𝐑𝐄𝐌𝐄𝐌𝐁𝐄𝐑 𝐌𝐄 ━ ᴹⁱⁿʰᵃ...

By surtosdavp

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Anastasia Howard é o tipo de pessoa que se quer por perto. Extrovertida, popular, sempre com um sorriso no ro... More

𝐑𝐄𝐌𝐄𝐌𝐁𝐄𝐑 𝐌𝐄
000 ━ goodbye
001 ━ the walter boys
003 ━ ride
005 ━ pranks
006 ━ bathroom
007 ━ movie
008 ━ watherfall
009 ━ temptacion

002 ━ first day

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By surtosdavp

⭐️ ANASTASIA HOWARD

💐࿐ No quarto as paredes em silêncio me observam
Jogado pelos cantos como os livros que eu já li
Será que eu devo levantar e dirigir sem rumo
Será que o sono chega se eu fingir que não estou aqui
───── 𝙄𝙣𝙨𝙤̂𝙣𝙞𝙖





Me mexo na cama mais uma vez, trocando de posição mais uma vez. Fecho meus olhos e tento dormir, mas alguns minutos se passam e nada. Sento-me, passando as mãos pelo rosto e cabelo em frustração. Desde a morte da minha família, a insônia tem feito parte da minha rotina noturna. Foram poucas as vezes que consegui dormir bem. Além dos pesadelos, que me atormentam todas as noites, parece que meu corpo não consegue pegar no sono, quando estou quase dormindo, eu desperto.

Abro a porta do quarto com cuidado para não acordar minha irmã e desço as escadas com ainda mais cuidado, tentando não derrubar nenhuma das pilhas espalhadas pelos degraus. Quando chego no andar de baixo, escuto o som da tevê ligada na sala, então tento passar despercebida por quem quer que esteja lá.

Vou até a cozinha e me assusto ao ver mais alguém ali. Isaac está só de cueca, exibindo seu corpo para Deus e o mundo. Por mais escuro que esteja, a luz da noite penetra pelas janelas da cozinha, fazendo-me capaz de observar seus músculos.

Fechei os olhos e balancei a cabeça, afastando aquela visão da minha mente. Vou até um dos armários e pego um copo.

— Também não conseguiu dormir? — perguntou enquanto eu pegava um pouco de água.

Dei de ombros, não querendo papo.

Ele deu uma risada e quase dei um pulo quando ele apareceu ao meu lado e se sentou na bancada da pia, ficando de frente para mim. Tentei ao máximo não olhar para seu corpo extremamente próximo do meu, mas foi difícil. Muito difícil. Aquelas entradas estavam implorando para serem secadas.

Sentindo as bochechas corarem, dsviei o olhar para a vista que a janela da cozinha proporcionava.

— Você não é muito de conversa, né?

— Não vou gastar saliva com alguém que, visivelmente, não me quer por perto. — lavei o copo e o coloquei de volta no armário.

— Quem disse que eu não te quero por perto? — perguntou, erguendo suas sobrancelhas para mim.

Foi minha vez de rir. Esses garotos são demais.

— Hoje mais cedo já disse tudo que eu precisava saber.

— Desculpa por isso. — sua voz, realmente, pareceu arrependida. — Não estamos acostumados com visitas.

— Jura? Nem tinha percebido!

Ele começou a rir do meu tom sarcástico e o acompanhei, não aguentando. Meus olhos encontraram os de Isaac e me perdi neles. Sessei a risada e me concentrei em seu rosto. Isaac é lindo, não tem como negar. Tem algo em suas feições que atrai meu olhar e não me deixa desviar os olhos dos seus. Limpo a garganta, percebendo que aquilo começou a ficar constrangedor.

— Eu vou... — apontei para as escadas, me perdendo nas palavras e desviando dos olhos escuros de Isaac. — Boa noite. — disse por fim, fugindo do que quer que aquilo tenha sido.

Quando estava quase na porta da cozinha meu nome saiu pelos seus lábios. Olhei para trás e aquele sorriso presunçoso de mais cedo tinha aparecido.

— Quando não conseguir dormir, saiba que meu quarto fica do outro lado do corredor. Eu consigo te fazer apagar rapidinho.

O tom malicioso em sua voz me fez revirar os olhos e lhe mostrar o dedo. Convencido do caralho!








💐࿐








O despertador de Jackie me fez pular da cama logo de manhã. Depois da minha passada na cozinha de madrugada, não conseguia parar de pensar no que Isaac tinha falado. Por um momento, pensei em como seria passar os dedos por cada centímetro do seu corpo, sentindo os músculos salientes na ponta dos dedos até chegar naquelas malditas entradas e...

Urgh! Chega, Anastasia! Foi com esse tipo de pensamento que consegui dormir ontem. O que foi frustrante, inclusive. Eu nunca aceitaria seu convite. Não é como se eu não achasse ele gostoso, nunca diria isso! Só não vou transar com o cara. Isso está fora de cogitação.

Quando acordei, Jackie não estava no quarto. Provavelmente, ela saiu para correr, ela costumava fazer isso em Nova York.

Tirei meu pijama e me enrolei na toalha, peguei meus produtos de higiene e, assim que saí do quarto, me arrependi de não ter ido vestida para o banheiro. O andar de cima está cheio, todos os irmãos ou estão andando de lá para cá ou parados na porta do banheiro. Quando me aproximei do aglomerado de corpos sonolentos, a maioria pareceu despertar com a visão do meu corpo quase nu, apenas coberto com a toalha.

Passei pelos garotos até chegar na porta do banheiro, mas, antes que minhas mãos agarrassem a maçaneta, o corpo de Isaac empurrou a porta de madeira, se escorando na minha frente.

— Furando fila, vagalume? — perguntou, chamando a atenção dos irmãos.

Levantei uma das sobrancelhas, questionando, silenciosamente, o apelido.

— O que foi? Não sabia que, agora, pra tomar banho tinha que marcar horário. — debochei, sentindo meu corpo implorando por uma água fria.

A porta se abriu e Isaac tirou as costas da superfície para se escorar novamente no batente, deixando espaço para Cole passar.

— Se a gente não tivesse restrição de tempo — ele começou a dizer, tentando tirar a água do ouvido. —, o Danny ficaria lá por horas tentando ficar bonito.

Seu corpo esbarrou no meu ao passar para o corredor, molhando meu braço nu.

— Tem algum jeito de me encaixar nesses horários? — cruzei os braços sob o peito, já perdendo a paciência.

Isaac andou até a porta do seu quarto, ignorando minha pergunta. Mas, então, virou-se para mim.

— Você deveria ter falado antes, linda. — aquele maldito sorriso cresceu em seus lábios. — Eu teria dividido meu tempo de banho com você sem problemas!

Lee riu do irmão e entrou no banheiro, batendo a porta na minha cara.

— Tenta no andar de baixo, do lado do quarto das crianças. — sugeriu Nathan. — Eles tomam banho à noite, então não deve ter ninguém lá. Só cuidado com os brinquedos de banho já tropecei neles.








💐࿐








— Parker, pegou seu lanche? — escuto a voz da Katherine vindo da cozinha e vou até lá.

Coloco meu celular dentro da mochila e amarro a cordinha da calça de moletom cinza que estou usando.

— Bom dia, querida! — Katherine sorriu, colocando a mochila nas costas do Benny, eu acho. — Como foi a noite? Dormiu bem?

— Bom dia, Katherine. — retribui o sorriso. — Foi ótima. — menti.

Ontem a noite, após o ocorrido na piscina, eu e Jackie optamos por ficar no quarto, então acabamos não vendo ninguém pela noite. O que custou nosso jantar, também.

— A Jackie já está descendo?

— Sim, só estava calçando os sapatos.

— Certo. Seu café da manhã está ali — apontou para um prato de panquecas e um copo de suco de laranja em cima da ilha. —, os meninos levarão vocês duas para a escola. Tenha um bom dia, querida!

Ela depositou um beijo em minha testa, da mesma forma que minha mãe fazia quando saía de casa. Tentei manter o pensamento longe, piscando para afastar as lágrimas.

Desde que meus pais e Lucy se foram, não me permiti chorar. Eu tinha que ser forte. Por eles. Além do mais, Jackie precisava de mim mais do nunca, eu não iria deixar minha fraqueza afetar isso.

Esperei Jackie descer para irmos juntas até o carro. Passamos pela porta e saímos para o lado de fora da residência Walter. Todos os garotos já estavam no carro, apenas esperando nós duas.

— Vamos, entrem aí. — Cole disse do volante.

Alex saiu do banco de trás e abriu a porta para uma de nós entrasse. Jackie foi mais rápida e se sentou no banco, deixando-me sem escolha a não ser me sentar no porta-malas, onde Isaac me esperava do lado de fora. Respirei fundo e andei até ele, me ajeitando no espaço. Isaac entrou novamente, ficando entre mim e seu primo.

Eu não diria que o espaço era pequeno, mas com três pessoas sentadas lá dentro, era impossível não ter uma grande quantidade de contato físico. Durante todo o caminho, com a ausência de cinto de segurança no porta-malas, a cada buraco ou quebra-mola, meu corpo ia em direção ao do garoto sentado ao meu lado. Eu tentava segurar no encosto do banco à minha frente, mas a gravidade parecia estar contra mim.

Quando passamos pela placa anunciando o nome da escola e entramos no estacionamento, Cole fez uma curva um pouco rápido demais e, pela centésima vez, meu corpo colidiu com o de Isaac.

— Eu sei que sou gostoso, vagalume, mas você está se jogando muito em cima de mim. — seu comentário fez todos rirem.

Revirei os olhos, não vendo a hora de sair dali.

— Eu não tenho culpa se a gravidade existe!

Antes que ele pudesse responder, pulei para o banco da frente quando Alex abriu espaço para sairmos.

— Saímos às 15:30. — disse Cole quando todos já haviam saído. Todos menos Jackie.

Olhei através do vidro para minha irmã e fui até ela. Abri a porta e me sentei com ela novamente.

— Nós precisamos ir. — avisei, a voz delicada. — Não podemos nos atrasar no primeiro dia.

Jackie ainda olhava para o horizonte, parecendo em transe.

— É tudo tão diferente. — sussurrou.

Assenti, sabendo do que ela estava falando.

— Eu sei, Jacks — a chamei pelo apelido de infância. —, mas nós não podemos ficar presas no tempo para sempre. Nós temos que seguir em frente. Eles iriam querer isso.

Ela me olhou e me arrependi na mesma hora por ter mencionado nossa família. Ela saiu do carro em disparada, deixando-me para trás como sempre fazia. Massageei as têmporas, mantendo a calma.

A segui para fora, vendo Nathan e Danny nos esperando.

— Venham, vamos levar vocês até suas salas.

Os dois irmãos foram muito simpáticos, na verdade. E agradeci mentalmente por ter alguém legal no bando deles. Danny ficou por minha conta e Nathan com Jackie, já que não tínhamos aulas juntas.

— Nervosa para o primeiro dia? — perguntou, meio hesitante.

— Não muito. — olhei para ele e sorri. — Com certeza, não vai ser pior do que ontem, então...

Ele riu do meu comentário, parando na frente da sala de biologia.

— Boa sorte, mesmo assim. — desejou. — Se precisar de algo, sabe onde me encontrar.

Então, saiu, deixando-me sozinha. Entrei na sala e percorri meus olhos em cada centímetro, até que achei um par de olhos conhecidos conversando com uma garota loira e com roupa de líder de torcida. Bufei. Não era possível!

Quando Isaac encontrou meu olhar, deixou a garota quase que imediatamente.

— Me seguindo, vagalume? — andou até mim, ignorando os protestos da loira.

Pelo amor de Deus...

— Pare de me chamar assim. — me referi ao apelido que vinha saindo da sua boca desde hoje cedo.

Ele levou a mão até meu ombro, pegou minha mochila e saiu andando com ela, provavelmente esperando que eu o seguisse. Em protesto comigo mesma, fui até onde ele deixou minha mochila, aparentemente em sua mesa.

— Hum, acho que não vai rolar, vagalume.

Isaac jogou seu corpo na cadeira e apontou para a outra vazia ao seu lado, indicando que me sentasse. Pela segunda vez, meu corpo, automaticamente, fez o que ele pediu e me xinguei mentalmente por isso. Odeio quando me dão ordens. E eu, geralmente, não as cumpro.

— Bom dia, turma — anunciou o professor, entrando dentro da sala. — Hoje temos conosco uma nova aluna. Anastasia, certo?

— Sim. — balancei a cabeça em concordância.

— Seja bem vinda ao Valley View. Por que não se levanta e conta um pouquinho sobre você?

Dei uma rápida passada de olho nos alunos, cujos olhos estavam fixos em mim. Levantei-me sem hesitar e dei o meu melhor sorriso.

— Meu nome é Anastasia Howard e acabei de me mudar de Nova York.

Diferente da minha irmã, sou muito boa com isso de falar em público e fazer amigos. Minha vida em Nova York sempre foi agitada, muito disso vinha da vida social ativa. Sempre fui de ir a festas e sair com os amigos, eles eram minha família também. Mas depois da morte deles... nada mais foi igual. Eu me afastei de tudo e todos. A culpa me consumia tanto que não conseguia olhar no rosto de ninguém.

Seitei-me novamente e o professor agradeceu pela apresentação.

— Abram seus livros, por favor. Vamos começar com anatomia.

Isaac colocou o livro entre nós dois, se aproximando no processo.

— Você pode seguir comigo enquanto ainda não tem o material. — disse, sussurrando pela proximidade entre nós dois.

Ele estava olhando na minha direção, os olhos fixos nos meus. Por um segundo, me vi olhando para sua boca e mordi o lábio, um pouco nervosa pela pouquíssima distância entre nós. Apenas balancei a cabeça, concordando, não sendo capaz de verbalizar nada. Eu preciso urgentemente parar de pensar naqueles olhos hipnotizantes.




























































Oiee, meus amores! Tudo bem com vocês?
Eu não sei vocês, mas eu tô amando esses dois juntos.
Desculpa qualquer erro ortográfico.
Aproveitem a leitura!
Amo vocês, até a próxima!

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