Além Da Eternidade

By ArmyWings36

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A jovem Emma Solpel sempre foi considerada por todos a sua volta uma rebelde causadora de problemas. Muito a... More

Prólogo: Do inicio!
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03.
Capitulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capitulo 08
Capitulo 09
Capitulo 10
Capítulo 11
Capitulo 12
Capítulo 13
capitulo 14
Capitulo 15
Capítulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capítulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capítulo 22
Capitulo 23
Capitulo 24
Capítulo 26

Capítulo 25

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By ArmyWings36

     Emma observava com carinho Henri brincando na sala, os brinquedos de madeira espalhados pelo chão. Thomaz, entrau pela porta após um longo dia de trabalho e a abraçou ternamente.

— Boa noite, minha querida. Como foi o seu dia?

— Boa noite, amor. Foi um dia cansativo, cheio de contratempos. Mas olhar para o Henri aqui me traz paz.

— Sinto muito ouvir isso, meu amor. Soube que proibiu meu pai de ver nosso filho. O que ele aprontou?

Emma suspira antes de responder: – Seu pai, Aquela figura mal-educada, fanfarrona e dramática, já foi fazer fofocas e chorar as pitangas para você?

Thomaz, franzindo a testa e esperou  a esposa responder.

Emma, com um olhar cansado: – Ele achou de bom tom ensinar nosso filho a maltratar os empregados. Segundo ele, é  o qur cavaleiros fazem.

Thomaz, balançando a cabeça: – Lamento por isso, Emma. Você merece paz em casa. Mas, acho que proibi-lo de ver o neto, pode ser um pouco traumático para nosso pequeno.

— Eu não o proibi, apenas disse que não poderá mais ficar a sós com ele. Sem a minha ou a sua supervisão.

— Realmente não se pode confiar em nada que ele diz. - A decepção na voz do homem fez o coração de Emma vibrar e encolher. Apesar de tudo, ela sabia que Thomaz ainda cultivava amor pelo pai. – Faremos do seu jeito, meu bem. Vai ficar tudo bem. - Thomaz disse lhe dando um beijo

Emma sorriu, agradecida pelo apoio de Thomaz, e o abraçou mais uma vez, encontrando conforto nos braços do marido enquanto Henri continua a brincar despreocupadamente.

— Já que este assunto está resolvido, que tal juntarmos? Henri já se banhou e eu esperei para fazer o mesmo... Só que com você.

— Plano perfeito. - Thomaz soltou a esposa e caminhou até o filho. – Oi garotão.

— Papai! Estava ansioso para que chegasse. Olha o que montei hoje. - Disse o pequeno lhe mostrando o pequeno carrinho de madeira que confecciono com o auxílio de um dos empregados da casa. – O senhor Paul me ajudou.

— Que perfeição. Lembrou de agradecê-lo pela ajuda?

— Sim. - O pai orgulhoso deu-lhe um afago gostoso.

— Muito bem filho. Agora guarde seus brinquedos, lave as mãos e vamos jantar.

Abraçados, o casal o observou a criança subir as escadas correndo para cumprir  o qur lhe fora pedido.

Sentados a mesa e compartilhando uma refeição quente, essa era, na opinião de Emma a definição de felicidade. Por mais simples que a cena parecesse, ela está a feliz. Porém, sempre há escuridão, ela sempre tenta destruir a luz.

    Do outro lado da cidade, quase em meio a floresta, Lorrence colocava as mãos em algo perigoso.

— Tem certeza que isso funciona? - Perguntou girando o pequeno frasco nas mãos e observando o líquido transparente dançar dentro dele.

— Tem minha palavra. Em um adulto, duas gotas são o suficiente para solucionar o problema.

— Perfeito. Talvez eu deva dar tudo a ela... ‐ O olhar perverso é escuro moldado pelo sorriso torto o transformava em um ser que se assemelhava à qualquer monstro dos contos de fadas.

— Não será preciso. Se quer que seja invisível e indefectível... De duas gotas misturada no suco. Acredite, ela já sofrerá o bastante.

— É  instantâneo?

— Não. O senhor disse que ela é  quase da sua altura, vai agonizar por uns dias. Assim parecerá  que contraiu alguma doença. Quanto menor o indivíduo, mais rápido e letal é  a ação.

— Seu pagamento. - Entregou-lhe um saco cheio de moedas. – E estes são por seu silêncio. - Deu a velha senhora um pequeno embrulho e dentro dele havia dois colares de diamante. – Caso eu obtenha o sucesso que desejo lhe darei outro desses.

— Ao seu dispor meu senhor.

    Havia se passado quase um mês daquela fatídica tarde na qual Emma proibira Lorrence  de ficar sozinho com o neto. A mulher não cedeu um centímetro, então ele resolveu por seu plano terrível em prática.

Mandou uma carta ao casal propondo paz e sugerindo um almoço de reconciliação, no qual pretendia demonstrar que mudara. Mesmo sentindo o coração apertar, a jovem mãe aceitou o pedido do sogro e o tal amplo foi marcado.

Conforme os dias passavam, mais incomodado Emma ficava.

— Se quiser cancelamos o encontro meu amor. - Dizia Thomaz em uma tentativa de acalentar a esposa.

— Não. Nosso menino fez muitos planos para com o avô. Deixe como está. Só me prometa que ficará de olho no seu pai. - Thomaz concordou.

    Aquele domingo começou atípico. Para se sentir mais segura, Emma convidou os pais e surpreendente, seu sogro estava se comportando exemplarmente.

Como fazia um dia lindo, solicitou que a mesa fosse montada no jardim para que pudessem apreciar melhor o momento e assim Henri poderia correr livremente.

   Lorrence observa furtivamente o que cada um dos presentes fazia e quando a oportunidade surgiu, pingou duas gotas do líquido transparente no copo de suco de Emma.

— Aqui minha querida, beba. - Ofereceu ele.

Emma segurou o copo de maneira desconfortável e quando se preparava para dar o primeiro gole, Sua mãe a chama, interrompendo o momento. Emma atende apressadamente, deixando o suco intocado. Lorrence ficou ansioso, espreitando a cena.

Quando finalmente Emma retornou ao suco, Henri chamou sua atencao, trazendo consigo uma animada conversa sobre o dia. O suco permanece ignorado na mesa, e Lorrence disfarçou sua frustração.

   Finalmente, sedento de tanto correr, Henri viu no copo de suco a oportunidade perfeita para matar sua sede.  Sem hesitar, ele deu um grande gole, enquanto Lorrence, horrorizado, observava em desespero. O grito do velho homem ecoou pelo jardim quando ele percebe o que aconteceu, deixando todos perplexos com a cena.

O terrível líquido que corria pelas veias do pequeno corpo, permitiu que a criança desse apenas alguns passos antes de cair diante de seu poder. Emma abraçou o filho vendo o vermelho escarlate jorrar por sua boca e nariz.

— NÃOOOO! NÃO. HENRI, NÃOO...

Os gritos dela eram carregados da mais profunda dor. Uma dor que nenhuma mãe jamais deveria sentir. Ao fundo ouvia-se um turbilhão de vozes que Emma já não distinguia. – Vá chamar ajuda. - Dizia alguém que parecia ser sua mãe. – O que foi que você fez? - Alguém questionava o sogro. Mas o que fez Emma sair do transe em que se encontrava foi a voz de seu marido, seguida da de seu pai.

— Meu... Filho... Aí... - Emma viu o marido cair próximo a si e Antonie vir ao seu auxílio.

— Respire rapaz. Vamos. - Seu pai afrouxava a gravata do genro desesperadamente.

Os olhos de Emma se embacaram e as lágrimas romperam como uma tormenta sem fim.

— Aaaaaahhhhh!!! - O grito tenebroso rompeu-se garganta a fora, assistando a todos. Ninguém conseguia fazer com que Emma soltasse o corpo do filho.

— Precisa soltar meu amor. - Marie dizia aos prantos. – O médico e  o inspetor estão aqui. E seu marido precisa de você. ‐ Emma olhou para mãe. As lágrimas ainda escorreriam em abundância. Com muito custo ela deixou que examinassem o pequeno e voltou sua atenção a Thomaz que permanecia desacordado.

O médico logo deixou a criança de lado e para se concentrar no pai. Parou diante de Emma e com muito cuidado disse: – Lamento, não há o que fazer quanto ao seu filho. Vou verificar o senhor agora. - A vida parecia ter sido ceifada de Emma também. Não havia nada em seus olhos, nada além além dor. – O senhor parece ter sofrido uma mal súbito. Vamos ter que hospitaliza-lo.

— Faça o que for necessário. - A mulher disse depois de alguns minutos. Deu um singelo beijo na testa do marido e voltou para junto ao corpo do filho.
Ao passar pelo sogro que estava em choque, disse: – Eu sei que foi você. Se a justiça do homem não for feita, que a divina seja. Você vai queimar em vida e nem o céu ou o inferno irá te aceitar. Estará condenado a vagar sem rumo pelo que fez.

— Não fale isso filha. - Marie a puxava para longe. – Vamos.

   Emma voltou-se para junto do corpo do filho e ali ficou. Chorou até não restarem mais lágrimas em seu corpo. Sentiu como se toda a felicidade do mundo tivesse sido tragada de seu corpo. Agora ela só existia.


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