Meu Cavaleiro de Ouro| Cavale...

By Shayury_Darling

1.5K 215 110

Naomi Saito é uma jovem de dezoito anos, louca por livros e pela sua saga favorita, Cavaleiros do Zodíaco, se... More

Capítulo 2🛡️🦁
Capítulo 3🛡️🦁
Capítulo 4🛡️🦁
Capítulo 5🛡️🦁
Capítulo 6 🛡️🦁

Capítulo 1🛡️🦁

379 38 27
By Shayury_Darling

Naomi

— NAOMI!! -o grito da minha mãe atravessou paredes, oceanos, universos e então a porta do meu quarto.

Dou um sobressalto na cama, acordando de rompante, meus olhos se abrem arregalados e eu olho ao redor ofegante em busca do perigo eminente.

— Misericórdia. -digo levando a mão ao peito para ter certeza de que não havia um buraco ali por onde meu coração pode ter saltado fora.

— VENHA TOMAR CAFÉ!

— JÁ VOU!! -grito ofegante.

— Pare de gritar!!

Eu olho incrédula para a porta, mas ela está gritando!!

Balanço a cabeça agora mais calma, chuto os meus lençóis e caminho em direção ao guarda roupa, tirando dali uma calça jeans azul surrada, blusa e moletom pretos.

— Mais dois gritos e ela perde a filha para um infarto. -digo indo em direção a porta do banheiro.

Eu paro no caminho e retorno até minha estante de livros, em direção a minha prateleira nerd destinada a minha saga favorita, Cavaleiros do Zodíaco.

— Bom dia, Cavaleiros. -digo olhando para os bonequinhos de colecionador.

Aliso com o dedo um dos Cavaleiros de Ouro que carrega o título de o rei das miragens.

— Bom dia, Aiolia de Leão. -digo.

Sigo o meu percurso para o banheiro.

.

— Tem pão com queijo e presunto assados na chapa, suco, bolo, pão. —minha mãe disse ao me ouvir chegar na cozinha— e arepas com Queso.

— Bom dia, mãe. -digo.

— Bom dia, querida. -ela disse de costas, mexendo no fogão.

— Cheiro de.. -respiro fundo.

Meus olhos cintilam.

— Bolinhos da Lua? -meus olhos brilharam.

— Estão no forno, vão demorar um pouquinho.

— Eu espero por essa nona maravilha do mundo. -digo.

— Não seria oitava? -ela questiona mexendo no forno.

— A oitava sou eu.

Ela riu, sua risada resultando em um belo sorriso de covinhas, com os olhos puxados quase se fechando.

Bem, minha mãe nasceu no Japão mas sua mãe, a minha avó é chinesa e meu avô Japonês, minha mãe se casou com meu pai, um Brasileiro, o conheceu quando veio visitar o país e daqui não saiu mais desde então.

Meu pai era fuzileiro naval e morreu em atividade, minha mãe por preferência dela decidiu não voltar para o seu país Natal pois segundo ela eu não aguentaria a rígidez de sua família e eu particularmente concordo com ela.

Vivemos bem, ela trabalha, recebemos um auxílio mensal por meu pai ter servido tantos anos aqui. E seguimos nossas vidas, lidando com o luto a cada dia, ele morreu quando eu tinha doze anos de idade. Hoje com meus plenos dezoito anos eu procuro ajudar como posso e fazer cada dia ser leve para a minha mãe mesmo que para mim possa pesar uma tonelada, desde que eu tire o peso das costas dela eu não me importo de carregar uma bagagem a mais nas minhas.

— Sua avó virá nos visitar. -ela disse.

Eu me engasgo com o pão de queijo.

— Oi?! -tossi.

Tomo um gole do suco sentindo o bolinho descer dolorosamente em minha garganta.

— Akame Saito vai pisar no Brasil? —questiono boquiaberta— a vovó odeia esse país!

— Bem.. acho que ela pode mudar de idéia. -minha mãe deu de ombros.

Dou uma gargalhada.

— Até parece, ela não pisaria aqui nem que nossa vida dependesse disso, aí tem coisa. -digo desconfiada.

— O seu avô vem junto. -ela suspira.

Eu deixo o pão de queijo ir de Vasco no chão enquanto olho boquiaberta.

— O vovô vem aqui?! -grito.

— Naomi! -minha mãe me olha.

— Desculpe... O vovô vem aqui?? -a olho em choque.

Ela assentiu.

— Ok, alguma coisa bem polêmica deve ter acontecido. -ergo as mãos.

Me abano com uma mão enquanto a outra corta uma fatia de bolo.

— Quer dizer que Gohan Saito também vai vir... —assenti para o nada— passada, minha filha, mais passada do que esse pão com queijo.

— Para os Saito vir até aqui deve ser um babado muito forte. -digo mordendo o bolo.

— Querem ver você.

Aponto com o polegar para mim, as sobrancelhas erguidas.

Minha mãe assentiu.

— Tomara que seja pra dizer que virei herdeira deles ou que eu ganhei uma armadura para deixar de enfeite no quarto. -falo.

— Só pensa em desenho. -minha mãe me olha com tédio.

— É claro, desenhos quase nunca decepcionam. -falo.

Ela retirou os bolinhos da Lua do forno e os meus olhos brilharam como os de uma criança.

— Estão quentes. -ela colocou dois em meu prato.

— A nona maravilha do mundo. -assopro.

.

— Deveria ter seguido meu conselho e colocado aquela roupa. -minha mãe murmura para mim no aeroporto.

— Mãe, eu não iria vir enfeitada daquele jeito pra cá não, aquele vestido parece de carnaval. -faço careta.

— É da cultura dos seus avós, sua cultura também.

— Estamos no Brasil, a cultura é havaiana branca da bandeirinha e camisa do flamengo. -falo.

Ela acertou um tapa na própria testa.

— Eu escolhi uma roupinha comportada mas em casa eu coloco as havaianas e a camisa do flamengo. -digo.

Eu dou uma olhadinha do vestido que bate no meio das minhas coxas, preto com dragões vermelhos serpenteando.

Ela que me agradeça, usar preto nesse calor é pedir pra morrer.

— Você vai matar a sua avó.

— Minha avó não gosta muito de mim, sejamos sinceras, só quem gosta de mim é o vovô e ele é o único motivo pelo qual estou no aeroporto com um cartaz enorme e colorido nas mãos. -digo erguendo a cartolina com o nome do meu avô todo enfeitado e brilhante.

Minha mãe olhou para o cartaz e riu.

— Vão pensar que é protesto LGBT com tantos arco-íris desenhados.

— Já, já eu começo um sem nem ser LGBT. -falo.

Então vi de longe um casal de senhores e apenas pelas roupas casuais e orientais eu já sabia quem eram.

— Achei dois elementos importados ali. -aponto.

Minha mãe olhou e sorriu.

— São eles!

Eita que animação.

Larguei o cartaz e dei uma pequena corrida para abraçar o meu avô.

— Vovô, estava com saudades.

— Naomi. —ele sorriu de orelha a orelha— é bom vê-la, minha neta Cavaleira.

Eu sorri para ele.

— Está enorme e a cara da sua mãe. -ele disse me olhando admirado.

— E com traços do seu pai.. -minha avó entorta o nariz.

— Também é bom vê-la, vovó. -digo.

Ela balança a mão.

— Este país... Me dá sensações ruins.

— Não mais ruins do que as que tenho ao ver a senhora. -murmuro.

— O que disse?

— Nada.

— Tenho certeza de que falou algo.

— Impressão sua. -sorri.

Minha mãe veio em nossa direção.

—  お父さん、お母さん、会えてとてもうれしいです。(mamãe, papai, estou tão feliz em vê-los). -ela disse sorrindo.

Ah não, começou a língua Maia.

— ようやく彼らを訪ねる時間ができました、さくら。 (Finalmente tivemos tempo para vir visitá-las, Sakura). -disse meu avô.

— あなたの娘さんは適切な服を着ていません。(Sua filha não está usando roupas adequadas). -disse minha avó.

Eu a olho feio, ela acha mesmo que eu não sei o que ela está falando? Faça-me o favor.

Minha mãe sorriu nervosa.

— Aqui faz muito calor para roupas habituais. -minha mãe explica.

— Na verdade, nós não estamos no Japão, aqui a vestimenta é livre. -semiceddo os olhos.

Minha avó me olha de cima a baixo.

— Hum. -ela disse.

— Dois. -me viro.

Meu avô riu andando ao meu lado.

— Tenho presentes para você, só pode abrir quando chegarmos na sua casa, querida. -ele disse.

— Sério? Algo de CDZ? -meus olhos brilham.

Ele sorriu.

— Talvez.

*Até o próximo capítulo, deixem seu comentário e seu voto pfvr ❤️❤️💋*.

Referência: Naomi Saito.

Não achei foto melhor, perdão.

Continue Reading

You'll Also Like

1.8M 122K 89
📍Rocinha, RJ Quais as chances de encontrar paz e aconchego num lugar perigoso e cheio de controvérsias? pois é, as chances são poucas, mas eu encon...
100K 15.2K 45
╔ ៹ DREAM ⋆ ╝ rosalie hale fanfic! EM QUE... Rosalie Hale nunca esperou que seu maior sonho fosse possível em sua eternidade. ✦---------- ㅡ rosalie h...
296K 26.8K 55
Sem spoiler. plágio é crime⚠️
187K 20.6K 31
Beatriz viu sua vida mudar drasticamente aos 16 anos, quando descobriu que estava grávida. Seu namorado, incapaz de lidar com a situação, a abandonou...