𝐌𝐲 𝐑𝐞𝐭𝐞𝐫𝐨𝐜𝐑𝐫𝐨𝐦𝐒...

By Nanndaakk

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Onde Sofia Butler, uma infantilista, vive sua vida normalmente, atΓ© conhecer Vincent Hacker, um assassino de... More

Cast
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11 - What i believe.
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15- What did i do
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18- What is really real
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By Nanndaakk

Votem e comentem por favor! Vocês me deixam muito motivada com isso! Muito obrigada por todo o carinho!! Amo vocês :)
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20:45

Hihi!
Tô blincandu na chuva!
Eu amo blincar na chuva!

Eu naum sei ondi o Vivi tá, mas eu sei ondi eu tô!

Eu tô pulando bem foiti nas poças di água da chuva.
Issu é muito legal!

Eu tava rindo alto enquanto a chuva molhava eu todinha.

— Caí! Caí! Caí! Caí! — Glito animada sentindo a chuva molhar toda meu bebelo.

Giro no lugar valias vezes, até ficar tonta.

É tão legal!

O Vivi tem um jardim lindo! Mas eli nem vem pala cá!

Aqui é muito perfeito!
É muito bonitinho!

Aqui tem um monti di flores coloridas! Tem um monti di árvores de todos os formatos! A grama é curtinha mas é lindinha!

É tão legal ficar aqui!

— Eu amo vucê chuva! — Glito dando pulinhos na poça di água.

Me deito na glama molhada e começo a rolar nela enquantu a chuva molhava eu mais.

— Uiiii! — Glito rolando pala o lado. — Isso é tão maneeeilo!

Afundo meus dedinhos na glama verdi.

— Eu amo vucê glaminha! Vucê é minha amiga agola!

Começo a dar cambalhotas na glama toda feliz!

— Ai.. O Vi vai bligar.. — Falo ao ver minha roupinha toda molhada.

E agola?

Tilo minha camiseta e meu shortinho, ficando só di calcinha, sutiã e meu all-star branco di cano alto.

Escondo minha roupa no meio do arbusto e começo a correr no jardim.

Agola eli naum vai bligar!

Meu bebelo já tava todu cheio di glama. É que eli é cacheadinho.

Naum é cacheadinho pequenininho, os cachos são muito glandis, o que faz meu bebelo ficar todu cheio.
Palece um leão quando eu acordo.

Eu achava que era só mulheres com cor di chocolati que tinham cabelos cacheadinhos, mas a Soso também tem e eu sou muito branca! Paleço farinha!

— Uiiii!! — Glito rolando pela grama.

Eu amo issu aqui.

A chuva tá caindo no meu corpinho e palece massagem!

— SOFIA BUTLER! — Escuto um grito blavo.

Me sento na glama toda desajeitada e olho pala ondi vinha o glito.

Era o Vivi.
Eli tava na porta pala o jardim, olhando blavo pala eu.

— Oi papai! — Dou oizinho pala eli.

— Saia dessa chuva! — Eli glita.

Me levantu toda torta da glama e vou até eli dando pulinhos. Eli manda eu entlar dentlo di casa, ondi era coberto e vejo meu corpinho molhar todo o chão da casa.

— Oi! — Falu pala eli.

Eli fica olhando pala mim sem acleditar.

— Eu tirei os olhos de você por um minuto! Você estava assistindo televisão!

— A chuva tava bem legalzona! — Falu sorrindo.

Eli olha pala mim toda molhada.

— O que eu faço com você? — Pegunta respirando fundo.

Rio da cara di bobo deli.

— Onde estão suas roupas? — Eli pegunta apontando pala meu corpinho.

— Sumiu!

— Sumiu como?

— Naum sei! Alienígena roubou! — Respondo. — Achu que eram os irmãozinhos do dame tu cosita..

Eli olha fundo nos meus olhos.
Eu nunca entendo quando o Vi olha daquele jeito pala meus olhos, eu acho que eli gosta que sejam diferentes..

— Possu voltar blincar?

— Claro que não! São quase nove horas!

— Ah.. — Faço um biquinho.

— Vai para seu quarto tomar um banho. Tem grama por todo seu cabelo!

— Legal naum é?!

Eli olha pala mim sem acreditar na minha animação.

— Deve ser mal de Sofia.. — Eli resmunga. — Não é possível..

— Quer um ablações molhadinho? — Pegunto sorrindo malvada pala eli.

— Não, vai tomar seu banho.

Me aploximo lentamenti deli.

— Eu vou ablaçar vucê, Vivi! — Falo rindo alto.

— Pare com isso! — Eli diz se afastando di eu.

— Hihi! — Sorrio me aproximando deli.

Vivi começa a andar pala tlás mais rápido.

— Vou molhar vucê todinho! — Glito rindo.

Vivi começa a correr da Soso e eu vou atlás.
Eli naum quelia se molhar, mas eu quelia molhar eli todinho!

— Vucê vai ficar molhadu igual a Soso! — Glito correndo pela casa atlás deli.

— Pare com isso! — Eli glita di volta correndo da Soso!

Eu tava blincando tipo di pega-pega com eli. Era muito legal e divertido! Eu tava rindo di montão!

— Vivi! — Chamu eli ao ver que eli tinha sumido. — Vucê se escondeu aondi?

Eli naum respondi, a casa tava toda em silêncio.

— Vivi.. — Chamu eli. — Soso vai pegar vucê e vai molhar vucê todinho!

Escuto um balurio na cozinha.

— Ah, Vivi bobinho! — Falu correndo pala a cozinha. — Eu sei ondi vucê tá!

Saio do corredor e vou correndu pala cozinha ondi eu tinha escutado o balurio.

Mas quando vou lá, naum vejo eli lá. Tinha um garfo no chaum, mas naum tinha Vivi.

— Ué?

Vou até o garfo divagar e pego eli achando estlanho.

Me assusto quando sinto uma capa di plástico agarrar o corpinho da Soso e levantar pala cima.

— Peguei você, mocinha! — Escuto a voz do Vivi.

Solto um grito alto enquantu eu ria sem palar e escutei o Vi rir também, mas foi só um pouquinho.

— Banho! — Eli glita.

— Naum! Naum! Banho naum! — Glito rindu.

Vivi continua com a Soso no blaço. Eli leva eu até dentlo do meu quartinho e me solta dentlo do banheiro.

— Ah, naum! Naum foi justo você tlapaceou! — Falu rindo. — Eu naum sabia que vucê era bom em escondi-escondi!

— Acha que eu nunca fui criança, é? — Eli pegunta cluzando os blaços.

— Vucê pegou eu di surplesa! Da próxima vez eu vou ser bem melhor que vucê!

— Da próxima vez veremos então.

Rio deli.

— Agora tome um banho. Você está toda suja de grama.

— Eu sou amiga da glama!

— Você é amiga de todo mundo pirralha.— Eli fala.

Vejo eli sair do banheilo e fechar a porta pala eu tomar meu banho.

(...)

Eu já tô toda limpinha agola!
Tô cheirosinha e sequinha!

Desço pala baixo divagarzinho animada. As luzes tavam ligadas, por isso eu sei que o Vivi tá aqui.

Quando eu ia entlar na cozinha pala dar oi pala eli, paro na portinha.

O Vivi naum tava igual há uns minutos atlás.
Eli tava..

Eli tava blavo, eu conseguia ver a cara di ódio deli.

— Filho de uma puta! — Eli glita blavo pegando o celular deli e jogando na paledi com força.

Eu até tomei um susto, eli queblou o celular deli na paledi.

Eli tava com uma faca do lado deli, uma faca muito glandi.

E então eli pega um potinho branco e começa a tilar remédios di lá. Eli pega um, dois, tlês, quatlo comprimdos e coloca na boca.

Eli toma junto com um negócio amarelo no copo di vidlo.

Eli tava blavo.
Vivi tá muito blavo..

Eli pega o copo di vidlo e joga na paledi com força fazendo queblar também e voar vidro pala todo lugar.

O copo estourando fez muito balurio.

Eli tava com a respilação rápida di tão raivoso que eli tava.

— Vivi.. — Chamu eli.

Veju eli virar o rostinho e olhar pala mim.

— Eu já vou mimir.. — Aviso. — Eu vim dar boa noiti..

Ando divagarzinho até eli.

Eli abaixa em minha altura escondendo o potinho di remédio atlás do corpinho deli e ablaça eu.

— Boa noiti.. — Falu pala eli.

— Boa noite, Sofia. — Escuto eli falar.

06:12

Pego a xícara dentro do armario.

-- Bom dia.. -- Escuto a voz de Sofia dentro da cozinha.

-- Bom dia. -- Respondo de costas para ela.

Pego a jarra da cafeteira elétrica onde havia meu café pronto.

-- Eu to me sentindu meio mal.. -- Escuto a menina dizer quase em um sussurro.

-- O que você tem? -- Pergunto ainda de costas para ela, colocando café em minha xicara.

-- Naum sei..

Pego a xicara dando um gole e me virando.

-- Que isso, Sofia? -- Pegunto achando estranho a menina toda embolada na coberta como um sushi.

Ela estava de olhos fechados, por sua feição dava para ver que estava cansada.

-- hmm.. — Ela resmunga fazendo uma careta de dor.

Deixo a xícara de café em cima da mesa e vou até ela.

— O que você tem? É alguma daquelas coisas de mulher? — Pergunto.

Ela nem me responde.
Apenas deita a cara na mesa.

Pego seu rosto e levanto para cima, mas quando toco em sua pele, percebo a quentura no local.

— Está com febre? — Pergunto preocupado tocando em sua testa.

Definitivamente está com febre.
Ela está queimando..

— Hmm.. — Ela resmunga fazendo uma careta.

Eu não sou médico.
Como vou tratar a febre?
Colocando ela na geladeira?

— Que caralho.. — Resmungo indo até o centro da mesa e pegando meu celular.

Vou em meus contatos e procuro pelo nome Chase.
Não demora muito para o mesmo atender.

— Alô? — Ele atende.

— Como faz para tirar febre? — Pergunto olhando para Sofia com a cara na mesa.

Eu nunca tive febre, não sei como tratar uma pessoa com febre.

— Como é? — Chase pergunta confuso.

— Sofia está com febre. — Falo na ligação. — Como faz para parar?

— Febre? Mas assim do nada?

— E a febre avisa para chegar? — Pergunto impaciente.

— Acabei de acordar, tenha paciência Hacker.. — Ele pede bocejando.

Paciência?
Ele está me pedindo paciência?

— Você sabe se é gripe ou resfriado? — Pergunta.

— E eu tenho cara de médico, cacete?!

Escuto ele respirar fundo.

— Ela ficou em algum lugar muito frio ontem? Tipo, chão, pegou vento, ou comeu alguma coisa gelada antes de dormir?

Penso um pouco.

— A chuva. — Digo me lembrando de ontem. — Foi a chuva. Ontem ela estava debaixo da chuva.

— Ah, então está explicado.. Ela está com um resfriado.

— Hmm.. — Sofia resmunga. — Tô com fliu..

— Frio como, Sofia?! — Pergunto. — Você está queimando.

— Tá. — Hudson fala pelo telefone. — Você precisa pegar um termômetro para medir a temperatura dela.

— Que ela está quente eu já sei, não preciso de termômetro para saber!

— Mas você precisa dos graus para saber a quantidade de remédio que ela vai tomar.

Que idiotice.

Eu nem sei se tenho termômetro nessa casa.
Quase não fico aqui.

Vou até um dos armários.
Pego o kit de primeiros socorros, no qual eu nunca havia usado, e ponho em cima da mesa.

Abro a caixa procurando pelo tal termômetro e acho.

— Achei. — Digo no telefone.

— Então coloca debaixo da axila dela.

Vou até Sofia, que parecia estar morta com a cabeça na mesa, e coloco o termômetro.

— E em quanto tempo isso funciona? — Pergunto.

— Não tem um tempo certo, daqui a pouco vai apitar.

Espero por uns quarenta segundos completamente confuso se Sofia já estava morta, ou apenas estava fingindo.

E então o termômetro apita.

Tiro o objeto da axila da menina e leio o número.

— 40.1 — Leio em voz alta.

— Quarenta ponto um?! — Hudson pergunta assustado. — Ela está pegando fogo! Hacker isso é muito perigoso!

— E eu faço o que, porra? — Pergunto.

— Remédios. — Ele responde. — Você precisa de dipirona.

Dipirona?
Que caralho é dipirona?

Volto para a caixa e procuro o tal dipirona, mas não encontro.

— Não tem. — Respondo.

— Então você tem que comprar.

— E eu deixo ela aqui? Não tem perigo de acontecer nada.

— No caso, já está acontecendo. — Ele diz. — Leva ela junto, mas primeiro tenta fazer ela esfriar. Liga o chuveiro no quente e coloca ela debaixo da água, e aos poucos, vai esfriando até a água ficar totalmente gelada.

Concordo desligando a chamada.

Vou até Sofia.

— Levanta Sofia, você tem que tomar banho. — Falo com a menina.

Ela continua no mesmo lugar.

— Anda, você precisa tomar um banho.

— Manteiga.. — Ela resmunga em um sussurro.

— Manteiga? O que quer dizer?

— Hmm.. — Ele resmunga novamente.

— Anda, levanta daí!

Ela continua no mesmo lugar.

— Você me testa, Sofia! — Exclamo irritado pegando a menina no colo.

Ela é muito folgada.
Completamente folgada.

Ela está com febre e não se mexe. É só o que falta!

Carrego a menina até seu quarto, pensando em como me arrependeria daquilo depois.

Mas confesso que eu estava preocupado. M

Entro dentro do quarto da menina e vou até o banheiro. Chegando lá, deixo-a no chão.

— Agora tome um banho. — Mando. — Tome um banho quente, mas vá esfriando a água.

Ela amolece o corpo se apoiando em cima de mim.

— Hmm.. — Resmunga fazendo um biquinho sofrido.

— Anda Sofia, para você melhorar precisa tomar um banho. — Digo.

Ela continua no mesmo lugar.

— Anda Sofia, você pode piorar! — Falo irritado.

Ela fica ali.

— Eu já te trouxe até aqui, pelo ou menos tome um banho! — Digo. — Eu não vou fazer isso também!

Ela continua parada de olhos fechados com aquele biquinho sofrido nos lábios.

— Anda. — Mando.

Ela continua ali.

— Nem me venha com essa! — Digo cruzando os braços. — Quer saber? Eu vou ir embora, se você quiser tomar banho ou não, isso não é problema meu! — Digo irritado.

Saio do banheiro deixando a menina lá e fecho a porta.

Um segundo, dez segundos, trinta, cinquenta, um minuto, dois minutos, três..

Abro a porta do banheiro irritado vendo a menina na mesma posição na qual eu havia-a deixando da última vez.

— Você está brincando comigo? — Pergunto irritado. — É para ir tomar banho, Sofia!

— Hmm.. — Ela resmunga.

— Vai! Tome seu banho! — Mando novamente.

Ela continua no mesmo lugar.

Me abaixo em sua altura.

— Tudo bem, eu dou banho em você! — Falo irritado. — Mas depois não venha reclamar!

Ela continua toda mole no chão.

Levanto-a do chão e olho para seus olhos.

— Posso tirar sua roupa? — Pergunto.

Ele não responde, estava tão aérea que provavelmente nem ouviu o que eu disse.

— Sofia, olhe para mim. — Seguro em seu queixo forçando-a a olhar para mim.

Ele olha.

— Posso tirar sua roupa? — Pergunto novamente.

Ela não diz uma palavra, mas emite um som em concordância.

— Uhum.. — Foi tão baixo que quase não pude escutar.

Com cuidado, que eu nunca tive, coloco minha mão em sua camiseta. Puxo-a para cima deixando a menina ficar apenas de sutiã, em seguida, tiro suas calças deixando-a de calcinha.

Evito olhar para seu corpo.

Eu não queria estar fazendo aquilo, não queria tocar no corpo de Sofia.

— Não vou tirar as peças íntimas. — Digo.

Ela continua com aquela feição dor.

Pego em sua mão e guio-a para dentro do box. Sofia anda devagar, mas entra lá.

Ajusto a água para quente.

Quando ligo o chuveiro e Sofia sente a água cair sobre sua pele, a menina sai de de lá e corre até mim, me abraçando.

— N-Naum.. Tá fliu.. — Ela diz chorando. — Vivi..

Me abaixo em sua altura.

— A água está quente, não está fria.

— Fliu.. — Ele resmunga fazendo um biquinho de dor.

— Isso é para a febre baixar. — Digo. — Você precisa disso.

— N-Naum..

— Vamos Sofia, você vai piorar! — Falo já irritado.

— Naum..

— Não vai demorar muito. — Digo. — Vai ser rápido.

Ela nega.

— Vamos, você precisa disso.

Tento empurrar ela para dentro do box, mas ela se agarra em mim.

— Solta. — Mando tentando tirá-la, mas ela se agarrava forte em mim.

— Tá fliu.. — Resmunga.

— Solta Sofia.

— Eu naum quelo ficar aí..

— Vai ser rápido.

— Vem comigu.. Pur favor.. — Ela pede assustada.

— Não, quem tem que tomar esse banho é você!

— Naum.. Pur favor..

— Pare com esse drama.

— N-Naum quelo ir..

— Você está queimando de febre, precisa tomar esse banho!

— Naum quelo ir..

Respiro fundo cansado de insistir por aquilo.

— Vem comigu.. — Ela pede com a voz chorosa. — Se o Vivi naum for, Soso também naum vai..

Essa garota é muito abusada!
Tudo ela acha que eu sou obrigado a fazer por ela!

Mas não posso deixar a menina queimando de febre. Se ela morrer, vai dar muito trabalho para esconder seu corpo.

No porta malas do meu carro está o corpo de Frederick, ou seja, não tem espaço para Sofia.

— Eu entro com você. — Falo. — Mas é para você entrar! — Mando.

A menina concorda.

Tiro minha camiseta, meus sapatos e deixo no canto do banheiro.

— Vem. — Chamo ela.

A menina segura sua mãozinha na minha nervosa e eu trago ela para dentro do box.

Fecho o vidro para ela não sair e ligo o chuveiro, mas obviamente Sofia sai correndo para a ponta do box tentando se afastar da água.

Ela fica encolhida na parede.

— Saia daí, venha. — Mando.

Ela se encolhe na parede.

— Vamos, Sofia. Você me fez entrar. — Digo me irritando.

Ela nega.

Respiro fundo indo até ela, colocando minhas mãos em sua cintura e trazendo-a para meu colo.

A menina se aperta em mim e esconde o rostinho no meu pescoço.

— Agora não tem para onde fugir. — Falo.

Ando até debaixo do chuveiro e fico com Sofia ali.

A menina quando sente a água tocar no seu corpo, contrai os músculos, se apertando mais forte em mim.

— Tá fliu.. — Ela resmunga chorando.

— Ainda está quente. — Aviso. — Vai esfriar daqui a pouco.

— Naum.. — Ele resmunga chorando.

Passo minha mão direita levemente pelos seus cabelos molhados, tentando fazê-la se acalmar.

Eu sentia o calor de seu corpo contra o meu. Era terrivelmente quente.

Jogo seu corpo com força no chão, fazendo a menina cair com tudo no chão. Vi a pancada forte que ela levou na cabeça com a quina do box.

Então pego um pedaço de metal ao lado da parede e me abaixo em sua altura.

A barra de metal tinha uma porta afiada, extremamente afiada.

Não penso duas vezes antes de pegar o metal e cravar com força no meio de sua barriga.

Ela já estava desacordada pela pancada forte na cabeça, mas aquilo não foi o suficiente.

Pego o metal de volta e cravo de novo com força em sua barriga.

Duas, três, quatro, cinco, seis, sete, oito vezes..

Era o suficiente para eu ver o sangue se misturando com a água do chão.

— Eu tô com fliu, Vivi.. — Sofia diz afundando o rostinho no meu ombro.

Olho pra o banheiro que estava limpo, a água do chão estava transparente, não tinha nenhum pedaço de metal na parede, nem nada.

— Soso quer uma roupa quentinha.. — Ela sussurra chorando.

— Já está acabando, prometo. — Aperto mais ela contra meu corpo.

Estou desregulado.
Meus remédios estão desregulados.

Alucinações.
É isso que eu tenho quando meus remédios estão desregulados.

Eu não consigo identificar as vezes o que é real ou não.

— Está tudo bem? — Pergunto para Sofia.

— Ainda tô com fliu.. Muito fliu..

— Já vai passar.

Eu faria de tudo para ser uma pessoa normal, pelo ou menos por um minuto.

(...)

— Tá muito fliu! — Ela fala chorando alto.

O chuveiro está o mais frio possível.

— Tá fliu!

— Eu sei, também estou com você. — Digo deixando ela bem debaixo da água.

— Pur favor.. Tila a Soso daqui..

— Aguente só mais um pouquinho. — Falo acariciando suas costas.

Fico por pelo ou menos, mais uns dois minutos com ela debaixo do chuveiro, até desligar a água.

— Pronto acabou. — Falo pra ela.

Pego uma toalha perto e do box e enrolo seu corpo minúsculo. Em seguida pego uma para mim também.

Pego na mão de Sofia e saio do banheiro, indo diretamente para o quarto.

— Eu ainda tô com fliu.. — Ela resmunga.

Pego o termômetro em cima da mesinha.

— Levente o braço. — Peço para ela.

A menina levanta os braços e eu coloco o termômetro debaixo de sua axila, abaixando logo em seguida.

— Fica parada aí. — Mando.

— Soso naum consegue ficar di pé, eu tô flaca.. — Ela diz. — Podi sentar na cama? — Pergunta.

— Pode.

Vou até o armário da menina e procuro por roupas.

Camisetas eu achei algumas, mas bermudas não. Todas são saias, saias, saias e mais saias.

Preciso comprar mais roupas para ela.

Pego peças íntimas, uma saia azul escuro com florzinhas e uma camiseta branca.

— Pronto.

Me aproximo da menina.

Escuto o termômetro apitar.
Pego-o e vejo o número 38.3 no objeto.

— A temperatura baixou. — Digo aliviado. — Mas ainda está alta. Vista suas roupas para irmos em uma farmácia comprar dipirona.

— Naum consigo.. — Ela resmunga deitada na cama.

— Como não consegue?

— Tá tudo gilandu.. — Ela fala com a voz entranha. — Soso tá sem foiça..

É sério que eu que vou ter que fazer isso?

— Você tem que se trocar. — Digo.

— Soso naum consegue.. Tloca eu..

Olho para as roupas, olho para ela, olho para as roupas, olho pra ela..

— Tem certeza? — Pergunto.

Ela concorda.

Respiro fundo sentando ela na cama.
Sem muita demora, vou até suas costas tentando achar o extensor.

— Estou abrindo. — Aviso ela.

Desprendo o sutiã e olho para outro lugar tentando não deixar ela desconfortável. Tiro o sutiã de seu corpo e pego um novo.

— Apenas posicione seus braços. — Falo mostrando sutiã novo para ela.

Ela coloca os braços dentro das alças e eu vou diretamente para trás prender.

— Pronto. — Fecho o sutiã.

Olho para baixo, talvez a parte mais difícil.

— Vou ser rápido, prometo. — Digo.

— Uhum.. — Ela concorda um pouco aérea.

Em um ato rápido, abaixo sua calcinha sem olhar para nada é tiro de seu corpo. Pego uma nova e olho para baixo.

Olhando apenas para seus pés, passo a calcinha e levanto para cima rápido, ainda sem olhar para nada.

Em seguida começo a colocar sua roupa, o que era mais fácil.

— Pronto, já vesti. — Aviso. — Acabou.

— Tô me sentindo, dodói.. — Ela fala delirando pela febre.

(...)

— Consegue ficar no carro? — Pergunto.

Ela estava tão acabada pela febre que nem estava mais falando, apenas olhava para mim cansada.

Abro sua porta e pego-a no colo, mas esticando sua saia para ninguém acabar vendo sua bunda. Sofia apenas deita no meu ombro e fecha os olhos completamente.

Entro com ela dentro da farmácia e vou diretamente para o balcão.

Havia uma fila com pelo ou menos, sete pessoas esperando para serem atendidos.

Não ligo, passo na frente de todos.

— Dipirona. — Falo para a mulher.

— Perdão senhor, tem que pegar a fila antes. — A farmacêutica diz.

— Eu sei. — Respondo. — Mas não quero. Vim aqui para comprar remédio, não para ficar em fila.

A mulher olha para mim sem entender.

— Anda! Vai pegar a dipirona, é surda? — Pergunto irritado.

Odeio gente lerda.

A mulher sai de lá, indo na prateleira de remédios.

— Ei! Eu estou na sua frente! — O homem que estava sendo atendido rebate.

— Foda-se. — Respondo. — Eu não perguntei.

Ele olha para mim sem acreditar.

Não demora para a atendente voltar com uma caixinha de remédios.

— Aqui está. — Ela me entrega o remédio um pouco assustada.

Pego a caixa de remédio e vou diretamente para o caixa que estava vazio.

(...)

— Fique aqui, eu já volto. — Aviso Sofia.

Ela estava cansada e quente novamente.

Entro dentro da confeitaria e vou diretamente para o balcão, onde estava vazio.

— Olá, bom dia! — A atendente sorri para mim.

— Um cupcake de morango e um suco de morango. — Sou direto. — O suco pode ser do maior que vocês tiverem.

— Ah, tudo bem. — A mulher responde anotando o pedido. — Para comer aqui?

— Viagem.

— Mais alguma coisa?

— Só.

Sofia me disse aquele dia que havia gostado do suco de morango daqui, então aqui estava eu comprando o suco.

Por mais que não parecesse, eu estava preocupado com Sofia, principalmente por ela não estar falando nada. Ela parecia exausta, aquilo estava me deixando preocupado.

Pirralha idiota, está mexendo com minha cabeça.

Pago a conta e não demora muito para o meu pedido aparecer. O cupcake ali e o copo grande de suco.


(...)

— Fica aqui, tá? — Aviso para ela. — Eu vou preparar o almoço.

Ela olho para mim.

— Tome seu suco e você vai melhorar. — Digo entregando o copo para ela.

Dissolvi duas pílulas de dipirona no suco. Chase disse que pessoas que tem o mesmo problema que ela, não costumam ter facilidade para tomar pilulas.

Estou apenas facilitando meu trabalho.

A televisão já estava ligada em um desenho chamado "Pinky Dinky Doo". Sofia parecia gostar pois estava foçada no que se passava na televisão.

— Qualquer coisa me chame. — Falo para ela.

Vejo ela colocar a boca no canudo e começar a sugar o suco devagar.

Vou para a cozinha deixando ela lá e vou preparar o almoço. Estou empenhado, vou fazer frango em cubinhos com legumes.

Eu vi três receitas diferentes, aprendi di cor como fazer.

Enquanto eu cozinho, Sofia está assistindo televisão e alguns homens estão instalando um parquinho no meu quintal.

Graças a Jaden, aquele filho de uma puta, comprou um parquinho e uma cama elástica com o meu dinheiro, e hoje estão montando no quintal.

Tem pelo ou menos, doze seguranças monitorando eles, então não estou me preocupando.

A verdade é que eu só não cancelei a compra dessas coisas idiotas porque Sofia queria muito brincar. E eu não tenho paciência para ficar levando ela em um parquinho todos os dias.

Coloco o avental e primeiro começo a cortar e lavar os legumes. Eu peguei vários, vai ser uma comida bem colorida, assim vejo se Sofia consegue comer.

Ela está mais quieta hoje, não consigo saber se fico grato ou preocupado.

(...)

— Porra de frango! — Grito irritado batendo na mesa.

Eu estou fazendo esse frango e esses legumes há uma hora e meia! Mas a cozinha se virou contra mim!

O frango está queimado e os legumes salgados demais!

— Quer saber? Eu desisto! — Tiro o avental e coloco em cima da mesa.

Vou até aquela panela com frango.

— Que se foda você! Sua mãe! Seus tios! Seus primos e a família toda! — Grito irritado apontando para o frango queimado. — Espero que todos tenham virado nuggets!

Porra de frango!

Eu não sou cozinheiro, não sirvo para isso!

Tiro um cigarro do bolso, acendo-o e levo aos meus lábios. Eu precisava daquilo para me recompor.

Eu mato pessoas, sou um assassino! É isso que eu faço, é com isso que eu trabalho. Não sou cozinheira!

Dou uma tragada na nicotina, sentindo meus pulmões absorverem.

Desperdicei uma hora e meia do meu tempo.

Vou até a ponta da cozinha, dando uma olhada em Sofia. Ela está dormindo há uns trinta minutos.

Hudson me disse que é normal ela acabar ficando cansada e ir dormir, então eu deixei ela.

Mas já era quase meio dia, e eu tinha que dar comida para ela.

Pego meu celular e começo a procurar algum restaurante que venda frango com legumes.

(...)

Entro dentro de casa com a comida.

Sofia ainda estava dormindo enquanto o desenho passava na televisão.

Levo as embalagens de comida até a cozinha, onde estava tudo uma bagunça.

Eu não sou faxineira, não tenho que arrumar nada!

Pego as panelas com os legumes salgados e a com o frango queimado e jogo dentro do lixo. Pego os talheres sujos e jogo no lixo, copos sujos, tijelas sujas, tudo. Jogo tudo no lixo.

A casa é minha, eu não vou ficar lavando panela! Jogar fora é mais fácil.

Pego uma panela nova no armário e despejo o frango que eu comprei dentro.

— Ficou bonito. — Olho para a panela impressionado. — Sabia que tinha dom para cozinhar.

Pego um prato e coloco uma quantidade considerável para Sofia. Vou até a geladeira e aproveito para pegar o copo de suco também.

Em seguida vou para sala, onde o único barulho que soava era o do desenho que se passava na televisão.

Deixo o prato em cima da mesa.

Vou até a menininha que estava toda largada no sofá, dormindo pesado. Provavelmente sonhando com aquele tal alienígena.

Ponho a mão em sua testa preocupado e noto a presença calor menor.

Pego o termômetro no braço do sofá e ainda com Sofia dormindo, ponho o termômetro em sua axila.

Ela nem percebe, apenas continua dormindo.

Não demora muito para o termômetro apitar.
Tiro-o de lá vendo o número 37.6 digitalizado.

Ainda bem, ela está esfriando.

Deixo o termômetro de volta no braço do sofá e mexo na menina.

— Sofia, acorda.. — Chamo-a. — Agora é hora de comer.

Ela continua dormindo.

— Sofia..

Não se mexe.

— Sofia, acorda..

Ela continua no sono pesado.

Ponho minha mão por debaixo de sua coluna e sento ela no sofá, então finalmente ela acorda.

— Hora de comer, Sofia. — Aviso.

Ela estava com seus cabelos todos na cara, com os olhos fechados ainda, toda encolhidinha por ter acabado de acordar, com o corpo suado e com uma cara de sono.

Sua saia da estava toda desajeitada, eu conseguia ver a metade da bunda dela, a camiseta toda torta, mas suas meias brancas estavam intactas.

— Está se sentindo melhor? — Pergunto tirando os cabelos do rosto dela.

— Uhum.. — Ela responde sonolenta.

— Que tal comer um pouco antes de voltar a dormir? — Pergunto. — Já é hora do almoço.

Ela nem responde nada, apenas continua sentada de olhinhos fechados, totalmente torta.

Hudson me disse que não era melhor acorda-la. Seria bom deixar ela dormir e depois dar comida, mas eu não quero esperar tanto tempo para ela comer.

— Sofia, não é para dormir. — Digo endireitando ela novamente.

Ela estava tão cansada que estava dormindo sentada.

Me sento no sofá ao lado dela.

— Vamos, come rapidinho que eu deixo você dormir. — Digo.

Pego o prato colocando em meu colo e direciono até a boca da menina.

Ela estava quase caindo de sono, olhando para a televisão de uma forma cansada e seu corpinho estava todo suado por causa da febre.

Ela abre a boca e eu entro com a colher, saindo logo em seguida.

— Está bom? — Pergunto.

— Uhum.. — Ela concorda quietinha.

Continuo dando comida para ela.
Sofia estava tão cansada que nem estava percebendo a quantidade de comida que estava comendo, apenas comia logo para voltar a dormir.

Ela estava falando, diferente de algumas horas atrás, mas era pouco. Ela ainda estava um pouco na dela por estar com sono.

Término de dar a última colherada.

— Acabou. — Aviso me levantando do sofá.

— Soso podi mimir? — Pergunta sonolenta.

— Pode. — Respondo. — Agora pode.

Ela se deita de volta no sofá com pressa e fecha os olhos tentando voltar a dormir.

Eu não me importo em deixar o desenho na televisão, apenas deixo lá para Sofia assistir enquanto dorme.

Eu estava mais tranquilo.
Aquele peso havia saído dos meus ombros.

A febre está indo embora.

(...)

Continuo lendo aquelas normas do estabelecimento, mas um Ser me interrompe.

Sofia abre a porta do meu escritório com tudo, causando um barulho alto.

A menina estava com a feição diferente.
Estava com um sorriso largo no rosto, dando pulinhos completamente animada.

— Di quem é?! Di quem é?! Di quem é?! — Ela pergunta animada vindo correndo até mim.

Olho para a embalagem de cupcake em suas mãos.

— É seu. — Respondo.

— Da Soso?! — Pergunta animada. — Podi comer já?!

Olho para meu relógio que marcava ser duas da tarde.

— Pode. — Respondo.

— Yay! — Ela fala animada fazendo uma mini comemoração e se afastando de mim.

— Espere. — Mando. — Venha até aqui. — Chamo-a com os dedos.

Sofia vem até mim correndo completamente animada.

Coloco minha mão em sua testa verificando a temperatura. Ao ver que ela estava em sua temperatura normal, me tranquilizo.

— Pode ir. — Falo.

Sofia concorda animada.

Ela estava tão animada com o cupcake que nem falou sobre a febre ou se estava se sentindo bem.

Sofia tem um problema sério com cupcakes de morango..

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Meu anjinho..
Meu anjinho..
Feche os olhos..
De mansinho..
Deixa o sono..
Pousar..

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