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By i4hera

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By i4hera

𝖫𝖮𝖴𝖨𝖲 𝖯𝖠𝖱𝖳𝖱𝖨𝖣𝖦𝖤
miami

Quando voltamos para o hotel, já passava das 3 da manhã. Dei graças a Deus por nenhum de nós ter ficado bêbado, assim poderíamos descansar melhor, mas um pensamento ainda rondava minha cabeça. 

Nos despedimos no corredor e voltamos cada um para seus quartos. (S/n) como sempre foi na minha frente. 

Quando ia atrás dela, uma mão no meu ombro me parou. Virei pra trás e dei de cara com Drew, Issie e Millie.

— E aí? Mostra agora. — Drew disse animado. 

Olhei pra porta atrás de mim, me certificando se a porta estava encostada, voltando o olhar para os três que me olhavam sorrindo em expectativa. 

Eles eram os únicos que sabiam. 

Suspirei forte antes de puxar a caixinha preta do bolso da jaqueta, e abrir mostrando pra eles. Eu não queria mostrar na boate. 

— Caralho! — Issie disse com um sorriso rasgando o rosto. 

— Deve ter custado uma fortuna. — Millie disse querendo colocar a mão. Claro que dei um tapa antes que isso acontecesse. 

— O que vocês acham? — perguntei nervoso. 

— Acho que Deus poderia filmar esse momento histórico para a humanidade. — Drew disse divertido. 

Ri guardando a caixinha preta no bolso de volta. Vi Millie arregalar os olhos para algo atrás de mim e gelei. 

— Louie? — a voz de (S/n) soou doce. Me virei pra ela, na hora — Não vai entrar? — perguntou fazendo biquinho. Deus, que garota! 

Olhei para os três, que olharam de volta me incentivando, e foram para seus quartos. 

— Vou. — respondi sorrindo, indo até ela. 

(S/n) foi direto pra janela. Ela parecia uma criança olhando as luzes coloridas, o que me deixava encantado. Me aproximei, abraçando ela por trás, e descansando minha cabeça em seu ombro. 

Era o momento perfeito. Eu precisava fazer isso agora. Estava na hora. Senti o nervosismo subir no meu corpo. Passei a festa inteira pensando em como faria isso. Estava planejando a dias, mas ainda não sabia o que falar. 

— Louie, tudo bem se eu tomar um banho? — ela perguntou, fazendo toda coragem ir embora. 

Suspirei derrotado e assenti pra ela, que me deu um selinho antes de entrar no banheiro. Ouvi o barulho do chuveiro ligado e me joguei na cama. 

Eu era um frouxa quando o assunto era (S/n) Salvatore.

Sentei na cama tirando a caixinha preta do bolso da jaqueta e abri. Era hoje, não passaria de hoje. Eu nem sabia como iria fazer, quero dizer, eu nunca havia feito isso antes. 

Parei de encarar o objeto brilhante dentro da caixinha assim que o chuveiro foi fechado. 

Passei o tempo todo me impedindo de pensar sobre isso para não ficar nervoso, mas agora não tinha como não pensar, nem tinha pra onde fugir. 

Guardei a caixinha no bolso assim que ouvi a porta do banheiro sendo aberta. 

— Ei. — ela disse sorrindo assim que me viu. Ela estava com o roupão do hotel e seus cabelos estavam molhados. Linda. 

— Ei. — respondi tentado soar calmo. 

— Poderíamos sair para jantar amanhã à noite, não acha? — disse enquanto procurava algo pra vestir, na mala. 

— Isso seria bom. — respondi suando frio. A caixinha no meu bolso queimava. 

— Legal, vou avisar as meninas mais tarde — disse sem se importar — Louie, tá tudo bem? — (S/n) perguntou desconfiada me olhando. Assenti tentando mostrar confiança. 

Ela deu de ombros e voltou sua atenção pra mala. 

— (S/a). — disse de olhos fechados tentando controlar meu coração que batia nervoso. — Eu gostaria que fosse apenas nós dois nesse jantar. 

— O que? — ela perguntou confusa — Por quê? 

— Porque eu quero jantar sozinho com você. 

— Não quer nossos irmãos lá? — continuou confusa. 

— Não, (S/a).

— Por que? Estamos numa viagem todos juntos. — ela questionou. 

— Deus! (S/n), não podemos jantar sozinhos? — perguntei exasperado, me sentindo ofegante pelo nervosismo. 

— Brigou com Issie, Drew e Millie no corredor? — perguntou desconfiada. 

— Não! Meu deus! Por que acha isso?! — continuei exasperado. Ela não podia apenas aceitar logo? 

— Sei lá, é que nunca fizemos um programa assim sozinhos. Isso é um encontro? — perguntou hesitante focando a atenção em mim. 

— Talvez. — disse nervoso. 

— Talvez? Como assim talvez? — repetiu arqueando as sobrancelhas. 

— Eu não queria que fosse apenas nosso primeiro encontro. — disse me sentindo pressionado. 

— Por que você está agindo estranho? 

— Deus! (S/n), eu estou nervoso. — apertei a caixinha com força, dentro do bolso da jaqueta, tentando me conter. 

— Não precisa ficar nervoso, Louie. — disse sentando no meu colo, de frente pra mim. — Você vai detonar na corrida! — disse animada, tentando me incentivar. 

— Jesus! Não é nada disso! Quero dizer, também, mas não é só isso. — disse agoniado passando a mão no rosto. 

Eu precisava fazer isso agora, eu não iria aguentar esperar até mais tarde pra ouvir sua resposta.

— Louie, pelo amor de Deus, o que foi? Você está se sentindo bem? — ela colocou as costas da mão na minha testa, checando minha temperatura. 

— Eu estou bem. — disse cansado tirando sua mão do meu rosto. 

— Tá bom! — disse rendida, levantando do meu colo. — Mas por que você quer que seja mais do que nosso primeiro encontro? 

— Porque quero que seja especial. 

— Mais especial do que um primeiro encontro? 

— (S/n)! Por que você questiona tudo? 

— Porque não estou entendendo nada! Você não me conta as coisas direito. — disse fazendo biquinho. Porra, Deus! 

— Eu quero que seja nosso primeiro encontro como um casal oficial. — deixei as palavras escaparem da minha boca. 

— O que? — sussurrou confusa, franzindo o cenho. — Vo-você está me pedindo em namoro? 

— Não! — disse levantando da cama sem saber o que dizer — Quero dizer, Sim! 

— Sim ou não? — continuou confusa. 

— Isso não está saindo como eu planejei! — disse alto, passando a mão pelo meu cabelo em sinal de nervosismo. — Não era pra ser assim. — andei de um lado pro outro, sem olhá-la. 

— Louie? — tentou chamar minha atenção. 

— (S/n), senta na cama. Só senta aí e me deixa falar, ok? — disse inquieto, gesticulando pra ela sentar. 

Ela sentou na cama hesitante, sem entender. 

— Você não está facilitando pra mim. Eu nunca fiz isso antes, então eu preciso que colabore comigo. — pedi, e vi um sorriso divertido crescendo em seus lábios. 

— Você vai me pedir em namoro? — ela disse risonha. 

— Vou. — respondi ficando em silêncio. 

— Agora? 

— Sim, mas me dê um minuto pra respirar. Eu não sei o que fazer. — disse agoniado.

— Ok. — disse divertida. 

Ficamos em silêncio por alguns segundos. Minha cabeça estava maquinando enquanto ela me encarava se divertindo com a situação. 

— Você quer que eu peça? — sugeriu engraçada. 

— Deus, não! Só cale a boca por alguns segundos. — disse sentindo minha cabeça girar. 

Puxei todo o ar para meus pulmões e soltei devagar. Era agora. 

Me ajoelhei na sua frente, e peguei sua mão. 

— Sabe que não precisa fazer isso, né? — disse me provocando.

— Cale a boca, pelo amor de Deus! — eu estava passando mal. 

Mentalizei mais uma vez as palavras que eu tinha que falar. Fechei os olhos buscando coragem, e fui. 

— (S/a), você quer namorar comigo? 

Fechei os olhos assim que pronunciei a pergunta que martelava na minha cabeça. Alguns longos segundos se passaram e nada de (S/n) responder. 

Abri os olhos e sua sobrancelha estava arqueada. Um sorriso divertido brincava em seus lábios. 

— Qual é, Louie! Você consegue fazer melhor do que isso! 

— O que?! — meu tom soou indignado. — (S/n)! Eu estou morrendo aqui, sabia? 

— Vai, Louie. Você consegue. — me incentivou. 

Suspirei frustrado.

— Estou começando a repensar sobre esse pedido. — resmunguei. (S/n) não facilitava. 

Ela soltou uma risadinha baixa e provocativa. Eu estava com vontade de jogá-la da janela. 

Respirei fundo pela milésima vez. Levantei do chão e me sentei no centro da cama, fazendo ela virar de frente pra mim. 

A única coisa que eu precisava fazer era não deixar o nervosismo me consumir. 

Fechei os olhos mais uma vez e pedi que Deus mandasse as palavras certas pra mim. Abri os olhos determinado e peguei sua mão. 

— Eu nunca liguei muito pra compromisso... — comecei tímido, brincando com seus dedos. Eu não conseguia encara-la —... No máximo uma transa fixa ou uma amizade colorida com alguém. — disse com sinceridade. — Eu achava que tinha a vida perfeita. Tinha um belo carro, uma bela reputação e garotas que eu poderia telefonar a qualquer momento para uma boa foda. — suspirei — Quem ouve assim realmente acha que eu tinha uma vida perfeita, mas esses coitados não sabem o que é realmente ter uma vida perfeita. 

(S/n) prestava atenção em tudo o que eu dizia, em silêncio. 

— Quando você voltou pra Miami, minha vida foi um verdadeiro desastre, desde o primeiro momento. Você me tirou completamente da minha zona de conforto. Deus! Como eu tive vontade de matar você em certos momentos! — ela sorriu — A garota mais cabeça dura que eu já conheci na vida. Mandona e chata. — provoquei e ela me mostrou a língua, me fazendo rir de sua criancice — Mas você era muito mais do que isso, sempre foi, desde pequena. — ela voltou a sorrir — Você é cheia de si, independente, inteligente, exagerada às vezes, maluca e um tanto paranóica. Bonita, sexy, com uma bela comissão traseira e um lindo rosto com traços latinos. — ela riu baixinho, me fazendo sorrir. Eu estava sendo o mais sincero possível. — Você tem essa sua personalidade forte, o que é muito atraente e irritante. Você questiona tudo e vai atrás pra provar tudo o que sabe, mesmo quando é errado. Você sempre gosta de saber tudo o que está acontecendo. Você é doce, carinhosa -às vezes-, e a melhor amiga que alguém poderia ter e, acredite, esses foram apenas alguns dos motivos pelo qual eu me apaixonei por você. E se até mesmo "o maior galinha de Miami"... — disse o apelido que ela tinha inventado pra mim no começo de nossa amizade —...Se apaixonou por você, nada impede outras pessoas de se apaixonarem também, por isso eu preciso ser mais rápido que elas e ter você oficialmente só pra mim.

Puxei a caixinha de veludo preto e coloquei na palma de sua mão, abrindo logo em seguida e revelando o par de alianças prateadas, com pequenos detalhes dourados que eu havia escolhido. 

— (S/n), você quer namorar comigo? 

Ela sorriu largo ajoelhando na cama, pra ficar mais próxima de mim, e me beijou. 

Senti toda a inquietação, nervosismo e agonia indo embora do meu corpo e eu finalmente pude respirar aliviado. 

Não que eu não soubesse se (S/n) ia ou não aceitar, era claro que ela ia, mas eu nunca tinha feito isso antes, e eu queria que fosse especial. 

Quando nossas bocas desgrudaram, ela encostou a testa na minha e abriu os olhos. Eles estavam tão brilhantes que por um momento eu me perdi. 

— Então, sim? — perguntei hipnotizado 

Ela revirou os olhos e me puxou pra mais um beijo.

demorou mas chegou o grande pedido 🙏🏻🙏🏻

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