𝑬nchanted, percy jackson

By lovsmariii

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( 💓 )' # ⋆đ–Šč°‧ Em meio ao universo dos semideuses, Calista Marin, filha de Afrodite, Ă© uma lĂ­der popular no... More

( 000 ) ⋆ Apresentação
( Prólogo ) ⋆ When you know, you know...
( 001 ) ⋆ The boy who killed the minotaur...
( 002 ) ⋆ The glory
( 003 ) ⋆ Girl on fire and Boy in trouble
( 004 ) ⋆ Enchanted
( 005 ) ⋆ The Mission
( 007 ) ⋆ We killed Aunt M
( 008 ) ⋆ Him and I

( 006 ) ⋆ We met Aunt M

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By lovsmariii

4033 palavras...
Votem e cometem!


O grupo disfuncional tinha uma baita sorte de o tempo não estar quente ou abafado, estava agradável, a brisa fresca da tarde não os deixavam sentir calor. Depois de simplesmente pularem do ônibus para fugirem das Fúrias, Grover os guiou por um caminho que ele dizia conhecer.

Por entre as grandes árvores com troncos enormes e folhas gigantes, Calista podia ver o enterdecer, o sol quase se pondo, ela sentia os raios solares beijando seu rosto, e se auto agradecia por ter passado protetor solar antes de ter saído, e ainda estava levando na sua bolsa, todos seus cosméticos, maquiagens e roupas. Ela tinha suas prioridades.

Eles estavam já andando há algum tempinho e agora que ela estava andando como tinha desejado algumas horas atrás, preferia estar no ônibus. Por que ela tinha que reclamar? Sempre pode ficar pior. E nesse caso, ficou.

A parte boa de estar ao ar livre, ela podia respirar ar puro e não puns de passageiros folgados.

O ônibus era fedido e fez a rinite dela atacar, porém ainda era mais rápido que as pernas curtas dela e tudo o que ela queria era terminar essa missão o quanto antes.

Calista só não era menor que Annabeth, mas Grover e Percy eram centímetros mais altos. E mesmo assim, eles estavam andando como lesmas, o Solstício ia chegar e eles nunca iriam salvar o mundo da raiva e do orgulho dos três irmãos olimpianos se continuassem nesse ritmo.

ㅡ Em algum lugar por aqui isso vai dar em um caminho de sátiro. ㅡ Disse Grover liderando o bando, tentando soar otimista. Estava um pouco perdido e não tinha como negar isso.

Annabeth passou por Percy, olhando ao redor da floresta, atenta a qualquer ameaça que poderia ser para eles. Calista estava ao lado dela, entendia, cantarolava em sua mente "Shake It Off" da Taylor Swift, para se distrair.

ㅡ O que é um caminho de Sátiro? ㅡ Perguntou Percy. Grover parece o dicionário dele, pensou Calista uma vez que tinha começado a escutar a conversa deles.

ㅡ É um caminho dentro da floresta. Meus ancestrais usavam, sátiros explorados, muito difícil de achar e de nos encontrar.

ㅡ Isso é ótimo, mas... E se a gente ficar na floresta? Como vamos achar um celular? ㅡ Questionou Percy, preocupado, segurando em suas mãos a caixa que guardava Maia, o All Stars que Luke o deu para o ajudar na missão.

ㅡ 'Pra que você quer um celular? ㅡ Annie perguntou, virando a cabeça para olhar ele.

Calista franziu o cenho ouvindo a pergunta, também não entendendo, e esperou Percy responder;

ㅡ 'Pra ligar para o acampamento... E pedir ajuda.

ㅡ Mesmo se tivessemos um celular, não teríamos sinal, Jackson. Estamos no meio do nada. ㅡ Calista suspirou, passando as mãos pelas laterais do cabelo liso castanho os jogando para trás dos ombros.

ㅡ Mas teríamos pelo menos uma coisa para pedir ajuda caso a coisa toda ficasse feia. Melhor que nada. ㅡ Percy argumentou de volta, sabendo que era inútil.

Não iriam ajudar eles e ponto. Eles estavam por conta própria agora. Irônico a paz do mundo e dos deuses depender de quatro crianças de doze anos.

ㅡ Está tudo bem. Não precisamos de ajuda. ㅡ Disse Annabeth, mantendo-se firme em não demonstrar fraqueza. Nenhuma sequer.

ㅡ Ah, não precisamos? ㅡ Percy zombou, a voz ficando séria logo. Ele achava que eles tinham que encarar logo a situação invés de apenas fingir que está tudo bem e que eles não estavam perdidos. ㅡ A gente nem chegou em Trenton. Estamos no meio da floresta. Nem sabia que tinha floresta em New Jersey! Mas a gente achou uma, eu diria que isso é o oposto de bem.

Calista ficou quieta e concordou com ele mentalmente, ele tinha um bom ponto e negar isso não adiantaria nada.

ㅡ Fomos enviados por uma missão pelo oráculo, pelos deuses, achou mesmo que ia ser fácil? ㅡ Annabeth indagou, indignada com a ignorância de Percy. ㅡ Uma missão é para ser difícil, por isso só alguns são escolhidos, se ligasse para o acampamento estaria dizendo que foi um erro escolher a gente.

ㅡ Eu 'to muito confortável com isso. ㅡ Ele soltou uma respiração. ㅡ Todo mundo erra, né.

ㅡ Mas nem todos podem errar. Annie está certa, não podemos e não temos como pedir ajuda. Temos que fazer isso sozinhos e vamos conseguir. Somos 3 semideuses e um sátiro experiente de 24 anos. Nada pode nos parar. ㅡ Forçando um sorriso, Calista disse ao grupo, enchendo seu coração de esperança de que tudo daria certo no final.

ㅡ Já estamos parados, não vamos a lugar nenhum assim. ㅡ Percy respondeu, levemente irritado e seu tom de voz irritou Annabeth, que parou de andar e tornou a se virar na frente dele, fixando seus olhos castanhos aos azuis dele.

ㅡ Por que você tem tanto medo de aceitar quem você é?

ㅡ O quê? ㅡ Percy jogou a pergunta de volta, cerrando a mandíbula.

A tensão se instalou entre os 4 e Calista fez um sinal para Grover fazer alguma coisa, aqueles dois cabeças quentes iriam se estranhar... De novo, mas dessa vez, parecia que iria ser mais sério. Como Grover era amigo dos dois, ela esperava que ele tivesse uma solução.

ㅡ Sabem o que é interessante nesse caminho novo de sátiro especial? ㅡ Perguntou Grover abrindo um sorriso amarelo. Percy e Annabeth voltaram a atenção para ele e Calista o olhou com uma cara de "fala sério", Grover continuou falando: ㅡ É exatamente o que o meu tio Ferdinando começou em sua própria missão.

ㅡ O que você quer dizer com isso? ㅡ O loiro insistiu no assunto, encarando Annabeth e ignorando o pobre Grover. ㅡ Medo de quem eu sou? Eu não 'to com medo!

ㅡ Sim, você 'tá. Você não é só um garoto, só um garoto não ia fazer o que você fez com a Clarisse no acampamento. ㅡ Annabeth Chase tinha um ponto, ela falava cada palavra com convicção de sua verdade, aproximando-se cada vez mais de Percy: ㅡ Só um garoto não faz Hades mandar tenentes para capturarem ele. Cara, você faz parte de uma coisa muito mais do que conseguimos entender agora. Temos que seguir em frente, você querendo ou não, você gostando ou não!

ㅡ Não quer ligar para eles? Tá. ㅡPercy sibillou, dando de ombros, pensando em outra sugestão. ㅡ Vamos ligar para sua mãe.

A expressão de Annabeth escureceu mais, ela respirou pesadamente e seus olhos tinham uma raiva contida quando Percy mencionou sua mãe.

ㅡ Como é que é? ㅡ Perguntou ela lentamente, após ficar segundos em silêncio.

ㅡ Atena, sua mãe. Eu ligaria para o meu pai, mas a gente não tem intimidade suficiente... ㅡ Disse Percy, frustado e triste. Parecia que ele estava sendo genuíno e não queria provocar Annabeth dizendo essas palavras, mas não dava para saber. E a mãe dela era um assunto delicado para ela. ㅡ Enfim, já que ele me deixou negligenciado e tal, mas você e sua mãe parecem ser mais próximas.

ㅡ Percy quer ficar quieto? Só cala a boca. ㅡ Disse Calista encarando ele friamente, claramente falar da mãe incomodava Annabeth ou ele era muito sonso ou se fazia de sonso para não perceber isso.

Ele olhou nos dela em choque, um vislume de mágoa e irritação pela forma como Calista falou com ele e ver isso em suas iris fez Calista constatar que era a opção número um; ele era muito sonso para não perceber que Annabeth era sensível quando o assunto era Atena, a mulher que era mais deusa do que mãe.

ㅡ Por que? Eu só dei uma sugestão! Só isso! Por que não pede ajuda?

ㅡ Grover, fala pro seu amiguinho se colocar no lugar dele. ㅡ Annabeth disse irritada.

E Grover não sabia o que fazer, pois os dois eram amigos deles e se ele tomasse partido na defesa de um, o outro ficaria chateado. Ele abriu a boca mas faltou lhe coragem para ir contra Percy ou Annabeth.

ㅡ Não pode pedir 'pra ela, não é? Quando foi a última vez que ela falou com você? ㅡ Percy questionou, cerrando os olhos.

A garota o ignorou, engolindo o bolo de irritação e outros sentimentos que preferia esconder.

ㅡ Grover. ㅡ Disse ela, pedindo ajuda a Grover, que em tese, era o único que poderia parar Percy.

ㅡ Percy, você está sendo inconveniente. Ela não quer responder, deixa ela. ㅡ Calista foi em defesa de Annabeth, não entendia porque Percy estava sendo tão teimoso em relação a vida pessoal de Annabeth, se a Chase quissese contar a ele, contaria.

Mas isso não era o caso naquele momento e o Jackson continuava forçando a barra.

ㅡ São perguntas simples, Calista. E Annabeth por que você continua metendo Grover no meio, ele vai ficar do meu lado! ㅡ Disse Percy, com irritação.

ㅡ E por que você acha isso?!

ㅡ Ele é meu protetor, é o dever dele! ㅡ Os olhos de Calista se arregalaram quando Percy disse isso sobre Grover, diminundo ele apenas a isso. Como se fosse um mero servo dele. Ele era muito mais que isso e estava sendo tratado como nem mesmo um animal deveria ser tratado.

ㅡ Ele foi meu protetor primeiro! ㅡ Annabeth levantou a voz e a resposta dela também surpreendeu Calista, agora ela estava ficando irritada e brava com os dois outros semideuses.

E o Grover se via cada vez mais sem para que lado correr, aquela briga toda o deixava desconfortável e bagunçava seus sentidos. Calista sabia que tinha que intervir, e assim o fez:

ㅡ Vocês estão se ouvindo? Grover não é propriedade de vocês, não importa de quem ele teve que ser babá primeiro, ele é nosso amigo!

Percy abaixou o olhar para a terra abaixo de seus tênis, e Annabeth também, ambos ficaram quietos, envergonhados demais até mesmo para pedir desculpas a Grover. Percy ainda tinha muitas perguntas a fazer, e Annabeth ainda queria discutir com Percy, achava que ele era muito enxerido, e precisava de um sermão e ela estava mais que disposta a dar um nele.

Porém, não naquele momento. Ela também sabia que não era bom contrariar Calista quando ela estava irritada, era a filha de Afrodite, mas Annabeth às vezes suspeitava que talvez seu pai fosse Ares e não um simples humano, explicaria porque ela tinha uma conexão com Clarisse e se irritava fácil quando provocada.

Um pequeno sorriso de agradecimento e alívio surgiu no rosto de Grover, olhando Calista, e ela retribuiu o sorriso genuinamente para ele. Percy segurou a vontade de rolar os olhos azuis como o mar em desgosto. Era patético.

Por que para Grover ela vivia sorrindo e para com ele não?

Ele não era tão chato assim, durante toda a viagem, que tinha começado apenas há algumas horas, Percy contou quantas vezes Calista sorriu para Grover e quantas vezes sorriu para ele e, não era uma competição, mas Grover estava ganhando. E isso não era bom em sua concepção.

O máximo que ele teve perto de um sorriso foi risadas zombeteiras que saíram dela, era alguma coisa, mas era como tirar um C- do que um A+ em uma prova muito importante que você estudou a vida toda.

Era o costume das nostas dele em Yance, e ele estava mais que determinado a mudar isso antes de ser expulso do internato. Era estranho comparar Calista com seu internato, porque ele não queria perder ela como tinha perdido o internato que ele amava. Só tinha que saber como realmente mudar sua relação com Calista, bem, eles nem tinham uma relação real. Ele a achava mais difícil que as provas de Yance também. Só tinha que descobrir o quebra-cabeça que ela era para fazer ela se abrir com ele e deixar ele se aproximar, mas era como uma missão impossível.

Garotas e como suas cabeças funcionavam eram um território desconhecido para ele, como um campo minado.

Ele apenas seguia sua intuição e por isso talvez tudo desse tão errado com meninas.

Ele balançou a cabeça, deixando de lado novamente esse incômodo que ele não queria nominar, Percy fixou em sua cabeça outros pensamentos mais importantes.

ㅡ Seria muito legal poder fazer o caminho do meu tio Ferdinando. ㅡ Grover quebrou o silêncio, mudando de assunto de novo para seu tio sátiro.

ㅡ Thalia. Luke e Annabeth tinham um sátiro protetor, era você? ㅡ Percy sussurrou, olhando Grover, que apenas abaixando a cabeça com cabelos negros cacheadinhos deu sua resposta ao amigo. ㅡ Por que não me disse nada?!

O Underwood levantou a cabeça e olhou qualquer coisa, menos Percy, seus sentidos especiais de sátiros que estavam sempre em alerta capturaram algo suspeito. Calista e Annabeth perceberam, olhando Grover preocupadas, mas não o interrompendo para ele se concentrar, Grover poderia cheirar ameaças e perigos próximos sendo metade bode e metade humano.

ㅡ Tão sentindo esse cheiro?

ㅡ Grover, eu não 'to brincando! ㅡ Percy bradou, irritado. O fato de Grover esconder essa informação dele fez o que o Oráculo lhe disse bater em sua cabeça como um martelo, ele odiava não confiar totalmente em Grover.

ㅡ Eu também não! ㅡ Resmungou o sátiro de volta, fazendo o Jackson ficar calado. ㅡ Não só... Silêncio. ㅡ Pediu Grover baixando o tom de voz, com a voz robótica. Como se estivesse hipnotizado. ㅡ Hambúrguer.

Ele sussurrou como se estivesse com fome, mas depois que eles saíram do ônibus, comeram alguns salgadinhos e refris durante o caminho de estrada da floresta, estavam todos bem alimentandos - na medida do possível.

Grover andou na frente, os liderando, deixando os amigos para trás. Os três meios-sangues se olharam desconfiados e decidiram o seguir, enquanto saiam do lugar que estavam, Calista ouviu um miado familiar que fez os pelos de sua nuca se arrepiarem.

Ela parou de andar com o grupo, e foi até onde ouviu o som perto das árvores grandes, saindo de dentro da margem da floresta, Channel apareceu, engatinhando até ela lentamente com classe e elegância.

A morena de cabelos lisos sorriu feliz, se abaixando o suficiente para estender sua mão até Channel, que foi até ela e em um gesto raro de afeto e carinho, lambeu com sua língua áspera e pequena, a palma da mão dela.

ㅡ Eca, sua nojentinha ㅡ Brincou Calista, acariciando o pelo macio dela logo depois. Não tinha como não ser ela, a coleira estava com "C' de sempre e o pelo brilhante e único dela estava mais perfeito do que nunca. Channel sempre estava bem cuidada. ㅡ Como me encontrou aqui? Como chegou aqui?

Ela perguntou sabendo que não teria resposta, apenas um ronrono baixo enquanto Channel apreciava o toque dela em seu corpo. Calista tinha que admitir que era um pouco estranho a aparição repentina dela, mas não podia deixar sua gata para trás no meio de uma floresta em New Jersey.

De dentro de sua bolsa mágica, tirou um petisco especial para gatos e deu para ela comer imaginando que ela estava faminta - e estava certa - , Channel abocanhou o biscoito rapidamente, Calista sorriu aproveitando que os dentes dela estavam ocupados, pegando ela em seu colo e colocando novamente a sua bolsa em seu ombro esquerdo.

Como estava comendo, Channel não protestou e não a arranhou como faria se não estivesse comendo, e Calista correu até o grupo para os acompanhar.

ㅡ Onde você 'tava? ㅡ Perguntou Percy preocupado, Annabeth e Grover estavam um pouco mais a frente na floresta. Ele tinha ficado mais para trás, esperando ela. Ele franziu as sobrancelhas loiras quando viu a gata branca nos braços dela. ㅡ Isso é um gato?

ㅡ Não é um simples gato, por sinal, é uma gata, e o nome dela é Channel. ㅡ Calista disse sorrindo orgulhosa, andando até ele. Percy revirou os olhos.

ㅡ De onde você tirou isso no meio de uma floresta? Foi da sua bolsa estranha? ㅡ Perguntou ele enquanto os dois andavam apressados juntos para chegarem a Annabeth e Grover, que farechava o cheiro do amburguer que estava sendo preparado no floresta.

Era bizarro. Toda aquela sequência de fatos desde o ônibus poderia ser de um filme de comédia assustador.

ㅡ Não, né. Ela já era minha. Dã, deve ter nos seguido. ㅡ Calista explicou, não dando muita bola para como Channel chegou até eles. Até ela.
ㅡ E minha bolsa não é estranha, é uma Prada. ㅡ Disse ela fazendo uma expressão desdenhosa para ele. Percy segurou a vontade de a imitar para a provocar.

Ele achou a explicação dela ainda mais bizarra.

ㅡ 'Ta, ta. Tá bom, nada estranho por aqui. ㅡ Percy disse o que ela queria ouvir, olhando para cima, mas ainda estava curioso e desconfiado, então indagou: ㅡ Como sua gata não-estranha com nome de uma marca de roupa carrisima nos seguiu até aqui desde o acampamento sem que nenhum de nós percebesse?

Perguntou ele, com uma mão na cintura e a caixa de baixo do outro braço, as sobrancelhas franzidas, o tempo todo olhando nos olhos de Channel que por um momento Percy jurou que ela o encarou de volta, parando até mesmo de morder o biscoito, olhos nos olhos, isso fez suas pernas ficarem moles.

Calista sabia que ele tinha um ótimo ponto. Mas ainda sim, suspeitar de uma gata pequena e indefesa - nem tanto, porque ela era bem arisca - era um pouco tolo e bem trouxa. Além disso, Channel nunca sequer demonstrou ser uma ameaça real para ela ou qualquer outra pessoa, se quisesse a atacar, já teria feito. Teve várias oportunidades em noites para isso.

ㅡ Está com medo de uma gatinha? O você tem medo dela fazer contra você? Te arranhar? Lamber sua cara?Ah, não, fazer xixi no seu Converse? ㅡ Ela o provocou dando um risadinha, pegando Channel em baixo dos braços dela e a levantando até Percy, perto de seu rosto, que se afastou engolindo em seco, tropeçando em um galho ao fazer isso.

ㅡ Claro que não, eu sou filho de Poseidon, certo? Gatos odeiam água, se eu molhar ela, ela foge! ㅡ Disse ele apertando mais a caixa em suas mãos, ele nem sabia como jogaria água na gata, mas estava querendo se aparecer e não demonstrar que era fraco. Calista o olhou de cima a baixo, já tinha virado um costume dela subestimar ele.

ㅡ Pegue ela no colo, então.

ㅡ Eu?!

ㅡ Tem outro Percy Jackson aqui? ㅡ Ela perguntou, estalando a língua no céu da boca, com sarcasmo.

ㅡ Percy, Calista! ㅡ Annabeth os chamou, salvando Percy bem na hora. Ele não tinha medo de animais, ele tinha matado um homem-touro, por que teria medo de animais?

Mas aquela gata, a gata de Calista, Channel, o fazia se sentir inquieto, esquisito, ele sentiu isso assim que a viu nos braços da garota que achava linda. Os olhos laranjas avermelhados do animal peludo eram quase humanos, e isso era no mínimo assustador.

Os dois se olharam e se dirigiram para onde a voz de Annabeth Chase estava, a Marin colocou Channel em sua bolsa, deixando-a um pouco aberta para a gata conseguir respirar sem problemas.

A equipe foi andando pelo caminho que Grover os guiava e enfim chegaram no lugar que parecia o destino do cheiro que Grover farejo. "Bem vindos ao Empório de Gnomos da Tia M" uma placa decorada os recebia na entrada, e quanto mais avançavam, mais assustador ficava quando estátuas de pessoas comuns - reais até demais - apareciam decorando a casa junto com as flores e plantas.

ㅡ Aah, fala sério... ㅡ Annabeth sussurrou, sua mente ágil já tinha ligado os pontos.

ㅡ Que foi? ㅡ Percy questionou.

ㅡ A tia M tem um jardim cheio de gente petrificada. Com certeza é alguém do nosso mundo. ㅡ Afirmou a morena, em estado de alerta. ㅡ Alguém quer adivinhar o nome da Tia M?

Calista mordeu o interior de sua bochecha, apreensiva, não precisava ser nenhum gênio para saber que eles estavam na casa da Medusa.

ㅡ Não devíamos voltar, invés de entrar mais na boca do leão? ㅡ Perguntou Calista, achando estranho que, invés deles refazerem seu caminho. Estavam indo mais fundo. ㅡ Ou cobra, né...

Calista e os outros perderam as palavras dos lábios quando em frente e casa principal estátuas de monstros assustadores estavam na frente, como decoração... Ou um aviso.

ㅡ A não... ㅡ Grover disse com medo.

ㅡ Vamos sair daqui enquanto ainda temos tempo... ㅡ Quando Annabeth disse isso e o grupo se virou para partir, uma das Fúrias do ônibus aterrissou no chão, soltando um grunhido agressivo enquanto os olhava com raiva.

Calista arregalou seus olhos e seu coração foi na boca, ela quase tropeçou indo para trás de costas, mas Percy a estabilizou com uma das mãos em sua cintura, e jogou a caixa para Grover, se colocando mais na frente dos amigos, pegando sua caneta esferográfica do bolso que logo se tornou sua espada de bronze e ele se colocou em posição de ataque.

ㅡ Você deveria ter aceitado minha oferta quando teve a chance. ㅡ A Fúria sibillou ameaçadora, olhando fixamente Annabeth, fazendo os outros três ficarem confusos.

ㅡ Oferta? De quê oferta ela 'ta falando? ㅡ Percy perguntou a Annabeth que o respondeu em um silêncio tenso.

ㅡ Hoje não, amigos... Não na frente da minha casa. ㅡ Uma voz doce se intrometeu. Annabeth resmungou olhando para o chão rapidamente e Grover a imitou.

A respiração de Calista ficou mais superficial porque ela sabia quem era, ela virou a cabeça para Percy percebendo que ele estava esperando para ver quem era a dona da voz encantadora, ela bateu no braço dele e sussurrou para ele fechar os olhos logo e assim ela fez junto com ele, vendo um vislumbre de Medusa se aproximando com seus altos altos e roupa elegante.

Ela era mais estilosa do que Calista estava imaginando.

ㅡ Se tem alguma coisa para resolver, por que não entramos que eu os ajudo.... Alecto, vai se juntar a nós? ㅡ Alecto se encolheu diante de Medusa assim como os garotos. ㅡ Eu não achei que fosse... Ela não vai incomoda-los enquanto estiverem aqui, mas ela também não vai desistir, porque isso significa que ela fracassou em levar o filho de Poseidon.

ㅡ Como você... ㅡ Percy começou a perguntar, abrindo os olhos mas olhando para o chão.

ㅡ Um filho proibido foi determinado, quanto tempo achou que esse segredo fosse durar? ㅡ Ela perguntou, com deboche. ㅡ É um prazer conhecê-lo filho de Poseidon... Eu sou a Medusa.

Percy ficou tentado a olhar para o rosto dela, levantando seus olhos lentamente em sua direção, percebendo isso e antes que ele virasse pedra, Calista o chamou:

ㅡ Ariel, não! Não olha, seu idiota!

O loiro a olhou, a mandíbula tensionada pelo apelido novo. Ele preferia Aquaman.

ㅡ Ela é um monstro. ㅡ Disse Annabeth.

ㅡ Nós escolhemos quem é nossos monstros... E agora, aquela ali, quer desmembrar vocês membro por membro... ㅡ Medusa falou como se ela não os quisesse manipular e os petrificar. ㅡ Eu estou oferecendo um almoço. A escola é sua.

ㅡ A Bruxa ofereceu doces para João e Maria e queria comer eles. ㅡ Calista susssurrou sarcástica, ela ouviu a risada baixa e falsa da mulher que voltava para dentro de sua casa.

Annabeth olhou para Calista, em um impasse, mas todos sabiam que eles só tinham uma opção coerente naquele momento.

ㅡ A gente pode confiar nela. ㅡ Disse Percy para a surpresa de todos.

ㅡ Cara!

ㅡ O quê!?

ㅡ Sua mãe nunca te disse que não se pode confiar em estranhos?! ㅡ Todos disseram juntos encarando Percy estupefatos.

O garoto por sua vez, lambeu os lábios e soltou os braços ao lado do corpo quando começou a explicar seu ponto de vista:

ㅡ Eu não sei explicar, eu só sei... E sim, Calista, minha mãe me disse que não se pode confiar em estranhos, mas ela também me contou a história dela e a questão é que ela não é o que as pessoas pensam. E eu confio muito na minha mãe... Então, eu vou entrar... Vocês façam o que quiserem.

Disse ele, deixando os amigos para trás. Calista ponderou por um minuto e bufou, Percy tinha razão em uma parte, mas ainda sim, era arriscado confiar cegamente em Medusa.

Mas tanto ela quando Grover e Annabeth sabiam que não poderiam deixar Percy ficar sozinho com a mulher e muito menos eles poderiam ficar do lado de fora com a Alecto, o grupo tinha que permancer junto, eles se juntaram a Percy. Torcendo pelo melhor.

( one ) Esse capítulo era pra ser postado até o final do EP 3. Porém ia ficar enormeeeeeee. Então, dividi ele dnv e agr o ep 3 ficou em 3 partes de capítulos. Não foi revisado, espero que gostem<33

( two ) Não tenho cronograma para postagens, porém podem esperar pelo menos um capítulo por semana (quando eu to no pique 2) e sempre no final de semana KKKKK

( tree ) Percebi que vocês são corujas KKKKKKK A maioria lê de madrugada, amo. Eu já prefiro escrever de madrugada. Outra coisa, gente não sei oq deu mas umas 600 pessoas não leram o cap 3, pularam para o 4?? Gente o 3 é tão legal, meu fav, e vi q muita gente pulou ou o wattapad não notificou, enfim, quem não leu, leia lá!!

( four ) Eu esqueci de por isso no capítulo 4, mas seria tipo assim todo aquele rolê KKSKSKSK

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