𝐑𝐄𝐌𝐄𝐌𝐁𝐄𝐑 𝐌𝐄 ━ ᴹⁱⁿʰᵃ...

By surtosdavp

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Anastasia Howard é o tipo de pessoa que se quer por perto. Extrovertida, popular, sempre com um sorriso no ro... More

𝐑𝐄𝐌𝐄𝐌𝐁𝐄𝐑 𝐌𝐄
000 ━ goodbye
001 ━ the walter boys
002 ━ first day
003 ━ ride
005 ━ pranks
006 ━ bathroom
008 ━ watherfall
009 ━ temptacion

007 ━ movie

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By surtosdavp

⭐️ ANASTASIA HOWARD

💐࿐ Am I still not good enough?
Am I still not worth that much?
I'm sorry for the way my life turned out
Sorry for the smile I'm wearing now
Guess I'm still not good enough
───── 𝙂𝙤𝙤𝙙 𝙀𝙣𝙤𝙪𝙜𝙝





— Bom dia, Katherine. — disse ao entrar na cozinha.

— Bom dia, querida. — seu sorriso me fez sorrir também.

Já faz algumas semanas que estamos morando com os Walter e, por incrível que pareça, consegui me adaptar. Ainda não é minha casa, nunca será, sei disso. Mas é um ótimo lugar para morar. Mesmo o lugar sendo agitado, é de uma tranquilidade sem igual.

Katherine e George nos ajudaram muito. Sempre que precisamos eles estavam lá, e estão sempre lutando para nos fazer sentir em casa.

Sento-me na ilha e devoro minhas panquecas.

— Cole! — Katherine gritou. — Desce logo, você vai se atrasar para o jogo!

— Ele já saiu, tia Kathy. — Isaac entrou na cozinha, já vestido para sair. — Mas não foi ao jogo.

Katherine apoiou as duas mãos na madeira e abaixou a cabeça, respirando fundo para não surtar. Hoje era um dia importante para Parker, era seu jogo. Cole tinha prometido que apareceria para torcer por ela, mas, pelo jeito, ele decidiu dar uma de cuzão.

— Eu posso ir. — sugeri, acabando de comer minhas panquecas. — Torcer pela Parker.

O olhar de Katherine voou para mim.

— Não precisa fazer isso, querida. Eu...

— Eu quero.

Ela ainda parecia incerta, mas aceitou a proposta. Mas acabou com minha paz quando abriu a boca novamente.

— Isaac, vá com ela. — voltou a guardar suas coisas na bolsa.

— Sim, senhora.

Katherine se despediu, alegando que estava atrasada e Isaac sorriu para mim, sabendo do que eu estava achando de tudo aquilo.

— Vamos, Tasi?

— Desistiu de "vagalume"? — ergui a sobrancelha.

Saímos da cozinha e Isaac pegou a chave do carro.

— Não. Só acho legal mudar um pouco. Anastasia é um nome muito longo.

Ele deu partida no carro e fomos rumo ao campo de futebol americano. Não conversamos muito no caminho, muito menos quando nos sentamos na arquibancada para assistir ao jogo. A partida já havia começado, e o time de Parker estava ganhando.

Assistir jogos de crianças é muito engraçado. Elas são tão pequenas e fofinhas, e sempre ficam tristes quando perdem. Parker joga muito bem, deve ter puxado o talento do irmão, pelo que todos falam.

— Vai, Parker! — gritei, fazendo uma concha em volta da boca. — Acaba com elas!

A loira se virou para a arquibancada e encontrou meu olhar. Percebi que estava meio para baixo, provavelmente triste pelo irmão não ter aparecido. Mas ela sorriu ao me ver ali com Isaac. A mini Walter não foi muito simpática no começo, mas acho que ela aprendeu a gostar de mim.

Quando Parker estava correndo para fazer um touchdown, levantei-me, começando a gritar para incentivá-la.

— Vai, Parker! — torci. — Você consegue, garota!

A multidão gritou quando Parker fez o ponto. Pulei de felicidade, e senti Isaac ficando de pé também. Quando olhei para ele, um sorriso de orgulho estava estampado em seu rosto e ele também gritava.

Com o touchdown de Parker, o jogo foi finalizado e seu time venceu. Com orgulho, eu e Isaac descemos a arquibancada e fomos parabenizar sua prima. Isaac a pegou no colo e a girou, fazendo-a rir. Fiquei com receio de abraçá-la, pensando que não gostaria. É a Parker, ela não gosta de contato físico.

Mas, então, ela envolveu os barcos na minha cintura, abraçando-me forte. Não consegui conter o sorriso que tomou conta da minha feição.

— Obrigada. — disse para nós dois, desvencilhando-se.

— Foi um prazer torcer por você, Parker. — sentia Isaac me encarando.

— Vem — ele estendeu a mão para a prima. — Vamos para casa.








💐࿐








A casa estava silenciosa quando entramos. Eles ainda devem estar no festival. Parker foi correndo para seu quarto, deixando-me sozinha com Isaac. Um silêncio constrangedor se instalou, forçando-me a perguntar:

— Quer assistir um filme?

Acho que minha pergunta pegou Isaac de surpresa, porque ele arregalou um pouco os olhos.

— Eu adoraria, vagalume.

Fomos até a sala de tevê e Isaac deixou eu escolher o filme. Peguei um dos meus DVD's no quarto, conectei o disco no aparelho e escutei Isaac rir ao meu lado quando "Barbie e as sapatilhas mágicas" apareceu na tela plana da tevê.

— Sério, vagalume?

Ri com ele.

— Dá uma chance. — empurrei seu corpo com o meu. — Eu sei que você vai amar. Não tem como não gostar de Barbie.

Conforme o filme ia passando, percebi que Isaac estava amando. Ele era uma boa companhia. Quando estava calado, lógico. Nossos corpos estavam próximos ao ponto de nossos braços e pernas se tocarem, mas não me importei. Era gostoso estar, assim, tão perto dele.

Mesmo esse sendo um dos meus filmes favoritos da Barbie, não pude deixar de pensar em como fiquei triste com as memórias vindo a tona. Sempre fui uma criança muito ativa, gostava de ocupar a cabeça com tudo relacionado à arte. Fazia todas as danças existentes, fazia aulas de canto e de diversos instrumentos. Mas, depois que meus pais e Lucy se foram, o resto foi junto.

— O que foi? — sussurrou Isaac, olhando-me preocupado.

Olhei para ele, seu rosto estava perto, muito perto.

— Não é nada. — dei de ombros. — Esse filme me fez lembrar do passado.

Podia sentir a pergunta na ponta da sua língua, mas sabia que ele não falaria. Acho que ele começou a entender até demais minhas feições.

— Eu dançava. — disse, por fim.

A surpresa estava estampada em seu rosto.

— Você fala sempre no passado. — apontou e franzi o cenho.

— Como assim?

— Sempre quando você vai falar sobre algo, é sempre no passado. Eu fazia aulas, eu pulava de penhascos, eu dançava... — Repetiu minhas falas. — Por que?

Eu nunca tinha reparado isso. Mas era verdade. Sempre que conversávamos, referia-me a tudo no passado.

— Eu... — tento procurar a forma ideal de explicar a ele. — Depois do acidente, eu me privei. Deixei de fazer aquilo que amava, deixei de ver meus amigos... Eu não fazia nada além de me culpar. Esqueci o canto, esqueci a dança, os instrumentos. Enterrei tudo aquilo que me fazia feliz.

Meus olhos estavam cheios de lágrimas. E não podia olhar para Isaac porque sabia que, se fizesse isso, iria desmoronar.

— E por que não voltou a fazer aquilo que ama? — sua voz era delicada.

— Não sei se me desculpei o suficiente para me permitir fazer tal coisa.

Isaac ficou em silêncio, absorvendo minhas palavras. Senti sua mão envolver a minha, apertando-a em sinal de apoio. Era a primeira vez que me abria assim. Nunca fui de desabafar com ninguém sobre problemas pessoais, nunca permiti as pessoas entenderem minhas fraquezas. Mas, por algum motivo, eu me sentia confortável com Isaac. E sentia que poderia falar o que quer que fosse, ele não iria me julgar.

— Você deveria. — voltou a dizer, nunca soltando minha mão. — Deveria se permitir. Tentar, pelo menos.

Absorvi suas palavras e guardei-as dentro de mim. Sem saber o que falar, deitei minha cabeça em seu ombro, voltando a assistir o filme. Pela primeira vez em meses, senti uma pontada de esperança.










































Oieee, meus amores! Tudo bem com vocês?
Não me matem pelo capítulo pequeno,
prometo que o próximo vai estar incrível.
Desculpa qualquer erro ortográfico.
Aproveitem a leitura!
Amo vocês, até a próxima!

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