𝐑𝐄𝐌𝐄𝐌𝐁𝐄𝐑 𝐌𝐄 ━ ᴹⁱⁿʰᵃ...

By surtosdavp

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Anastasia Howard é o tipo de pessoa que se quer por perto. Extrovertida, popular, sempre com um sorriso no ro... More

𝐑𝐄𝐌𝐄𝐌𝐁𝐄𝐑 𝐌𝐄
000 ━ goodbye
001 ━ the walter boys
002 ━ first day
003 ━ ride
005 ━ pranks
006 ━ bathroom
007 ━ movie
009 ━ temptacion

008 ━ watherfall

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By surtosdavp

⚡️ISAAC WALTE

💐࿐ Aren't you somethin' to admire?
'Cause your shine is somethin' like a mirror
And I can't help but notice
You reflect in this heart of mine
───── 𝙈𝙞𝙧𝙧𝙤𝙧𝙨




Fui obrigado a assistir mais três filmes da Barbie. No final do terceiro, Tasi havia dormido no meu ombro.

A observei, suas palavras de mais cedo martelando na minha cabeça. Como ela poderia se culpar pela morte da família? Foi um acidente, nada teve a ver com ela. Depois de hoje, aprendi que não consigo vê-la desse jeito. Não suporto ver aquela feição triste e seu corpo ficando rígido.

Pausei o filme e me levantei devagar para não acordá-la. Passei um dos braços por baixo de seus joelhos e o outro agarrei suas costas. Andei devagar, torcendo para não tropeçar em nada. Quando passei pela porta da sala, o pessoal tinha acabado de passar pela porta. Fiz uma careta para o barulho que estavam fazendo.

— Gente! — sussurrei um grito, não querendo que o barulho acordasse a Tasi.

Todos pararam imediatamente, alternando os olhos entre mim e a garota em meus braços. Ignorando-os, comecei a subir as escadas e levei-nos até seu quarto. Abri a porta e a empurrei com o pé, entrando no local. Os materiais de pintura da tia Kathy ainda estavam ali, mas o lugar havia se transformado em um lindo quarto.

Pousei o corpo de Tasi na cama, colocando uma coberta sobre seu corpo. Olhei para ela mais uma vez. O cabelo estava espalhado no travesseiro e o peito subia e descia em um ritmo calmo.

— Que bom que ela dormiu. — a voz de Jackie soou às minhas costas.

— Ela estava cansada.

Jackie sentou-se em sua cama.

— Mesmo assim. Tem um tempo que ela não consegue dormir fácil assim. — meu cenho franzido a fez continuar. — Ela tem insônia. Ela acha que eu não sei, mas escuto seus gritos e suas saídas quando não consegue dormir. Ela faz isso todas as noites.

Meu coração apertou. Por isso ela havia descido na cozinha naquele dia.

— Eu não sabia. — disse, ainda analisando suas feições tranquilas.

— Não tinha como saber. Ela não é muito de conversar sobre seus problemas e sentimentos. Muito menos sobre o passado.

Sabia sobre o que Jackie estava se referindo. E não sabia se ficava triste ou surpreso. Tasi tinha confiado seus sentimentos em mim. Ela tinha se permitido confiar em mim.








💐࿐








— Bom dia, flor do dia! — entrei no quarto das irmãs Howard com um sorriso no rosto.

Tasi colocou o travesseiro sobre a cabeça.

— Não enche, Isaac. — murmurou.

Andei até sua cama e puxei seu lençol, fazendo-a olhar para mim com raiva.

— Você vai se atrasar, vagalume. — disse, por fim. — Só estamos te esperando.

Ela franziu o cenho e olhou para o relógio do celular, pulando da cama ao ver o horário. Ela sibilou e foi até o armário, pegando uma roupa qualquer. Ela estava prestes a tirar a blusa do pijama, que deve ter colocado depois que saí do quarto ontem, quando olhou para mim.

— Privacidade, Isaac.

Virei-me, deixando-a se trocar. Ela passou por mim com a mochila já no ombro e o celular na mão. Ela deu uma rápida passada no banheiro para fazer suas higienes e nós descemos as escadas, encontrando o pessoal lá fora. Partimos para a escola em silêncio, todos meio tensos pelo o que aconteceu hoje de manhã com o bule de Jackie.

Assim que chegamos na escola, fui para minha aula que compartilhava com a Tasi. Nos sentamos em dupla e percebi como ela estava calada hoje. Ela parecia triste também. Seus olhos ficaram distantes a aula inteira, e seu corpo permaneceu rígido na cadeira. A aula acabou e ela saiu da sala em disparada. Tentei segui-la, mas ela acabou entrando no banheiro feminino.

Desisti de esperar depois de cinco minutos e segui para minha próxima aula. As próximas horas passaram rápido e, quando estava indo em direção ao refeitório, assustei-me ao ver a cena diante dos meus olhos.

Paige e Tasi estavam uma de frente para a outra, com Jackie atrás da irmã, um pouco encolhida. Todos no refeitório estavam olhando para as três. Paige disse algo para as irmãs e elas viraram as costas para sair.

— Sabe — Paige começou enquanto eu chegava mais perto. —, dizem por aí, que você era a ovelha negra da família. — Tasi paralisou. — A filha que deu errado.

Anastasia se virou, olhando-a com os olhos em chamas.

— Antes eu não entendia, agora eu sei. Eles deveriam ter tanta vergonha de você.

Corri a tempo de impedir Tasi de avançar em Paige. Seus olhos estavam furiosos e marejados. O sorriso nos lábios de Paige era vitorioso, maldoso.

— Você não sabe de merda nenhuma! — Tasi tentou se desvencilhar dos meus braços, mas não deixei.

— Tasi... — sussurrei.

Ela não conseguia olhar para mim, estava cega pela raiva que irradiava de seu corpo.

— Você se diz superior, mas é tão rejeitada quanto eu.

Suas palavras atingiram Paige. Ela sabia sobre Alex e Cole, e sabia que isso era uma ferida da loira.

Tasi me empurrou, passou pelos meus primos, que estavam atrás de nós, e saiu em disparada dali. Antes de atravessar a porta, quando Paige já havia se sentado, ela andou para sua mesa. Pegou uma faca da mão de um dos alunos que estava assistindo ao show, e a fincou na mesa, ao lado da mão de Paige. A garota deu um pulo e vários suspiros cantaram no ar.

— A próxima vez que você falar da família, eu acabo com você.

E foi assim que ela deixou o refeitório, demonstrando que não era fraca e muito menos aquilo que diziam sobre ela. Foda. Ela era foda.

— Tasi! — gritei, correndo atrás dela. — Tasi!

Abri com tudo as portas que levavam até o lado de fora da escola. Tasi estava em pé no meio do local, a mão apertando as têmporas.

— Tasi... — coloquei a mão em seu ombro.

Ela se virou e seus olhos encontraram os meus antes de me abraçar. Fiquei surpreso, de início, mas, então, meu corpo relaxou e envolvi sua cintura com os braços. Enterrei minha cabeça em seu pescoço, sentindo seu cheiro infiltrando em minhas narinas.

— Hoje é aniversário da Lucy. — disse, a voz abafada.

Merda... Por isso ela estava estranha hoje.

— Sinto muito.

Ela se desvencilhou, os olhos vermelhos mas sem nenhum sinal de lágrimas caídas.

— Acho que você é o único que disse isso com sinceridade para mim.

Encarei seu rosto, aquela vontade de fazê-la sorrir me consumindo.

— Vem, vamos sair daqui. — Estendi minha mão para ela, que aceitou meu gesto.








💐࿐








Tasi abriu um sorriso ao ver onde havia nos levado. A água da cachoeira caía e enchia a pequena piscina, rodeada pela praia que criamos. Havia cadeiras de praia e espreguiçadeiras, além de uma mesa de piquenique.

— Esse lugar é incrível. — seu sorriso iluminava o lugar. — Não sabia que vocês tinham uma cachoeira na propriedade.

— É para onde escapamos no verão.

Os olhos de Tasi percorreram todo o local, até pararem no penhasco acima de nós. Vi seus olhos brilharem ao olhar para o local rochoso, então lembrei que ela adorava pular deles.

— Que ir lá em cima?

Seus olhos voaram para mim com esperança transbordando deles. Ela assentiu, não conseguindo conter a animação. Nós tiramos nossas roupas, ela ficando de roupas íntimas e eu de cueca. Não consegui me conter e meus olhos percorreram todo seu corpo. Senti meu estômago formigar pela forma como ele era perfeito. Subimos o penhasco e, quando chegamos na beira do chão rochoso, Tasi pegou minha mão.

— Como no celeiro? — perguntou, o mesmo sorriso sapeca daquele dia aparecendo.

— Como no celeiro.

Contamos até três e pulamos. Cortamos o ar como uma flecha e caímos na água. Ao emergir, Tasi gritou de alegria e eu ri da sua felicidade. Ela estava sorrindo, o sorriso mais lindo que já vi. Ele a iluminava como nunca havia visto antes. Tasi estava ofegante, e a água a trazia cada vez para mais perto.

— Obrigada. — a sinceridade era tanta em sua voz que meu coração se aqueceu.

— Não. — cheguei mais perto. — Eu quem deveria te agradecer.

— Pelo que?

— Por se abrir comigo. Sua irmã me disse que você não é muito capaz de expressar seus sentimentos.

Ela ficou em silêncio, analisando minhas palavras. Quando achei que ela não responderia, sua voz saiu num sussurro:

— A vida me deixou quieta. Eu só quero escutar. Sem mais conversas ou discussões; sem mais explicações. Só... silêncio. — o sorriso havia sumido. — Mas tem alguma coisa em você... Algo que me faz falar sem ter medo do que você possa pensar. Você me faz querer ser eu mesma. Uma Anastasia que ninguém nunca conheceu.

Senti meu coração pular dentro do peito. Suas palavras grudaram na minha mente como cola, e sabia o estrago que fariam ali. Aproximei-me dela, ficando a centímetros de distância.

— Você deveria mostrar essa sua versão para o mundo. — acariciei sua bochecha com o polegar. — Ela é incrível.

Seus olhos estavam grudados nos meus. O brilho neles me deixando hipnotizado. Meu polegar fez uma trilha até chegar em seus lábios. Aqueles malditos lábios que ela sempre mordia e me deixava com vontade de devorá-los. Pousei o dedo ali, acariciando a pele delicada, causando um arrepio em Tasi.

— Você vai me beijar logo, ou vai ficar me torturando? — suas palavras foram o incentivo perfeito.

Sorri antes de acabar com a distância entre nós. Nossos lábios se encontraram e uma onda de eletricidade percorreu todo meu corpo. O beijo começou hesitante, delicado. Mas, o que veio depois disso, não foi nada comparado. Minha língua pediu passagem para entrar e, quando sua boca se abriu para mim, seu gosto me deixou alucinado.

Seus braços estavam em volta do meu pescoço. Uma das minhas mãos em seu pescoço, inclinando sua cabeça; a outra na cintura, trazendo-a cada vez mais perto, querendo quebrar a lei da física que dizia que dois corpos não ocupam um mesmo lugar no espaço ao mesmo tempo.

Meu coração estava batendo tão rápido que podia senti-lo querer sair do peito. Tasi soltou um gemido quando aprofundei ainda mais o beijo, não me cansando do seu gosto e a forma como nossas línguas dançavam em sintonia. Em busca de ar, nos separamos. Ainda estava de olhos fechados, tentando assimilar o que acabara de acontecer.

— Nós temos que voltar. — Tasi sussurrou em meus lábios, dando-me um breve selinho.

Andamos de volta para casa em um silêncio confortável. Acho que cada um precisava do seu próprio espaço para pensar no que havíamos feito e em como isso afetava as coisas. Pude ver as crianças brincando no quintal quando nos aproximamos de casa.

Passamos pela porta da frente e vimos Alex, Lee e Danny na sala, jogando alguma coisa. Eles nos viram, mas não disseram nada quando passamos e subimos as escadas. Levei Tasi até seu quarto, não sabendo o que fazer depois que ela abriu a porta e entrou no cômodo. Meio desajeitada, ela se encostou na porta entreaberta e me olhou, o lábio sendo capturado pelos dentes.

— Você não vai contar para os meninos, né? — perguntou meio hesitante.

— Não. — garanti, não querendo que aquilo chegasse em ninguém.

Ela assentiu, mas sabia que tinha algo queimando em sua língua que ela queria por para fora.

— Isaac. — chamou-me. — Isso que aconteceu hoje... Não pode se repetir.

Olhei em seus olhos, em busca de algum sinal de arrependimento. Mas não encontrei. Sem saber o que falar, apenas concordei. Mesmo sendo a última coisa que eu queria.











































Oieee, meus amores! Tudo bem com vocês?
Eu disse ou não disse que o capítulo ia ser surto atrás de surto. Tasi, saiba: você é FODA
Desculpa qualquer erro ortográfico.
Aproveitem a leitura!
Amo vocês, até a próxima!

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