𝐂𝐀𝐓𝐂𝐇 𝐌𝐄 • 𝐏𝐄𝐄𝐓𝐀...

بواسطة rely-h

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Áster Snow era uma das vencedoras dos Jogos Vorazes. Filha do presidente Snow, foi treinada para a 73° edição... المزيد

prólogo
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بواسطة rely-h

Áster não esperou uma resposta e não quis encarar a feição decepcionada de Peeta. Ela seguiu para a sala no fim do corredor, onde Effe estava, e respirou fundo.

— Está tudo bem? — Trinket se aproximou da garota.

— Ele me obrigou a afastar Peeta. Caso contrário, o matará. Peeta e Finnick. — a loira a encarou triste e abraçou a mais nova.

— Sinto muito. Queria poder dizer algo esperançoso, mas sabemos sobre a realidade.

Snow apenas a abraçou de volta e se sentou em um dos sofás. Ela se sentia acolhida por Effe e Haymitch. A entrevista dela seria a última, logo após Peeta.

Depois de meia hora, ela viu Katniss entrar no palco.

— Olá, senhorita Everdeen! Nossa garota em chamas! — Caesar sorriu e as pessoas aplaudiram. — Como está?

— Prestes a lutar pela minha própria vida. — o homem riu.

— E como está a sua irmã?

Everdeen respirou fundo. — Minha irmã está bem. Está com minha mãe. Eu sempre a tenho em meus pensamentos e tudo isso continua sendo por ela.

— Seu vestido está lindo! — Katniss sorriu, grata por ele não estender o assunto.

— Estou com as chamas hoje. Você quer ver?

— É seguro? — as pessoas riram e ela sorriu, se levantando.

— Sim, é seguro.

O vestido que ela usava era simples, mas brilhante. Um vestido branco com pérolas espalhadas por todo lado, mas que se transformou em um vestido azul marinho, com texturas de penas, e um grande par de asas atrás. As pessoas observavam o fogo de mentira entusiasmados.

Áster sabia o que aquele vestido queria dizer. Era um tordo. E sabia que o seu pai também estava ciente. O presidente faria Katniss pagar pela ideia das frutas nos últimos Jogos, e Everdeen estava disposta a ir contra ele. Katniss não buscava uma rebelião ou coisa do tipo. Ela fez o que tinha que ser feito para salvar a si mesma e voltar para casa.

As pessoas aplaudiram a obra de arte de Cinna pouco antes da garota sair do palco. Peeta foi chamado e o estômago de Snow se revirou em ansiedade.

— Peeta Mellark, pessoal! — Caesar sorriu para a plateia. — Peeta, como está?

— Bem. — o garoto forçou um sorriso.

— Sem problemas, Peeta, nós sabemos que um término de namoro pode nos afetar e muito.

Mellark suspirou. — Uma hora ou outra isso aconteceria. É como Finnick costuma dizer: eles estavam destinados.

— Sentimos muito pelo seu coração partido. Ficamos tão felizes com vocês na última edição.

— Eu também.

— Algum arrependimento? 

O rapaz negou com a cabeça e suspirou. — Não teria nenhum arrependimento se não fosse...

— Se não fosse pelo quê...? — o homem franziu as sobrancelhas, curioso.

Peeta encarou uma câmera distante e depois olhou para o entrevistador. — Se não fosse pelo bebê.

Todos arregalaram os olhos e ficaram de pé. Áster não acreditou que ele realmente havia dito aquilo. Poderia atrapalhar no novo "romance" dela com Finnick, já que o público não aceitaria um bebê longe do pai ou com alguém "tentando" substituir o pai biológico.

A garota passou a mão no rosto e seguiu para perto do palco, sem ver as ações seguintes dos dois. Ela parou, esperando Caesar a chamar. Tudo parecia mudo e em câmera lenta quando ela se sentou perto do apresentador. As mãos tremiam e o sangue começava a gelar.

Áster?

A voz de Caesar tirou a garota de um pequeno transe.

— Desculpe. — ela forçou um sorriso. — Estou meio distraída.

— Nós imaginamos. Tantas coisas acontecendo, não é? Estamos felizes por você e Finnick e, admito que meio chocados pela notícia do bebê.

Snow debatia internamente se desmentiria Peeta. Isso seria muito prejudicial para ele. Por outro lado, o falso bebê poderia atrapalhar ela e Finnick. E o que Áster mais priorizava era manter os dois vivos.

— Foi um choque para mim também. — ela preferiu apoiar Mellark. — Digo, quando descobri há pouco tempo.

— E o que Finnick pensa a respeito?

— Ainda não falamos sobre isso com detalhes. — Áster não podia colocar palavras na boca de Odair.

— Nosso amado presidente sabe que será avô?

— Vocês foram os primeiros a saber. — forçou mais um sorriso.

Caesar percebeu que algumas pessoas gritavam para que os jogos fossem cancelados; que a arena não era lugar para uma mulher grávida. O apresentador se aproximou da menina e afastou o microfone, decidido a não continuar com a entrevista, devido aos altos burburinhos.

— Vá para a fila dos tributos. Já tivemos o suficiente hoje.

Snow assentiu e foi para perto do último tributo: Peeta. Ele a encarou, um pouco arrependido da mentira que contou para todos. Áster desviou o olhar e sentiu a mão do rapaz segurar a sua, quando todos os tributos deram as mãos.

— Áster-

— Eu juro que não sabia que ele ia inventar aquilo. — ela olhou para Odair, com receio de que ele estivesse com raiva.

— Está tudo bem. Acho que isso será um problema maior pro seu pai do que pra nós. As pessoas querem que os Jogos acabem.

— Engraçado se importarem mais com um feto do que com as crianças que foram obrigadas a irem lutar. — ela se lembrou de Rue e suspirou. — Teremos o treinamento amanhã. Fique por perto. — sorriu sem mostrar os dentes.

— Ficarei.



Áster observou a sala de treinamento cheia de pessoas. Ela conhecia grande parte, e era um fato que todos ali já sabiam quem ela era. Snow viu algumas pessoas assistirem Everdeen atirar com arco e flecha nos hologramas de uma pequena área.

Ela se sentou ao lado de Finnick e continuou olhando os tributos.

— Quem está pensando em ter como aliado?

— Johanna. Talvez Gloss, do distrito 1. Enobaria, distrito 2.

— Já os conhece, certo? — ela assentiu. — E quanto a Katniss e Peeta?

A garota avistou Mellark conversando com Beetee e Mags.

— Não lutarei contra eles. Se quiserem se aliar a nós, tudo bem. — a última coisa que Áster queria era enfrentar os tributos do distrito 12.

— O que o seu pai disse sobre a história do bebê? — Snow voltou a olhar o garoto.

— Nada. Não me procurou e eu não fui até ele. Mas sei que ele não acreditou.

— Acha que ele fez essa edição pra te punir?

— Também. Não ficou contente por eu ter entrado no meio dos Jogos do ano passado. Mas o verdadeiro alvo dele é a Katniss.

Odair passou um braço sobre as costas dela, que descansou a cabeça no ombro dele.

— Não acredito que vou passar por isso de novo. — ela fechou os olhos e Finnick a afagou.

— Honestamente, nem eu acredito que está indo pra arena pela terceira vez. — os dois deram uma leve risada.

— Parece piada.

De longe, Peeta observou os dois interagindo. Ele estava cansado e frustrado. Estava ficando com raiva porque a cada interação que Áster tinha com Finnick, ele passava a acreditar um pouco mais que os dois se gostavam.



Áster já tinha seus aliados e estava pronta para entrar na arena. Ela encarou o cilindro de vidro que a levaria para cima e encarou Effe.

— Isso aqui é pra você. — a loira segurou um broche em formato de flor, na cor dourada. — Você, como aqueles dois do distrito 12, também faz parte da família. E eu sinto muito por essa edição.

Trinket ajeitou o broche na manga do macacão que Snow usava e recebeu um abraço apertado.

— Obrigada por ser da família que eu não tenho e por cuidar de mim. — ela afastou o rosto para ver a mais velha. — Diga ao Haymitch que ele foi o pai que eu deveria ter tido. — Áster sorriu.

— Ele queria muito estar aqui, querida, mas-

— Eu sei. — Snow se afastou e respirou fundo. — Ele é péssimo com despedidas. Eu também prefiro não o ver. Já é tudo muito doloroso.

— Tem mais uma coisa...

Effe começou a falar, mas a porta foi aberta. O homem de cabelos grisalhos entrou sozinho e a loira respirou fundo.

Essa era a coisa. — ela encarou Áster uma última vez. — Adeus, querida.

Trinket passou pelo presidente sem dizer nada, contendo as próprias lágrimas.

A garota encarou o pai e bufou. — O que faz aqui?

— Vim me despedir da minha filha.

Áster não teve forças nem para rir ironicamente. — Eu só estou indo pra lá porque você está me mandando pra lá de novo. Eu te odeio. Eu espero que alguém te envenene como você faz com seus inimigos ou que enfiem uma faca na sua cara, como provavelmente vão fazer comigo.

— Eu amo você. Você é minha filha e eu te criei da melhor maneira possível. Tudo o que você tem enfrentado é consequência das suas próprias escolhas. São as coisas que mais amamos-

— que nos destroem. — ela revirou os olhos. — Como Lucy Gray ia te destruir? — o homem franziu o cenho. — Eu não tenho nada a perder. Eu vou morrer. — e a qualquer momento, Lucy morreria de velhice. — Você é patético. Você fingiu que amava aquela mulher apenas pra ganhar os Jogos e o prêmio ser seu. Assim como só não me matou ou não me deu para adoção porque quer alguém do mesmo sangue no trono.

— Como sabe sobre Lucy Gray? — falar o nome em voz alta fez o homem se arrepiar em escárnio.

— Não importa como eu sei. Nada disso aqui importa. Você matou a minha mãe, você foi um pai ausente porque só estava presente nos treinamentos para o seu reality sangrento. E, no final, você vai ter desperdiçado anos da sua vida tentando me moldar, porque eu vou morrer sem ao menos ter completado vinte anos de vida.

— Quem te-

— Há sangue nas suas mãos de pessoas de todos os distritos. De pessoas da Capital. Você está com medo de uma rebelião porque sabe que as pessoas já estão falando a respeito. Tem medo até que eu me volte contra você. Você realmente pensou que a raiva das pessoas, a minha raiva, iria embora. Está tentando escapar e com medo de Katniss Everdeen.

— Áster- — o homem estava irritado.

— Você vai me ver em todos os lugares. No reality, nas fotos de família, nas suas memórias, nos seus dias amargos. Os meses vão passar e você vai remoer tudo mais uma vez. — ela riu. — Eu vou lutar a favor deles.

— Você não teria c-

— Sim, aposto que pensou que eu jamais faria isso. Me voltar contra meu próprio pai? A filha perfeita e controlada? Eu não vou sumir só porque vou embora da sua vida. Pode ter certeza disso. Você sabe que está chegando uma maldita tempestade na sua cidade.

Contagem regressiva. — os dois ouviram a voz robótica e Áster limpou o rosto, percebendo que tinha chorado um pouco. — 10, 9, 8...

— Como sabe sobre Lucy Gray? — ele repetiu a pergunta, ignorando o que a filha havia dito. Estava com raiva, se corroendo por dentro.

Áster entrou no tubo de vidro e a porta se fechou. — 6, 5... — o tubo começou a subir devagar.

— Eu sei de tudo. E você nunca vai saber como. — ela o encarou.

4, 3,

Você não pode mais me pegar.

As sobrancelhas de Áster se franziram quando ela entrou na arena. Ela limpou as últimas lágrimas, sem acreditar que seu último momento com o pai havia sido daquele jeito.

Caminhos de pedra levavam até cornucópia na pequena ilha. Ela não encontrou Katniss, Finnick ou Peeta. Mas viu Johanna há alguns metros e Enobaria ao seu lado.

2, 1. Está aberta a 75° edição dos Jogos Vorazes. E que a sorte esteja sempre a seu favor.

Ela pulou na água e nadou depressa, pensando em procurar ao menos uma faca. Áster subiu para a superfície com dificuldade e observou o lugar por alguns segundos. Decidiu arriscar, quando viu um facão e se movimentou depressa.

Antes que seu corpo estivesse completamente fora d'água, ela viu um homem do seu lado direito. Não demorou para que uma lança parasse no peito dele. Snow arregalou os olhos e se virou para o lado esquerdo, com medo, mas suspirou e se levantou depressa quando viu Odair.

O garoto a entregou o facão e retirou a lança do peito do tributo no chão.

— Se abaixe! — Finnick disse para a garota, que se abaixou sem hesitar e viu uma flecha passar pelos dois.

Katniss?

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