Estava tão magoada com o Katsuki novamente, quando tudo estava indo bem de repente isso acontece, talvez realmente não é pra ser. Voltei para a casa da Mina e entrei no quarto, pude escutar ela batendo na porta algumas vezes preocupada mas não respondi, acho que ela entendeu o recado.
MENSAGENS
KATSUKI BAKUGOU
— Não vou adular você, faz o que quiser da sua vida.
Este contato bloqueou você.
— Que idiota!!! Ele está errado e ainda quer colocar a culpa em mim? É típico do Katsuki, eu deveria imaginar. - pensei comigo mesma.
+1 MENSAGENS
HAWKS
— Eii, mande sua localização, vou passar aí para te pegar.
— Não é um bom momento.
— Qual é? Vai me dar bolo até quando gatinha?
— Aonde você quer me levar essa hora Hawks?
— Não importa o lugar, eu quero estar com você.
— Tá, irei me trocar.
*localização do condomínio.
— Está fazendo o que nesse condomínio?
— Minha amiga do trabalho mora aqui.
— Tem macho por ai? Tenho ciúmes, você sabe.
— Se enxerga Hawks.
— Sei que não preciso me preocupar.
— Kkkkkkkkk
— Se acha até demais.
Eu nem estava com vontade de sair de casa, muito menos com o Hawks. Mas eu precisava distrair a cabeça e fazer alguma coisa para que meus pensamentos me tirassem daquele moleque.
— [Nome]... - bateu na porta. — Posso entrar?
— Pode. - confirmei e ela entra.
— Vai sair? - observa eu em frente ao guarda-roupa procurando uma roupa.
— Sim.
— Humm, é com o Bakugou? - sorriu.
— O que?! Não! - bufei estressada.
— O que houve? Já brigaram de novo? - cruzou os braços.
— Nós não temos nada Mina, nunca vamos ter.
— Eu não acredito que comprei uma lingerie branca pra você usar e agora você ter me falado isso.
— Então foi você o lance da lingerie?! - a encarei surpresa.
— Eu e o Kaminari na tentativa de juntar vocês.
— Vocês estavam me incentivando a dar? É isso mesmo que eu estou ouvindo? - nós duas rimos.
— Só queríamos esquentar as coisas entre vocês, pelo visto não deu certo. - disse desanimada.
— Infelizmente seu amigo é um babaca escroto, eu não mereço caras assim.
— Ele só é complicado, o passado dele não ajuda também.
— Todos temos nossos traumas, agora não significa que por causa deles precisamos traumatizar outras pessoas. - ela apenas concorda.
— Se você não vai sair com o Bakugou, com quem você vai? - ela me olha desconfiada.
— Então... - ri.
— [Nome] não. Apenas não.
— Ele mudou, eu quero ver se ele está disposto.
— Seu ex não mudou, ele só quer ter a prova que pode ter você de volta.
— Mina, não é como se eu fosse sair com ele agora e já me entregar por completo. Vai ser só uma conversa e uns beijinhos.
— E você ainda reclama do Bakugou... Está agindo pior que ele.
— Ele que me dispensou!
— Por que ele gosta de você [Nome], quando você vai entender isso? Ele não quer gostar de ninguém, mas por algum motivo você chama a atenção dele porém ele se nega a isso e tenta te afastar.
— Não Mina, ele não gosta de mim. Ele gosta de me ter na cama dele, algo carnal e não de sentimento.
— Garanto que ele pode ser assim com muitas mulheres, porque eu já vi o Bakugou sair com muita vadi* sem futuro apenas por curtição. Mas com você é diferente.
— Eu não acredito nisso, muito menos nele.
— Ta bom, então acredite no merdinha do seu ex que estrala os dedos e você vai correndo.
— Mina, menos. - a encarei séria.
— Sabe que está errada.
— E o que é pra eu fazer? Sentar e chorar? Esperar cair do céu novas oportunidades de conhecer pessoas?
— Não! Viver, curtir com seus amigos, aproveitar um tempo sozinha e não preencher essa sua carência de uma pessoa usando outra. - nós duas ficamos em silêncio. — Eu não vou contar pro Denki, mas saiba que eu não estou de apoio com isso. - ela sai do quarto.
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HAWKS
— Estou indo te buscar princesa.
— Me espere na entrada.
— Beijos.
visualizada.
Apenas respirei fundo e comecei a me arrumar, confesso que as palavras da Mina ecoavam na minha cabeça, mas a decisão já estava feita e não tinha pra onde correr. Tentaria manter o autocontrole e a emoção, apesar de ser uma pessoa do passado os sentimentos mudaram.
Após me arrumar rapidamente sai do quarto e fui a caminho da entrada do condomínio, assim que atravesso à rua vejo o Katsuki saindo em seu carro, parecia furioso pela maneira que batia à porta e acelerava sem olhar para os lados.
Assim que cheguei na entrada Hawks estava me esperando do lado de fora, estava com uma calça preta e uma camisa branca um pouco colada marcando seus músculos dos braços, sua correntinha no pescoço prata não podia faltar fora seus piercing na orelha.
— Se arrumou todo para me ver? - me aproximei o admirando.
— Quero estar bem apresentado. - ele sorriu abrindo a porta do carro.
— E então? Vamos para aonde? - perguntei.
— Primeiro vamos em um café trocar uns papos, quando anoitecer eu quero ir pra minha casa tomar um vinho, topa?
— Não é má ideia, vou pensar no seu caso. - sorri.
— Eu acabei de ver aquele seu amigo loirinho que anda sempre de cara fechada, passou por mim em alta velocidade.
— Normal, sempre assim. - revirei os olhos.
— Não gosta dele?
— Odeio ele, insuportável.
— Onde tem ódio tem amor. - riu tirando onda, falando ironicamente.
Fomos conversando assuntos esporádicos até chegarmos em um charmoso café da cidade. Entre aromas de café e bolinhos recém-saídos do forno, eu e o Hawks relembramos memórias do passado e como era nosso antigo relacionamento.
— Eu realmente não sei aonde eu estava com a cabeça. - disse o Hawks tomando uma xícara de café.
— Nós éramos muitos novos.
— E imaturos também, eu nunca faria aquilo com você de novo [Nome], nunca mesmo.
— Eu fui muito forte para aguentar seus abusos psicológicos.
— Eu não aguentaria sendo sincero, eu não sei o que dava em mim nesses momentos.
— Pelo menos reconhece.
— Você contou á alguém que ia sair comigo?
— Não.
— Nem ao Pikachu da deep web?
— Ele principalmente que eu não contaria.
— Por que ele me odeia tanto?
— Você pegou a namorada dele...
— Mas... - ele tenta se justificar.
— Enquanto estava comigo Hawks! - o loiro ri.
— Eu fui muito babaca com ele.
— Só com ele? - ergui as sobrancelhas.
— Mas você eu estou tentando me redimir. - sorriu.
Enquanto as xícaras se esvaziam, entre risadas, confissões e surpresas, pude explorar o poder transformador de simples encontros que pode reconstruir conexões perdidas.
CAFE
17:30
Assim que terminamos as conversas caminhamos até seu carro onde novamente Hawks faz aquela proposta.
— Eai, quer ir até minha casa?
— Melhor não Hawks... - disse envergonhada.
— Qual é... Só um vinho, eu sei que você gosta.
— Gosto, mas não quero que passe disso.
— Entendo, prometo não fazer nada.
— Sem nenhuma malicia?
— Irei tentar resistir a você, embora seja difícil. - sorriu.
— Vamos indo pro carro, no caminho eu penso direito sobre isso.
Enquanto dirigia eu ia o caminho calada, eu sei que o Hawks estava seguindo o caminho da sua casa sabendo que eu iria dizer sim. Foi mais forte que eu, apenas veio em meu coração e eu disse.
— Vamos Hawks, mas apenas o vinho e sem malícia para cima de mim.
— Combinado, você que manda. - sorriu e acelerou.
Chegando em sua casa era um pequeno apartamento, próprio apenas para uma pessoa já que ele morava sozinho. Era aconchegante, ele me leva até seu quintal onde havia umas mesas e cadeiras, lá ele me serve uma taça de vinho e senta junto comigo. Na penumbra do ambiente, enquanto o aroma do vinho preenche o ar, entre nossos sorrisos e olhares cúmplices, as taças se encontram em brindes repletos de intenções. A conversa, inicialmente descontraída, gradualmente adquire um tom mais íntimo, com cada gole a tensão sexual aumenta.
— [Nome]... - ele vem mais perto e sussurra baixinho. — Eu posso te beijar?
— É claro que pode. - nós sorrimos.
Entre os flashes borrados da memória, eu não estava tão bêbada mas pude lembrar das lembranças do beijo. O calor da respiração próxima, a doçura do momento e um fragmento de emoção emergente criando um quadro incompleto na minha mente.
— [Nome] eu estou te desejando tanto. - o sinto passar a mão por de baixo de minha blusa.
— Hawks... - segurei sua mão e a tirei dali.
— Deixa... Só um pouquinho para você lembrar de como era. - ele me beija novamente e aproveitando esse momento desliza sua mão por de baixo de minha blusa indo até o sutiã. Ele retira o sutiã com sua mão o fazendo cair em meu colo.
— Hawks, melhor não. - me afastei dele ofegante.
—Eu senti sua falta sabia... - ele coloca meu cabelo para trás da orelha.
— Eu sei...
E novamente sua mão desliza sobre meu corpo e chega até meus seios, onde ele os aperta me deixando constrangida e desconfortável.
— Hawks, não, eu disse não. - me levantei.
— Calma [Nome], só aproveita o clima.
— Eu disse que não queria malicia, um beijo tudo bem agora apalpar meus seios não acha demais não?
— Desculpa [Nome]...
— Quer saber? Perdi o clima, vou chamar o Denki para vir me buscar.
— Tudo bem. - ele responde constrangido.