Medo de amar você

By tefyzz

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Após o falecimento de seu padrasto, Sofia e sua mãe não vê outra alternativa a não ser se mudar para outro es... More

AVISOS
Personagens
Capítulo 1 - Luto
Capítulo 2 - Sorvete
Capítulo 3 - Faculdade
Capítulo 4 - Festa
Capítulo 5 - Verdade ou Desafio
Capítulo 6 - Padaria
Capítulo 7 - Trabalho
Capítulo 8 - Banheiro
Capítulo 9 - Pesadelo
Capítulo 10 - Lago
Capítulo 11 - Boate
Capítulo 12 - Quarto
Capítulo 13 - Tacos
Capítulo 14 - Bicicleta
Capítulo 16 - Piquenique
Capítulo 17 - Rave
Capítulo 18 - Amor
Capítulo 19 - Banho
Capítulo 20 - Aposta
Capítulo 21 - Dúvida
Capítulo 22 - Baile
Capítulo 23 - Flores
Capítulo 24 - Dallas
Capítulo 25 - Desabafo
Capítulo 26 - Desespero
Capítulo 27 - Mentiras
Capítulo 28 - Revelações
Capítulo 29 - Banheira
Capítulo 30 - Verdade

Capítulo 15 - Lanchonete

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By tefyzz

Texas, Estados Unidos.
14 de março, 2023.

cheguei em casa quase meia noite, depois de ter deixado Sofia em casa dei uma volta na rua para distrair a mente.

eu sinto paz quando estou com Sofia, sua presença me causa isso. é uma sensação boa e ao mesmo tempo inexplicável. nunca conheci alguém como a Sofia e ela tenta esconder que não se importa mas no fundo eu sei que ela deve sentir o mesmo, ou talvez eu seja um idiota por pensar assim.

eu sinto uma vontade imensa de tê-la por perto, eu quero ouvir sua voz, sentir seu cheiro e sua pele. eu nunca me imaginei sentir isso, eu apenas quero que ela seja minha, e só de imaginar ela sendo tocada por outro eu sinto raiva por isso.

quero protege-lá, quero fazer ela se sentir segura. ela tem medo de me amar e dói saber disso. ainda sinto o gosto de sua boceta em minha língua, e só de imaginar isso eu já fico duro pra caralho.

entro em casa e me deparo com uma mala na porta. o filho da puta voltou.

sem que ninguém perceba, subo as escadas e vou em direção ao meu quarto, provavelmente estão dormindo.

me deito e suspiro, só de pensar que amanhã vou encontrar Christian nessa casa me dá nojo.

(...)

15 de março, 2023.

acordo com a claridade batendo em meus olhos e estranhei não ter tido o pesadelo sendo que acabei nem tomando remédio.

pego meu celular mostrando ser 6:16h e algumas menssagem da Kiara, essa garota não me deixa em paz.

me levanto e vou ao banheiro lavar o rosto, escovar os dentes e desço até a sala de jantar encontrando mamãe sentada sozinha tomando café.

- bom dia, mãe - digo.

- bom dia filho, café? - diz.

assento com a cabeça e então me sento pegando algumas torradas, uvas e um pouco de café.

- Christian chegou ontem não foi? - pergunto.

- sim filho - seu brilho some do rosto.

- ele te fez alguma coisa? - dou uma mordida na torrada.

- não filho - põe sua mão sobre a minha - ainda não.

suspiro aliviado mas ainda sinto raiva.

- como está se saindo na faculdade? - mamãe pergunta.

- até que bem, apresentei um trabalho ontem.

- sério? que bacana filho.

- você está indo na empresa? - pergunto.

- vou hoje - afirma.

ficamos em silêncio por um tempo.

- bom dia família - o homem que me atormenta todas as noites aparece.

- bom dia - mamãe diz com um fio de voz.

apenas o ignoro sem nem olhar em sua cara e dou uma mordida na torrada.

- não vai dá bom dia para o seu pai, filho? - Christian se senta.

- não seja sínico, papai - digo com desdém.

- como vai na faculdade? - diz pegando um pão de queijo - espero que esteja indo bem - dá uma mordida.

- não tente bancar a imagem de bom pai - bato na mesa.

- filho... - mamãe chama minha atenção.

- eu estou pagando pela faculdade, assim como paguei pela casa que você vive, e por essa comida que você come.

- você já parou pra pensar que talvez você só fez o mínimo? mas eu faço questão de te devolver tudo em dinheiro - fecho os punhos.

- com que dinheiro? o da minha empresa? - debocha.

- Christian, por favor... - mamãe diz.

- cale a boca! - menciona para mamãe - eu só estou tentando mostrar para esse moleque mimado, um futuro decente para ele.

- cale a boca você! - grito - esse é o futuro que você quer, e não eu!

- e que merda você quer para o futuro? se tornar um drogado de merda?

- chega! - me levanto - você nunca foi um bom pai para mim, e agora que você não vai ser mesmo.

- deixa de ser ingrato garoto.

- o que é gratidão para você? apanhar desde novo e ser forçado a fazer algo que você não queira? - ele fica em silêncio - se você acha que vou me tornar igual você está muito enganado.

ele se levanta e menciona me bater.

- o que vai fazer? me bater? você sabe muito bem que agora eu sei me defender, você só bate na mamãe porque não passa de um covarde. - me aproximo de seu rosto - eu tenho nojo de você, papai.

mamãe me olha com medo e Christian fica sem reação por minhas palavras.

apenas saio dali e vou em direção ao meu carro para sair dessa casa o mais rápido possível.

antes de eu entrar, Thor vem até mim e abana o rabo contente em me ver. quase me esqueço de dar comida para ele.

- oi garotão - me abaixo para acariciá-lo.

ele dá um latido e coloca as patas em mim.

- calma ai, já vou colocar comida para você.

ele se senta ao lado da casinha de forma educada até eu trazer a comida.

pego um pouco de ração e alguns pedaços de carne para alimentá-lo bem.

coloco em seu pote e ele só come até eu dar o meu sinal.

- pode ir ‐ em seguida ele come com muita vontade.

encho seu outro pote com água e saio dali entrando no meu carro.

(...)

- mais um - digo ao barman e ele me serve o segundo shot de whisky.

não estou com cabeça para ir a faculdade agora, se meu pai queria me irritar ele conseguiu. por mais que eu queira ver Sofia, posso acabar descontando minha raiva nela sendo que ela não tem nada haver com isso.

viro o shot e então acendo um cigarro.

"e que merda você quer para o futuro? se tornar um drogado de merda?"

eu não vou me tornar um drogado de merda! eu vou mostrar pra esse filho da puta que ainda vou ter um futuro decente sendo independente dele. quem ele acha que é pra dizer sobre futuro? ele acha que futuro é só dinheiro, como se não contasse as noites que ele chegava bêbado em casa cheirando a perfume de mulher e agredia a mamãe.

ouço meu celular tocar e quando olho é James.

- alô? - digo.

- oi cara, vai para a universidade?

- não tô com cabeça agora, estou em um bar fumando.

- problemas em casa?

- como sempre... - bufo.

- tô na mesma. já chego aí, tô afim de esfriar a cabeça também.

desligo o telefone e suspiro passando a mão em meu rosto.

dou uma tragada no cigarro e rapidamente James chega.

- iae - ele diz e se senta ao meu lado do balcão - um shot de whisky, por favor - diz ao barman.

- quais são seus problemas? - pergunto olhando para o fundo do copo.

- dois, estou devendo para o meu fornecedor porque alguns filhos da puta não pagaram e meu pai quer dinheiro, o maluco tá pior que eu em questão de dívidas - suspira e dá um gole no whisky.

- por que não deixa o seu pai se virar?

- não dá, ele toma conta da Suzy e usa ela como desculpas, não posso deixar ela passar fome.

Suzy é a irmã mais nova do James, ela tem apenas 7 anos.

- eu já te disse que te daria o dinheiro.

- e eu já disse que não precisa, já estou devendo demais.

- você me pagaria quando podesse.

- não, eu dou um jeito.

- teimoso - dou uma tragada no cigarro.

- sabe quem veio falar comigo ontem?

- quem? - pergunto.

- a garota nova.

- Sofia? - franzo o cenho.

- sim - vira seu shot - mais um - diz pro barman.

- não me diga que ela foi pegar droga.

- não - ri fraco - acredita que ela ficou preocupada comigo? disse até que queria me ajudar - ri como se fosse engraçado.

- e o que você disse? não é atoa que ela ficou preocupada, já falei pra você sair dessa merda.

- pra ela cuidar da vida dela, nem somos amigos e ela não sabe de nada da minha vida pra saber o porquê eu estou fazendo isso. ah, e eu só uso maconha, as pessoas compram porque quer.

- por que tinha que ser tão cuzão? não tinha necessidade de falar assim com ela caralho, ela só queria te ajudar.

- calma pô, desculpa ae, eu sei que vacilei mas é porque eu estava estressado na hora.

- e tinha que descontar a raiva nela?

- tá bom - suspira - vou pedir desculpas para ela.

- acho bom mesmo - solto uma fumaça do cigarro.

- aliás, o que vocês são? nunca vi você ficar todo bravinho por conta de mulher.

suspiro e fico em silêncio por alguns segundos.

- ela não é qualquer mulher - digo sério.

- uau, Sofia mudou você hein! - ele bate palmas.

- qual a graça nisso?

- nada, só que nunca imaginei que você finalmente ia ter algo sério com alguma mulher, você sempre recusava todas no dia seguinte depois de uma transa.

- não temos nada sério ainda.

- em todos esses anos Kiara tentou ter você para ela e não conseguiu - sorri - ai veio a Sofia e mudou você da água pro vinho.

- é, nem eu estou me reconhecendo, eu ainda estou tentando raciocinar tudo isso.

- quem diria, Raul Miller dizendo isso.

- mas e você James? vai arrumar uma mulher nunca?

- é complicado.

- isso é uma desculpa porque ninguém te quer?

James da um tapa em minha testa.

- claro que não vacilão, eu apenas estou sossegado.

rimos um pouco e ficamos em silêncio.

- quer carona pra facul? - pergunto.

- claro - responde.

- garçom - digo me levantando - pode ficar com o troco - deixo o dinheiro no balcão e saímos dali.

(...)

entro na sala de aula mais atrasado do que nunca mas o professor já desistiu sabendo que não pode mudar em nada.

vou em direção a minha mesa e encontro a mulher com que eu não paro de pensar desde que chegou, Sofia.

duas mechas de seu cabelo estão presas atrás com uma presilha de borboleta, sua pele limpa, seus lábios são carnudos e rosados, seus cílios longos com seus olhos verde água. ela está usando uma blusa um pouco curta, é listrada com rosa e branco e está usando uma saia jeans que ousa me tentar.

dou um sorriso para ela e me sento.

- por que você não para de se atrasar? - Sofia se vira.

- acho mais divertido - sorrio.

ela bufa e se vira para a frente.

olho para seu cabelo liso e ponho a mão em uma pequena mecha e acaricio.

Sofia não diz nada e nem se mexe, sinal para eu continuar.

levo a mecha até meu nariz e sinto o perfume do seu shampoo.

sinto um olhar pesado sobre mim e quando olho na direção, encontro Kiara do outro lado da sala cravando seus olhos em mim com um olhar de raiva e tristeza, infelizmente é impossível de eu ignorá-la para sempre.

volto minha atenção aos cabelos de Sofia e enrolo uma mecha na ponta do meu dedo enquanto finjo prestar atenção na aula.

Sofia parece se incomodar e coloca todo o seu cabelo para frente dando a vista de sua nuca.

mesmo sabendo que vou irritá-la não me canso de provocá-la e então coloco minha mão gelada em sua nuca quente e Sofia solta um grunhido baixo oque só me faz querer mais.

enfio meus dedos em seu couro cabeludo e faço uma massagem suave afim de reconfortá-la.

Sofia parece se acalmar então começo a fazer movimentos de vai e vem na sua nuca como um cafuné.

a tentação fala mais alto então dou uma puxada rápida em seu cabelo fazendo ela soltar um gemido repentino e baixo.

- para com isso! - ela se vira toda corada.

não consigo conter meu sorriso ao ver sua expressão oque a deixa com mais raiva ainda.

- que foi? você não gostou? - provoco me aproximando de seu rosto me fazendo sentir seu perfume doce.

- eu... me deixe prestar atenção na aula! - fala irritada e se vira.

ver ela irritada me dá ainda mais vontade de provocá-la.

lentamente aproximo minha mão novamente na sua nuca mas dessa vez próximo a orelha e faço uma massagem suave.

Sofia não diz nada e me aproximo mais de seu ouvido e passo a ponta do meu dedo atrás da sua orelha.

- poderíamos deixar essa aula mais interessante, não acha? - sussurro em seu ouvido.

- Raul... não! - Sofia diz alto.

- tudo bem - desisto.

as vezes eu acho que eu falo demais, talvez Sofia não goste que eu fale essas coisas, ela é diferente de todas as garotas que eu já conheci e as vezes eu esqueço disso.

(...)

o tempo passou rapidamente e já era hora de ir embora, acabei nem falando mais com a Sofia depois daquilo porque, é difícil admitir mas eu fiquei com vergonha. ela não reagiu muito bem e talvez eu esteja indo rápido demais.

saio da universidade e vou direto para a casa.

chegando lá, antes de abrir o portão encontro Thor do lado de fora da casa deitado com as orelhas baixas, mas que caralho ele está fazendo fora de casa?

saio do carro e vou até ele e assim que ele me vê abana o rabo rapidamente contente em me ver.

- o que você está fazendo fora de casa amigão? - digo acariciando.

- você saiu? ou alguém te tirou?.

parecendo entender, Thor dá um latido.

- Christian... - murmuro.

coloco Thor dentro de casa e estaciono o carro.

entro dentro de casa com os punhos fechados e encontro mamãe sentada na sala.

- cadê ele? - grito com raiva.

- o que foi filho? - mamãe pergunta assustada.

- cadê o filho da puta do Christian?! - me exalto.

- ele está lá em cima... - mamãe diz com a voz baixa.

- que estresse é esse? - o monstro diz descendo as escadas.

- por que soltou o meu cachorro Christian?

- eu não sei do que você está falando - diz terminando de descer as escadas.

- não se faça de idiota, você sabe muito bem do que eu estou falando. por que soltou o meu cachorro hein? achou que ele iria fugir?

- não tem necessidade nenhuma desse pulguento estar nessa casa!

- você fez isso por raiva não é mesmo? do que eu te falei mais cedo.

- aquilo não é um cachorro, é um monstro!

- por acaso você não gostou da cicatriz que ele deixou em sua perna quando você estava batendo na mamãe? - me aproximo.

- esse monstro deveria estar morto!

- escuta aqui - ando em sua direção e puxo sua camisa - se você tocar um dedo denovo no meu cachorro eu juro que te mato.

- Raul... - mamãe diz atrás de mim.

- o único monstro que tem nessa casa é você.

sua expressão havia congelado.

o solto e piso fundo subindo as escadas para o meu quarto.

essa casa virou um inferno por causa desse maldito homem.

tomo um banho para esfriar a cabeça e me deito.

meu celular começa a tocar e quando eu olho é Sofia.

senti um alívio ao ver sua ligação, eu só queria sair desse clima negativo.

- alô? - digo.

- oi... - Sofia diz com uma voz nervosa.

- tá tudo bem?

- sim, sim, tá tudo bem. eu só... queria me desculpar.

- pelo o que? - pergunto.

- por hoje mais cedo... eu estava com dor de cabeça e acabei sendo grossa com você.

senti um alívio ao saber disso, achei que poderia ter feito algo que ela não tenha gostado.

- hum... não sei se você merece - brinco.

- vai Raul! eu estou me esforçando para fazer isso.

- tá, tá bom.

- ótimo.

- mas só com uma condição... - digo.

- qual?

- tá com fome?

(...)

- chegamos - digo parando em frente a lanchonete.

- Lanchonete Standers - Sofia ri.

- algum problema? - pergunto.

- não, é que no primeiro dia que chegamos aqui, eu e minha mãe viemos para essa lanchonete.

- sério? coincidência então porque eu nunca vim aqui, a comida é boa?

- não sei, eu estava com muita fome quando viemos então se me dessem pedra eu ia dizer que estava maravilhoso.

solto uma risada e desço do carro dando a volta e abrindo a porta para ela sair.

entramos e sentamos em uma mesa próxima e Sofia começa a olhar o cardápio.

- olá senhor, o mesmo de sempre? - o garçom se aproxima.

Sofia abaixa o cardápio e me encara.

- não, acho que você está se confundindo - digo.

- não senhor, lembro me muito bem de seu rosto, Raul Miller, certo?

porra, esse garçom não colabora.

olho para a Sofia e ela me fuzila com os olhos.

- primeira vez né? - diz.

droga, me dei mal.

- oi Cláudio! - sorrio para o garçom disfarçando - ainda não decidimos.

- está bem - ele sai.

Sofia me encara séria.

suspiro fundo.

- okay Sof, desculpa, não é a primeira vez que venho, é que quando você falou que já veio eu queria fingir ser uma coincidência.

sua cara fechada se desmorona e ela começa a rir como um alívio para mim.

- tudo bem, ainda continua sendo uma coincidência porque você escolheu aqui sem eu saber.

suspiro aliviado.

- ou talvez destino? - sorrio.

- já trouxe outras? - franze a sombrancelha.

- não - sou sincero.

- já veio com alguém?

- apenas amigos - respondo.

- hum - diz e volta sua atenção para o cardápio.

pego o outro cardápio e dou uma olhada.

Sofia coloca uma mecha de seu cabelo atrás da orelha dando a vista de seu pequeno brinco em formato de coração.

ela morde seu lábio inferior como indecisão.

- acho que vou querer um x-bacon - Sofia diz.

- peça oque você quiser.

- já decidiu algum? - pergunta.

- estou sem fome - respondo.

- ah não Raul, você não me chamou para mim comer sozinha - faz uma careta.

- mas eu estou sem apetite - sorrio.

- vai comer sim! vamos, escolhe - ordena.

- deu pra mandar em mim agora, Sofzinha? - me aproximo.

- sim - diz em tom de deboche.

solto uma risada fraca e me afasto.

- vou pedir o mesmo que o seu então.

tento disfarçar mas na verdade eu gostei muito de ver a Sofia mandando em mim.

- a senhorita já decidiu? - Cláudio retorna.

me viro e o olho, por acaso ele se esqueceu que eu também estou aqui?

- ah, eu quero...

- que intimidade é essa? - a corto me direcionando ao garçom.

- me desculpe senhor, eu só...

- Raul! - Sofia chama minha atenção - ele só está fazendo o trabalho dele.

o olho em silêncio.

- tá - bufo.

- vamos querer dois x-burguer, por favor - Sofia diz.

- ok, mais alguma coisa?

Sofia olha o cardápio.

- pode pegar oque você quiser - digo.

- uma porção de fritas, e uma coca-cola por favor.

o garçom não demora muito e logo retorna com os lanches.

- está com uma cara ótima - digo.

- e o cheiro também - sorri.

Sofia dá uma mordida em seu x-bacon.

em seguida come uma batata frita e da um gole em seu refrigerante.

- está uma delícia - diz - você não vai comer?

fico em silêncio apenas olhando a garota dos olhos verdes comer um hambúrguer como se fosse a última vez.

Sofia ri e me encara.

- por que está me encarando? - pergunta.

- não estou.

- está sim - sorri.

- apenas apreciando - digo.

Sofia se cala e dá mais uma mordida em seu hambúrguer.

- se você não comer, eu vou - diz com a mão na boca.

- está bem, gulosa - brinco.

dou uma mordida em meu hambúrguer e não posso negar que está muito bom mesmo.

- sua mãe está em casa? - pergunto.

Sofia nega com a cabeça.

- está trabalhando - come uma batata.

- ela já arrumou um emprego?

- sim, estou contente por isso.

- isso é ótimo - dou mais uma mordida no x-bacon.

Sofia mergulha uma batata no ketchup e da uma mordida.

- quer? - oferece.

- quero - sorrio.

Sofia mergulha novamente uma batata no ketchup e leva até a minha boca.

mastigo sorrindo pelo gesto e ela sorri ds volta.

- hum, quero mais.

ela faz uma careta e novamente pega uma batata com katchup, abro a boca e ela desvia comendo a batata.

- isso não vale - sorrio.

Sofia solta uma gargalhada.

- tá, como eu sou boazinha vou te dar outra - revira os olhos em deboche.

então ela leva a batata com katchup até mim porém suja a ponta do meu nariz.

pego o pote de katchup mergulho meu dedo e sujo sua bochecha.

ela para de rir e faz uma expressão de surpresa e então suja a minha cara de volta.

rimos igual duas crianças sujando a cara um do outro e então Sofia para chupando seu dedo com katchup.

faço o mesmo com o meu dedo e então nos encaramos maliciosamente.

- como está o Thor? - Sofia pergunta.

a alegria some do meu rosto ao me lembrar oque Christian fez.

- o que foi? - pergunta - falei algo de errado? - diz preocupada.

- não... não é nada.

- vai Raul - coloca sua mão sobre a minha - me diz oque aconteceu.

- quando eu cheguei da faculdade, o Christian soltou ele afim dele fugir - falo com os olhos baixos.

- meu Deus, por que ele fez isso?

- eu... discuti com ele de manhã, ele nunca gostou do Thor e usou ele para me atingir.

- eu sinto muito, Raul - diz olhando nos meus olhos com a mão sobre a minha.

olho seu rosto e começo a rir.

- qual a graça? - Sofia pergunta.

- você tem katchup na sua bochecha.

- ah - sorri e pega um guardanapo para limpar.

sorrio e dou uma mordida no meu hambúrguer.

eu não quero que esse momento acabe. estar com a Sofia é como se meus problemas não existisse, eu adoro ouvir sua risada, sua presença me traz paz e todos os dias que eu a encontro, vou reparando nos mínimos detalhes de sua aparência e seus gestos e é como se cada dia que passa eu acho ela mais linda.

mais um cap na visão do Raul!

se estiverem gostando não esqueça de votar, e meu insta está no perfil. 🎀💗

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