Manacled | Dramione

By moonletterss

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Para maiores de 18 anos. Fanfic concluída. Harry Potter está morto. Após a guerra, a fim de fortalecer o pode... More

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Drabble Pós-Manacled
Manacled, Draco & Aurore
Nota da tradutora

Para sempre é composto por agora

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By moonletterss

Resumo: Quando James estava no hospital, ele não ligou para a mãe. Uma história de vigílias à beira do leito.

Escrito em 09/10/2019

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Nota da autora: Esta história é uma continuação do relacionamento de James e Aurore da minha fic, Algemado/Manacled. Escrevi isso como um presente comemorativo para os membros do grupo Manacled no Facebook, "Granians and Paper Cranes".

Não é o que eu chamei de cânone para o universo, mas uma espécie de "e se" sobre como imagino a evolução do relacionamento.

.

— Idiota.

— Suas palavras me feriram — disse James com uma voz queixosa.

Aurore olhou-o severamente.

— Não acho que as feridas que você está sentindo sejam minhas.

James tentou mover o braço, mas mal conseguiu fazer mais do que mexer os dedos. Ele estava deitado em um hospital, quase enterrado sob feitiços de monitoramento e lançamentos mágicos, e untado da cabeça aos pés com uma pomada para queimaduras azul iridescente e brilhante.

— Como eu poderia saber que um contrabandista de poções teria um erumpente e um dragão?

Aurore deu uma zombaria exasperada.

— Não sei. Talvez um feitiço de detecção? — Ela ergueu uma sobrancelha incisivamente. — Ou você poderia ter analisado as proteções ou simplesmente parado e notado que a magia foi projetada para manter as coisas dentro e não fora. Não sei como você conseguiu se formar com esse seu cérebro estúpido.

— Sou mais do tipo prático — disse ele, balançando as sobrancelhas sugestivamente.

Aurore revirou os olhos e suspirou.

— Bem, você não vai colocar as mãos em nada até terminar de regenerar toda a caixa torácica e a coluna.

— Eu sei. Isso dói. — James gemeu, sua expressão lamentável enquanto olhava para ela com olhos arregalados e abatidos.

Todo o rosto de Aurore se contraiu. Ela se aproximou, puxando sua varinha e manipulando rapidamente todos os diagnósticos que pairavam sobre o corpo dele. Ela abaixou a mão depois de um momento, batendo rapidamente os dedos ao longo da varinha.

— Você está recebendo alívio total da dor. O crescimento ósseo dói muito. Você quer que eu chame alguém que te coloque para dormir?

— Não. Está tudo bem.

Aurore mordeu o lábio inferior enquanto olhava para ele. Metade de seu rosto estava manchado com pomada azul para queimaduras, mas seus olhos verdes olhavam intensamente para ela.

Ela colocou a varinha de volta nas vestes e gentilmente pegou a mão dele.

— Deixe-me chamar sua mãe; ela deveria saber que você está ferido. Ela vai querer ficar com você.

— Não. — James tentou balançar a cabeça e estremeceu. — Estou bem. Ela vai pirar. Ela ameaçou largar Hogwarts e ingressar no DMLE se eu fosse parar no hospital novamente, e se ela me ver assim, provavelmente fará isso. Eu nunca vou superar isso se minha mãe se tornar minha parceira Auror.

— Mas você pode sobreviver — disse Aurore com uma voz cortante. — Você é a pessoa mais descuidada que já conheci. Sua mãe morrerá de coração partido se você morrer fazendo algo imprudente. — Seu corpo inteiro estava tenso enquanto ela esfregava o polegar na parte de trás dos nós dos dedos dele.

— Você é um completo idiota — ela disse pela décima vez desde que foi autorizada a entrar no quarto do hospital. Sua voz vacilou e ela olhou para ele.

James fechou os olhos, seu peito sem costelas expandindo-se desigualmente enquanto ele suspirava.

— Eu sei. Você me diz toda vez.

Eles ficaram em silêncio.

Aurore ficou ao lado dele por vários minutos, observando cuidadosamente sua respiração e todos os diagnósticos de monitoramento ao seu redor.

Os dedos dele se afrouxaram lentamente nos dela e sua respiração tornou-se mais uniforme. Ela gentilmente colocou a mão dele de volta na cama.

Seus olhos verdes se abriram instantaneamente e seu olhar fixou-se no rosto dela, seus dedos se esticando enquanto tentava alcançá-la.

— Você vai ficar, não vai, Rory?

Aurore assentiu e sentou-se cuidadosamente na beira da cama. Ela levitou a mochila e tirou um livro antes de entrelaçar os dedos nos dele.

— Eu vou ficar, idiota. Vá dormir.

.

— Sua idiota.

— Está tudo bem.

— Não está tudo bem. Você quase perdeu o braço inteiro!

— Eu sei. — Aurore franziu a testa e olhou com ressentimento para o gesso em que seu braço e ombro direito estavam envoltos. — Eu disse a eles para não salvá-lo, mas eles não me ouviram.

James parecia prestes a estrangulá-la.

— Você queria perder o braço da varinha?

Aurore assentiu e deu um suspiro petulante.

— Eu sempre quis ter uma das próteses de mamãe. Eu nunca mais precisaria de uma varinha. Você nunca viu como o papai consegue duelar com a dele, e eu sei que a mamãe o está segurando porque não confia nele com nada muito perigoso ou chamativo. Aposto que ela faria algo absolutamente maluco para mim

James olhou para ela com furiosa descrença e finalmente zombou.

— Você é um idiota absoluto. Vou contar para a mamãe.

Os olhos prateados de Aurore se estreitaram perigosamente.

— Não. Se. Atreva, James Potter.

Sua expressão endureceu e ele cruzou os braços.

— Você quase perdeu o braço e sangrou até a morte em um cofre de Gringotes.

— Mas... — Seus olhos se arregalaram inocentemente. — Eu não morri. Estou inteiramente viva e não me falta um único apêndice.

James ainda estava olhando para ela como se estivesse prestes a ir direto para o flu.

A expressão de Aurore ficou tensa e ela se inclinou na direção dele.

— Se você contar para sua mãe, ela contará para a minha, e mamãe contará para o papai, e papai provavelmente aparecerá aqui. — Sua boca se contraiu nervosamente. — Se papai vier aqui, ficarei o tempo todo com medo de que alguém o reconheça e ele seja preso. E mamãe pode até vir também, se ele vier. Ela não pode – seria muito estressante para ela vir para a Grã-Bretanha. — Aurore estava ficando branca. — Vou escrever uma carta para eles quando sair do hospital.

James respirou fundo.

— Aurore — sua voz falhou, — você quase morreu.

Sua boca se curvou em uma carranca obstinada.

— Não mais do que você a cada poucos meses, e eu não contei à sua mãe sobre nenhum desses momentos. Você me deve, James. Esta é a minha primeira vez no hospital. Não há razão para deixar ninguém preocupado.

Seus olhos brilhavam com um tom prateado mortal e ameaçador.

James passou a mão pelos cabelos ruivos, puxando-os como se quisesse arrancá-los, enquanto olhava para ela.

— Certo. — Ele mordeu a palavra e caiu na cadeira ao lado da cama dela, caindo para trás com uma carranca própria. — Não vou contar a ela até que você seja liberada.

Aurore relaxou.

— Obrigada.

James continuou a olhar furioso para ela.

— Você não tem ideia... — sua voz foi interrompida brevemente, — ...como fiquei assustado quando soube que você estava aqui. E então, quando cheguei aqui, você estava em cirurgia e ninguém estava me dizendo nada além de que foi um acidente que quebrou a maldição. Uma medibruxa me forçou a tomar uma dose calmante porque eu estava em pânico na sala de espera.

Aurore suspirou.

— Bem — ela contraiu o ombro esquerdo, — agora você sabe como é cada vez que corro aqui por sua causa. — Ela ergueu uma sobrancelha e olhou para ele incisivamente. — Não é muito divertido ser aquele que está sentado na sala de espera com medo de que seu melhor amigo morra na sala ao lado.

— Desculpa aí. — Ele sorriu fracamente para ela. Ela bufou e revirou os olhos.

O sorriso de James desapareceu e ele olhou para suas mãos.

— É mais assustador quando é você aqui. Você é o mais cuidadosa.

Aurore encolheu os ombros.

— Sou uma Quebradora de Maldições; isso traz riscos inerentes ao trabalho. Mesmo quando você é cuidadoso, é sempre um jogo de probabilidade. Tento calcular as melhores chances que posso, mas é como a vida: nada é certo. Eu não sabia que você ainda estava listado como meu contato de emergência.

— Não acho que eu chamaria 'quase ter seu braço arrancado por uma quimera gigante de aço' de algo menor. Eles deveriam ter uma segurança melhor nos cofres. E os Quebra-maldições deveriam ter parceiros.

— Certo — o tom de Aurore era sarcástico enquanto ela se recostava cautelosamente entre os travesseiros de sua cama. — Porque seu parceiro fez uma grande diferença mantendo você fora do hospital.

Ele deu um pequeno sorriso.

— Isso é só porque sou incorrigível.

Seus olhos se fecharam.

— Eu acho que você é.

James a estudou atentamente. Havia uma tensão dolorosa em seu rosto que fez os nós dos dedos dele embranquecerem quando ele cerrou os punhos.

— Aurore — ele disse com uma voz cautelosa. — Você já pensou em tentar de novo? Você e eu? Foi divertido, não foi? Quando nós...

— James... — seu tom era de advertência. Seus olhos se abriram e ela olhou para ele. — Não funcionou.

James fechou a boca, sua decepção evidente quando seus ombros caíram e sua expressão ficou abatida.

Aurore deu um suspiro suave.

— Concordamos que era melhor sermos apenas amigos.

— Éramos jovens naquela época. — Ele se mexeu na cadeira como se ela fosse pequena demais para seu corpo. — Você era...

— 'Intensa' — Aurore disse em voz curta.

James estremeceu.

— Um pouco. Só acho que estamos mais velhos agora. Poderia ser melhor agora – se tentássemos novamente. Se você quiser.

Ela balançou a cabeça e desviou o olhar.

— Eu não quero. Somos muito melhores como amigos. Não éramos realmente adequados um para o outro. Apenas pensávamos que sim porque éramos mais próximos um do outro do que qualquer outra pessoa. Ambos éramos muito jovens para ter ideia do que realmente queríamos.

James começou a abrir a boca.

— James — sua voz estava tensa. — Eu realmente não quero falar sobre isso agora.

— Desculpe. Você tem razão. Desculpe.

.

A porta do quarto do hospital se abriu e Aurore entrou no quarto. Seu rosto estava branco de raiva e ela fervia com tanta intensidade que era tangível no ar.

— Oh. Então é você — disse James. Sua voz era alegre, embora seu rosto estivesse magro e mortalmente pálido. — Achei que tinha uma Banshee solta por aí.

— Cale a boca, seu idiota — ela disse, sua voz quase um soluço enquanto atravessava o quarto até a cama dele. Seu rosto estava abatido de exaustão e suas mãos tremiam ao tocar o rosto dele. — Oh meu Deus. Oh meu Deus, olhe para você.

Ele sorriu torto para ela.

— Estou bem. Nem mesmo nenhum osso quebrado desta vez.—

— Você sabe, Aurore — disse Ginny da cadeira ao lado de James, pálida e com olhos vermelhos. — Há algumas pessoas que desaconselhariam ameaçar assassinar o chefe do DMLE no meio de um hospital público.

— Mas não mamãe — James disse com uma voz abafada. Aurore havia terminado de se assegurar de que ele estava vivo e o sufocava com um abraço forte. — Ela estava lá fora há algumas horas, gritando ainda mais alto do que você.

— Esse homem merece ser repreendido aos berros, demitido e depois morto para garantir que sua idiotice seja removida do banco genético — disse Ginny, levantando-se. Seus olhos estavam aliviados, mas sua expressão era mortal. — Agora que sei que há alguém aqui em quem posso confiar para manter James vivo, vou fazer uma visita ao Ministro sobre isso.

Aurore estava com a varinha em punho e verificando James com seus próprios feitiços de diagnóstico.

Ginny observou seu filho, que estava sentado e reclamando de estar morrendo de fome há poucos minutos, desabando nos braços de Aurore como se estivesse tão fraco quanto um gatinho amassado.

Nenhum deles estava prestando atenção em nada além de um no outro.

A boca de Ginny se contraiu.

— Aurore, você pode mantê-lo seguro até eu voltar?

Aurore assentiu distraidamente, seu foco totalmente voltado para James.

Ginny saiu do quarto, a porta fechando suavemente atrás dela.

— Meu Deus, James. — A voz de Aurore tremeu. — Eu estava com medo que você estivesse morto.

Ela afundou na cama, abraçando-o. Ele a envolveu firmemente em seus braços, deixando cair a cabeça em seu ombro e apertando seu corpo contra seu peito.

— Eu pensei que você estava morto.

James suspirou e deu um beijo em seus cabelos cacheados e rebeldes. Seus olhos verdes brilhavam enquanto ele olhava para ela, enterrada em seus braços.

— Você sempre me terá, lembra? Eu prometi isso a você. Desde que você esteja sendo responsável e não morra prematuramente, sou obrigado a ficar por aqui.

Seus ombros tremeram várias vezes e ela começou a chorar.

James agarrou-a com mais força e esfregou o rosto em seu cabelo.

— Não chore. Vamos, não chore, Rory.

— Eu pensei que você tivesse morrido. Você esteve desaparecido por quase duas semanas.

— Eu sei. E desta vez nem foi culpa minha. Acho que deveria ser recompensado pelo fato de ter sido inocente neste caso específico.

Aurore recostou-se, fungando, e estudou-o como se o estivesse absorvendo. Suas mãos tremiam enquanto ela segurava seu rosto. Suas feições estavam afundadas e ele parecia abatido. Os ossos do pescoço e dos ombros estavam salientes.

James olhou para ela com olhos vorazes. Ele estendeu a mão e passou a mão fina em sua bochecha.

— Você se esqueceu de dormir enquanto eu estava fora? — Ele sorriu maliciosamente para ela. — Ansiando por mim, eu aposto.

Ela empurrou a mão dele com um bufo.

— Não seja idiota. Eu estava ajudando a procurar por você. Eles pensaram que talvez você tivesse sido levado para algum lugar na Europa Oriental, então me ofereci para ajudar a quebrar a maldição durante os esforços de busca. Por isso demorei tanto para chegar aqui. Eu estava em Kosovo.

Ele estendeu a mão e pegou a mão dela.

— Pensei muito em você enquanto tentava não morrer. Sobre quando éramos crianças e quando você se mudou para cá depois de se formar. Admito que algumas coisas não estavam totalmente lúcidas, devido à perda contínua de sangue, mas eu não conseguia parar de pensar em você. — Sua voz acelerou nervosamente e seus olhos baixaram. — Eu pensava em você mais do que em qualquer outra pessoa. Tudo o que eu conseguia pensar era em quantas desculpas eu devo a você. Em quantas coisas eu preciso te dizer.

— James — Aurore ficou rígida e tentou retirar a mão. — Não...

Ele cerrou a mandíbula teimosamente.

— Eu preciso dizer isso. Às vezes eu pensava que ia morrer e dizia a mim mesmo que não conseguiria porque precisava ver você de novo e dizer tudo pelo menos uma vez.

Aurore tentou novamente libertar a mão.

— James... — sua voz estava tensa.

— Vou me calar depois disso, e você nunca mais vai me ouvir dizer algo assim, mas preciso dizer isso. Eu sinto muito. Sinto muito mesmo. Tenho sido um péssimo amigo para você e fui um namorado ainda pior quando namoramos. Prometi que sempre estaria ao seu lado, mas sempre fui eu quem estava fazendo merda e quase morrendo. Eu sinto muito. Eu realmente sinto muito. Tudo em que eu conseguia pensar o tempo todo era que eu tinha que voltar para poder dizer a você que eu a amo...

— James, estou em um relacionamento — disse Aurore, deixando escapar antes que ele pudesse dizer qualquer outra coisa.

James congelou e olhou para ela.

Seus olhos estavam arregalados e pálidos como mercúrio. Ela respirou fundo e olhou para baixo.

— Ele é... ele é um colega de Gringotes, trabalha em contabilidade. Estamos namorando há cerca de dois meses. O nome dele é Michael. — Ela estava evitando os olhos dele e finalmente conseguiu libertar a mão. Ela se levantou, libertando-se de seus braços. — Eu queria que você e Ginny o conhecessem algum dia, talvez.

— Oh. — A voz de James estava vazia. — Isso é ótimo. Estou feliz por você.

.

— Eu imaginava que ela passaria por aqui — disse James com uma voz irritada enquanto se arrastava pelo corredor do hospital atrás de sua mãe. — Mesmo que ela tenha um namorado.

— Duvido que tenha algo a ver com o fato de ela ter um namorado — disse Ginny, revirando os olhos. — Ela sempre vinha, mesmo quando suas várias namoradas estavam rondando você. Ela provavelmente estava ocupada. Você acaba vindo aqui a cada poucos meses. O crescimento dos ossos do seu braço não é uma emergência suficiente para que ela largue tudo e venha correndo até você.

James fez uma careta quando chegaram à saída do St. Mungus.

Gina olhou para ele.

— Você quer voltar para casa comigo? Ou devo levá-lo para o seu apartamento?

James encolheu os ombros.

— Talvez eu dê uma volta no Diagonal. Tomar um pouco de ar fresco antes de ir para casa.

— Certo. — Ginny olhou para ele de cima a baixo. — Vou trazer uma torta de carne esta noite. Quando você 'simplesmente' ver Aurore, diga a ela que sinto falta dela e quero conhecer o namorado dela.

James não deu nenhuma indicação de ter ouvido sua mãe enquanto saía pela porta.

Ele foi direto para Gringotes, subindo correndo as escadas e passando pelas portas altas. Ele não visitava Aurore com frequência lá. Os goblins não aprovavam a socialização durante o horário de trabalho.

Gringotes estava quieto, sem nenhuma das filas normais do povo bruxo. Era de manhã cedo. James não prestou atenção enquanto caminhava até uma mesa.

— Estou aqui para ver Aurore Black, ela é uma Quebradora de Maldições da equipe aqui.

O goblin olhou para ele e lambeu os dentes afiados.

— Isso se refere a um objeto dentro de um cofre?

— Claro. — James revirou os olhos. — Há muitas relíquias de família amaldiçoadas no cofre de Potter; precisamos de alguém para examiná-las.

— Varinha e chave. — O goblin deslizou um formulário para James e desceu da cadeira, bamboleando até um escritório. James rabiscou suas informações no formulário.

Ele olhou ao redor do corredor. Havia vários elfos domésticos ocupados limpando o mármore, e ele notou que vários lustres estavam quebrados.

— A Quebradora de Maldições Black não está disponível. — O goblin reapareceu em seu cubículo.

— Posso esperar — disse James, cruzando os braços, sua expressão desafiadora e obstinada.

O goblin deslizou a varinha e a chave de James de volta pela mesa.

— Ela está de licença médica e não deve retornar dentro de algumas semanas.

— O que-?

— Ela ficou ferida na tentativa de arrombamento na noite passada.

James piscou e cambaleou para frente.

— Houve uma invasão?

— Tentativa — disse o goblin presunçosamente. — O ladrão foi interceptado no corredor. Nada foi roubado.

— Mas Aurore ficou ferida. — James estava inclinado na direção do goblin como se pretendesse subir na mesa. — Por que ninguém entrou em contato comigo? Sou o contato de emergência dela.

Os dentes afiados do goblin brilharam.

— A Quebradora de Maldições Black não tem contato de emergência listado.

— Não... — James engasgou de raiva. — Seus malditos goblins inúteis.

Ele girou nos calcanhares e saiu correndo do banco. Ele empurrou várias pessoas na sala de espera do St Mungus para fora do caminho enquanto se aproximava da Bruxa de Boas Vindas.

— Em que ala está Aurore Black? Ela foi trazida ontem à noite de Gringotes. Não sei que tipo de lesão ela tem.

— Por favor, espere... — a bruxa bem-vinda disse com uma voz entediada. Ela acenou com a varinha e a ponta girou e depois flutuou até um nome. — Aurore Black. Primeiro andar. Ala Dai Llewellyn de Perigo para Mordidas Graves.

James saiu correndo antes que ela terminasse de falar.

Aurore estava deitada imóvel no quarto sujo. Seu corpo estava envolto em feitiços. Houve o toque suave e constante dos feitiços do monitor brilhando ao seu redor. Um homem magro e de aparência nervosa estava sentado numa cadeira ao lado da cama dela.

James parou e olhou por um segundo.

O "namorado" de Aurore era conservadoramente quinze anos mais velho que ela e o oposto de James em literalmente todos os sentidos imagináveis.

— O que aconteceu com ela? — James disse enquanto tropeçava pela sala até Aurore.

— Tentativa de arrombamento em Gringotes. Um mago trouxe um Nundu. Aurore inalou as toxinas durante o ataque. Eles estão regenerando o sistema respiratório dela. — Ele estava esfregando as mãos como se estivesse com frio enquanto olhava entre James e Aurore. — Eu sou Michael. Você deve ser James, ela fala sobre você constantemente.

James não ergueu os olhos. Ele não queria conhecer Michael nos últimos quatro meses em que Aurore continuou namorando com ele, e ainda não queria conhecê-lo agora. Seus olhos estavam fixos em Aurore, deitada tão imóvel que mal parecia viva.

Suas mãos tremiam quando ele estendeu a mão e pegou a mão dela. Sua pele estava fria, quase fria ao toque.

— E o que você estava fazendo enquanto ela lutava contra um Nundu? — Sua voz tremeu enquanto ele olhava para ela, segurando desesperadamente sua mão flácida.

Michael lambeu os lábios.

— A contabilidade está em uma ala do outro lado do banco. Eu não estava ciente da situação até que os alarmes dispararam. Só fiquei sabendo que ela estava lá quando a levaram para fora. No entanto, os curandeiros dizem que ela vai se recuperar totalmente. O crescimento dos pulmões leva alguns dias em estase, depois ar puro e nenhuma atividade que sobrecarregue os alvéolos durante o mês seguinte, segundo me disseram.

James afundou na beirada da cama, ainda segurando a mão dela entre as suas, tentando aquecê-la. Seu pulso estava fraco, quase imperceptível por causa da estase mágica em que ela estava.

— Alguém deveria ter enviado uma mensagem — ele disse com uma voz grossa. — Minha mãe e eu estávamos lá em cima e eu nem sabia que ela estava aqui.

— Desculpe. Presumi que você teria ouvido falar no DMLE. Eu não tinha certeza de quão perto você ainda estava. Ela mencionou que vocês não se viam muito recentemente.

James se contraiu e ficou branco. Ele começou a abrir a boca, mas houve uma onda de barulho e Ginny irrompeu na sala.

— Aurore! Descobri quando vi o jornal em casa. Que tipo de garota idiota corre e ataca um Nundu sozinha? — Ginny estava quase chorando enquanto corria para a cama.

Ela mexeu no corpo imóvel de Aurore por vários minutos antes de agarrar James pelo pulso e arrastá-lo pela sala até um canto.

— Preciso mandar uma mensagem para os pais dela. A mãe dela precisa saber — disse ela em voz baixa.

James olhou para ela bruscamente.

— Mãe, você não pode. Ela está aterrorizada com a ideia de que seus pais virão aqui. Se o pai dela vier, a mãe também virá. E você sabe que a tia Hermione não aguenta o estresse.

— Eles são os pais dela, James — Ginny sibilou. — Ela é filha única deles. Claro que eles virão.

James segurou a mãe pelos ombros.

— Mamãe, ela tem mais medo de que seus pais venham para cá do que de qualquer outra coisa.

— Então ela não deveria ter se mudado para cá. — Os olhos de Ginny estavam brilhando.

James engoliu e inalou lentamente.

— Eles vão descobrir pelos jornais de qualquer forma, se você fez isso. Você deveria enviar uma mensagem para eles dizendo que ela está bem. O namorado dela, Michael, diz que ela sairá em alguns dias e terá de tirar um mês de folga para que os pulmões se recuperem. Ela pode voltar para casa para uma visita.

Ginny olhou para James.

— Você tem certeza de que ela não vai querer os pais quando acordar? — Sua expressão estava tensa. — Ela não tem muitas pessoas, James.

James deu um aceno afetado.

— Eu tenho certeza.

Aurore acordou depois de dois dias em êxtase. Michael estava sentado ao lado da cama dela e James estava recostado num canto perto da porta.

Ela viu Michael primeiro.

— Ei...

Sua voz era um sussurro. Som quase fino como papel.

Michael se inclinou para frente e pegou a mão dela.

— Olá, querida.

James revirou os olhos.

— Há quanto tempo estou inconsciente? — Ela sentou-se com cuidado.

— Alguns dias sob a Poção do Morto-Vivo enquanto seus pulmões se recuperavam. — Michael deu-lhe um leve sorriso. — Você é a heroína do mundo dos bruxos. Os jornais estão falando sobre a bruxa maluca que lançou um feitiço de cabeça de bolha em um Nundu antes que ele pudesse envenenar todos no banco.

Ela deu um sorriso irônico antes de tossir e limpar a garganta com um estremecimento.

— Se eu fosse realmente inteligente, teria me lembrado de lançar um em mim primeiro. — Então seus olhos de repente se arregalaram de horror. — Está... nos jornais? — Sua voz era um coaxar estrangulado.

— Não se preocupe — James falou. — Mamãe e eu cuidamos de tudo. Ninguém vai aparecer inesperadamente.

Aurore olhou e avistou James. Seu rosto se encheu de alívio. Sua expressão permaneceu fechada enquanto ele olhava para ela. Ele não se moveu do canto em que estava sentado.

— Ei — ela disse. Sua voz teve dificuldade em atravessar a sala.

Ele deu-lhe um aceno conciso.

— Minha mãe esteve aqui mais cedo; ela está fazendo os preparativos de viagem para você. Você tem um mês de licença do trabalho enquanto seus pulmões se recuperam. Então, pensamos em fazer uma viagem para casa, caso algum de seus velhos amigos quisesse vê-la.

Aurore assentiu lentamente.

— Obrigada. Isso é gentil da parte da sua mãe.

Michael ainda estava segurando a mão dela.

James se endireitou sem sorrir.

— Vou avisar a mamãe que você está acordada.

Ele caminhou em direção à porta. Ao fechá-la atrás de si, ele viu Aurore se voltando para Michael.

.

— Em um mundo ideal, estaríamos em mais lugares do que no hospital — disse Aurore da cadeira que conjurou ao lado da cama de James. Ela estava tricotando um longo cachecol listrado.

— É apenas uma concussão. Não sei por que preciso ser mantido aqui sob observação. — James estava de mau humor na cama.

— Provavelmente porque você está prestes a ter uma ala deste hospital nomeada honorariamente em sua homenagem como seu paciente mais frequente.

Ele revirou os olhos.

— Você não precisa ficar. Eu não vou morrer por causa disso.

— Está tudo bem. Vou me preocupar menos se estiver supervisionando você. — Seus dedos brilharam quando ela virou o cachecol e começou a tricotar rapidamente mais uma vez.

— Seriamente. — A voz de James ficou dura e fria. — Você não precisa ficar. Vá tricotar o cachecol do seu namorado em casa.

As mãos de Aurore congelaram por um momento antes de ela voltar a tricotar.

— Michael e eu terminamos há algumas semanas.

James sentou-se, sua expressão se iluminando.

— Mesmo?

Aurore assentiu sem olhar para ele.

— Ele achava que eu não estava me investindo. Que eu só o deixava entrar até certo ponto e depois - havia uma parede. E não importava o que ele fizesse, eu nunca o deixava passar. Como se eu estivesse escondendo coisas dele... — Sua voz sumiu brevemente. — Então, nós terminamos.

James assentiu com os olhos brilhantes.

— Sinto muito — ele disse muito tardiamente.

O canto da boca de Aurore se contraiu quando ela virou o cachecol e voltou a tricotar, seus dedos e agulhas brilhando enquanto ela enrolava o fio.

— Está tudo bem. Ele estava certo. Eu não estava realmente investindo. Na verdade, nunca esperei que isso fosse a lugar nenhum.

— Ele realmente não era seu tipo. — James recostou-se na cama. — Fiquei surpreso que vocês dois tenham ficado juntos por tanto tempo.

Aurore não respondeu.

Depois de vários minutos, sua boca se abriu novamente, mas ela fez uma pausa e apertou os lábios como se hesitasse.

— Meu contrato com Gringotts expirou no final do mês passado — disse ela finalmente. — Eles se ofereceram para me promover a chefe dos Quebra-maldições se eu assinasse um novo contrato por mais quatro anos.

James levantou uma sobrancelha.

— Isso é muito bom para alguém de vinte e cinco anos.

Ela deu um pequeno aceno de cabeça e tricotou mais alguns pontos em silêncio antes de olhar para ele.

— Eu não assinei.

Os olhos de James se arregalaram e ele se inclinou para frente, com um sorriso no rosto.

— Você tem algo melhor?

Ela olhou para ele por um momento com os lábios pressionados antes de olhar novamente para o tricô e balançar a cabeça.

— Eu vou para casa, James.

— O que-? — Suas sobrancelhas se juntaram nitidamente.

Ela inalou.

— Vou tentar conseguir um emprego no Leste Asiático ou na Nova Zelândia, talvez na Austrália. Em algum lugar onde eu possa ver mamãe e papai. Eu não me encaixo aqui. Eu realmente não consegui fazer nenhum amigo. Eu realmente tentei fazer funcionar aqui, mas acho que não sei como.

— Mas... mas... — A mandíbula de James abria e fechava, mas nenhuma palavra saía. — Mamãe e eu estamos aqui — ele finalmente conseguiu dizer.

Seus olhos cinzentos se ergueram e sua boca se curvou com escárnio.

— James, você mal falou comigo nos últimos oito meses. E na maioria das vezes quando tentei ver você, você disse que estava ocupado ou cancelou no último minuto.

Ele estremeceu.

— Bem, você estava namorando Michael. Ele estava... — sua voz sumiu e ele gesticulou de forma ambígua no ar.

Seus olhos brilhavam como cacos de gelo.

— Você nem o conheceu até quatro meses atrás.

— Bem... — ele disse com uma voz tensa. — Fiquei meio chateado por um tempo. Eu quase morri e quando tentei te dizer que estava apaixonado por você, você decidiu anunciar que tinha um namorado. — Ele cuspiu a última palavra.

Ela zombou.

— Não me lembro de você ter se preocupado em mencionar quando estava namorando alguém ao longo dos anos — disse ela com um sorriso de escárnio.

— Bem, não me lembro de você ter mencionado que se importava.

Ela ficou congelada por vários segundos.

— Eu me mudei para cá por sua causa — disse ela, com raiva tremendo em sua voz. — Vim para cá, mesmo sendo o último lugar do mundo onde meus pais me queriam, porque você me pediu. Eu me mudei para o outro lado do mundo e, depois de um ano, você disse que eu estava sendo muito intensa com tudo isso e que precisávamos dar um tempo um do outro.

Ela engoliu em seco e sua mandíbula tremeu quando ela encontrou os olhos dele.

— Por que você achou que eu me mudei para cá? Eu estive apaixonada por você o tempo todo.

James olhou para ela com os olhos arregalados. Ela encontrou o olhar dele por alguns segundos antes de seus olhos caírem para o colo e ela respirar fundo.

— Mas eu perguntei umas cinco vezes se você queria tentar namorar de novo. Você sempre dizia que não. Você nem mesmo falava sobre isso. Era sempre só não. Você está namorando outra pessoa há quase um ano depois de eu ter dito que o amava.

Aurore engoliu em seco com uma expressão amarga no rosto e enfiou o tricô no bolso.

— Você é meu melhor amigo. Quando você terminou comigo, você disse que estávamos arruinando nossa amizade ao tentar fazer com que fosse mais do que isso.

James recostou-se, levantando a mão e deixando-a cair impotente em seu colo.

— Isso... Eu... estava sobrecarregado.

— Eu sei. — Ela desviou o olhar dele, assentindo. — Você também disse isso.

Ela olhou para suas mãos.

— Você estava certo. Depois que terminamos, percebi que você estava certo. Eu não... eu não tenho amigos suficientes para poder me dar ao luxo de perder algum. É por isso que eu sempre disse não. — Ela se levantou e apertou os lábios enquanto inspirava. — Estou indo para casa, James. Ser seu contato de emergência não é motivo suficiente para continuar morando na Grã-Bretanha.

— Espere. Aurore...

Ela se virou bruscamente e saiu do quarto do hospital.

.

— O que você está fazendo aqui?

James ficou parado sem jeito na porta do novo apartamento dela.

— Sua mãe me deu seu endereço. Você disse que deveríamos frequentar mais lugares do que o hospital. Então pensei: Nova Zelândia.

Aurore suspirou e revirou os olhos.

— Vá para casa, James.

Ela começou a empurrar a porta para fechá-la, mas ele rapidamente inseriu o pé e segurou a porta com a mão.

— Tenho que admitir — ele disse, em um tom leve e coloquial, — esqueci que seu pai é assustador. Como se eu já soubesse que ele é literalmente a pessoa mais assustadora do planeta, mas sinto que ele não costumava agir como se quisesse me estripar pessoalmente.

Aurore ergueu uma sobrancelha com uma expressão fria no rosto enquanto empurrava a porta novamente.

— Você era muito menos idiota quando era criança. Ele não é realmente do tipo que "sofre com os tolos de bom grado".

James piscou.

— Justo.

Ele empurrou a porta com mais força até que os pés de Aurore começaram a deslizar para trás. Ela suspirou e soltou a maçaneta, cruzando os braços com força enquanto ele passava pela porta e entrava.

— Então — ela disse, erguendo o queixo e olhando para ele. — O que você está fazendo? Você foi até meus pais, enganou minha mãe com uma história triste e apareceu na minha porta. O que agora? Você acha que se sorrir para mim, vou cair em seus braços e deixar você me levar de volta para a Grã-Bretanha?

James encolheu os ombros, enfiando as mãos nos bolsos enquanto sorria torto para ela.

— Bem, isso seria legal.

Aurore se irritou e sua expressão tornou-se cruel.

James estendeu as mãos de forma apaziguadora.

— Mas não. Sua mãe me deu seu endereço porque seu pai disse que você deveria ter a satisfação de me matar pessoalmente.

Os ombros de Aurore relaxaram e seus olhos brilharam.

James respirou fundo.

— Eu sou um idiota. E você sabe disso, porque vem me dizendo isso há mais tempo do que qualquer outra pessoa. Mas eu amo você e não foi só há um ano que percebi isso. Eu sempre amei você, desde que éramos crianças. E estou apaixonado por você desde que éramos adolescentes.

Aurore ficou tensa até ficar rígida e respirou fundo e gaguejando entre os dentes.

James exalou pesadamente.

— Eu sempre amei você, mas nunca soube como lidar com isso. Estar com você é como se eu estivesse tocando uma supernova. Você é tão brilhante que chega a me cegar. O mundo inteiro desaparece quando estou com você, e isso me assusta mais do que qualquer outra coisa que já experimentei. — Ele passou a mão pelo cabelo. — Não sei como sentir menos isso. Há apenas você e nada mais no mundo, e isso me assusta muito porque - porque... — ele gaguejou e acenou com a mão em uma direção vagamente oriental. — seus pais são insanos. A maneira como eles são e o que estão dispostos a fazer e passar um pelo outro sempre foi uma loucura para mim. Mas — ele a encarou, com uma expressão crua e desesperada, — quando eu olho para você, eu entendo. Entendo tudo isso porque eu faria qualquer coisa por você

Ele olhou para baixo.

— Quando eu estava naquela caverna, morrendo de fome e sangrando até a morte, só conseguia pensar em você. Eu só dizia a mim mesmo: "Você não pode morrer. Você não tem permissão para morrer. Você prometeu à Aurore que estaria ao lado dela para sempre". Mas então você estava namorando o Michael, e eu não sabia como lidar com a minha tristeza por não ser eu."

Aurore ainda estava imóvel, sua expressão era uma máscara.

— Quando você se mudou para a Grã-Bretanha, fiquei com medo do quanto eu sentia perto de você. Em vez de tentar descobrir como lidar com isso, entrei em pânico e a afastei como se fosse sua culpa, e só a procurei quando estava no hospital. Eu sinto muito. Sinto muito, muito mesmo.

Ele a estudou seriamente com seus brilhantes olhos verdes.

— Eu prometi que sempre estaria lá para você. Então, se você vai morar na Nova Zelândia agora, eu também terei que morar na Nova Zelândia. — Ele deu a ela um sorriso de lábios apertados. — Você não precisa mais me amar de volta, mas eu sempre amarei você porque sempre amei. E sempre estarei apaixonado por você porque não consigo parar. E eu sempre estarei aqui para você. Para sempre.

Um soluço choroso escapou da garganta de Aurore, e todo o seu corpo tremeu enquanto ela olhava para ele. James estendeu a mão para ela timidamente, colocando as mãos em seus ombros.

Ele a puxou para mais perto e abaixou a cabeça até que sua testa descansou contra a dela. Ele exalou instável.

— Você não precisa mais me amar, mas eu realmente adoraria se você ainda me amasse.

Aurore soltou um soluço agudo de risada enquanto inclinava a cabeça para cima e seus lábios se encontravam, apenas se tocando por um momento, depois se aprofundando.

Suas mãos dispararam para cima e ela capturou seu rosto, puxando-o para perto enquanto o beijava novamente. Ele sorriu contra os lábios dela enquanto sua mão agarrava seus ombros.

Enquanto se beijavam, a magia brilhou entre eles, brilhando como a luz das estrelas. 

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