Meu Cavaleiro de Ouro| Cavale...

By Shayury_Darling

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Naomi Saito é uma jovem de dezoito anos, louca por livros e pela sua saga favorita, Cavaleiros do Zodíaco, se... More

Capítulo 1🛡️🦁
Capítulo 3🛡️🦁
Capítulo 4🛡️🦁
Capítulo 5🛡️🦁
Capítulo 6 🛡️🦁

Capítulo 2🛡️🦁

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By Shayury_Darling

Naomi

— Vocês moram aqui? -minha avó questiona.

Eu queria muito enfiar essa velha no avião de novo mas que mandasse ela pra puta pariu.

— Nossa casa é em um condomínio militar localizado em bairro nobre. —respiro fundo— pior é quem não tem um teto, esse lugar é ótimo.

— Hum. -ela disse.

Eu olho para a minha mãe com um olhar de (ainda tem veneno de barata no armário?).

— Estou preparando o jantar. -disse minha mãe.

— Espero que seja algo de nossa cultura.

— Aqui não é o Japão. -digo.

— Mas vocês tem o sangue de lá, pelo menos a sua mãe tem. -ela disse.

— O que está querendo insinuar?

— Não estou insinuando, você é uma mestiça. -ela disse.

— Ora.. -bato as mãos na mesa.

— Naomi... -minha mãe disse em aviso.

Meu avô assiste tudo como uma partida de futebol.

— Não ouviu? Ela está se desfazendo de mim e me humilhando indiretamente. Na verdade, está fazendo isso desde que chegou. -digo irritada.

— Se você se ofende com a verdade...

— Quer que eu diga uma verdade nua e crua para a senhora? あなたは辛くて憎たらしい老婆です! (Você é uma velha amargurada e odiosa). -digo.

— NAOMI SAITO!! -Minha mãe exclama de olhos arregalados.

— Não aprendeu a educar a sua filha? Sakura, umas palmadas com uma tábua de madeira. -ela se vira para a minha mãe.

— Minha mãe não é como você e jamais será, e eu dou graças a Deus. -digo.

Minha mãe levou a mão a boca e minha avó olhou lentamente para mim.

— Deus? -ela riu..

Ela se vira para a minha mãe.

— Você deixou que até nisso ela se contagiasse? Você desonra sua família desde que se casou com aquele soldado.

— Não ouse falar do meu pai, diferentemente da senhora ele tinha honra e nunca lhe tratou mal. -digo.

— Como ousa..

— Já chega. -meu avô disse.

— Pro quarto. -minha mãe me olha.

— Mas..

— Pro seu quarto, Naomi, vai jantar lá hoje pra não haver problemas. -ela disse.

Ela olha para a minha avó.

— E você, mamãe, foi longe demais.

Aquela múmia não deu importância.

Saio dali batendo o pé nas escadas, ao entrar em meu quarto eu bati a porta com força.

— Sabe fazer porta??! -minha mãe gritou da cozinha.

— Pergunta pra essa senhora se ela sabe ser educada! -grito.

Eu caí em minha cama, e não toquei em meu jantar.

.

Estava maratonando CDZ quando ouvi uma batida na porta.

— Se for a minha avó...

— Não é sua avó. -meu avô enfiou a cabeça na porta.

Eu pausei o episódio o observando entrar..

— Está muito irritada para conversar comigo? -ele sorriu.

— Não, vovô, claro que não. -suspiro.

Ele sentou na ponta da cama.

— Peço desculpas pela sua avó, ela é impulsiva e diz o que quer. -ele disse.

— Infelizmente puxei isso dela. -suspiro.

Ele puxou algo de sua roupa, uma pequena caixinha.

— Trouxe algo para você, acho que vai gostar. -ele disse.

Eu observo a caixinha e ele me entrega.

Ao abrir com cuidado observo o que há ali, um colar, na verdade...

— É um colar de armadura de CDZ? -pergunto surpresa.

— Está na nossa família há gerações. —ele disse— não existe nenhum outro igual nesse mundo.

— É lindo. -aliso a pequena placa com o desenho de uma raposa.

— Dizem que coisas incríveis podem acontecer com quem o usa, dizem que dá sorte. —ele pisca— eu tive bastante.

— Com o que? -pergunto.

— Eu estava usando ele no dia que você nasceu, foi muita sorte. -ele sorriu.

Eu sorri de volta.

— Obrigada.

Ele se ergueu e deu um beijo em minha cabeça.

— Use com sabedoria e apenas para o bem.

— E para proteger Atena. -faço patente.

Ele riu.

— Isso também.

Ele parou na porta.

— Boa noite querida e boa sorte.

— Boa noite, vovô.

Eu franzo o cenho.

— Boa sorte?

Ele já havia ido embora.

— Bem, preciso de sorte. -caminho até a porta aberta, a fechando.

Coloco o colar em meu pescoço e bufo um riso.

Aperto o play no episódio..

— Faça elevar o cosmo em seu coração, todo o mal combater, despertar o poder. -cantei baixinho.

Quando já era madrugada e eu havia desligado a televisão, me preparei para dormir, saio do banheiro vestida em meu pijama, caminhando até a minha cama.

Caio em meio aos edredons, mexendo naquele colar em meu pescoço.

— Faça elevar.. -cantei baixinho em um bocejo.

Ouço o tilintar de algo fino ecoar no quarto, como se houvessem batido com uma colher em uma taça, o som ecoou por todo o cômodo e preencheu os meus ouvidos.

Ergo a cabeça.

— Quem está aí?

Silêncio pairou.

Olho para a porta e me sento rapidamente na cama ao ver algo ali, uma luz passava pelas brechas dos pés da porta, névoa saía dali.

— Que porra é essa? -sussurro.

Será que aquela velha estava fazendo um ritual maluco??

Observo minha janela, aquela coisa estranha saía dali da mesma forma que a porta, estava preenchendo o quarto, eu pisquei e então aquilo tudo havia coberto o chão, o chão era pura névoa e luz zanzava por ela como se fossem peixes nadando em um lago.

— O que...

A névoa começou a subir pela cama.

— Calma, calma. -fico de pé no colchão. Uma por uma daquelas luzes começaram a subir, a névoa começou a subir por minhas pernas em um ar gelado.

Eu chutei aquilo mas não me largou.

— Sai cachorro velho daqui. -dou um chute.

Então aquilo subiu em uma extrema velocidade, me engolindo, o meu grito foi cortado quando eu caí, não na cama, não no chão.

Eu caí sem controle e não havia chão embaixo de mim, apenas a sensação de sonhar que estava caindo.

Era tudo apenas luz, pura luz.

— Pela Xuxa, boneco fofão e Anabelle do mercado livre!! -grito.

Meu corpo virou na gravidade, então começou a cair com rapidez, uma rapidez que revirou meu estômago de cima a baixo.

Meus cabelos eram apenas um furacão negro voando no ar enquanto eu sentia meu corpo ser esticado, encolhido, montado e desmontado por uma força além da realidade.

Eu cruzei algo com a velocidade de um cometa e naquele casulo de luz eu percebi com esforço que se tratava de um céu noturno, eu estava cruzando o céu noturno como um asteroide.

Eu rasguei o céu em um rompante luminoso e então aquilo mergulhou, mergulhou cada vez mais próximo do chão e eu estremeci tapando os olhos com as mãos.

Eu soltei um grito quando o casulo caiu por terra e uma explosão ensurdecedora ecoou.

Matei os dinossauros.

Eu abro os olhos desorientada vendo aquele casulo se desmanchar em luz e névoa, se abrindo como uma rosa na primavera.

— Porra.. -sussuro fitando o céu escuro salpicado de estrelas, há fumaça pairando por todos os lados.

Uma silhueta grande surgiu no topo e eu estremeci completamente inerte, aquela silhueta derrapou para dentro daquela cratera que havia aberto quando eu caí.

Aquele estranho se aproximou, ouço o som de uma lataria sacudindo, é quando um par de olhos azuis com resquícios verdes surgiu em meu campo de visão.

— Quem é você? -sussurro.

— Uma humana.. -ouço uma voz forte e masculina ecoar.

Um homem.

Seu rosto foi iluminado pela luz da lua junto de seu corpo e... Armadura, uma armadura de Ouro..

Eu olho para aquele ser desconhecido, ou melhor, muito conhecido..

— Aiolia de Leão. -murmuro.

E eu apaguei.

*Até o próximo capítulo, deixem seu comentário e seu voto pfvr ❤️❤️💋*.

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