Além Da Eternidade

By ArmyWings36

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A jovem Emma Solpel sempre foi considerada por todos a sua volta uma rebelde causadora de problemas. Muito a... More

Prólogo: Do inicio!
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03.
Capitulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capitulo 08
Capitulo 09
Capitulo 10
Capítulo 11
Capitulo 12
Capítulo 13
capitulo 14
Capitulo 15
Capítulo 16
Capitulo 17
Capitulo 18
Capítulo 19
Capitulo 20
Capitulo 21
Capítulo 22
Capitulo 23
Capítulo 25
Capítulo 26

Capitulo 24

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By ArmyWings36

   A chuva batia forte contra os vidros da mansão, enquanto Thomaz chegava correndo, empapado pela tempestade. Laura, a empregada, o seguia aflita, chamando seu nome.

— Thomaz, senhor? Cuidado com as escadas. - Gritava ela, porém o homem não se importava com mais nada.

Adentrou a casa sem se importar com o rastro de lama e água que estava deixando pelo caminho  -– O que aconteceu? Onde está Emma?

–  A senhora está prestes a dar à luz, no quarto senhor.

Ao subir as escadas, deparou-se com seu pai e seu sogro. Ambos parados a porta do bendito cômodo. O rapaz respirou fundo e avançou em direção a mesma. –  Thomaz, oque pensa que está fazendo? Você não pode entrar agora. Isso não é lugar para um homem. - Repreendeu o pai.

Furioso, Thomaz segurou o velho pelo colarinho. – Onde está minha esposa? Eu não vou esperar aqui fora enquanto ela precisa de mim!

— Thomaz, em momentos como este, uma mulher precisa de privacidade. Isso não é assunto para maridos. Não seja inconveniente.

Empurrando o pai, ele vai logo dizendo: – Nem você, nem ninguém vai me impedir de estar com Emma neste momento importante. Ouviu? - Antonie estava prestes a interferir quando  os três  escutam os gritos de Emma vindo do quarto, a angústia tomando conta do  rosto de Thomaz.

— Thomaz, é uma questão de decência! Homens não devem presenciar essas coisas! - Lorrence argumentou.

—  Decência é estar ao lado de quem amamos nos momentos mais difíceis. Não vou permitir que me afastem da minha esposa!

   Thomaz empurrou seu pai novamente e, com determinação, abriu a porta do quarto. Os gritos de Emma ecoaram fazendo que ele sentisse sua dor em seus próprios ossos.

—Amor, como você está? Estava tão preocupado... - O Homem ainda todo ensopado da chuva recente, ajoelhou-se ao lado da cama e tomou as mãos da esposa. Observou o rosto dela com atenção. As gotículas de suor se tornavam maiores.

Sorrindo entre contrações, Emma respondeu: – Estou melhor agora que você está aqui, meu amor. Mas acho que nosso bebê não quer esperar mais.

— Não devia estar aqui meu filho. - A mãe de Thomaz comentou temerosa.

— Oras deixe disso. Não vê como Emma está mais confortável assim. Olhe para ela mulher. Deixe essa convenção inútil para depois. - Respondeu Marie. – Mais um pouco minha filha, só mais um pouco de força.

— Onde está a parteira? - Perguntou ele e logo acrescentou.-  Estou aqui para cuidar de você, meu bem.

— Talvez a chuva tenha a atrasado. - Margareth  entrou no quarto trazendo água morna e muitos panos. – Deixe que eu mesma faça isso. Já trouxa algumas crianças ao mundo, não vai ser diferente com essa daqui.

Emma não conseguia se concentrar  mais nada, afinal as contrações estavam pouco espaçadas. A jovem foi atingida por uma que a fez grita como nunca havia gritado antes.

— Eu não consigo... NÃO CONSIGO FAZER ISSO. - Gritou a plenos pulmões se sentindo impotente.

— Emma, meu amor, você é capaz de tudo. Sempre foi forte e corajosa. Não desista agora. Estou aqui com você a cada passo. — Thomaz segurou a mão dela com firmeza, transmitindo confiança.

Emma olhou nos olhos dele, buscando apoio, enquanto uma nova contração se aproximava.

— Thomaz, não sei se consigo...

— Você é uma mulher incrível, minha querida. Lembre-se de todas as adversidades que enfrentamos juntos. Você superou tantas dificuldades. Agora, traga nosso bebê ao mundo. Eu acredito em você.

Com determinação renovada, Emma respirou fundo e continuou o trabalho de parto. Thomaz a incentivou a cada momento, lembrando-a de sua força interior.

Finalmente, após momentos intensos, o choro de um bebê preencheu a sala.

Margareth sorriu: – É um lindo menino senhor. ‐ Thomaz segurou o recém-nascido com cuidado, enquanto Emma sorria entre lágrimas de alegria e exaustão.

— Bem-vindo ao mundo, meu filho. — Thomaz sussurrou, compartilhando um olhar de amor e admiração com Emma, que segurava o bebê pela primeira vez.

— Lindo. - Marie disse aos prantos. – Como vai chama-lo? - Thomaz, então com cuidado, passou o bebê para o colo de Emma que ainda se recuperava do esforço.

A nova mamãe olhou seu bebê por longos minutos e então disse: – Henri. Quero chama-lo assim.

— Então assim será. Bem vindo ao mundo meu pequeno Henri. - Falou Thomaz, orgulhoso da esposa e apaixonado pelo filho.

     Os dias foram passando e se transformaram em semanas. Estas viraram meses que por sua vez viraram anos. Cinco anos para ser exata. Henri tornou-se um menino lindo e vivaz, com uma personalidade que lembrava muito Emma quando criança.

Poucas vezes a mãe precisou chamar sua atenção e em todas elas o menino estava acompanhado do avô  Lorrence. Apesar de não suporta-lo, Emma mantinha uma relação tranquila dentro do possível com o mesmo.

    Emma viu o pequeno no jardim acompanhado do avô e se aproximo com cautela, afim de verificar do que o velho senhor ria com tanta vontade.

— Pode e deve trata-los do jeito correto.  - O escutou dizendo.

— Mais vovô, mamãe sempre diz que somos todos iguais. Não acho correto...

— Sua mãe  possui ilusões únicas. Empregados, são apenas isso. Estão aqui para nos  servir e se for preciso um pouco de força para...

— O que pensa que está fazendo? - Emma os interrompeu horrorizada.

— Estava apenas ensinando como homens devem se comportar.

— Henri vá para seu quarto e fique lá. - O menino sabia quando a mãe falava sério e a obedeceu rapidamente.

A mulher o esperou passar e sumir de vista e então encarou o sogro.

— Não me olhe como se eu tivesse cometido um crime. O garoto precisa de alguém firme que o ensine os bons costumes.

— Apena pessoas sem caráter  pensam que possuem o direito de tratar empregados assim.

— Eles sempre foram e sempre serão inferiores. E isso nem você no auge de toda sua arrogância vai mudar. - As mãos cerradas do sogro demonstrava o quão irritado ele estava, mesmo que mantivesse a voz num tom suave.

— Não vou perder meu precioso tempo tentando ensinar um turrão que pensa ser culto, mas que a bem da verdade, possui uma ignorância deveras enraizada em seu âmago.

— Eu devia lhe dar as palmadas que o frouxo do seu pai jamais te deu. Isso talvez te colocar no seu devido lugar.

Emma deu dois passos na direção do homem que a essa altura fumegava de ódio. Parou próximo de seu rosto e disse:  – Gostaria de vê-lo tentar. - A audácia da jovem o deixou sem ação. Então lentamente ela se afastou exibindo um sorriso vitorioso. Antes de segur os passos do filho, voltou-se para o homem: – Não verá mais Henri sozinho e isso não é negociável.

— Isso é um absurdo. Vou falar com meu...

— Vá em frente. Aposto que ele vai amar saber o tipo de coisas que o pai ensina a seu filho. - Emma continuou a andar, agora com o sogro literalmente grudado nela.

— Volte aqui. Ainda não terminamos.

— Terminamoa sim. Por favor escoltem meu amado sogro até o portão. A visita acabou. - Ordenou ao passar por alguns dos homens que trabalhavam na casa.

   Emma ainda podia ouvir os gritos de protesto de Lorrence enquanto subia as escadas em direção ao quarto do filho. Parou diante da porta e deu duas batidinhas, entrando quando convidada.  Encontrou o pequeno sentado em sua pequena escrivaninha e sentou-se a sua frente.

— O vovô e você brigaram? - O menino era muito perspicaz e Emma sempre foi muito sincera com ele.

— Meu amor, seu avô possui ideias e ideologias arcaicas.

— Ele não é  ruim, é? - A pergunta mexeu com as emoções de Emma.

— Amor, lembra quando o papai te levou na vinícola? - O pequeno concordou. – Lembra como ele tratou e conversou com os empregados de lá? Lembra como conversamos sobre respeito e atitudes positivas?

—  A senhora disse que somos responsáveis por nossas atitudes.

— Exato. Henri vivemos num mundo injusto, mas nem por isso devemos nos mesmos cultivar a injustiça. Palavras machucam muito, tanto quanto um soco. E tudo que a gente faz possui uma consequência. Antes de fazer qualquer coisa, quero que pense em como você se sentiria se outra pessoa fizesse o mesmo com você.

— Desculpe. - Emma sorriu, levantou-se de onde estava e ajoelhou-se ao lado do filho lhe dando um caloroso abraço.

— Meu menino precisoso. Agora vá brincar. - Emma deixou que o menino saísse e ficou pensativa alheia ao que estava acontecendo lá fora.

     Thomaz recebeu naquela mesma tarde a visita de seu pai. Nervoso e desgostoso, o homem entrou batendo os pés.

— Vejo que está com o seu humor de sempre meu pai.

— Sem comentários sarcásticos. Vim exigir que de um jeito em sua mulher, senão eu darei.

— Não ouse ameaçá-la. - Thomaz já estava de pé.

De repente, como se tivesse tido uma luz, Lorrence para e remenda suas palavras: – Me desculpe. Me excedi. Fiquei nervoso com a discussão que tivemos a pouco. Tente entender Thomaz, ela não quer me deixar ver Henri.

— O que o senhor fez para que ela tomasse essa decisão?

— Nada demais. - Vendo que esse argumento não iria convencer o filho, decidiu ceder. – Eu estava ensinando seu filho a como se deve tratar um criado e Emma se zangou.

— Só podia ser. - Frustrado, Thomaz passou as mãos sobre o rosto.

— Converse com sua esposa. Eu... Eu eatou disposto a me portar como ela deseja.

Thomaz estranhou a atitude do pai. Aquele não parecia o homem que o educou. No entanto, sabia que seria complicado para ele se afastar do neto, então decidiu dar-lhe um voto de confiança e prometeu conversar com Emma.

   Lorrence foi ao encontro de Elaine como já era de costume. Depois do encontro romântico e de contar sobre o ocorrido, passou a vestir-se e a escutar a opinião da amante.

— Se ao menos você pudesse colocá-la em um manicômio. Mais seu filho é  um capacho dela.

— Tenho uma ideia melhor meu bem. - Disse dando-lhe um beijo. – Algo mais... Definitivo e irreversível.


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