Quem é o marginal?

By luaa_yz

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Hinata Hyuuga, uma estudante tímida e perdidamente apaixonada por Sasuke Uchiha, decide finalmente se declara... More

Capítulo Único

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By luaa_yz

☽ E o ciclo 01 do @SasuHinaUniverse (no spirit fanfics) veio com tudo! Já leram as fanfics que já foram lançadas? Elas estão perfeitas!

☽ E eu, é claro, não poderia ficar de fora dessa. Eu espero que gostem dessa pequena colaboração.

☽ Créditos total à @uchinata pelo helper, @vexahlia pela belíssima capa e @Luuh_Hatakee pela betagem.

☽ AVISO: essa fanfic aborda bullying e violência. Se você é sensível quanto ao assunto, recomendo que não leia.

☽ Boa leitura! 🍅📖

Hinata examinava atentamente seu reflexo no espelho do banheiro pela milésima vez. Segurando uma escova lilás, ela alinhava os cabelos longos e sedosos enquanto repassava mentalmente as palavras que diria.

Era o grande dia, o momento de revelar seus sentimentos ao garoto dos seus sonhos: Sasuke Uchiha.

Ele, um típico garoto popular, destacava-se pela gentileza, prestatividade e excelência acadêmica, contrariando a imagem convencional. Com uma natureza silenciosa e quieta, Sasuke era um jovem notável, sempre obtendo as melhores notas e exibindo um charmoso sorriso nos lábios. Ex-capitão do time de basquete, se afastou das quadras para focar nos estudos visando ingressar na universidade, sendo um verdadeiro gênio e querido por todos os professores.

— S-Sasuke e-eu gost-to de você. V-Você torceu por mim quando ninguém mais o fez — gaguejou, repetindo para si, frente ao espelho.

— P-Por favor, aceite meus sentimentos.
Fechou os olhos com força, sentindo-se envergonhada.

Céus! Eu não vou conseguir, pensou, frustrada.

— Você ouviu isso? — a voz conhecida chegou aos seus ouvidos, fazendo-a virar assustada em direção ao som.

— Sim, amiga. Tem gente que não se enxerga mesmo.

Como se emergissem das profundezas do inferno — uma opção válida, considerando que eram demônios —, Shion e Amaru estavam de braços cruzados, escoradas na porta do banheiro da escola, encarando-a com desdém.

A Hyuuga prendeu a respiração, virando-se de costas para ocultar rapidamente seus pertences na pia.

— Amiga, já notou os olhos dela? Óbvio que não enxerga. — Shion debochou. — Cegueta, vai mesmo se declarar para o Sasuke? Acha mesmo que ele aceitará seus sentimentos? Logo você?

Receber aquele tipo de provocação delas era rotina para a Hyuuga desde o primeiro ano, mas naquele momento, as palavras ácidas da loira a fizeram estremecer, intensificando a sensação de insignificância.

— Você não tem senso do ridículo, garota? — Amaru se aproximou, ficando atrás dela, encarando-a pelo espelho. — Ele foi gentil apenas porque é assim que ele é. Isso é o que ele recebe por ser caridoso? Uma cegueta estúpida apaixonada por ele? Sasuke jamais se envolveria com alguém sem graça como você, Hinata.

Os olhos ardiam enquanto lágrimas começavam a brotar, e a sensação agonizante de engasgo apertou sua garganta. A pouca coragem que tinha reunido dissipou-se como fumaça, deixando-a amedrontada.

— Hina, o professor já está na sala. — Sakura apareceu, surpreendendo a Hyuuga com o rosto vermelho e a respiração acelerada. — O que está acontecendo aqui?

— Pensa direitinho, Hina. — Shion caçoou, usando o apelido da garota, dirigindo-se à porta.

— Pensar no quê, loira do banheiro? — Antes que a garota saísse, a Haruno agarrou seus cabelos, fazendo-a recuar bruscamente.

— Ai, sua vaca, me solta! — exclamou em alto e bom som. — Amaru, me ajuda aqui.

Hinata e Amaru ficaram atônitas diante da ação inesperada de Sakura e, quando se recuperaram, correram quase simultaneamente na direção das duas.

— Saky, solta ela, pelo amor de Deus! Você não pode receber mais uma suspensão — pediu, tocando o braço da rosada.

— Essa vadia tem que aprender uma lição, Hina. Cansei de avisar para te deixarem em paz. Como não ouviram, vou ter o prazer de resolver isso na porrada.

O olhar carregado de ódio que a Haruno lançou instigou pânico nas outras duas.
E com razão. Enfrentar Sakura era praticamente pedir para enfrentar a própria morte. A Haruno era faixa preta em Kung Fu, conhecida como a filha de Ares devido ao seu temperamento explosivo.

— Para, por favor — Hinata gritou com a voz embargada. — Não faça isso, Saky. Elas não valem a pena.

A garota observava o rosto choroso da Shimura e o medo estampado na de cabelo castanho-avermelhado. A rosada continuava segurando com firmeza os cabelos loiros, como se estivesse ponderando soltá-los de uma vez, vendo as duas fugirem apressadas dali.

— Porra, Hinata! Precisa parar de ser empática com quem enfia a empatia no teu rabo. — Suspirou, tocando a têmpora com os dedos. — Se eu tivesse dado um jeito nelas, nunca mais te incomodariam.

— Eu sei, amiga. Mas você poderia ser expulsa dessa vez. Acha mesmo que o Hiruzen esqueceu da sua briga com Karin? — Hinata fez questão de relembrar.

— Ah, que se dane aquele velho craqueiro, Karin, Shion e Amaru! — Deu de ombros. — Mas o que elas falaram desta vez? Juro que na próxima, eu maceto elas no soco.

— Está bem, meu pinscher raivoso. — Riu, puxando a amiga para voltarem à sala. — Descobriram que eu gosto dele. Estavam dizendo que me confessar seria um erro, pois ele jamais ficaria com uma "sem sal" como eu.

— Se eu sou um pinscher, você é o quê? Um chihuahua? — Riram juntas. — E sério, como não me deixaste arriar elas na porrada depois disso? Com todo o respeito, amiga, mas tu é trouxa demais.

— É, eu sei — respondeu, aceitando o adjetivo.

— Não liga para o que elas disseram. Declarar amor nunca será um erro. O erro é gostar de alguém e deixá-lo ir por medo da não reciprocidade. Se não tentar, nunca se libertará desse sentimento. E de onde essa lambisgoia tirou que tu és sem sal? Aquela criatura de cabelos cheios de frizz, ressecados e com raiz por retocar chamando alguém de sem sal? Ah, me poupe.

Era impossível não sorrir ao lado de Sakura. Ela sempre era tão sincera e amigável que, quando a Haruno se transferiu para o colégio Sarutobi, tornaram-se melhores amigas em questão de semanas. Desde então, Sakura virou sua fiel escudeira.

Conversar com a rosada afastou os pensamentos intrusivos, e a ideia de se confessar, mais uma vez, ganhou espaço em sua mente.

— Obrigada, Saky! Acho que vou falar com o Sasuke — murmurou, envergonhada.

— Muito bem, garota! — Entraram na sala sorrindo, recebendo uma pequena bronca do professor de geografia, Asuma.

(...)

Quando o sinal tocou, Hinata saiu apressada em direção à biblioteca da escola, local onde o Uchiha costumava passar a maior parte do tempo estudando. Ao chegar, procurou por cada canto e prateleira, mas não o encontrou ali. A frustração tomou conta ao sair do cômodo.

— Você é a Hinata, não é? — Levantou o rosto rapidamente ao ouvir uma voz masculina desconhecida. Era Zetsu, presidente da classe de xadrez.

— Sasuke me pediu para avisar que está te chamando na quadra de basquete.

— Quê? — A pergunta foi imediata. — O-O S-Sasuke?

— Sim, falei com ele agora hápouco. Ele estava a caminho de lá. Acho melhor você ir também — falou, com um sorriso amigável no rosto.

— A-Ah, 'tá bom! Muito obrigada! — agradeceu, afastando-se a passos largos em direção ao local indicado por Zetsu.

Ao empurrar com força a porta de acesso, ela correu para o centro da quadra de esportes. Com as luzes apagadas, questionou-se se Sasuke realmente estava ali.

— S-Sasuke? — chamou. — Você está aqui?

De repente, uma luz se acendeu sobre sua cabeça, focando apenas nela. Seus olhos se fecharam abruptamente com a exposição.

— Olha só! E não é que o Zetsu fez um bom trabalho? Trouxe a ratinha direto para a ratoeira. — Aquela voz...

— Eu disse que ele é eficiente. — A risada esganiçada de Amaru ecoou pela quadra, provocando arrepios em Hinata.

— C-Cadê o Sasuke? — perguntou, confusa.

— Você é burra ou só ingênua demais? É óbvio que tudo não passou de uma mentira para te trazer até aqui. Acha mesmo que o Sasuke mandaria recado para você? — Shion pronunciou. — É, acho que você é só ingênua mesmo.

A Hyuuga girou os calcanhares, pronta para ir embora. Os olhos já derramavam algumas lágrimas, colorindo seu rosto de vermelho.

— Ei, espera aí. Não vá ainda. Temos um presentinho para você. Diga à Sakura que se ela mexer conosco mais uma vez, faremos pior. — Ao se virar na direção da voz de Shion, Hinata vislumbrou uma bola de basquete acertar seu estômago em cheio, fazendo-a cair de joelhos no chão e cuspir.

Sem ter tempo para pensar, novas bolas foram lançadas em sua direção, dezenas delas atingindo sua cabeça, braços, pernas e costas. A sensação de falta de ar a afligiu, deixando-a desesperada.

Num ato de impulsividade, levantou-se do chão, correndo em direção à porta. As bolas continuaram a atingi-la, evidenciando que as garotas a perseguiam.

— Isso é para você aprender qual é o seu lugar, cegueta! O Sasuke jamais daria bola para alguém como você. — Hinata estava quase chegando do lado de fora quando olhou para trás mais uma vez, vendo uma bola, mirada em seu rosto, se aproximando.

Não dá tempo de desviar.

À medida que corria, fechou os olhos, esperando pelo impacto. Mas, ao contrário do que imaginava, o choque que recebeu foi do seu corpo contra uma parede estranhamente confortável e peituda.

Abrindo os olhos perolados devagar, a Hyuuga se viu encostada no peitoral de alguém muito, muito alto. Ao olhar para cima, encontrou os olhos ônix encarando-a preocupados. Era ele.

— Você está bem? — escutou a voz grave e baixa perguntar.

Ao se lembrar de onde estava, olhou em direção à quadra, vendo Shion, Amaru e três amigos delas parados, observando-os totalmente assustados. A bola que estava prestes a atingir o rosto de Hyuuga jazia na mão direita de Sasuke. Ele a tinha segurado antes mesmo de atingi-la.

— E-Estou — falou com dificuldade. — Obrigada!

O Uchiha direcionou o olhar — nunca visto por Hinata — para os responsáveis.

— Se eu ver vocês a importunando mais uma vez, não responderei por mim. Agora sumam daqui! E vão com a certeza de que serão chamados pelo Hiruzen — vociferou, agora a raiva era evidente em seu tom de voz.
Shion e sua trupe saíram desenfreados da quadra, deixando Sasuke e Hinata sozinhos.

— Obrigada por ajudar! — A voz da morena saiu baixinha.

— Não precisa agradecer. Só quero saber se está bem. — Os olhos escuros como a noite passearam pelo corpo de Hinata, em busca de algum machucado.

— 'Tá, sim. Foram só algumas boladas.
— Só algumas boladas? Hinata, você poderia ter se ferido feio.

— V-Você sabe meu nome? — perguntou, atônita.

— Ué, claro. Acha mesmo que esqueceria a melhor apresentação que já assisti? De todos os shows de talentos tediosos que tiveram nessa escola, você foi a única pessoa realmente talentosa a pisar no palco. Sua voz é linda! Parecia um anjo cantando.

As bochechas da garota adquiriram um tom avermelhado, tomadas pela vergonha.

— A-Ah, m-muito obrigada! — As lembranças daquele dia tomaram a mente da Hyuuga, e a imagem de Sasuke de pé, sozinho, aos gritos e assobios quando terminou a sua apresentação trouxeram um calor conhecido para o peito. Foi graças a ele que não saiu correndo do palco, e também foi ele — e Sakura — quem puxou a aclamação da plateia.

— Achei a maior injustiça você perder para aquele cara com fantoche.

— P-Pois é — respondeu, sem graça.

— Mas você está bem mesmo? Vamos à enfermaria — disse, segurando na mão dela. — Você está vermelha como um tomate.

— Não, não precisa, Sasuke — tentou dizer, mas foi levada mesmo assim por ele.

Na enfermaria, o Uchiha permaneceu o tempo todo ao lado dela, contando para Shizune tudo o que tinha acontecido.

— Entendi. Não se preocupem! Avisarei o senhor Hiruzen sobre o ocorrido. Por enquanto, fique descansando aqui, senhorita Hinata. Vou ligar para os seus pais e pedirei para virem lhe buscar. — Dessa forma, a mulher de cabelos curtos saiu do cômodo, deixando-os ali.

— Você não precisava ficar comigo até agora, Sasuke.

— Não fale como se eu fosse obrigado a estar aqui. Eu precisava saber se você estava mesmo bem — falou, ajeitando uma mecha de cabelo para trás da orelha da jovem.

— Eu estou, graças a você. — Sorriu, gentilmente para ele. — Bom, você pode ir se quiser, meus pais vão chegar daqui a pouco.

— Ah, eu queria muito ficar aqui com você, mas eu terei que ir mesmo. Meu curso vai começar em poucos minutos — disse ele, levantando-se da cadeira ao lado da maca onde Hinata estava e pegando sua mochila do chão. — Até mais, Hinata! Fica bem!

Essa é a sua chance, sua boba. Aproveita! Uma miniatura de Sakura surgiu em seus pensamentos, alertando-a da oportunidade.

Quando fez menção de ir embora, Sasuke sentiu sua mão ser segurada pela pequena de Hinata, que estava com a cabeça baixa e bochechas escarlates.

— E-Eu preciso dizer uma coisa — sussurrou.
Ele sentou novamente na cadeira, esperando que ela dissesse o que queria.

— Bem, eu não sei por onde começar — falou a verdade. — Ensaiei diversas vezes o que iria te dizer, mas acontece que não é tão fácil quanto parecia.

O Uchiha sorriu com a informação nova.

— Desde o dia do show de talentos, você vem ocupando meus pensamentos mais do que o aceitável. Meu coração dispara e fico vermelha só de ouvir o seu nome. No começo, achei que fosse apenas gratidão por ter me apoiado, mas depois... Por isso, decidi te dizer que... — Ela fez uma pausa, reunindo o resto de coragem que tinha. — Eu gosto de você, Sasuke. Não sei mais como lidar ou esconder isso. Sei que você não quer um relacionamento agora, pois está focado nos estudos, mas seria um erro não te contar. Não aguentava mais guardar isso. Eu estava sufocando. E só assim eu poderia deixar esse sentimento para trás.

A voz dela estava embargada, a respiração entrecortada. Escutou um lufar vindo do moreno, e ao encará-lo, lá estava o sorriso charmoso que a deixava totalmente derretida.

— Você fica fofa envergonhada — ele comentou. — Olha, o vestibular já é no mês que vem. Quando ele passar, o que você acha de sair comigo? Eu realmente não estava afim de me envolver com alguém, mas você parece ser boa demais para eu deixar escapar.

Os olhos dela se arregalaram, incapazes de expressar uma reação ao que acabara de ouvir. Estava em uma luta interna, tentando entender se de fato escutou aquilo ou se era apenas sua imaginação fazendo-a criar ilusões.

Será que 'tô ficando doida?, pensou consigo mesma ao beliscar a palma da mão.

— O que me diz? — O sorriso tímido estampou os lábios femininos, e foi impossível não suspirar aliviada pela situação.

— Eu adoraria! — O rosto estava iluminado pela recém-felicidade.

— Certo. Agora, eu realmente tenho que ir. Tchau, Hinata! — Ele se levantou e depositou um beijo na testa dela.

— Tchau, Sasuke! — Por um momento, ela achou que fosse desmaiar.

Em um instante, encontrava-se sozinha com seus sentimentos e pensamentos a mil. Nem nos seus devaneios mais otimistas pensaria que Sasuke fosse corresponder aos seus sentimentos chamando-a para sair.

— Eu preciso avisar à Sakura. — Pegando o celular dentro da bolsa, ela desbloqueou o aparelho e ia abrir o aplicativo de mensagens, se não fosse pela notificação nova em seu Instagram.

Ao entrar no perfil, algo que fez o coração dela falhar novamente.

@sasukeuchiha_ seguiu você.

Largando o celular sobre a cama, ela agarrou o travesseiro atrás de si, afundando o rosto e soltando um grito de euforia.

Se não tivesse ignorado as provocações de Shion e Amaru, jamais teria se declarado para Sasuke, e certamente, não estaria vivenciando esse momento de felicidade.

Então essa é a sensação de estar apaixonada e ser correspondida? Suspirou aliviada.

— Ai, para aí, coração! — Rolou de um lado para o outro, tentando acalmar as batidas frenéticas e as borboletas hiperativas no estômago.

— Sinto lhe dizer, mas se ele parar, você morre. — Neji, seu primo, entrou na enfermaria, girando as chaves nos dedos. — Vamos? O tio pediu para te buscar.

— Uhum. Vamos! — exclamou animada, pulando nos braços do Hyuuga.

— Nossa, quanta animação — o jovem de cabelos castanhos comentou, sorrindo.

— É que finalmente tenho um encontro — confessou, correndo para fora, deixando-o atônito com a informação.

— Encontro? Como assim, Hinata Hyuuga? Volta aqui. Quem é o marginal?

☽ E então, o que acharam? Deixem nos comentários.

☽ Obrigada por lerem! Até a próxima, tomatinhos! 🤍

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