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Boa leitura, com amor Any ✨
Os fios longos e ruivos voavam sob o vento, a garota de olhos castanhos corriam de forma apressada pelo o acampamento em direção ao seu treino de arco e flecha, os raios solares passava pela a pele branca da garota que vivia cheia de sardas, ser filha do Deus do sol a deixava ter uma certa resistência sob aquela bola quente e escaldante.
Aurora Renault era certamente uma filha de apolo, seu cabelos ruivos e cacheados - agora presos em um rabo de cavalo - e olhos castanhos claros a deixavam com uma aparência jovial e uma beleza única, seu jeito gentil e brincalhões deixavam muitos do acampamento encantados pela a garota francesa.
Apressando os passos, a garota estava muito atrasada para treinar com seu Irmão James Renault que por sinal era seu irmão gêmeo que odiava atrasos.
James era totalmente oposto da irmã, enquanto ela era extrovertida e tinha vários amigos o garoto era mais introvertido e com pouco amigos, as diferença também era na aparência quanto a menina tinha cabelos avermelhados James tinha cabelos loiros e olhos verdes brilhantes.
– Aurora! — A voz alta de Flora Garcia foi ouvida pela a menina, a garota de cabelos castanhos estava correndo em direção a filha de Apolo.
Tirando uns fios de cabelos que tinham caído pelo rosto da garota enquanto se virava para a amiga.
– Sim, Flora – Disse Aurora com um leve sotaque francês.
A filha de Deméter parou na frente ofegante, esperou alguns minutos para recuperar a respiração.– Eu estou te procurando a horas! – Ela começou — Onde estava?
O que era fora do costume, a garota tinha dormido tarde e acordando tarde, normalmente ela era umas das primeiras do seu chalé a ir para a cama e umas das primeiras a acordar, mas naquela noite passada a sensação estranha de angústia que se formou em seu peito não a deixava fechar os olhos.
– Acordei tarde, não consegui dormir a noite passada — Respondeu a francesa voltando a caminhar em direção ao seu treinamento, mas foi impedida pela amiga que a segurou pelo o pulso.
— Quíron que sua presença na enfermaria — Flora a puxou em direção ao lugar citado.
Franzindo o cenho, a garota se deixou levar pela amiga.
— Aconteceu algo? — A expressão de preocupação se formou em seu rosto, os pensamentos de uma dos seus amigos se machucando apareceu em sua mente.
— Não ficou sabendo?
— Do que?
— Ontem à noite um garoto apareceu na fronteira, ouviu boatos de que ele tinha matado um minotauro. — Acenando para uma das irmãs que passava ao seu lado, Flora continuou — Ouvir de Grover que ele perdeu a mãe.
— Oh, coitadinho.
— Sim, Quíron acha que você pode acelerar o processo de cura dele.
— Hum, não sei se isso vai dar certo, ainda estou aprendendo a usar o meu poder de cura — A ruiva disse de forma apreensiva.
— Relaxa, você está praticando isso a dias vai dar tudo certo.
Aurora tinha herdado uma parte do poder de seu pai de curar pequenas coisas, nunca tirando nenhuma pessoa, só pequenos animais, mesmo pequeno sugava a energia da Renault. Em pensar em cura, uma pessoa a deixava apreensiva.
Mas tudo daria certo no final certo?
🌊☀️
Ela certamente não queria fazer aquilo.
Não a leva a mal, não era porque não queria ver o garoto bem, mas sim porque sabia que não conseguiria fazer aquilo.
— Ah, Que bom que você chegou — Annabeth disse — Me ajuda aqui.
Antes de dar atenção para o garoto, Aurora virou para Flora.
— Você pode avisar ao James que estou aqui e não vou para o treino? — Pediu a amiga — Não quero que ele fique com raiva de mim.
Acenando com a cabeça, a morena saiu da enfermaria.
Voltando a olhar a filha da deusa da sabedoria que estava parada com os braços cruzados ao lado do garoto ainda inconsciente.
— Não acho que isso vai dar certo Anne — Caminhando em passos lentos em direção a amiga, disse Aurora.
- E claro que vai dar certo! Você é uma das melhores curandeiras desse acampamento — Disse rapidamente enquanto caminhava em direção a porta — tenho que falar com Quíron, ultimamente ele tem fugido das minha perguntas.
Aurora sabia exatamente qual era o assunto.
– Você tem que parar com essa sua obsessão com essa missão, isso já está ficando estranho – Comentou Aurora de forma acusadora em direção a garota negra, que somente revirou os olhos em resposta saindo do local.
Para Aurora, ela não entendia a certa obsessão que certos campista tinha em sair para alguma missão ficar dias nas ruas, sem comida, banho e correndo perigo constante com os monstros somente para agradar os Deuses que não se importava com seus filhos, não entrava na cabeça da filha do Deus do sol.
Somente em pensar que não teria seu banho de duas horas por dias ou semanas a fazia sentir arrepios subindo pela a espinha.
Preferia estar em sua cabana com seus irmãos, comida saída do fogo e com a única preocupação em treinar para o dia seguinte, rezava todos os dias para que o seu pai não inventasse de encaminhá-la em alguma missão suicida - que certamente ela não iria -.
Caminho calmamente em direção ao jovem deitado na cama, a garota se sentou em um lado da mesma, percebendo o fiapo de baba escorrendo de sua boca soltando uma risada a garota prestou mais atenção no rosto do jovem rapaz. Os fios ondulados loiros que agora quase nenhuma cachos contém, caiam pelo o rosto, a sua face tinha alguns arranhões provavelmente causados pela a batalha que ele tinha enfrentado, mesmo com isso a menina não deixou de admirar a beleza do novato, em sua cabeça só pensava qual seria a cor de seus olhos.
Azuis, verdes ou castanhos?
– Você é bem fofo cachinhos dourados — Aurora sussurrou enquanto ainda admirava o rosto sereno adormecido.
Pegando a mão do jovem desacordado a Renault fechou os rosto sentindo um leve sensação de sonolência cair pelo o corpo e fio de energia saindo de seu corpo indo para o garoto, após alguns minutos a garota abriu novamente seus olhos o pequeno brilho dourado mudando-se para o castanho claro de sempre.
Os arranhões que tinha no rosto do rapaz sumiu como mágica.
Voltando a olhar detalhe do rosto do único garoto presente na enfermaria, a menina mal notou a porta da enfermaria se abrir.
— Ficar encarando as pessoas desacordadas é estranho Raio de Sol — Uma voz feminina assustou a garota que soltou rapidamente a mão do rapaz se virando vendo Giulia Romano.
A garota mais velha estava sentada em uma das cama enquanto olhava a cena cativante e no mínimo engraçada.
– Ai que susto garota, que me mata do coração — Levando a mão sob o peito, Aurora podia jurar que o sentiu parar por alguns segundos.
Giulia Romano era uma das amigas de Aurora, sendo a única naquele acampamento que era a filha de um dos três grandes - filha de Poseidon -, a mais nova fez logo amizade com a italiana quando seu pai a nomeou como sua filha e ninguém mais queria se aproximar da filha proibida. Assim tornando uma amizade sincera e verdadeira.
Seus cabelos dourados e com cachos nas pontas a deixava com ar angelical, olhos tão azuis que pareciam ondas do oceanos davam um sentimento de paz para quem a olhava sem imaginar o caos que aquela menina era.
– O que faz aqui? – Perguntou Aurora.
– Sabe, no meu país as pessoas costumam perguntar como as pessoas estão e são educadas — De forma sarcástica a Romano respondeu.
– Eu só respondo com educação quando as pessoas não me assustam.
Revirando os olhos, a garota loira caminhou em direção a cama do menino. – A bela adormecida ainda não acordou.
— Ele precisa descansar, passou por muita coisa ontem.
— Então é verdade, ele matou um minotauro – Falou Giulia vendo o chifre sob a mesa ao lado da cama.
– Parece que sim. —Disse Aurora brincando com suas pontas de cabelo, percebendo que logo precisaria de uma hidratação.
O silêncio reinou sob a sala, Aurora levantou a cabeça percebendo o olhar de sua amiga sob o garoto adormecido.
– Ficar encarando as pessoas desacordadas é estranho pequena sereia – repetiu a mesma frase que tinha ouvido alguns minutos atrás.
— Cala a boca – Respirando fundo, Giulia olhou detalhadamente para o rapaz. — Acho que tenho a sensação que conheço ele de algum lugar.
— De onde? você nunca saiu do acampamento. — De forma risonha a garota comentou.
— Sei lá, é só uma sensação estranha. — Voltando o seu olhar para a garota ruiva, voltou a falar — Quase ia esquecendo o'que eu vim fazer aqui, Luca está à sua procura para ajudá-lo a pintar aquele quadro.
Quando ouviu essas palavras, a menina pulou da cama com o maior sorriso que poderia dar, amava pintar, desenhar ou qualquer coisa que envolvesse artes.
Dando uma última olhada no garoto adormecido, Aurora saiu da sala acompanhada de Giulia que não saiu sem antes dar um olhar de conhecimento para o seu suposto irmão.