Secret in rosé - Ziam

By ladyarrozdoce31

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Zayn e Liam se odeiam igualmente. Graças a descoberta de um segredo peculiar, Zayn vê sua grande chance de se... More

01). Confrontation
02). Discovery
03). Agreement
04). Slaps in the night
05). Say my name
06). House
07). Forgiveness
08). Remedy
09). Solace

10). Full moon or sun

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By ladyarrozdoce31


Uma semana depois…

— O que aconteceu? — Harry perguntou, preocupado com Niall. As lágrimas em abundância e a forma como estava sentado e encolhido no chão, com uma folha de papel amarela entre os dedos. 

— O Louis foi embora. Deixou uma carta. — tentou se recompor. Havia xingado o irmão tantas vezes e até prometeu não chorar por ele, mas ficou impossível. Surpreso pela atitude do cunhado, Harry abraçou o namorado. 

— Por que ele faria isso?

— Disse que precisa de um tempo sozinho e que quando puder, vai mandar notícias. E se ele nunca mais voltar? — os lábios tremeram e o peito apertou mais um pouco por cogitar aquela possibilidade. 

— Talvez. Ele pediu pra eu cuidar bem de você. — revelou, vendo o espanto na face molhada. 

Na noite anterior, trocaram poucas palavras, onde Louis disse que ficava em paz por Niall ter alguém de confiança em quem se apoiar, além de Zayn, e que esperava que Harry continuasse a missão de fazê-lo feliz, principalmente depois de saber que planejavam ter uma vida tranquila no Canadá e que passaram a se organizar para isso após uma conversa com Liam e Zayn.

— Sem a minha metade, vai ficar faltando um pedaço em mim. Nada é completo sem ele. Nada. — amassou o papel, o arremessando longe e apoiou o rosto nos joelhos dobrados. Harry afagou seus cabelos, dando beijos nele e se manteve em silêncio. Nada que diria seria suficiente para tirar de Niall aquela angústia. 

De longe, Liam observou a cena com pesar e desistiu de tentar consolar Niall. Apenas voltou para o escritório, mas recuou ao ver Zayn e dois de seus homens resolvendo algo. Não quis se meter. Resolveu ficar no apartamento. O acesso ao prédio se dava pelas escadas ao lado do terraço entulhado.  Na cozinha, pegou uma garrafa d'água, seguiu para a sala. Deixou a peruca de lado, assim como o vestido roxo da vez. Seria a última vez que usava um. 

Cinco minutos depois, Zayn estava por ali, babando em um Liam descamisado, com uma calcinha boxer. Aquele tipo não brilhava para ele, mas não deixava de ser gostoso por isso. Após um tapa sonoro em sua bunda, se deitou por cima dele, de bruços, beijando seu pescoço e tomando cuidado para não jogar todo seu peso. Iniciou uma massagem em suas costas sem que Liam pedisse e sequer se atreveria a comentar para não interromper o milagre. 

— Pra onde o Louis foi?

— Esta longe. Bem longe. Não sei ao certo… Ha anos ele fala em sair por ai, sem destino, contanto que ficasse distante… — seu tom era cansado e não era para menos. Seu melhor amigo resolveu partir da noite para o dia apos uma despedida rasa. 

— Acha que ele estava infeliz aqui?

— Acho que ele se conformou que vai ser incompleto pelo resto da vida. Lidar é a parte mais difícil, princesa. — se abaixou, deixando um beijinho suave em seu rosto. 

— Por falar em coisas difíceis…

— La vem. — resmungou, ficando tenso. Liam revirou os olhos quando as mãos firmes largaram seu corpo e Zayn saiu de cima, sentando na mesa de centro de madeira, serio e procurando disfarçar a ansiedade ao olhar para ele. — Abre o jogo. 

— Donatella vai pra Londres. — se sentou, cruzando a perna boa e hesitando um pouco. Não sabia como Zayn iria reagir com sua decisão — Vou passar o dia com ela amanhã apos o enterro do pai, mas…

— Mas o quê, Payne?

— Eu penso em ir embora com ela, Zayn.

No dia seguinte…

Donatella não conseguiu chorar por sua perda, mas sentiu remorso e até colocou algumas flores sobre o túmulo. Saber que o pai era um monstro, tanto com os tios, quanto com o primo, além dos outros crimes, tirava em parte a tristeza pela perda.

— Eu sinto muito. — disse, ainda abraçado a ela. 

— Não devia. Você foi mais pai pra mim do que ele. Mesmo com essa vida que não aprovo, cuidou bem de mim. Se eu devo algo a alguém, devo a você. 

Liam sorriu, beijando a testa dela. Donatella sempre foi mais compreensiva e mais centrada do que ele. 

— O que pretende fazer quando chegar em Londres? 

— Alem de estudar, quero me aperfeiçoar pra continuar fazendo um bom trabalho. 

— Fique focada, hija. Namorar é bom, mas seus sonhos estão em primeiro lugar. Recuerda siempre esto.

— E quanto aos seus?

— Não sei mais o que eu quero. 

— Têm a ver com o Zayn? Ele parece um falcão, de olhos presos em você. — soltou uma risada ao observar o gângster ao longe, comendo nachos e bebendo cerveja na lanchonete, mas sem desgrudar os olhos de Liam. Para todos os efeitos, havia deixado quatro de seus homens a postos para o caso dele fugir. Não deixaria ele ir. E quando Liam o questionou com irritação, ele apenas afirmou que aquela decisão não cabia a ele. 

— Eu tinha dito que talvez viajaria e ele quis ter certeza de que não vou fazer isso. — explicou, desanimado em parte. Não via razões para ele agir com tanta imaturidade. 

Depois disso, discutiram muito, mas nada se resolveu de maneira decente, porque Zayn era teimoso e Liam persistente no mesmo nível. A solução foi pegar um travesseiro e se trancar em um dos quartos, mesmo Malik batendo muitas vezes na porta até se lembrar que tinha a chave reserva e desistir de arrombá-la, por mais furioso que estivesse. E encontrar Liam em um sono tranquilo na cama o desarmou e apenas adormeceu, abraçado nele, deixando de lado por enquanto aquela questão tão incômoda. 

— Acho que ele gosta de você. 

— Bobagem, chica. Não há mais nada que me prenda a ele. — corou, odiando parecer um homem tímido. Maldito Zayn e seus efeitos esquisitos sobre ele. 

— Você gosta dele também. Se apaixonou por um homem.  — lhe cutucou, vendo ele rir contido. 

Jamais imaginou que pudesse se sentir assim por outro homem, muito menos pelo homem que jurou matar tantas vezes quando tivesse a chance. E então, Zayn é quem passou a matá-lo de maneira diferente desde que desbravou seu corpo pela primeira vez. 

E Liam, que temia deixar aquela coisa parar em seu peito, já não conseguia se livrar e o esmurrava com delicadeza a cada vez que o coração acelerava por ele. Aquela sim foi a maior humilhação de toda a sua vida. 

— Nós dois… Não têm nada a ver. — franziu o cenho, imaginando que não era uma possibilidade. 

Mesmo que assumisse para si mesmo que sentia algo por Zayn, sabia que ele seria incapaz de ter a mesma coisa em mente e devia cortar suas dúvidas antes de sofrer por elas. Tudo bem que foi bem cuidado por ele e Zayn ate mesmo armou uma pequena guerra para vingar o que sofreu com o tio, mas poderia ser a consciência pesada. Afinal, ele não demonstrava nada diferente. Tinha seu orgulho e Liam compreendia bem. 

Mas não deixava de ser frustrante não ser retribuído. Era um problema pensar em reciprocidade, mas seria um problema menor se soubesse que ela existia. 

— Têm muito mais do que você pode pensar. Se permita, primo. Sem culpa ou remorso. — aconselhou. E nesse instante, a chamada para o seu vôo. — Esta na minha hora. — tirou da cadeira a mala de mão. 

— Me liga quando chegar? — suspirou, passando a considerar os conselhos, ao mesmo tempo que pensava na saudade que ia sentir da menina. Mal podia acreditar que ela estava batendo suas asas. E lhe restou um abraço apertado. 

— Te amo. Se cuida. E não se esqueça que ainda é o meu modelo número um. Vou precisar muito de você. — sussurrou em seu ouvido. Por cima do ombro, viu Malik se aproximar — Cuide dele, Zayn ou então faço picadinho de você. — ameaçou, apertando a bochecha do gângster. Ele assentiu. 

— Foi bom te conhecer também. — falou, vendo ela sorrir e se afastar após um último aceno. Liam tinha lágrimas nos olhos — Nunca sei o que dizer em despedidas… 

— Eu também não. — fungou discretamente, secando o canto dos olhos. 

Zayn apertou seu ombro em consolo e sem demora, o conduziu de volta para casa, a mão aberta em suas costas e firme para se certificar que Liam não iria engabelá-lo para escapar. No que dependesse dele, Liam não iria a lugar algum. 

A discussão sobre ir ou ficar retornou lá pelas seis da tarde, no meio de um descanso antes de saírem para um jantar com os pais de Zayn. Liam insistia em um recomeço e Zayn insistia em mantê-lo ali. 

— Então, o que pretende fazer? — questionou, parando e sentando, o encarando com uma certa decepção. 

Pra Liam foi um alívio não enxergar ódio daquela vez, apenas um esforço de compreensão, o que era louvável, levando em consideração o fato de Zayn perder a paciência com facilidade. 

— Dar um tempo, em algum lugar. Reorganizar a minha vida. Harry e Donatella encontraram seus caminhos e preciso fazer a mesma coisa. — se sentou no lado oposto da cama, sendo mais calmo em explicar suas razões. 

— Onde?

— Têm Londres, mas também pensei em voltar pra Espanha, mas não sei. Tantos lugares pra se pensar. Tantas pessoas pra conhecer… Agora que sei que tenho outras opções, graças a você. Percebi alguns homens interessantes no aeroporto. — se desconcertou ao falar. Aquilo não era verdade, mas queria testar a reação do gângster. 

Zayn se levantou, transtornado e se segurando para não protagonizar uma explosão. 

— Opções? Homens interessantes? 

— Posso aproveitar bastante, Zayn. — mordeu o lábio, vendo um sorriso sarcástico como um diferencial naquela expressão rija. 

— Então admite que gosta de homens? 

— Eu gostei de você, então significa que…

— Pode ter sido uma coisa só por mim. — falou como se fosse óbvio, levando tudo para o seu lado. Inadmissível seria ouvir de Liam que faria um rodízio em outros paus por aí. 

Liam negou com a cabeça, tirando os sapatos emprestados de Zayn. Tudo o que vinha usando ultimamente era dele. Em sua nova fase não queria levar nada de Arturo, apenas começar de algum lugar, ate mesmo do nada se preciso fosse. 

— Só vou saber se tentar…

— Não vai tentar nada! — Zayn retrucou, engrossando a voz. Liam suspirou. 

— Não se preocupe. Eu vou ser cauteloso. Bueno, obrigado por me mostrar o quanto isso é possível. 

— Isso não é discutível, Payne. Fui tu primeiro hombre e seguirei siendo. O único. Ninguém mais. — esbravejou, ate mesmo assustando Liam por usar o espanhol tão agressivo em uma sentença. 

— Impossível. Sei que a sua vida é na Califórnia, então acho que isso é um adeus também.

— So vim pra Los Angeles porque seu cassino fica aqui. Se não fosse essa coisa com a Gigi eu não teria saído de Paris pra caçar o homem que me corneou. 

— Tão determinado… — riu soprado — Agora não precisa mais. Ja pode voltar pra sua casa. O seu lugar. 

Virou as costas, pronto a entrar no banheiro. Zayn ficou inquieto. Rejeitava aquela estúpida ideia de Liam. Não tinha razões para querer se afastar, depois de tanto envolvimento, tantas coisas, em tão pouco tempo. Ele queria jogar tudo para o alto em prol de uma espécie de jornada de conexão consigo mesmo…

Como Zayn odiava aquela conversa. 

Odiava pensar em não ter mais Liam ao seu alcance. Era uma sensação estranha se imaginar sem ele, porque foi assim também quando chegou machucado em sua base e achou que ele estava acabado para sempre. 

E então, ele queria partir. 

Zayn sabia que não podia correr o risco de aprender a viver sem ele. 

— Meu lugar é qualquer lugar onde a sua bunda esteja. — declarou, vendo ele parar. 

Liam mordeu o lábio, ansioso. Já era alguma coisa. Muito mais, alias. Mas ainda assim, precisava de mais.

— Se for pra ter alguém, não pretendo ser traído, muito menos trair. Se for pra levar a sério, que seja sério e monogâmico… 

— Passou a ser quando você deu pra mim pela primeira vez, idiota. — se aproximou, as mãos na cintura, firmes e possessivas — Desde então não transei com mais ninguém. — roçou os lábios no pescoço, vendo ele se arrepiar. 

— Jura? Tinha tantas moças tentando…

— Disse bem. Elas tentam e não conseguem. 

— Por que faria isso? Você é um pegador nato, assim como eu era antes de você bagunçar a porra dos meus planos.

— Porque não quero. Simples. O que eu preciso não está nelas. Compreende? 

— Então esta em quem? — o coração disparou. 

— Adivinha, lerdo.. 

Desbaratinado, Liam se virou, abraçando-o pelo ombro.

— Eu não dei pra você. — escondeu o rosto em seu pescoço, envergonhado por aquela parte. Zayn as vezes era tão direto que o deixava constrangido. 

— Deu muito. Estava louco por isso, então não finja. 

— Sim… Louco por você. — murmurou, fechando os olhos, sem coragem de ver a expressão presunçosa que com certeza estava presente ali. Zayn sorriu, convencido como era — O que eu estou pensando? — lamuriou, um tanto arrependido por se confessar. Achou cedo, aliás sequer pensou ter coragem para isso. Guardar parecia uma boa solução a princípio, mas as palavras simplesmente pularam para fora de sua boca. 

— Não precisa lutar contra isso. Não é ruim. — tocou seu rosto a fim de ver seus olhos. — Mas ouvir que quer ir embora me deixa maluco, princesa. — acariciou o queixo, depois a bochecha em um toque suave. 

Liam relaxou e sorriu minimamente, aos poucos menos receoso e mais aberto ao que Zayn lhe dizia. Ele estava pondo em palavras que lhe correspondia e fazendo isso em seu próprio modo. 

— Nada vai te impedir de continuar me chamando desse jeito?

Ele sorriu e negou.

— Combina com você. — respondeu, indo para beijar sua boca devagar e com carinho. 

Liam flutuava naqueles momentos, como se estivesse em uma nuvem particular que abrigava os dois. Tão alto e macio.

— O que quer comigo afinal?

— A princípio, que permaneça pra que eu possa te deixar de perna bamba depois que te pegar em cima da minha cam-...

— Zayn! 

— Não da pra separar as nossas vidas. Satisfeito? — cruzou suas mãos, vendo o encaixe interessante que faziam. Suas tatuagens em contraste com a mão firme de Liam. 

— Não vou ser submisso a você ou seja lá qual for o fetiche. Muito menos vou ficar te adulando com carícias. 

— Vai sim. Vai me chamar de daddy toda vez que eu chegar.

— Nunca!

— Vou te mimar com presentes, dinheiro e alugar uma praia particular pra que se bronzeie sem ninguém olhar.  — foi irônico, vendo ele revirar os olhos e rir. 

— Ate porque todos me querem e você não pode evitar. 

— Uma bala na cabeça é o suficiente. Independente de ser homem ou mulher. Sou feminista. 

— Você é ridículo. E o que diria se te questionassem sobre nos? 

— Esconderia os fatos e diria que namoro uma gata espanhola de nome Consuela. 

— Eu nunca mais vou me vestir assim. — deixou claro. 

— Não diga nunca. Acho difícil não resistir aos meus encantos, princesa. Ate porque acabou de admitir isso.

— Pode ate ser, mas ainda assim, podemos ter planos diferentes. Eu, por exemplo, quero um cachorro. Gosto de cachorros. — deitou novamente a cabeça em seu ombro. 

— Grande ou pequeno?

— Um pastor alemão.

— Ok. 

— Essa vida de crimes, cansei um pouco. 

— O bar continua, se não aqui, em qualquer outro lugar. Também vou construir uma rede de hotéis. Um resort talvez. — roçou a barba por fazer em sua testa. Liam riu baixinho ao ser espetado. 

— Parece bom. Pra crianças.

— As dos outros. Não minhas. Nunca. — afirmou, olhando para ele em expectativa. 

Liam fez suspense apenas por graça, no fundo tinha a mesma ausência de vontade de exercer a paternidade em humanos. 

— Concordo. Ter mais liberdade… Sem outras pessoas. — deu sua indireta, reforçando o que disse no início sobre monogamia.

— Como se eu precisasse de outras.. Ah, também quero uma coisa. — se separou dele, indo para o closet e tirando de lá uma caixa mediana. 

— As exigências não são suas, Malik.

— Não é uma coisa unilateral. — deixou sobre a cama. Liam espiou e abriu de imediato. 

Ao ver a caixa branca, com o logo da marca de Donatella, não acreditou. Assim que abriu, apenas afirmou que se tratava do que ele imaginava. 

— Da minha prima… Mas… Pediu isso a ela?

— Comprei online e anônimo. Sei que adora rosé, mas púrpura… — se jogou na cama, apoiando os braços atrás da cabeça — Vai conseguir qualquer coisa de mim se adotar essa cor. 

Liam permaneceu incrédulo. Eram lindas, macias e estava com uma pessoa que não se importava ao vê-lo usando, pelo contrário, o achava atraente. Era um fator que o fazia se sentir completo, mesmo sem saber o princípio o quanto aquilo seria importante para ele. 

— Pelo visto não preciso de uma dessas pra isso.

— Não posso concordar com isso, vai me dar prejuízo. Agora me diga, não acha coincidência ela lançar uma coleção focada nessa cor? — cutucou o pé em sua costela, rindo ao ver ele rir e se acanhar. 

— M-muitas marcas fazem isso. É comum. E obrigado pelo presente. — admirou cada uma delas. Algumas peças já conhecia por fotos, mas outras seriam exclusividade do lançamento e ainda não tinha conferido o site. 

— Sei… Têm outra coisa aí no meio. — Liam vasculhou, sentindo algo aveludado e ao puxar, uma caixa preta bem pequena. Engoliu seco abrindo e se deparando com dois anéis. —  Disse uma vez que gostava dos meus, então. Um pra cada um.

— Iguais? — queria ter certeza que se tratava daquilo mesmo.

— Iguais. 

— Significa alguma coisa ou…

— É mais esperto que isso, princesa. — engatinhou até ele, ficando em suas costas e apoiou o queixo em seu ombro — Se não quiser, eu vou entender. 

— Mesmo?

— Não. Coloque no dedo antes que eu faça isso por você. — foi firme. Recusar não era uma opção. E não era como se Liam fizesse isso. 

— Não seja grosso, desgraçado. — reclamou, colocando o anel na mão direita. Depois colocou o de Zayn. 

— Eu sou o que eu quiser, cabron. Não manda em mim. 

Em represália, Liam o empurrou pelo peito e ele caiu deitado. Recuou seus passos, pegando uma das peças da caixa. Era fio dental, com pompons pendurados nas laterais. Liam a girou no ar antes de desfazer o laço do roupão e ao tirar, jogou longe apenas para vestir lentamente a peça, sob o olhar selvagem do gângster. 

Os efeitos em Zayn foram imediatos. A respiração descompassada, desconforto nas calças e a forma como mordia a corrente de prata em seu pescoço. Grunhiu baixinho, ágil em se livrar da regata, calças e cueca. A nudez sendo um prato cheio para Liam. 

— Estás seguro de esto, mi dueño? Y ahora, quem manda aqui? — se sentou sobre a virilha dele, sentindo o resultado de sua brincadeirinha. As mãos de Zayn deslizando em seu corpo e a rapidez em que sentou para beijar e chupar sua pele em cada parte que sua boca podia alcançar, enquanto ele rebolava devagarinho para provocar mais um pouco. 

— Você manda, princesa. — a luxúria explodia em seus olhos — A gente pode se atrasar para o jantar. Tenho certeza que meus pais não vão se importar. 

Payne riu baixinho. 

— Quem é a cadelinha agora, Malik? Emocionado por causa de uma bunda. — provocou. 

Malik negou com a cabeça e esticou o braço, recorrendo a gaveta e mais a quantidade infinita de preservativos. Esperava que aquilo acabasse quando fossem fazer exames para se certificarem de estar limpos e então, nada mais seguraria Zayn e Liam precisaria de analgésicos por um longo tempo. 

— Não é qualquer bunda. É a sua. — a acariciou, fazendo o mesmo com os dedos ao colocá-los na entrada piscante. Liam mordeu o lábio, um suspiro de satisfação. —  Eu amo isso. —  mal podia esperar para substituí-los por seu pau e isso não demorou a acontecer. Ainda atento a perna em recuperação, Liam se ajeitou da melhor maneira e sentou. 

— Si. Amamos isso.  Algo a declarar? — sorriu, se apoiando nele. 

— Diante dessa lua cheia? Ela fala por si só. — chupou seu peito, estapeando as bandas macias. 

— Pode ser o sol. Meu bronzeado é um brilho também. — mordiscou a orelha dele. 

— Você é a lua cheia ou o sol? O que quer que você seja, eu juro por Deus, você não tem comparação. — disse, fazendo Liam o encarar com brilho nos olhos e um sorriso amplo, iluminando-o por inteiro e o beijou, certo de que não errou em dizer que Liam era seu lugar. 

De fato, diante de um segredo em tom rosé, o maldito ex inimigo se tornou um aliado improvável a ponto de querer se manter com ele por tempo indeterminado. E esperava que o sempre fosse o bastante para viver aquilo. 

*gratidão ♡

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