S/n Medsen a escola inteira estava falando sobre a tal Sn Medsen será que ela é esnobe igual a prima, esperamos que ela seja menos pior, ela parece...
10.6K 804 7
[+18] Todos nós merecemos um recomeço, seja movido por algo bom ou ruim, e bom o motivo de Lizz Laurent se mudar para outro estado com sua família e...
1.4K 101 22
Lívia vai pros EUA a estudo e lá ela conhece a garota dos olhos hipnotizantes.
1M 55.2K 148
Nós dois não tem medo de nada Pique boladão, que se foda o mundão, hoje é eu e você Nóis foi do hotel baratinho pra 100K no mês Nóis já foi amante lo...