Broken Rules - RETIRADA 24/06

By GBarbozaa

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Livro 1 da série "Os Bad boys de Chicago" × SINOPSE DE BROKEN RULES × ENEMIES TO LOVERS - SLOW BURN - BULLYR... More

• AVISOS •
• SINOPSE •
PRÓLOGO
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EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS

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By GBarbozaa

Lua White

Depois que saí do vestiário, senti-me observada por todos. Podia ser impressão ou apenas medo do julgamento por conta da besteira que fiz naquela cabine minúscula. De toda forma, não me encolhi. Andei até o casal que conversava descontraidamente e puxei minha toalha cobrindo-me.

— Se você ficar mais vermelha que isso, vai explodir, linda. — Connor brincou sentado ao lado de Judy que ainda estava deitada na espreguiçadeira.

— Não diga nada, por favor. — pedi, baixinho. — O que faz aqui?

Ele não respondeu, só me encarou e deduzi que esperava o amigo nada puritano.

— Vamos pro dormitório, vou só tomar um banho para irmos lá, tá bom? — falei para Judy e ela concordou se levantando e acenando para Connor, que retribuiu.

Diferente de Judy, que dizia ser mais achegada a Connor entre os quatro da gang, eu não me sentia confortável de falar com nenhum deles com tranquilidade. Nem com Bryan... ainda.

— Vão sair hoje? — a pergunta saiu descontraída, mas fiquei dura. — Aceitam mais uma companhia? Prometo ser divertido.

— Deixa pra próxima. — dessa vez foi Judy que respondeu.

Caminhamos juntas até o dormitório e o risinho da minha amiga foi o som que detestei ouvir, pois minha vergonha já era o suficiente para me desestabilizar.

— Deve ter sido bem... quente lá.

— Gosta de me ver envergonhada, Judy? Está conseguindo me fazer querer me enterrar na areia.

Ela tornou a gargalhar quando passamos da porta do quarto.

— Eu monto uma fanfic toda vez que acontece algo com vocês. — poderou e se jogou na sua cama.

— Não imaginei que ele faria isso.

Fui até o espelho do banheiro e observei as marcas nas minhas coxas. Respirei fundo, extasiada e entrei no box, tomando meu banho rapidamente. Quando retornei para o quarto, me vesti e acenei para ela.

— O que estava pensando? — me questionou e chamei o uber pelo celular. — Imaginou que ele te deixaria em paz por que já estourou sua cerejinha?

— A forma que você fala isso está piorando cada vez mais.

— É por isso que é tão divertido.

— Na verdade, sim. Pensei que ele me deixaria em paz agora.

O carro chegou pontualmente e entramos sem trocar muitas palavras. Quando o automóvel entrou em movimento, Judy me encarou, indagativa.

— E você queria que ele te deixasse em paz? Depois de tudo?

— Era o que eu deveria querer, não? — mordi o lábio inferior e senti a dúvida correr pela minha pele. — Nunca fui perseguida antes, nem beijada pelo mesmo cara... eu odiei isso.

— Mas amou todo o resto. — concluiu. — Eu sei. Não é fácil resistir a um bad boy.

Sua voz ficou carregada e quando percebeu que fiquei interessada no modo que ela falou, se endireitou e olhou para a janela, a paisagem passando e indo para trás. Judy não falava muito do seu passado, de quem gostava ou coisas assim.

Mesmo sendo mais extrovertida que eu, ela não entrava em certos assuntos e eu respeitava. Quando ela se sentisse bem para falar, ela o faria. Paramos na frente da casa dela e senti o estremecimento da loira antes de abrir a porta e descer como um flash.

Viemos porque a mãe de Judy pediu a ela ajuda com alguns remédios, ela estava resfriada e por isso, exigiu que a filha universitária fizesse um pequeno favor. Adentramos a casa e Judy abriu a bolsa pegando as caixas. Andou com confiança pela casa e me disse para esperar na sala.

Obedeci e esperei-a quieta. Minha mente começou a trabalhar, meu estômago se contorceu e a ansiedade de mais cedo retornou. Por que essa confusão estava na minha mente? Por que não conseguia tirar aquela emoção de dentro de mim e tomar decisões racionais quando se tratava de Bryan?

Dei meu corpo a ele, pertencia a ele e era estranho não ter argumentos para rebater e dizer que não era o caso. Negar aquilo só motivaria Bryan a me reinvindicar novamente e novamente.

— Minha mãe está melhor. — Judy voltou e me entregou uma cartelinha. — Ela tinha isso, acho que vai servir para você.

Olhei o comprimido e me encolhi de vergonha. Eu posso ter comentado, esporadicamente, que eu precisaria de uma pílula, já que Bryan estava tão concentrado em dizer que eu lhe devia explicações que sequer colocou um preservativo. Descartei IST's, já que ele estava na lista de doação de sangue, mas uma gravidez não podia ser deixada de lado.

— Obrigada.

— Disponha, Lulu.

Ficamos um tempo conversando, conheci sua casa e vi uma parte de Judy que não conhecia, uma que odiava ficar na própria casa. Por fim, levantei de onde estava e fomos para a porta, segurando firme a cartela na mão. Já havia anoitecido, a lua estava bem a vista no céu junto às estrelas. Saí pouquíssimas vezes do campus desde que comecei a morar lá, mas me sentia bem quando via outras coisas além do meu bairro e lugares próximos.

Peguei o celular para chamar novamente o uber, ciente de que só viemos para deixar os remédios e ir embora. Judy falou com algumas pessoas, seus vizinhos e conhecidos e não notou quando um vulto passou por mim e parou na minha frente, sério e parecendo maior.

— Eu falo que vou no seu quarto à noite e você sai do campus e me deixa esperando? — estava com os braços cruzados, sua boca em linha reta e uma expressão que não parecia ter gostado de ir ali.

Ofeguei de nervoso, seu carro estava estacionado perto e o loiro que andava sempre com ele estava também.

— Mas...

— Não quis acreditar quando Connor disse onde estava.

Connor estava se mostrando um fofoqueiro nato ultimamente e fiz uma nota mental disso. Apertei meus dentes e fechei os olhos quando a mão quente de Bryan rodeou pela minha cintura e colou seu corpo no meu. Seu peito era duro quando ele me fez encostar minha cabeça nele, seu rosto correndo pela lateral da minha bochecha e descendo até meu pescoço.

Bryan aspirava meu cheiro lentamente e me apertou quando terminou sua inspeção. Me mantinha quieta, sem quase respirar, congelada por vergonha de ter mais pessoas vendo aquela ação tão... primitiva. Lhe fitei por baixo dos cílios, ainda sem saber como reagir, mas quando ele estreitou os olhos e pegou da minha mão a cartela, quis cair de vergonha.

— O que é? — perguntou e busquei, inutilmente, pegar de volta.. — Fique quieta enquanto eu vejo isso.

Ele abriu a mão e contemplou o pequeno plástico, depois me encarou sem entender.

— Nem parece que faz medicina. — resmunguei e peguei da sua mão. — É uma pílula do dia seguinte.

Sua expressão foi de surpresa, porém pareceu se lembrar do que ocorreu e concordou, com um sorrisinho de lado, orgulhoso.

— Vou te levar nos dormitórios. — murmurou para mim e levantou a cabeça na direção de Judy. — Não gosto dessa casa.

— Era só não ter vindo. — era a primeira vez que eu via Judy retrucar e Bryan ficou tenso com a voz levemente raivosa da loira.

Logan chamou Judy para ir no seu carro, mas a loira passou por nós, séria.

— Os problemas com sua mãe estão piores? — alfinetou e me apertou nos seus braços, a raiva deles sendo mais importante naquele momento.

— Vocês podem parar? — pedi falando mais alto e eles me olharam, só que Judy não se calou, parecia com raiva demais para parar.

— Ele já veio aqui sem ser chamado por que diz que você é dele, não é? — Logan fitou o amigo quando ouviu a fala irritada de Judy e se aproximou dela, a tocando no braço. — Aproveita e conta a ele, Lua. Ele merece saber o que está causando na sua casa também.

Quase desmaiei, ela não precisava contar. Não precisava mesmo. O homem de cabelos escuros pareceu confuso, mas não perguntou a Judy o que ela queria dizer. Ao invés disso, ele perguntou diretamente para mim.

— Do que ela está falando?

— Nada importante. — ele continuou a me encarar, duro e pareceu tão perigoso quanto antes, não tive para onde correr. — Meu pai disse que queria você sendo apresentado como meu... namorado ou me tiraria da universidade.

Desviou os olhos de mim e pairou no seu amigo, ambos conversando silenciosamente. Logan chamou Judy e a levou para o carro, saindo das nossas vistas. Bryan apertou a mandíbula e me direcionou para o seu veículo. Assim que entramos, ele segurou o volante e me encarou, incrédulo.

— Pretendia me falar isso quando? — indagou-me com a voz diminuída.

— Não pretendia.

— Só quando saísse de UIC? — uma faísca de raiva surgiu. — Ou nem isso?

— Porque se importa? Até ontem, não ligava para o que eu fazia ou não. Oh, minto, se importava apenas para me perturbar.

— Não seja sarcástica comigo, sweetheart.

— Queria que eu dissesse que meu pai quer que sejamos namorados porque ele soube, de cara, que você mexeu com a filha dele? Oh, por favor, eu não faria isso de jeito nenhum.

Bryan se inclinou na minha direção, confiante, seus cabelos caídos pela testa e um riso presunçoso nos lábios. Deixei que tocasse meu queixo e o puxasse na sua direção, sua boca chocando-se com a minha e o gosto da sua língua impregnando a minha boca.

— Fiz muito mais do que mexer com a filha dele.

— É, ele deve saber disso também. — voltei meu corpo para o lugar e encarei o remédio. — Vou tomar a pílula quando chegar ao campus e não precisa se preocupar com mais nada.

— Não estou preocupado com nada. — disse e colocando o carro em movimento, para logo depois soltar algo que não consegui retrucar. — Só quero saber que dia vou conhecer a família da minha namorada.

(...)

Bryan Rutherford

Depois de deixar Lua nos dormitórios, repensei todos meus passos nos últimos dias. Estacionei na frente da fraternidade e fiquei dentro do carro por alguns minutos. O que havia acontecido? Lua era minha muito antes de ter me dado sua virgindade, porém, depois de ter feito isso, tive o vislumbre do que era ter alguém para pertencer.

" Você vai gostar de alguém e vai machucá-la, vai importuná-la até que desista. Você é como eu, moleque."

Foi isso que Benjamin Lance disse quando veio com tudo para cima de mim e jurou que não me mataria naquele dia apenas para que eu visse o que tinha destruído. Lua não era nada parecida comigo, ela sorria verdadeiramente para todos e não tinha dentro dela a raiva que eu tinha em mim.

Isso me fazia a querer ainda mais. A posse que eu sentia, a raiva pelas pessoas que a tocavam além de mim eram só um pouco do que eu estava, de fato, sentindo e não sabia nomear esse sentimento. Porém, sabia de uma coisa: aquela garota era a minha namorada.

— Acho que o mundo está acabando. — Connor praguejou enquanto pegou uma das jarras de suco e o servia. — Me matem se eu, um dia, tomar essa decisão.

Entrei em casa e os encontrei na cozinha. Eles eram as pessoas que estavam comigo desde que entrei na fraternidade e eram meus melhores amigos. Quase todos.

— Vou me lembrar dessas palavras, idiota. — Logan zombou, sentando-se ao meu lado na mesa e encarando Asher comendo como um drogado. — Quando estiver babando em uma boceta, vou te presentear com soco bem forte.

Fiquei em silêncio vendo Connor gargalhar em deboche e apontar para o loiro com um pedaço de sanduíche.

— Mas como fará isso, se estou sempre babando em uma boceta? — revirei os olhos e Logan se corrigiu.

— Uma específica.

— Não se precipite, isso não vai acontecer. — Connor virou para mim e abriu um sorrisinho idiota. — Nem mesmo eu, o mais inteligente e bonito entre vocês imaginaria que logo o nosso capitão envergonharia o time. Entrar pro clube dos soldados abatidos por causa de pessoas com saias não deveria ser a última coisa para você fazer?

— Vão se foder. — xinguei com um ar risonho. — Estão mais incomodados que eu.

— Quem vai fazer as festas mais divertidas quando você ficar enfurnado em um quarto com a caloura?

— Para quem disse não estar interessado. — nós três olhamos para Asher que apenas acenou com a atenção. — Foi até rápido.

— Todos nós sabíamos que ele estava interessado. — Connor afirmou. — Só não sabia que ia chegar tão longe.

— Está fazendo isso apenas pelo ultimato do pai dela? — Logan ponderou, vendo-me quieto demais, sem ligar para os insultos deles. — Se for...

— Eu não faria isso nem por esse ultimato. — Asher se ergueu, áspero e seus olhos passaram por todo lugar, menos por mim. — Conhece essa garota poucos meses, não dê tanto crédito a ela assim.

Maneei a cabeça franzindo a testa e fechei os punhos. Não gostei do tom, não gostei da forma que se referia a ela, não gostei de nada que saiu da sua boca, pois nada era bom.

— Está incomodado com isso? — lhe indaguei e me ergui também.

— De novo vocês dois? — Logan reclamou alto, e logo estava com sua mão no meu ombro. — Asher, não provoque Bryan com sua besteira.

— Não estou nem aí para ela. Não mais. Ela pode dar para quem ela quiser, mas você está tão apaixonado assim? Nós sabemos o que está em jogo.

— Preocupe-se com você, Ash.

— Já estou, capitão.

Sim, tudo estava em jogo. Não gostava das regras, convivia com elas por pura obrigação, mas ainda assim, estava inclinado a quebrá-las por ela, principalmente, se isso me trouxesse a mesma felicidade que senti nos minutos que estive com aquela garota.

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