𝑬nchanted, percy jackson

By lovsmariii

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( 💓 )' # ⋆𖦹°‧ Em meio ao universo dos semideuses, Calista Marin, filha de Afrodite, é uma líder popular no... More

( 000 ) ⋆ Apresentação
( 001 ) ⋆ The boy who killed the minotaur...
( 002 ) ⋆ The glory
( 003 ) ⋆ Girl on fire and Boy in trouble
( 004 ) ⋆ Enchanted
( 005 ) ⋆ The Mission
( 006 ) ⋆ We met Aunt M
( 007 ) ⋆ We killed Aunt M
( 008 ) ⋆ Him and I

( Prólogo ) ⋆ When you know, you know...

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By lovsmariii

3500 palavras...
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A PEQUENA CALISTA de apenas seis anos de idade, observava suas colegas e outras crianças da sua idade saindo correndo da fila escolar de ordem crescente quando viam suas mães chegando para buscá-las e as levarem para suas casas com sorrisos gentis e amorosos nos belos rostos.

A escola primária estava com uma aura repleta de amor e cuidado materno que era quase sufocante para Calista observar.

A garotinha de cabelos castanhos claros, queria desviar seus olhos azuis e não ver mais as cenas maternas que se desenrolavam em sua frente, mas ainda sim, quando via suas amigas abraçando suas mães felizes e dando os presentinhos que elas fizeram as mulheres que as colocoram no mundo nas aulas daquele dia, sentia seu coração mais feliz.

No entanto, na sua cabecinha, as perguntas mais dolorosas para uma pequena criança inocente que não entendia muito bem as coisas da vida, martelavam na sua mente e a deixava invitavelmente cabisbaixa:

"Por que eu não tenho mãe? Onde está minha mãe? Por que ela me abandonou? Por que eu?"

Perguntas cruéis que estavam todos os dias em sua mente e nunca tinham respostas. Calista não era órfã. Ela tinha pessoas que amavam e sempre teve uma vida confortável e saudável na medida do possível. Seu pai Mark a a amava do jeito dele, mesmo que não fosse presente todos os dias na vida dela por conta da profissão de cantor - sempre esteve muito ocupado com os shows e a mídia, e quis deixar a filha fora disso.

Calista tinha plena consciência de seu pai a amava incondicionalmente, mesmo que sentisse falta da presença dele em sua rotina onde ela é cuidada e recebe o amor que seus pais a fazem necessitar pelos avós paternos, Ward e Mary, que a amam mais que tudo no mundo, Calista sempre fora a jóia preciosa dos Marin, ainda sim, rodeada de amor e sorte por ter uma família unida, ela ainda, às vezes, sentia um vazio em seu coração, especialmente em dias como aquele. Um dia com datas especiais... Natal, Ano Novo, Ação de Graças...

O dia das Mães.

Era com certeza o pior para ela.

É o dia que Calista Marin mais odiava no ano todo, pelo simples fato dela não ter uma mãe, uma mãe biológica presente, ao menos, a figura materna mais próxima que ela tinha era Mary, uma mulher jovem na casa dos cinquenta anos, com olhos verdes gentis e ótimas mãos para a cozinha que fazia com esmero e amor os comida favoritos da neta, ela era a mãe de seu pai e então sua avó.

Calista no fundo a considerava sua mãe do coração, mas sentia que não era a mesma coisa como se fosse ter uma mãe de sangue, que lhe deu a luz e te conhecia antes mesmo de você nascer.

Uma por uma, as crianças foram indo embora, a grande maioria, com suas mães.

A professora Loomis, uma doce professora jovem e atenciosa levou as crianças cuja os pais se atrasaram para a diretoria e mandou que ficassem lá até os pais chegarem, Calista respirou fundo se sentando no banco azul da recepção, de cado lado dela, tinha outras duas crianças de outras salas que ela não conhecia. Um menino e uma garota que ela não reparou muito.

No dia a dia, Calista sempre foi muito sociável, sempre falando pelos cotovelos e fazendo perguntas de tudo, se ela pudesse até amizade com o vento ela faria, mas hoje não era um dia legal para ela, então ela estava em seu mundinho.

E estava ansiosa, esperando o avô ir buscar ela, como sempre fazia, para quando chegasse em casa ela desse o presente para a vovó Mary e então ela comeria o café da tarde e depois iria para o quarto desenhar mais uma coisa estranha que ela tinha visto e ninguém acreditava.

Mais uma vez, como em todos os anos, os olhos de Calista captaram algo que ela percebeu que apenas ela poderia ver, de manhã, enquanto ia para a escola na perua, ela viu um grande cavalo branco alado pela janela do veículo, em cima da casa da vizinha fofoqueira Lola, ele era tão lindo com as grandes asas rosas abertas fazendo contraste com sua pelagem branca que ela ficou completamente encantada.

Nem estava ligando se ninguém mais poderia ver e a estava achando louca por ficar vidrada na janela sem nem menos piscar, ela até que gostava de ter essa beleza só para ela.

Ela colocou o embrulho do presente da vovó Mary na sua mochila da Barbie rosa brilhante que estava no chão e tirou da mesma seu caderno de desenhos e seu estojo de lápis de cor e giz de cera, colocou de novo a mochila no chão e deixou o caderno e o estojo sobre os joelhos, começando a pintar as asas do Pegasus de rosa como ela tinha visto que era.

Exatos cinco segundos depois, ela foi interrompida pelo garoto que estava do lado dela e que ela não fez nem questão de olhar:

ㅡ Isso é um Pegasus?

ㅡ Você sabe o que é um? ㅡ Ela perguntou levemente surpresa por ele saber o que era e ter entendido a arte dela, pois geralmente, as pessoas achavam que eram rabiscos sem sentindo o que ela pintava, ainda não olhando diretamente para ele porque estava concentrada demais em não borrar o desenho no papel.

ㅡ Claro que sei, vi um hoje. ㅡ Ele disse naturalmente com convicção na voz, como se fosse algo normal, algo que a Marin sabia que não era.

Cali parou de desenhar logo que ouviu as palavras saindo da boca do garoto atrevido e enfim ela finalmente olhou para ele, e percebeu que ele já estava a observando.

Ela franziu as sobrancelhas o avaliando, medindo o de cima a baixo, não parecia ser mais novo que ela, ela ainda era uns 3 centímetros mais alta. Ele era loiro com o cabelo cacheadinho, tinha sardinhas que ela achou fofas no nariz e olhos azuis muito mais claros que os dela.

Ele não conseguiu encarar ela nos olhos por muito tempo e piscou desviando o olhar primeiro, o que a fez rir baixinho, o garoto pigarreou, desconcertado e com as bochechas começando a corar.

ㅡ Você está mentindo. Como pode ter visto um hoje? ㅡ Calista insistiu, incrédula, desde sempre ela vê essas coisas e desde sempre, só ela pode ver, sempre acreditou ser a única criança doida que conseguia fazer sua imaginação se projetar tão bem no mundo real e estava bem com isso.

Ela era problemática e sabia disso. E se ele estava vendo criaturas místicas que não existiam, então ele também era que nem ela.

ㅡ Com os olhos. ㅡ O menino retrucou rolando suas íris claras, um sorriso travesso se formando no canto dos lábios dele, a reposta esperta dele fez Calista quase querer rir, porque fazia sentindo, no entanto, ele foi grosso com ela e ela não queria discutir, então ela apenas deu de ombros e voltou a se concentrar no seu desenho.

Se ele estava dizendo, quem era ela para julgar e contestar?

ㅡ Vejo animais como ele quase todos os dias... ㅡ Continuou o garoto, querendo puxar assunto com ela. Algo nela chamava a atenção dele, e não era apenas porque ele a achava bonita. ㅡ Eu desenho também eles, são irados. Mas os seus desenhos devem ser muito melhores que os meus.

Ela mordeu o lábio inferior ainda pintando e querendo que ele ficasse quieto para ela pintar em paz até seu vovô chegar.

ㅡ Devem ser mesmo. Mas você nem os viu para saber. ㅡ O respondeu sendo seca de propósito, esperando que ele entendesse a deixa.

Mas não adiantou muito, só fez o garoto querer conhecer ela mais.

ㅡ Mas eu gostaria. ㅡ Ele disse sugestivo, em um tom teatral, como se ele não estivesse insistindo mesmo. Ela riu baixinho o olhando de novo, enquanto balançava a cabeça em negação.

ㅡ Garoto, sabia que você é um pouco irritante? ㅡ Ela perguntou sabendo que ele sabia, o sorriso travesso no rostinho dele não negava esse fato.

ㅡ Minha mãe me disse que eu sou determinado.

ㅡ Sua mãe mentiu para você. Você é 'muitoooo chato.

ㅡ Quem?

O silêncio se instalou entre eles, Calista arqueou as sombrancelhas sabendo a piada besta e velha que ele queria fazer com ela e ambos ficaram se encarando, brigando pelo olhar por dois minutos inteiros, nenhum deles queria ceder, nem precisaram dizer para saberem que havia um desafio de não rir entre eles... Até que as duas crianças começaram a rir, ele primeiro, o que a fez sorrir também e rir junto com ele por mais que estivesse lutando contra isso, a risada dele era contagiante.

ㅡ Tá legal, você venceu...Me chamo Perseu Jackson. ㅡ Quando eles pararam de rir, Percy estendeu a mão para ela, sempre mantendo contato visual com Calista, ela olhou a mão dele estendida na direção dela e sorriu de lado, ele era divertido até... Então, por que não fazer amizade com ele?

ㅡ Mas todo mundo me chama de Percy e minha mãe não é mentirosa, ela me conta 'tudoo, 'tudinho. ㅡ Percy continuou.

ㅡ Que bom... ㅡ Calista falou desviando o olhar pela primeira vez, queria logo mudar de assunto, a mão pequena dela se chocou com dele se encaixando perfeitamente, ela a pegou e apertou firme, sentindo o calor dele se espalhar por ela e gostou, ela se sentiu diferente com Percy, se apresentando com um sorriso genuíno. ㅡ Meu nome é Calista, mas todo mundo me chama de Cali.

Percy franziu as sombrecelhas e assentiu, ainda balançando a mão dela na dele, não queria a soltar.

ㅡ Humm... Vou te chamar de Lissy. ㅡ O garoto declarou com um sorriso de orelha a orelha, o que deixou Calista mais confusa a isso.

ㅡ Por quê? ㅡ Ela estranhou, mas gostou de como o novo apelido soou. ㅡ Todo mundo me chama de Cali!

ㅡ Não sou todo mundo. ㅡ Ele sorriu provocando, o que a fez automaticamente revirar os olhos e ele rir, era como se ele gostasse das reações dela, qualquer que fosse.

ㅡ Você tem resposta pra tudo? E por que quer me chamar de Lissy?

ㅡ Sim, tenho. E porque quero que seja especial. Seremos melhores amigos. ㅡ Ele disse simplesmente, dando de ombros, o sorriso nunca saindo dos olhos dele.

Calista fechou o caderno de desenhos e franziu a testa enquanto procurava na expressão dele qualquer resquício de que ele estava tentando tirar uma com a cara dela.

Só ela que achava estranho um garoto querer fazer amizade com ela do nada?

ㅡ Para sermos melhores amigos, temos que primeiro ser amigos. ㅡ Ela explicou o que ela achava que era bem óbvio.

ㅡ Eu sei, por isso que eu disse que seremos, e não que somos. Então vamos ser amigos e aí, melhores amigos. ㅡ Percy declarou otimista.

Calista abriu a boca para o responder por um segundo, mas não tinha o que dizer, e antes que ela falasse algo, eles foram atrapalhados;

ㅡ Eu quero seu presente. ㅡ A pequena interação de Cali e Percy foi interrompida quando uma voz exigente e mimada soou nos ouvidos de ambos os fazendo rapidamente virar a cabeça para a dona da voz que estava atrás de Calista, uma que ela costumava ouvir diariamente e não gostava nem um pouco.

Dyana Ashford era uma valentona, simples assim, sendo maior e mais velhas que as crianças da idade dela, ela as amedrontava facilmente apenas por estar perto, daquelas de filmes americanos que simplesmente infernizaram e fazem maldades porque não tem escrúpulos e nem receberam educação em casa, o típico clichê.

E Calista constantemente era seu alvo, sempre estava na mira da garota que a achava inferior por ter dificuldade em aprender e compreender as lições em comparação com seus outros colegas de classe.

Para Calista se concentrar sempre foi mais difícil, uma tarefa árdua, qualquer coisinha tirava a atenção dela e as letras do alfabeto sempre se embaraçavam em sua cabeça formando palavras desconexas e quando ela tentava as ler e juntar as sílabas, tudo ficava mais que confuso, ela já havia explicado isso inúmeras vezes a sua professora e sua família, e no próximo mês seus avós decidiram que iriam levá-la no médico para resolver e identificar o problema, mas ainda sim, ela era alvo de Dyana

ㅡ Não. É da minha mãe. ㅡ Bem, não era só por isso que ela era o alvo especial de Dyana Ashford, Calista nunca abaixava a cabeça para a tirania dela e isso a irritava e a frustrava profundamente.

ㅡ Sua vó velha não é sua mãe! ㅡ Provocou Ashford, mostrando sua banguela da frente enquanto sorria com maldade.

Calista apertou o lápis com força em sua mão e nós de seus dedos ficaram brancos e suas narinas se dilataram fuzilando a menina com o olhar, a raiva se instalando em suas veias, ela queria empurrar aquela garota por ter insultado sua vovó Mary de velha, ela não era velha, era linda e merecia respeito.

ㅡ Cala a boca. ㅡ Antes que Calista fizesse algo, Percy se manifestou, irritado como ela, ele se levantou da cadeira ficando na frente de Calista que o observou com um misto de surpresa e gratidão, o aperto no lapis dela diminuiu. Dyana encarou Percy na hora. ㅡ Você não sabe que tem que respeitar os mais velhos? Você tem mãe, mas ela não te deu educação? E mãe e pai é quem cuida de nós, se a vó dela cuida dela, é a mãe dela também.

As bochechas gordas de Dyana ficaram rosas na mesma hora, ela desviou seus olhos verdes e serrou a mandíbula, olhando Percy com superiodade, não só porque se achava melhor que ele, mas também porque era mais alta, tentando não demonstrar que estava envergonhada pelo sermão.

ㅡ Olha só, seu...

ㅡ Dyana, querida, sua mãe está aqui! ㅡ A secretária Kate da recepção apareceu no corredor, interrompendo Dyana e sua intimidação, que bufou e bateu o pé no chão, passando por Percy e esbarrando propositalmente no ombro dele enquanto saía da diretoria e ia embora.

Percy sorriu origulhoso vendo ela sair e se virou para Calista, agora sua expressão mais preocupada.

ㅡ Você está bem? ㅡ Ele sondou se sentando novamente ao lado dela, a olhando com pura simpatia e empatia nos olhos azuis. ㅡ Não liga para o que aquela boboca disse, ela nem deve ter um cérebro, aposto que é uma ervilha bem pequena, assim 'ó.

Percy juntou o indicador e o dedão e demonstrou, Calista sorriu rindo com ele, concordando com a opinião dele.

ㅡ Sim, também acho, e não ligo para o que ela fala. ㅡ Ela ligava, mas não gostava de demonstrar. Calista corou e respirou fundo, olhando nos olhos de Percy enquanto dava um pequeno sorriso para ele. ㅡ E... Obrigada por me defender, Percy. Não precisava, mas obrigada.

Percy sorriu largo olhando ela, ele considerava isso um avanço na construção da amizade deles e ele descobriu que adorava o som da risada dela.

ㅡ Não tem de quê, nem precisa agradecer, sempre te defenderia. ㅡ Ele prometeu, Calista sentiu seu coração esquentar mais, assim como nem percebeu que estava sorrindo para ele, coisas estranhas começaram a dançarem em seu estômago e a sensação era boa, nova e ela nunca tinha sentindo isso antes perto de um garoto, mas não podia dizer que era ruim.

ㅡ Percy... Sua mãe está aqui, venha, querido! ㅡ Kate apareceu novamente chamando Percy, os interrompendo e os fazendo quebrar o contato visual, Calista desviou o olhar lambendo os lábios, sorrindo envergonhada e ela nem entendia bem o motivo.

Percy pegou a mochila de rodinhas dele, que estava no chão e olhou para ela, com um olhar cheio de promessas que ele não sabia o que significava, mas sentia que ela era diferente e especial de qualquer pessoa que ele já tinha conhecido.

ㅡ Até a próxima, Lissy. ㅡ Ele se despediu, finalmente se virando e andando para fora da diretoria, Calista viu parada na porta ao lado da senhora Kate uma mulher de cabelo curto, ruivo acobreado e olhos azuis, quando Percy se aproximou ela beijou a cabeça dele e sorriu acariciando os fios loiros do garoto, que olhou uma última vez para Calista antes de sair com a mãe.

Calista ainda ficou alguns minutos esperando o avô chegar, e assim que ele chegou os dois foram juntos de mão dadas para a casa deles, como era perto e estava um dia bonito, Ward a buscou apé mesmo.

Mas pegou outro caminho do que o rotineiro, o camimho que passava pela praia, onde a tarde se fazia presente com o sol se pondo e tingindo o céu com uma aquarela de cores entre laranja e azul, Calista ficou estranhamente em silêncio, e seu avô percebeu isso.

ㅡ Está pensando em quê, princesa? ㅡ Ele questionou, mas já sabia o motivo, porém queria que ela se abrisse com ele.

Calista mordeu o lábio inferior, uma mania dela e suspirou, chutando uma pedrinha que estava em seu caminho. A mochila dela estava nas costas de Ward.

ㅡ Na minha mãe... Por que eu não tenho uma? E por que ela me deixou?
ㅡ A vozinha inocente dela fez o coração do avô doer, e ele apertou mais a mão dela na dele, a reconfortando.

Ward suspirou e o coração dele doeu por ela, mas ele sabia que esse dia sempre chegaria. Mentir também não era uma opção, então ele resolveu contar-lhe toda a verdade que sabia:

ㅡ Sua mãe... Era uma mulher muito especial. ㅡ Ele começou suavemente e parou de andar, se abaixou na altura dela e segurou os ombros dela com delicadeza, enquanto falava cada palavra com carinho e atenção: ㅡ Muito especial como você... O nome dela é Afrodite.

ㅡ Como a deusa Afrodite? ㅡ Calista interrompeu, curiosa, os olhos ansiosos pela resposta do avô, que sorriu terno com a pergunta dela e assentiu balançando a cabeça.

ㅡ Ela era ela. Sei que pode ser confuso, querida. Mas sua mãe é a deusa Afrodite, a deusa do amor e da beleza. Aquela mesma que sua avó adora contar as histórias para você. Você confia em mim? ㅡ O mais velho estendeu o dedo mindinho, era como uma forma de selar e demonstrar que eles sempre teriam a confiança um do outro.

Calista respirou fundo, lambeu os lábios rosados, piscando e raciocinando por uns dois minutos as palavras do mais velho. Ela conhecia a história de quase todos os deuses gregos, vovó Mary sempre fez questão de contar cada história para ela antes dela ir dormir invés dos contos de fadas convencionais, mas Calista nunca imaginou que fosse real, sempre achou ser... Mitos e lendas.

Parecia irreal para ela ser filha de uma deusa, nunca nem sequer passou por sua mente... De Afrodite, que sempre fora sua deusa do Olimpo preferida, ela sentiu várias emoções quando Ward lhe contou a verdade, surpresa, felicidade, saudade do que nunca teve, mas no fim, ela confiava em Ward de olhos fechados.

ㅡ Confio, vovô. ㅡ Ela entrelaçou o mindinho dela ao dele e sorriu sem mostrar os dentes. ㅡ Afrodite é minha mãe... ㅡ Calista soprou assimilando. ㅡ Por que ela me deixou?

ㅡ Não foi escolha dela. ㅡ Ele soltou um suspiro pesado, passando as mãos pelos cabelos da neta. ㅡ Há coisas que você ainda é muito nova para entender, meu bem, e sua mãe, quando me entregou a você... Há seis anos, ela saiu do mar com você, seca e intacta nos braços dela, acho que foi a imagem mais bonita que eu já vi na minha vida, você estava calma e sua mãe estava deslumbrante.

Ele tocou o narizinho dela e Calista deu uma risada, ouvindo atentamente cada palavra dele.

ㅡ Eu nasci na água?

ㅡ Não sei ao certo, mas ela me entregou você e pediu para eu lhe proteger junto com sua avó e então avisar seu pai sobre seu nascimento... Ela também me disse que você não podia ficar no Olimpo com ela, ela estava triste com isso. Sua mãe te ama, ela também me disse que com uma certa idade, você tinha que ir para o Acampamento Half-Blood. Mas não se preocupe com isso agora.ㅡ Ward explicou o mais claramente que conseguiu, esperando que ela entendesse cada palavra dele.

ㅡ Entendi, eu acho... Não sei o que pensar direito, vovô... Eu amo a vovó, mas eu... Queria que minha mãe estivesse aqui. ㅡ Calista disse com a voz baixinha, olhando as sandálias cor de rosa para evitar derramar as lágrimas que segurou o dia todo.

Ward acariciou os cabelos de Calista, seus olhos transmitindo amor e proteção.

ㅡ Ela disse que mesmo que não estivesse fisicamente ao seu lado, ela sempre estaria presente, em seu coração, em cada momento especial que você viver. E princesa, quero que saiba que não só ela, eu, sua avó, seu pai... sempre estaremos com você.

Calista assentiu, engolindo o bolo de choro que estava em sua garganta. Ela sentiu uma mistura de emoções, desde alegria por conhecer mais sobre sua mãe até um certo pesar por não tê-la por perto.

Ward abraçou Calista, mantendo-a próxima enquanto o sol mergulhava no horizonte. Juntos, ali naquela praia especial, eles compartilharam um momento de conexão e compreensão, honrando a história que os unia e fortalecia.


( one ) Enfim terminei, gente esse prólogo já teve tantas versões KKKKKKK enfim, o que acharam? Vou fazer o cap 1 agora. Não sei se pegaram a referência, mas o vô da Calista é como se fosse o vô da Merlia (Barbie), e a Afrodite como se fosse a mãe dela que agora eu esqueci o nome, e a Calista a Merlia😭😭

( two ) Votem e comentem, por favor, amo saber o que estão pensando e suas teorias!! O cap não foi revisado por pura preguiça, então se tiver um erro, por favor me perdoem!!

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