Olá 👻
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– Tae, – Bo-young caminhou até a entrada, vendo o lúpus passar pela porta e logo atrás de si Hoseok – filhote, você está bem? Jimin nos contou que você passou mal ontem e foi embora, por que não voltou pra casa?
– Oi mamãe, eu tô bem, acho que bebi demais. – mentiu, passando pela mais velha e tentando chegar rápido em seu quarto pois precisava de um longo banho. Mas foi impedido pela ômega que segurou em seus ombros e o olhou de cima a baixo – O hyung e o Jungkook cuidaram de mim, agora tô bem melhor.
– Mesmo? – levantou uma das sobrancelhas e se afastou.
– Sim.. e não vim pra casa porque o apê do Kookie era mais perto. Eles ficaram nervosos e nem pensaram em nada.
– Hum...
Hoseok permaneceu em silêncio, não querendo estar ali, mas sabia ser necessário para que a mentira de Taehyung não fosse por água abaixo.
Tinham tomado vários banhos durante a manhã para que o cheiro de um não ficasse grudado no corpo do outro. E mesmo assim, mesmo sabendo que tinha apenas o seu cheiro, Hoseok ainda estava nervoso e agoniado.
E tudo só piorou quando ouviu os passos de Hyuk e Yoongi se aproximando, vindos diretamente da biblioteca.
Engoliu em seco e escondeu as mãos atrás de seu corpo.
– Taehyung, – o mais velho caminhou mais rápido – alguém batizou o seu copo, foi isso? Te drogaram pra tentar algo? Eu vou ir atrás das câmeras e ver quem tentou machucar o meu filhotinho!
O Jung sentiu suas pernas fraquejarem e a garganta trancar, se Hyuk conseguisse as imagens, saberia exatamente o que aconteceu.
E o Kim mais novo riu, já estava nos primeiros degraus da escada, tranquilo pois foi ele mesmo quem desligou as câmeras.
– Papai, não foi nada disso, pare de inventar loucuras. E eu tô bem, só tô muito cansado porque dormi muito mal a noite e.. – apontou para as próprias roupas, que eram de Jungkook – eu preciso de um banho e colocar uma roupa com o meu cheiro, as do Jungkookie estão ficando com o cheiro da noona.
Bo-young viu os dois alfas se aproximarem mais da escada, querendo ver com os próprios olhos se o ômega estava mesmo bem. Revirou os olhos para toda aquela proteção, rindo de quão exagerados eram.
– Vai pro banho então, tenta dormir um pouco e eu vou te chamar quando o almoço estiver pronto.
– Ta – o lúpus sorriu, correndo até seu quarto antes mesmo de ter mais questionamentos vindos de Yoongi e seu pai.
Bo-young virou o corpo, encarando o alfa que ainda continuava na porta – Hoseok, obrigada por cuidar do Taehyung ontem, Jimin nos avisou e já fazia algumas horas que vocês tinham saído de lá, ficamos preocupados.
– Eu te liguei, mas você não atendeu – Yoongi cruzou os braços ao falar – achamos que teria sido melhor levar o Tae ao hospital caso ele tivesse tomado alguma droga sem saber.
– Não foi nenhuma droga, ele só ficou muito bêbado mesmo. – comentou, feliz pelo tom de voz não soar desesperado – Mas agora tá tudo bem, né...
– Sim – Hyuk sorriu aliviado – obrigado, estou te devendo mais uma.
– Imagina...
– Fica pro almoço?
– Não, já combinei de ir na casa dos meus pais. E na verdade.. – olhou o relógio – já tô atrasado, preciso mesmo ir.
Se despediu às pressas, novamente querendo fugir do olhar desconfiado de Yoongi. Ouviu mais alguns agradecimentos de Hyuk e Bo-young, que sequer pareciam desconfiar de algo errado em toda aquela mentira, mas o Min mais novo tinha uma pulga atrás da orelha e Hoseok notou.
Fechou a porta e entrou em seu carro, saindo da mansão sem olhar para trás. E só então respirando fundo e riu, mordendo os lábios enquanto lembrava da noite com Taehyung.
– O demônio é bom em tudo, puta que pariu. – suspirou, seu carro ainda tinha o cheiro do ômega – Daria qualquer coisa pra ter ele em cima de mim mais uma vez.. droga Taehyung!
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Dias depois 🍃
Hoseok passava uma toalha nos fios molhados observando tranquilamente a chuva forte que caía do lado de fora. Há quinze minutos seus pais e seu irmão estavam ali se despedindo, já que partiria na manhã do dia seguinte. E MJ não pode ficar mais feliz ao ganhar o carro do irmão, dizendo que nunca o julgou por ter comprado algo tão caro apenas para agradar um riquinho qualquer.
O alfa sequer ligou para as provocações do mais novo, pois não sentiu arrependimentos em ter ficado com Taehyung e ter feito os gostos do lúpus.
A noite em que passaram juntos ainda estava fresca em sua memória, era capaz de sentir os toques, ouvir os gemidos, os pedidos e as ordens do ômega. Se pudesse, com toda certeza queria ter mais uma noite com ele.
Mas sabia que Taehyung era apenas de uma noite, já estava aceitando o fato.
E por mais que ferisse seu ego saber que foi apenas mais um do lúpus, ainda era surreal tudo o que passaram ali naquele quarto de hotel.
Suspirou, colocando a toalha em volta de seu pescoço e rindo de seus próprios pensamentos.
Era culpa de seu lobo, apenas isso.
– Esse diabo acaba com minha vida mesmo sem tá presente – resmungou, se jogando no sofá – inacreditável...
Ligou a TV apenas para que algo fizesse barulho e parasse de ouvir seus pensamentos e seu lobo, pegou o telefone ao lado do estofado e ligou na recepção, pedindo sua janta.
E acabou tomando um susto quando cinco minutos depois a campainha soou.
– Tão rápido?
Levantou, ignorando o fato que usava apenas uma calça e a toalha ainda estava no pescoço.
Abriu a porta com um sorriso, pronto para agradecer e dispensar o funcionário, mas seu olhar travou na imagem de Taehyung ali em sua frente, completamente encharcado e ofegante.
– O que.. o...
– Soube que você vai embora amanhã – o ômega interrompeu – não iria me contar?
– Você sabe que preciso voltar – respondeu sem compreender aquela conversa – apenas adiei por causa do seu aniversário, lembra?
– Sim, mas... – mordeu os lábios e cruzou os braços – Mas tão rápido? Não passou uma semana desde sábado.
– Não posso ficar mais Taehyung, tem assuntos na empresa que só eu posso resolver.
Revirou os olhos, passando a manga da blusa molhada no rosto – Eu sei, mas sabe.. – se aproximou, tocando no peitoral nu, o vendo ficar arrepiado – você bem que poderia ter implorado por mais uma noite comigo, eu iria gostar...
Hoseok continuou encarando o mais novo por longos minutos, imóvel.
Até que começou a rir e negar com a cabeça, o que deixou o ômega ainda mais bravo, desferindo um soco em seu peitoral.
– Se você também quer, porque eu tenho que implorar? – perguntou, segurando nos pulsos e o puxando para si – Gostou tanto assim? Mas foi você mesmo que disse que não repete foda.
– Por que você não toma no cu? Se não quer, vou atrás de outro alfa e...
– Odeio quando você faz isso – rosnou descontente, o puxando para um beijo desastrado.
Sentir o gosto e o cheiro de chocolate com pimenta mais uma vez, era tudo o que desejava. E daquela vez iria gravar cada detalhe de Taehyung.
Fechou a porta, não esperando mais nada para tirar a roupa molhada e levá-lo ao quarto.
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Hoseok estava sentado na cama por alguns minutos, Taehyung dormia e era observado. Precisava ir embora ou perderia o avião, mas no fundo não queria deixá-lo.
E se odiava por ter aqueles sentimentos justamente por conhecer a verdadeira face do ômega. E também por ele ser quem era, filho e irmão de pessoas que o alfa não queria jamais enfrentar.
Respirou fundo outra vez, tocando nos fios louros desgrenhados e ouvindo seu lobo choramingando.
Mexeu a cabeça para os lados e enfim saiu do quarto, pegou sua mala e não olhou para trás quando deixou aquele quarto de hotel. Tinha algo irritante dentro de si, mas quando chegasse em Nova York isso passaria, nem que precisasse focar todas as horas do seu dia no trabalho.
Ninguém morre por conta de uma paixão, certo?
Chegou até a recepção e sorriu para a funcionária que estava ali.
– Bom dia, quero fazer o check-out. – a outra concordou, digitando rapidamente, mas parou quando o Jung tornou a falar – Mas vou pagar mais uma diária, tem uma pessoa lá, não quero que o acordem, apenas o deixe dormir, vou arcar com os custos a mais.
– Sim senhor.
Virou o corpo e ficou olhando na direção do elevador, imaginando o que aconteceria caso Taehyung aparecesse ali outra vez e implorasse por si, como fez na noite passada. Mas se deu por vencido depois de longos minutos, foi apenas mais uma vez, a última.
Acertou os últimos detalhes e foi em direção a saída, onde um táxi já esperava por si.
Deu um meio sorriso quando entrou no automóvel, com toda a certeza não seria nada fácil esquecer aquele ômega diabo.
Taehyung estava marcado em si.
Enquanto isso, o lúpus estava na cama, olhando para o teto com os braços abertos, tocando com a ponta dos dedos o travesseiro que minutos atrás o alfa estava e que ainda tinha o seu cheiro.
Bufou, descontente consigo mesmo e com seu lobo, que agora choramingava e pedia para ir atrás de Hoseok.
– Droga, não era pra isso acontecer. – fechou a mão em punho e bateu na cama – Que merda em lobo boiola, olha o que você aprontou..
Mordeu os lábios e fechou os olhos.
– Preciso de um novo desafio, é isso!
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Meses depois 🍃
– Cheguei.
– Tô na cozinha.
Yoongi retirou o calçado e caminhou até o cômodo, sorrindo largo ao ver Jimin mexendo em uma panela enquanto lia algo em seu celular.
– Casa comigo? – perguntou, arrancando uma gargalhada do mais novo.
– Não, preciso terminar a faculdade.
O alfa revirou os olhos, retirando o celular das mãos do ômega e o virando no balcão para beijá-lo de forma lenta.
– Senti saudades, essa semana você me ignorou – escondeu o rosto na curvatura do pescoço do mais novo, mordendo a pele exposta e arrancando outra gargalhada.
– Semana de provas, você sabe o quanto fico focado.
– Blá, blá, blá.
– Mas hoje é sexta, vou passar o final de semana aqui.
– Sem festas?
– Sem festas.
– Ótimo. – segurou no balcão, prendendo Jimin entre o móvel e ele, mudando um pouco de humor quando o encarou – Agora você está encurralado, não vai fugir dos meus questionamentos e...
– Ah não Yoon, de novo isso?
– Jimin, qual é? Por que é tão difícil me contar que porra tá acontecendo?
O ômega cruzou os braços e revirou os olhos – Já disse os motivos.
– Foda-se, é o meu irmão.
– Yoongi...
Foi interrompido, o que o fez respirar fundo mais uma vez.
– Não me venha com "nada tá acontecendo", caralho Jimin, o Tae até mesmo parou de ir pra faculdade, decidiu trancar o curso. Eu só quero saber quem é a porra do alfa que deixou meu irmão desse jeito.
– Hyung, – segurou nas bochechas do lúpus, apertando – o Tae sabe bem o que faz e sabe se cuidar. Pare de ser superprotetor com ele.
– Ele tá triste há meses, eu só quero saber e quem sabe ajudar!
– Ou matar o pobre do alfa que não fez nada.
– Jimin!
– Yoongi, – falou sério, fazendo o alfa ficar calado – já disse e vou repetir pela última vez: nenhum alfa fez mal ao Tae, ele só se apaixonou e fim. Não adianta você querer saber quem é e ir atrás pra obrigar o cara a ficar com o seu irmão, não é assim que as coisas funcionam.
– Mas...
– Sem "mas", cale a boca que eu tô falando. – o fuzilou, vendo o lúpus abaixar os ombros – Você é meu alfa, meu namorado, mas sabe desde o começo que o Tae é meu melhor amigo e que se ele não falou nada, não sou eu que vou abrir minha boca e acabar com a confiança entre nós dois.
Yoongi se afastou a contragosto, compreendia Jimin e os segredos entre ele e Taehyung nunca foram um problema, mas agora era diferente porque estava preocupado com o ômega.
Jimin tornou a se aproximar e tocar com carinho no rosto do mais velho.
– Sei que tá preocupado e se fosse uma coisa muito séria, eu não iria esconder de você. Mas tá tudo bem, o Tae só tem que aceitar algumas coisas e crescer um pouco, ele precisa de um pouquinho de choque de realidade e entender que nem tudo gira em torno das vontades dele.
– Da parte do meu pai, gira sim.
– Sim, eu e o Jungkookie sabemos, por isso ele é assim. – sorriu, negando com a cabeça – Mas nós amamos esse jeitinho insuportável e riquinho nojento do Tae.
– Que linda forma de demonstrar amor.
– É o meu jeitinho, você sabe.
Suspirou, concordando e voltando a abraçar o namorado – Tem mesmo certeza que esse alfa não fez nada de ruim ao Tae?
– Tenho Yoon, tá tudo bem. Ele não vai morrer de amor.
– Tenho minhas dúvidas..
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Dias depois 🍃
– Olha o que trouxe pra você, filhote.
Taehyung estava deitado em sua cama com um travesseiro cobrindo seu rosto, ouviu a voz abafada de sua mãe e logo em seguida escutou as patas no chão e soube que Yeontan correu para fora do quarto.
Mas nem mesmo ele poderia julgar o cachorro, já que não suportava mais viver naquele mau-humor que estava.
Não aguentava mais o estresse, as pessoas em sua volta e principalmente os sócios de seu pai empurrando seus filhos para cima de si.
Já tinha aceitado que estava mesmo apaixonado por Hoseok - mas ninguém ouviu isso saindo de sua boca, a afirmação aconteceu apenas para seu lobo carente - e estava odiando aqueles sentimentos novos.
Odiava não sentir mais vontade de ficar com outras pessoas ou os cheiros não serem agradáveis.
Até tentou ficar com Mingyu outra vez, mas não passaram de alguns beijos e mãos bobas. Depois disso, apenas deixou o alfa plantado em seu apartamento, de pau duro e sem explicações quando pegou sua bolsa e saiu sem rumo.
E não sabia explicar como tudo isso começou a se desenvolver, como ficou apaixonado. Afinal, ficaram apenas duas vezes, como poderia algo tão estranho surgir em si?
Obviamente era tudo culpa de seu lobo carente, não havia outra explicação.
E com o passar das semanas, acabou entrando em uma tristeza que sequer sentiu durante toda a sua vida. Sentia falta do alfa, do cheiro viciante e das provocações.
Até mesmo trancou a faculdade porque já não suportava aquelas pessoas, os cheiros e as bajulações que recebia apenas porque queriam algo em troca.
Estava doente, tinha certeza.
– Bebê, fala comigo – Bo-young o chamou outra vez, sentando na ponta da cama e deixando uma bandeja com frutas em sua frente – vai Tae, me falaram que você não comeu nada hoje.
– Tô de dieta – resmungou.
– Dieta garoto, está maluco? Vai sumir desse jeito.
– Omma, não tô com fome.
– Calado, vai, abre a boca que vou fazer aviãozinho.
O mais novo começou a rir e o travesseiro que estava em seu rosto foi tirado com certa violência, sendo arremessado do outro lado do quarto pela ômega. A Min sorria enquanto espetava um pedaço de melancia com o garfo.
– Senta, vou cuidar de você como fazia quando era um filhotinho.
Suspirou, fazendo o que ela mandou, cruzando as pernas e colocando um novo travesseiro entre elas. Rindo alto quando recebeu a fruta na boca.
Comeu alguns pedaços em silêncio, mas notava que Bo-young queria falar, por isso apenas respirou fundo, sabendo que falariam algo que não queria.
– Eu sei que você quer falar, então não enrole..
– Estamos preocupados com você, querido. Seu pai vai ficar calvo se continuar assim, ele está quase infartando de preocupação.
– Eu já disse que não é nada, eu só cansei da faculdade. – pegou o garfo e colocou alguns morangos na boca – Daqui uns dias já acho outra coisa pra ficar vidrado, é sempre assim.
– Está falando pra me convencer ou pra fazer isso consigo mesmo?
O lúpus abriu a boca para responder, mas desistiu no último minuto e apenas colocou mais frutas em sua boca.
E esse ato fez a Min rir – Tae, não precisa ser sincero comigo, mas eu sei o que está acontecendo e jamais vou te julgar.
– Sabe? – levantou uma das sobrancelhas.
– Sim, você e o Hoseok estão juntos.
Arregalou os olhos, engasgando com a comida no mesmo momento. Sequer ouvindo que sua mãe falava aquilo com tranquilidade.
– Omma! – bateu em seu próprio peito, tossindo e tentando recuperar o fôlego perdido – Quem falou isso pra você? É mentira!
A mais velha apenas continuou o encarando, sentindo o cheiro de chocolate com pimenta ainda mais forte e intenso. E toda a preocupação de Taehyung a fez rir, cobrindo a boca no processo.
– Mãe!
– Tae, – limpou o canto dos olhos, negando com a cabeça – ninguém me contou, eu percebi.
– Percebeu o que? – estava desesperado, sentindo que seu coração sairia pela boca.
Deu de ombros, tocando com carinho no rosto do ômega – Querido, eu finjo não ver muita coisa, mas não sou inocente como o seu pai e o seu irmão. Bastava apenas olhar a forma que vocês se encaravam, estava transparente como a água.
Taehyung deixou o garfo de lado, cobrindo a boca para que não saísse um grito que demonstrasse todo o seu espanto e choque. Desde o início achava que ambos escondiam bem o que queriam, claro, Hoseok às vezes não se ajudava, mas Yoongi e Hyuk eram lerdos o suficiente para nunca notarem.
– E tudo fez ainda mais sentido quando você insistiu tanto pra ele ficar na sua festa de aniversário e depois sumiram de lá, aparecendo só no outro dia. Estava fraco, mas eu senti o cheiro dele em você, por isso te mandei ir pro banho.
O Kim ainda estava com os olhos arregalados enquanto sua mãe se divertia contando tudo o que sabia há meses.
– E naquela noite em que seu pai comentou que Hoseok iria embora pela manhã, você sumiu daqui e voltou no outro dia cabisbaixo. Desde então você só fica fechado no quarto com o seu cachorro e quase não sai mais pra festas com os meninos.
– V-você contou pro meu pai? – sua voz saiu baixa.
– Não, nem ao Yoongi. Também conheço aqueles alfas, sei o inferno que fariam na vida do pobre do Hoseok.
– Mamãe...
– Estou certa, não estou? Você gosta do Hoseok?
Não iria responder, assim como estava fazendo em todas as vezes que Jimin e Jungkook insistiam naquela conversa. Era um ômega independente, não se apaixonava por nenhum alfa e não queria estragar aquela imagem.
Mas mesmo que ninguém acreditasse no que falava, ainda insistia para si mesmo. Não entendia exatamente porque fazia isso, talvez fosse para não ferir seu ego de quem jurou nunca se apaixonar por ninguém.
Mas ali, olhando para sua mãe que esperava com calma e um sorriso no rosto, não conseguiu mentir.
– Gosto – deixou os ombros caírem – que droga, eu gosto dele. E nem sei como isso aconteceu.
– Tem coisas que é melhor nem procurar uma explicação.
– Mas eu não queria!
Riu – Ninguém procura querer filhote, só acontece.
– Que merda, eu estava muito bem com a minha vida antes. – cruzou os braços – Aí esse alfa aparece e me deixa todo coisado.
Bo-young começou a gargalhar, enquanto o outro continuava bravo.
– E sabe o que é o pior mamãe? Mesmo não querendo essa coisa, eu só queria ficar perto dele. – choramingou – Eu tô doente, só pode ser isso.
– Doente Tae? De onde tirou isso?
– De tudo o que tô sentindo – bufou, batendo no travesseiro – odiei sentir essas coisas, é horrível. Não gosto mais de ir pra faculdade porque tem muitos alfas irritantes, não tenho vontade de sair e ficar com outras pessoas, não tenho vontade nem de ficar perto do Jungkookie e do Mini porque sei que eles vão ficar insistindo nisso de apaixonado.
Bo-young piscou algumas vezes, sentando no meio da cama e cruzando as pernas assim como o lúpus fazia.
– Não entendo filhote, qual o problema de se apaixonar?
Abriu a boca para responder o que já era um mantra em sua vida: prefiro ser solteiro e ter minha liberdade a qualquer momento.
Mas engoliu aquelas palavras antes mesmo de falar, porque já não era mais verdade.
Então qual era o problema? Talvez nem mesmo soubesse.
Ou sabia, mas não queria falar.
– Se abre comigo – a ômega insistiu mais uma vez ao ver o lúpus hesitar, segurando em suas mãos e acariciando – sou sua mãe, mas também sou sua amiga. E também sou ômega, posso entender tudo o que você está sentindo.
Taehyung mordeu os lábios e fechou os olhos, sussurrando – E se não for recíproco? E se eu me declarar e receber um pé na bunda? Eu morreria de vergonha... E de dor, porque meu lobo ficaria muito chateado.
– E você acha mesmo que não é recíproco?
– Se fosse ele tinha me mandado alguma mensagem durante esses meses – resmungou ainda mais descontente, o que fez a Min prender um riso.
– E você mandou alguma mensagem?
– Não...
– E queria que ele corresse atrás?
– Sim, ele é o alfa!
Bo-young até tentou segurar o riso, mas foi mais forte que si. Começou a gargalhar, recebendo um olhar incrédulo de Taehyung.
Passou alguns minutos rindo, até notar que o cheiro de chocolate com pimenta estava muito mais amargo do que o normal.
– Desculpa filhote – respondeu, limpando o canto do olho – é engraçado.
– Você me odeia omma?
– Eu amo você Tae, mas vamos combinar que você é muito mimado e um pouquinho sem noção.
O lúpus soltou as mãos e cruzou os braços, fuzilando a mais velha que voltava a rir de sua indignação.
– Não esqueça que vocês me criaram assim – bufou, virando o rosto para o lado.
– Me desculpe filhote, não queria rir, mas precisa entender que às vezes as pessoas não vão adivinhar o que você quer. – respirou fundo, tocando com carinho na perna do lúpus – Tenho certeza que Hoseok não te mandou nenhuma mensagem porque achou que você não queria mais nada, que talvez foi algo de momento e que iria passar.
– Isso quer dizer que pra ele foi assim então..
– Bom, não sei dizer. Mas você não deveria tentar descobrir o que ele sente?
– Não quero ser rejeitado..
– E se não for? – segurou no queixo do Kim e atraiu o olhar outra vez, sorrindo de forma terna – Imagino que deve ser ruim uma rejeição, mas prefere ficar com essa dúvida pra sempre? E se ele sentir a mesma coisa, você vai mesmo deixar ele escapar?
Taehyung mordeu os lábios, sem ter respostas.
– E se acontecer mesmo dele não gostar nadinha de você, talvez seja melhor descobrir agora, porque você vai conseguir seguir em frente e talvez encontrar uma nova pessoa ou apenas continuar do jeito que você estava antes.
O mais novo afastou as frutas que ainda estavam na vasilha e colocou a cabeça no colo de Bo-young, recebendo um cafuné enquanto pensava nas palavras que acabou de ouvir.
– Não custa tentar?
Ouviu mais uma vez, o que fez seu lobo concordar sem parar.
Suspirou alto – Não sei mamãe... Eu acho que sim?
A encarou, vendo a ômega acenar com a cabeça e um sorriso largo em seus lábios.
– Vai que no futuro não surge algo mais sério entre vocês dois... Ah, meus netos seriam tão lindos...
– Não viaja omma – riu, dissipando aquele clima estranho – ele mora do outro lado do mundo. E o papai e o hyung matariam ele quando soubessem.
– Esqueça o seu pai e o Yoongi – bufou – vai viver sua vida dependendo do que aqueles dois pensam?
– Eu gosto deles serem assim.
– E vai deixar essa sua paixão pelo Hoseok passar então?
Ficou em silêncio.
Ainda era difícil admitir, era estranho quando falava em voz alta. Talvez existisse um bloqueio em seus sentimentos, mas não gostaria de descobrir naquele momento, já eram muitas dores de cabeça para a sua vida.
– Sabe o que você devia fazer? – Bo-young tornou a falar depois de longos minutos naquele silêncio – Uma viagem.
O lúpus a encarou outra vez.
– Você trancou a faculdade mesmo, pode sair por aí sem rumo e encontrar algo que te dê vontade de viver novamente.
– E pra onde eu iria?
– Você ama Paris, pode ir pra lá. Ou talvez o Brasil, Canadá.. Nova York...
Taehyung tornou a sentar, seu coração bateu mais rápido apenas com o pensamento de estar outra vez na mesma cidade que Hoseok.
E seu lobo amou a ideia.
– Você escolhe – a ômega continuou.
– M-mas o que eu faria em Nova York? – gaguejou, o que fez sua voz sair mais baixa.
– Por que não descobre quando chegar lá? – deu de ombros – Vai que uma coragem repentina surge em você..
Piscou atordoado, querendo fazer as malas naquele instante e ir para o aeroporto.
Riu baixo, negando com a cabeça – Mas tem o Yeontan e o papai e...
– Filhote, deixa que com o seu pai e o Yoongi eu tomo as rédeas, eles não vão ser um problema. – acariciou a bochecha rosada do lúpus – E quanto ao Tan, você pode levar junto. Basta apenas você querer.
Taehyung mordeu os lábios, a euforia de seu lobo não o deixava em paz.
– E você quer?
Ouviu aquela última pergunta, mas sequer respondeu já que Bo-young o deixou sozinho no quarto.
Sozinho com seus pensamentos e questionamentos.
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Semanas depois 🍃
Taehyung parou em frente ao enorme edifício comercial e o observou em silêncio por alguns minutos. Era a primeira vez que conhecia aquela filial e para si, era como as outras: sem graça.
Seu coração batia estranhamente rápido e seu lobo estava animado mesmo depois de uma longa viagem.
Tinha chegado na tarde do dia anterior e não conseguiu fazer nada além de deitar na confortável cama do hotel e dormir por longas horas. Recuperando assim toda a vida que perdeu naquela viagem.
Também cuidou de Yeontan que trouxe consigo, já que não conseguia mais se afastar do animal e para si era cruel demais deixá-lo em Busan.
Agora, perto das seis da tarde, decidiu sair e ir atrás do alfa que tinha deixado seu coração daquele jeito estranho e que ainda se negava a falar em voz alta.
Tomou um longo banho e se arrumou como há semanas não fazia. Hidratou o cabelo e passou um dos cremes caros que tinha, mas que deixava seu cheiro ainda mais atrativo.
Queria fazer Hoseok perder a fala tamanha surpresa que teria.
Riu, mexendo a cabeça para os lados e adentrando o edifício.
E como sabia o quanto o alfa era louco por suas saias, optou por usar uma mini-saia verde claro e um cropped, que deixava sua cintura à mostra, para que o Jung também pudesse ver a jóia que usava.
Estava produzido pois não aceitava nada menos que o alfa perdendo a cabeça, como era em todas as vezes em que se viam.
Conseguiu permissão para ir até o último andar, onde ficava o CEO e aquelas coisas que o Kim já estava acostumado. E ficou ainda mais feliz ao não precisar ligar para Hoseok para permitir sua entrada.
Aquela era a parte boa de ser o filho do dono da empresa, não importava em qual lugar fosse, todos conheciam seu rosto.
Saiu do elevador quando enfim chegou no andar, não queria admitir, mas estava nervoso e um pouco ansioso. Suas mãos até suavam e sua garganta estava seca. E seu cheiro um pouco mais intenso que o normal.
Mas colocou seu melhor sorriso, fingindo que nada o abalava e caminhou até a mesa da secretária.
– Oi, eu queria ver o Hoseok hyung.
Estava tão nervoso que acabou esquecendo que precisava falar em inglês, mas a mulher apenas sorriu em sua direção, falando no seu idioma.
– O senhor Jung teve uma reunião externa e não iria mais voltar pra cá. É algo importante? posso ligar pra ele.
– Ah.. – murchou, todos os seus planos indo por água abaixo.
Pensou em tudo e acabou esquecendo a coisa mais simples de alguém cheio de serviço como era Hoseok. E tinha exemplos claros em sua vida: seu pai e seu irmão.
Ficou parado enquanto era observado pela mulher, já estava imaginando o quanto sua noite seria tediosa e passaria mais um dia sem sentir o cheiro de vinho tinto que grudou em sua memória.
Mas mesmo que não pensasse positivo, o universo decidiu dar uma forcinha ao ômega.
– Kim Taehyung?
O lúpus ouviu seu nome e virou o corpo, encontrando um alfa com uma pasta em mãos, o terno perfeitamente alinhado e um óculos na ponta do nariz. Ele tinha um olhar sério, mas o tom de voz era calmo, além de notar a surpresa ao pronunciar seu nome.
– Você é o filho do Kim-Jang Hyuk, não é? – continuou.
– Sou sim.. e você é..?
– Oh, me desculpe – riu nervoso, trocando a pasta de mão e a estendendo para um cumprimento – me chamo Seokjin, trabalho aqui na empresa como advogado.
– Ah.. oi, mas eu já estava de saída – respondeu não tão animado.
– Veio atrás do Hoseok? Ouvi você perguntando dele.
– Sim, mas o hyungie não tá – suspirou.
E aquele ato fez Seokjin segurar uma risada, limpando a garganta quando voltou a falar – Por que não vai até a casa dele? Eu estava falando com ele, disse que vai ficar lá hoje analisando algumas propostas.
O ômega cruzou os braços, pensando por alguns segundos – É que eu queria fazer uma surpresa, ele não sabe que estou aqui. Aí se eu for lá no prédio, vão avisar ele e vai perder toda a graça.
Seokjin riu, acenando com a cabeça – Entendo..
– Bom, amanhã eu tento de novo.
– Ou eu posso te levar até lá.
Taehyung levantou uma das sobrancelhas, não compreendendo o porque aquele alfa queria tanto ajudá-lo.
– Não me leve a mal – o mais velho explicou assim que notou o cheiro de chocolate com pimenta mudar – sou amigo do Hoseok e ele falou muito de você. Acho que está com saudades.
Taehyung desfez todo o ar carregado que estava em sua volta, interessado no que Seokjin tinha para dizer.
– Mesmo?
– Sim. E acho perfeito ele ter uma surpresa hoje, aposto que teria uma parada cardíaca te vendo.
Arrancou uma risada de Taehyung, que ficou ainda mais empolgado.
– Eu tenho a entrada liberada lá, então posso te levar e assim você faz a sua surpresa.
– Ok, você me convenceu.
– Então vamos? Eu já estava de saída.
O Kim concordou, batendo palmas – Agora tô ainda mais animado.
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Hoseok tinha recém tomado banho quando recebeu uma mensagem de Seokjin falando que iria até seu apartamento. E revirou os olhos já imaginando todas as coisas chatas que ouviria do amigo.
Já havia algumas semanas que o alfa estava insistindo para que fosse em alguns jantares ou festas em busca de alguém que suprisse aquela solidão que estava sentindo.
Mas o Jung apenas ignorava pois não queria ninguém.
A verdade é que mesmo em pouco tempo, acabou se acostumando com o caos que Taehyung criou em sua vida. E tinha gostado.
Era ridículo pensar que se sentia um adolescente fazendo coisas erradas quando estava com o lúpus. Mas essa era a realidade.
Por noites deitava em sua cama e começava a rir lembrando das loucuras que fez com ele e em como conseguiram escapar de qualquer suspeita de Hyuk e Yoongi.
Estava feliz que sua cabeça ainda continuava em seu pescoço.
Mas também não via a hora de poder ir de novo para a Coreia e aquele jogo entre ele e Taehyung continuasse da forma mais deliciosa que conhecia.
Havia recém saído de seu cio, mas parecia que ainda estava, já que apenas ao lembrar da pele, do cheiro e dos gemidos do lúpus, já ficava louco de tesão.
Queria mais uma noite com Taehyung.
Ou talvez duas...
Ou três...
Quem sabe um mês inteiro...
Seu lobo estava ficando louco pelo ômega e o humano até sentia medo de um dia o animal tomar completamente o controle e ir atrás dele sem pensar nas consequências.
As consequências. Hoseok vivia pensando nelas e em toda a merda que poderia acontecer.
Mas enfim, não tinha um motivo para pensar, não é? Estava bem longe de Busan, muito longe. Taehyung não poderia atormentá-lo, não ali.
– E se eu for atrás de um ômega diabo? – perguntou olhando para o espelho, penteando os fios úmidos.
Mas fazer aquilo e falar aquela frase apenas o fez gargalhar e mexer a cabeça para os lados.
– Tô viajando, acho que é impossível existir um mais demônio que o Taehyung.
Ouviu a campainha tocar e revirou os olhos, saindo do quarto e passando pela sala.
– Eu não recebo pra aguentar o Jin, como faz pra pedir demissão dessa amizade? Não faz nem três horas que a gente se viu.
Não olhou no olho mágico até porque sabia quem era, mas também não se apegou a um fato de que Seokjin sabia a senha da porta, bastava apenas ele entrar.
Abriu a porta, ponto para o seu monólogo de reclamações e xingamentos. Mas parou antes mesmo de uma palavra sair de sua boca.
O cheiro que sentiu apenas o fez lembrar das duas noites que passou com o ômega, seus dedos formigaram em desejo de sentir aquela pele macia, de tocá-lo e marcá-lo.
Seu olhar subiu, assim como da primeira vez que o viu naquele bar.
Umedeceu os lábios de forma automática, ah.. como tinha sentido saudade daquelas malditas saias. E nunca esqueceu de como aquela joia ficava em volta da cintura fina do lúpus.
Seus olhos pararam no rosto do Kim, que sorria de canto.
– Sentiu saudades hyungie?
Riu anasalado, seu membro começava a ficar duro.
– O que faz aqui?
– Não é óbvio? – se aproximou.
Porém antes que pudesse tocar no alfa, Hoseok o puxou para dentro da casa e o jogou contra a parede ao lado da porta. Fechou os olhos, inspirando o cheiro viciante do lúpus e notando que os feromônios já se espalhavam pela casa.
Suas mãos, que estavam na cintura, desceram até a bunda apenas para confirmar que Taehyung já tinha lubrificação molhando a cueca.
– Vim matar os seus desejos – o mais novo continuou, segurando com força nos fios molhados – e soube que você tem vários.
– Viciou em mim, é? – debochou, lambendo o pescoço.
– Não se ache alfa, eu só quero uma coisa de você.
– Transar até ficar sem forças?
Sorriu largo, sem responder o mais velho.
Apenas o afastou, segurando na gola da camisa e o puxando em direção ao quarto, que ainda não sabia onde era, mas logo conheceria todos os cantos daquele apartamento.
Hoseok suspirou, fechando a porta com o pé e seguindo Taehyung como o bom cachorrinho que era.
Tinha sido adestrado com sucesso por aquele ômega diabo.
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Yoongi entrou na sala da presidência assim que a secretaria saiu, vendo Hyuk sorrindo para o celular e suspirando.
– O que foi? – perguntou, fechando a porta e sentando em frente a mesa – Ganhou alguma nova empresa ou algo assim?
– Não, apenas descobri pra onde o Tae foi e que ele está bem.
– Sim, ele enviou uma mensagem no nosso grupo dizendo que chegou bem, você foi o primeiro a ler – revirou os olhos para o quão dramático seu pai era – não tô entendendo a felicidade appa.
– É que ele não quis contar pra onde iria, mas minha secretária descobriu.
– Hum.. e pra onde ele foi? – cruzou as pernas e recebeu o olhar alegre do mais velho.
– Nova York, não é ótimo?
O alfa mais novo deu de ombros para a pergunta e Hyuk apenas continuou.
– Com ele lá eu não preciso ficar tão preocupado, até porque tem o Hoseok pra cuidar do meu filhotinho! – fechou os olhos e encostou a cabeça na cadeira – Essa vida de pai de ômega tá me deixando mais velho de tanta preocupação, você vai saber quando tiver o seu filho.
– Não vai ser tão rápido, não fique feliz.
– Insuportável!
– Mas é estranho o Tae ir pra lá, ele nem gosta de Nova York e das pessoas de lá.. por que faria isso?
– As pessoas crescem Yoon, o Taetae tá crescendo.
Encarou o mais velho que começou com um enorme discurso sobre o momento em que teria um infarto ao ver o ômega com um alfa.
Yoongi passou as mãos em seu rosto, respirando fundo pela milésima vez no dia.
Ainda estava frustrado com a mudança do irmão, para si era inaceitável que um alfa tivesse quebrado seu coração e o deixasse no fundo do poço.
Porque ninguém poderia negar que Taehyung era lindo e desejado, sabia bem pois sempre precisava afastar os alfas.
Até mesmo alguns amigos de sua faculdade tentaram se aproximar, mas Yoongi não permitiu. Hoseok foi o unico que ficou mais próximo do outro.
Tão próximos que até estranhou, mas depois percebeu que não era nada de mais.
Isto é, até aquele momento.
Acabou lembrando de todas as vezes em que estiveram juntos e Hoseok sempre ficava nervoso, ele tentava disfarçar e Yoongi sempre tentava ignorar.
Mas o alfa sempre estava calmo e mudava da água para o vinho quando Taehyung chegava.
Também teve o aniversário em que para si foi a coisa mais estranha que o Jung fez, já que o trabalho sempre estava em primeiro lugar na sua vida. Mas cancelar sua volta para casa apenas por uma festa? Não fazia sentido.
E outra coisa que o deixou sem dormir por dias foi o sumiço dos dois da festa. A conversa sobre muita bebida que Taehyung tomou, jamais colou. Porque sabia que se isso acontecesse, a primeira pessoa que o irmão procuraria, seria Jimin.
E todas as vezes que seu próprio ômega disse que não falaria nada sobre a vida do amigo, só deixava toda aquela situação ainda mais suspeita.
O alfa era alguém conhecido, por isso ninguém comentava quando ele ou Hyuk perguntavam.
Arregalou os olhos e bateu na poltrona, assustando o mais velho que agora franzia o cenho e cobria o nariz.
– Credo, por que seu cheiro está azedo? Quer me matar?
– O alfa, o idiota que deixou o Tae daquele jeito.
No mesmo instante a alegria de Hyuk sumiu, dando lugar a uma leve fúria, que crescia toda vez que tocavam naquele assunto.
– Você descobriu quem é o miserável?
Riu descrente, negando com a cabeça – Só pode ser uma pessoa, como a gente não percebeu que ele ficou desse jeito desde a viagem?
– Que viagem Yoongi? Fale o que sabe que eu vou atrás desse desgraçado agora mesmo. Ele machucou meu filhotinho.
– O alfa é o Hoseok, pense um pouco e tudo vai bater com as datas que ele estava aqui e quando foi embora.
Hyuk prendeu a respiração, parando por minutos para pensar em tudo, mexendo a cabeça para os lados em negação.
– Não...
– E o Tae ir pra Nova York agora? Quer outra prova de que eles estão juntos?
– O Hoseok não faria isso.. ah não, – bateu na mesa e fuzilou a janela, tendo a imagem do alfa fresca em sua mente – eu vou matar esse alfa desgraçado!
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Fim 👻
muahahaha vcs nunca vao saber onde vai ta a cabeça do hoseok depois que o hyuk e o yoon cortam ela uahauahauaahua
espero que tenham gostado, beijo e até a proxima 🍷🍫🌶️