𝐂𝐀𝐓𝐂𝐇 𝐌𝐄 • 𝐏𝐄𝐄𝐓𝐀...

By rely-h

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Áster Snow era uma das vencedoras dos Jogos Vorazes. Filha do presidente Snow, foi treinada para a 73° edição... More

prólogo
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By rely-h


"Haymitch, sei que Peeta pode te procurar pra pedir algo, mas peço que desconsidere. Eu te amo, como um pai, mas Peeta tem mais anos de vida pra aproveitar. Tem apenas um ano que ele saiu da miséria no 12. Por favor, me prometa que fará de tudo para mantê-lo a salvo."


Áster enviou uma carta para Haymitch assim que soube que Peeta voltaria para o 12, para a colheita. Ela amava os dois, mas queria que Peeta vivesse mais da vida em que ele não precisava trabalhar quase o tempo inteiro e que tudo era difícil. Quando Abernathy leu a carta, ele entendeu que se o garoto fosse sorteado, ele se ofereceria.

No dia da colheita, Áster assistia o sorteio do 12 na televisão em seu quarto. Ela não precisaria passar por um e seria apenas anunciada como tributo da Capital. A menina viu Katniss deixar uma lágrima escapar e suspirou quando Effe leu o nome dela.

A loira voltou para perto do pote de vidro com apenas dois papéis e tentou não demonstrar sua tristeza.

— Haymitch Ab-

— Eu me ofereço como tributo. — Áster não teve tempo de sentir alívio quando ouviu o nome de Haymitch. Peeta foi rápido em interromper.

Ela desligou a televisão e fechou os olhos, passando a mão no rosto, frustrada com tudo. Snow se levantou e tomou seus remédios para não ter uma crise. Ela se negou a comparecer no anúncio de seu pai e sabia que coisas boas não sairiam dessa decisão.





— Seu pai vai ficar furioso. — Haymitch disse enquanto via Cinna arrumar Áster.

— O mundo não gira em torno dele. Eu e Peeta já vamos morrer, de qualquer forma.

Áster decidiu se aliar ao 12 na entrada das carroças. Ela queria estar ao lado de Peeta, mesmo contra a vontade de Coriolanus. A garota vestia uma roupa branca e simples, com uma maquiagem brilhante. Enquanto Katniss e Peeta usavam as chamas de mentira por cima de roupas pretas.

Haymitch achou arriscado, mas sabia que o público gostaria de ver Peeta e ela juntos.

— Pensei que seria poupada de mais um reality. — Áster, que estava perto de um dos cavalos esperando por Peeta e Katniss, ouviu a voz de Odair.

— Finnick. — ela o abraçou, fechando os olhos, e foi retribuída. — Eu sinto muito.

— Eu pensei que ele te tiraria dessa edição. — disse ainda abraçado a garota.

— Eu não pensei que ele fosse me deixar ou me tirar, mas fiquei surpresa. — ela se afastou um pouco e o encarou.

— No fundo, você pensou que ele te pouparia. — ele a olhou com pena. — Pelo menos já sei quem será minha segunda aliada. — sorriu.

— Sinto muito pela Maggs também. — a menina suspirou. — Sinto muito por todos, na verdade. Eu odeio esses Jogos.

— Áster, — os dois se viraram e viram Peeta. — está pronta?

— Vou deixar vocês a sós. — Odair riu e acenou com a cabeça para Mellark.

Snow viu Finnick ir em direção a Everdeen.

— Estou. — ela olhou para Peeta. — Vejo que você também. — seu sorriso foi fraco e ele a abraçou antes de beija-lá nos lábios.

— E está bem? Não acho que seu pai vai gostar de nos ver juntos.

A garota suspirou. — Meu pai não gosta de nada fora o que ele quer. Eu estou cansada de fazer tudo conforme o que ele planeja. Esses Jogos já me colocaram em situações de quase morte diversas vezes e eu não acredito que vou voltar lá só porque estou apaixonada por um garoto. — ela sentiu o rosto esquentar e Peeta riu quando ela abaixou a cabeça.

— Eu entendo a sua chateação, mas você poderia tentar sair disso.

Snow negou com a cabeça. — Não vou te deixar.

Mellark respirou fundo e acenou para ela. — Tudo bem. Vamos fazer isso juntos.

Os dois seguiram para a carroça e Áster ficou entre Katniss e Peeta. A entrada dos tributos parecia mais pesada do que da última vez. As pessoas gritavam eufóricas e jogavam flores, mas os tributos não esboçavam muita reação. Os cavalos se enfileiraram e o presidente apareceu no topo da praça.

— Bem vindos a 75° edição dos Jogos Vorazes. Nosso massacre quaternário com vencedores de outras edições, que estão tendo a honra de lutarem mais uma vez. Vocês já conhecem os tributos e se familiarizarão com eles nos próximos dias. Entretanto, antes de encerrarmos, gostaria de fazer um grande anúncio.

O estômago de Áster se revirou de ansiedade e Peeta segurou a mão da garota de forma discreta.

— Minha querida filha, Áster Snow, — as pessoas gritaram e o presidente esperou alguns segundos. — estará presente em mais uma edição. Como sabem, ela é uma grande representação do que, para nós da Capital, é importante. A força, a coragem, a bravura em enfrentar e vencer os Jogos mais de uma vez. Vocês vêm acompanhando um romance entre ela e o tributo Peeta Mellark, do distrito 12. Mas, é com um pesar que fui escolhido para anunciar o término do casal.

As pessoas ficaram confusas e soltavam pequenos múrmuros de insatisfação. Áster fechou os olhos, irritada. A falta de ar aparecendo, enquanto seu pescoço gelava.

— O término aconteceu há algum tempo. Porém, vocês ficarão felizes em saber que seu amado Finnick Odair, grande amigo de infância de Áster, está se relacionando com ela. Não é motivo de felicidade? — o homem encarou a filha de longe.

Todos gritaram com a novidade. Alguns chateados, mas a maioria: feliz. Como todas as vidas perdidas que não importavam para aquelas pessoas, Peeta não estar com Áster também não importou muito, se Finnick era o próximo. As pessoas amavam o Odair e ele era uma enorme referência na Capital.

— Asterácea Snow decidiu se juntar a Peeta Mellark na entrada dos tributos para encerrar um longo ciclo em sua vida. Amanhã, na entrevista, vocês saberão mais sobre esse novo relacionamento.

Áster queria arrancar o microfone do pai e contar toda a verdade para todos. Peeta ficou triste, sem saber o que fazer. Enquanto Katniss ficou em choque, como Haymitch e Effe, que assistiam pela televisão.

A apresentação acabou e Áster foi para o escritório do pai, sozinha.

— Sabe que aquilo não vale nada, não é? — ela disse quando o encontrou no corredor, antes mesmo de chegar ao escritório. — Suas palavras não valem nada.

— Valem a vida de dois garotos, acredito.

O que?

— Não vai-

— Eu vou fazer o que tiver que ser feito, Asterácea. Sabe bem disso. E, se não quiser ter mais sangue em suas mãos, é melhor aceitar que passará o resto que tem de vida ao lado de Finnick Odair.

— Sangue em minhas mãos? — falou indignada. — Você tem sangue nas mãos e todo o seu corpo! Você só tem me usado até aqui, como usa tudo a sua volta.

— Eu não me importo com o que pensa. Se não fizer o que digo, já está ciente sobre quais serão as consequências.

O mais velho entrou na sala, sem esperar resposta. Áster passou a mão no rosto, percebendo que estava tremendo e que precisaria de mais remédios.



"— Vou cair, papai! — a criança, por volta dos sete anos de idade, chamava o pai.

— Abra os braços e mantenha o equilíbrio, querida. — o presidente mantinha os braços cruzados, enquanto observava o treinamento da filha.

A menina fez o que lhe foi dito, mas acabou caindo no chão da academia extensa na mansão onde morava. Coriolanus fez um sinal com a mão, para que os guardas não se aproximassem e se abaixou, vendo os olhos cheios d'água da criança.

— Não funcionou.

— Você colocou mais peso em um dos braços, Áster. Tudo precisa de um equilíbrio e você precisa de foco para alcançar o que precisa. — ele a ajudou a se levantar. — Mas, não faz mal. Tente mais uma vez.

Ele a pegou no colo e a colocou em cima de um fino e longo pedaço de madeira em que ela precisaria atravessar. Sem abraços ou felicitações, ele começou o trajeto de novo, com medo de falhar."


— Áster? — a garota tentava manter a respiração calma enquanto memórias passavam em sua mente, quando se virou e viu Finnick.

— Oi. — ela tentou sorrir, sem sucesso. — Eu já vou para o meu quarto.

— Áster, você já sabia? — Snow passou a mão no rosto. — Sobre os planos do seu pai?

Ela assentiu devagar com a cabeça. — E você?

Como ela, ele confirmou.

— Temos que fazer isso. Preciso proteger a Annie.

A menina franziu o cenho. — Pensei que não estivessem mais juntos há muito tempo.

— Esse era o meu plano. Mas, o seu pai está de olho em todos os lugares.

— Eu não queria fazer isso. — ela bufou. — Tenho poucas horas de vida e serão conforme o que ele quer.

— Talvez, se fizermos dar certo, tenhamos mais algum tempo. Precisamos proteger Annie... — ele respirou fundo. — e Peeta.

Áster assentiu com a cabeça mais uma vez, sabendo que a vida do amigo também estava em jogo.




A menina não viu Peeta ou Finnick no dia seguinte. Estava pronta para a entrevista e usava um vestido azul claro. Ela observava a televisão da sala perto do palco de Caesar, e viu Odair entrar e ser aclamado.

— Finnick! Nosso querido vencedor do distrito 4. Como estamos felizes em revê-lo! — Caesar disse e Odair sorriu.

— É um prazer estar de volta.

— Não vamos enrolar, estamos ansiosos para saber sobre você e Áster. Não é o casal dos sonhos, pessoal?! — a plateia gritou.

Finnick deu o seu melhor sorriso. — Vocês sabem que eu e Áster somos muito unidos desde criança. Acho que era pra acontecer. Nossos destinos já estavam traçados, como se nem pudéssemos fazer algo a respeito. — as mulheres suspiraram.

Áster abaixou a cabeça e ouviu a porta ser aberta.

— Peeta? — ela se levantou, confusa. Ele deveria estar do outro lado do estudo. — O que faz aqui?

— Você não voltou ontem. — ele se aproximou da garota. Usava um terno branco. — Você não precisa encenar com Finnick, Áster. Não precisamos passar nossos últimos momentos separados.

A garota negou. — Precisamos. Ele vai te matar. Ele vai matar o Finnick.

— Eu não me importo! — disse alto. — Todos nós vamos morrer de uma forma ou de outra. Você sabe disso!

Áster desviou o olhar do dele, sabendo que se não dissesse algo extremo, ele não se afastaria.

— Mas Finnick se importa. E, se eu tiver que fazer isso por ele, eu irei.

— A custo de nós? — ela não encarou o olhar triste do rapaz.

— Sim. Ele merece que eu tente. — ela queria dizer sobre Annie Cresta, mas sabia que era um segredo de Finnick.

Mellark segurou os braços da garota com cuidado. — Áster, olhe para mim. — a menina o ignorou e deixou uma lágrima cair. — Áster! Não pense que eu acredito em uma palavra que sai da sua boca querendo dizer que não tem sentimentos por mim.

— Eu n-

Eu te amo. — a menina o encarou e ele suspirou. — Áster, eu te amo. — Snow negou com a cabeça.

— Não.

— Eu-

Eu sou apaixonada pelo Finnick desde criança! — a garota soltou a maior mentira de poderia pensar. Peeta ficou estático. — Você foi algo novo na minha vida, Peeta. O garoto pobre do distrito 12 com a vida completamente diferente do inferno particular em que eu vivo. Eu pensei que Finnick me via apenas como amiga e decidi que você seria parte da minha vida, mas, ele também é apaixonado por mim.

Peeta soltou Áster e franziu as sobrancelhas. — Está mentindo.

Eu o amo. — as palavras foram como agulhas no coração do garoto. — Sempre amei. Quando brincávamos juntos, quando nadávamos no mar, quando ele me visitava na mansão. — Snow chorava. — Quando ele foi para os Jogos eu percebi que sempre o amei. Eu não poderia viver onde ele não estivesse porque ele se tornou parte de mim.   — a última parte era verdade. Só não sobre a quem Peeta pensou que ela se referia.

— Tudo foi uma mentira? Você voltou para os Jogos Vorazes por uma mentira?!

— Eu não tinha nada a perder. Finnick estava longe, no distrito 4. Eu odeio o meu pai e ele certamente me odeia. Se eu morresse seria melhor pra mim. — ela o encarou nos olhos, sabendo que o que diria acabaria com qualquer pensamento que Peeta tivesse de se aproximar dela. — Você foi apenas um passatempo, Peeta. Eu sinto muito.

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