The Missing Year - All Our Me...

By _llondongirl

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O que realmente aconteceu no ano perdido? Até onde uma maldição pode ir? E até onde o amor pode impedir que e... More

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Memórias e Sentimentos
Feitiços e Passados
O Mundo Real
O Quadro e a Macieira
Lembranças do Presente
Descobrindo Algo Por Uma Segunda Primeira Vez
Tal Mãe Tais Filhos
Uma Dança
Acordando
Um Laço de Sangue
Um Nome Antigo
Código Moral
A Quebra
Pelos Seus Olhos

Magia de Sangue

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By _llondongirl

- Respira. - David pediu.

- Se me mandar respirar mais uma vez vou jogar você pra fora do carro. Ahh! - Snow gritou.

O príncipe estava dirigindo o carro, enquanto Regina ia com Snow na parte de trás. Aparentemente, considerando o volume da voz da mulher, as contrações estavam ficando mais fortes.

- Porque você não podia mexer as mãos e nos levar direto ao hospital mesmo? - questionou a princesa respirando dificilmente.

- Você está em trabalho de parto, seria arriscado demais. - de repente a palavra arriscado lembrou a prefeita de outro problema. - Zelena.

Ela percebeu que falou na hora errada quando viu os olhos de Snow se abrirem demais e ela ficar preocupada.

- Não, Zelena não vai levar essa criança... Não...

- Ela não vai! - Regina disse a confortando. - Se preocupe apenas com seu filho, nós cuidamos do resto. - ela se virou para David. - Tem um telefone? Preciso ligar para Emma.

A loira tinha ido levar Henry e Roland para a mansão de Regina, enquanto Robin ia reunir o grupo para montar uma guarda nas portas do hospital.

- Ali. - o príncipe apontou para o aparelho. Regina mexeu as mãos e fez com que ele viesse até ela. Discou rapidamente o número. - Oi, Emma...

- Regina! Aconteceu algo?

- Nada além do caos atual, mas eu preciso que você faça algo. - Pediu -  Tem uma runa guardada no meu escritório, na prefeitura, é extremamente poderosa, posso usa-la pra um feitiço de proteção, vai nos ajudar a manter Zelena longe.

- Okay, só vou deixar os meninos na sua casa. Mas como vou achar essa pedra mágica no seu escritório? Está visível?

- Não. - Regina pensou por alguns segundos. - Você vai ter que levar Henry e Roland com você. Henry conhece todo o escritório, diga a ele que a caixa está na casa de jack, ele vai saber achar.

- Ótimo.

- Emma, a caixa está protegida com magia de sangue. Quando achar, de ela pro Roland, ele vai conseguir abrir. Não tentem abri-la, pode ser perigoso, apenas deixem ele abrir.

- Mas... okay. - disse a loira apenas aceitando. - Chegamos, nos vemos daqui a pouco.

********

Henry correu para dentro do escritório da mãe, e dessa vez sabia perfeitamente porque era tão familiar. Todas as suas boas lembranças ali estavam de volta.

A casa de jack. Claro que Henry sabia o que era, foi ele quem o fez. Quando criança, na escola, Henry havia construído um pequeno cofre de madeira, para aula de artesanato. No caminho para casa, encontrou um passarinho machucado.

Sua nova missão foi decorar o cofre confortavelmente e usar de casa temporária para o passarinho carinhosamente chamado de jack, até que ele se recuperasse e voltasse a voar.

O cofre passou a ser uma casa de pássaros, e nos últimos anos ficava guardado dentro uma área especial no armário da prefeita, caso precisassem dele de novo.

- Aqui! - o menino disse, após passar rapidamente pelo molho de chaves, abrir as portas e tirar o cofre de lá de dentro. Ele o destrancou e pegou a caixa.

Quase automaticamente forçou um pouco a tampa para abri-la mas no mesmo momento sentiu um choque em sua mão.

- Ai!

- O que foi? - Emma perguntou.

- Me machucou. Deve ser uma proteção da magia.

- Regina disse pra não tentar abrir, ela pediu pra entregarmos pra Roland, mas você acha que é seguro?

- Acredite, se ela está sendo mãe dele como é minha, nunca deixaria Roland passar a dez metros dessa caixa se fosse machuca-lo. - Henry disse. - Seja lá qual for o motivo, a caixa é perigosa para nós, mas não pra ele. Okay, aqui está. - Henry caminhou poucos passos e se abaixou entregando a caixa para o menino pequeno que parecia meio confuso. - Consegue abrir isso pra nós campeão?

Roland olhou para Henry, e então apenas levantou a pequena tranca da caixa, que se abriu sem nenhum problema, como se nunca tivesse nem mesmo existido uma proteção ali.

- Pronto. - ele disse, mexendo os ombros.

- Ótimo, vamos! Estamos ficando sem tempo.

Emma, que estava sem tempo pra refletir sobre o acontecimento, pegou a pedra dentro da caixa e seguiu com os meninos para o hospital.

********

O restante do dia foi um verdadeiro caos.

Snow em trabalho de parto, tendo David guardando a porta com uma espada.

- Eu estou aqui com você. - disse o príncipe beijando a testa da esposa, tentando passar a ela algum conforto.

Regina cobrindo todo o hospital com magia, usando a runa antiga que Roland pegou para a mãe, enquanto Emma recarregava sua arma.

A prefeita olhou pra ela com olhar meio julgador e confuso.

- O que foi? - A xerife questionou. - Só porque a Cuca tirou meus poderes não quer dizer que eu ainda não possa atirar nela.

- Atire para matar. - Regina sugeriu.

- Acha que isso vai segurar? - Emma questionou, apontando para o campo de força.

- Por algum tempo vai, vamos torcer pra que seja o suficiente. - Regina respondeu.

Seu coração estava apertado por Snow na sala de parto, e ao mesmo tempo preocupado com seu menino que estava sozinho com a vovó, longe dela e de Robin.

E Robin. Ele estava com seu grupo, todos armados, na primeira recepção do hospital. Uma parte de seus pensamentos estava atenta a uma possível invasão, enquanto a outra se preocupava com sua mulher, que estava grávida, e segundo Emma "desmaiando pelos cantos" e mesmo assim de pé, se preparando para um confronto.

Uma observação que fazia constantemente, ele se lembrou, é de que não era tranquilo se apaixonar por heróis.

Mas ela vivia dizendo a mesma coisa para ele na floresta. Por um momento Robin sorriu, era bom ter suas memórias de volta.

- Todos a postos pessoal, essa vai ser uma longa noite.

E realmente foi. Foram horas até que o trabalho de parto fosse concluído. E enquanto isso, do lado de fora, Zelena parecia explorar cada gota de magia de Rumple tentando romper as barreiras de proteção formadas pela runa mágica.

- Bom, você estava certa, essa pedra mágica está segurando eles. - Emma disse.

Mas um estrondo foi sentido e as luzes do hospital piscaram.

- Está, mas não sei por quanto tempo mais. - soou preocupada. - Gostaria que tivesse um jeito de acelerar um parto.

- E vamos fazer o que com meu irmão depois? Joga-lo num guarda-roupa e mandar pra Nárnia?

Regina olhou pra ela repreensivamente. E então sua expressão mudou quando disse:

- Você vai cruzar a linha da cidade com ele.

- O que!? - Emma questionou.

- Zelena não tem poderes do lado de fora. E você é a única que pode ir sem ser afetada. Assim que o bebê nascer, vocês dois devem cruzar a linha com ele.

- Mas tudo que ela quer é destruir você, e se impedirmos ela de fazer isso voltando no tempo... Regina, se você ficar...

- Eu sei. - a prefeita a cortou. Existia certa tristeza em seus olhos. - Eu sei.

- Não!

- Emma...

- Não! Henry pode cruzar a linha. Ele vai ir embora com Neal, eu vou ficar aqui e garantir que Zelena não tenha nenhum sucesso contra você.

- Mas está sem seus poderes.

- Eu me virei sem eles por um bom tempo. E eu tenho uma arma.

Regina riu de verdade, embora a situação fosse trágica.

- Senti sua falta, Swan.

- E eu a sua, senhora prefeita.

*******

O plano delas acabou falhando, quando Zelena conseguiu quebrar as barreiras poucos segundos antes de o bebê nascer.

Robin e seu grupo ficaram ocupados impedindo que o exército de macacos atacasse as pessoas no hospital.

Emma descarregou um pente de balas em Zelena. Apesar de desviar todas elas, ela não estava esperando pelo soco que veio depois, que serviu para fazer seu nariz sangrar, mas acabou com Emma sendo jogada contra uma parede.

A batalha entre as irmãs foi mais justa dessa vez. Regina acreditou que se cansaria mais rapidamente, mas ao contrário, sentiu que sua magia estava tendo mais efeito.

Conseguiu se desviar de bons ataques de Zelena, e até a cansou um pouco. Talvez fosse suficiente, talvez Henry já tivesse conseguido fugir com a criança.

Mas ela não podia se dar ao luxo de explodir sua magia ao máximo em Zelena, não sabia o que isso causaria a sua gravidez. E então, eventualmente, acabou sendo pega.

O mundo apagou por um momento, e quando ela acordou, viu Snow chorando, David em desespero levantando Emma, e entendeu o que havia acontecido.

- Zelena levou Neal. - a voz da princesa saiu fraca.

- Não. Não, não... precisamos ir atrás dela. - a prefeita disse, dolorosamente.

- Precisamos de magia, e eu não tenho mais a minha. - Emma estava desconsolada.

- Não pode terminar assim. - seus olhos pareciam desesperados.

- Não vai! Você tem que ir atrás dela! - Henry disse.

- Henry, eu lutei contra Zelena duas vezes e perdi em todas as duas. Não acho que sobreviveria a um terceiro confronto com minha irmã.

- Mas isso é porque você usou magia negra.

- Mas isso é tudo que eu tenho.

- Não, não é. - Henry insistiu. 

- Você quebrou a maldição, isso foi magia de luz. - Emma entendeu, a esperança começando a reaparecer.

- Salvou a vida de Snow, e ela acordou você da maldição do sono, isso foi magia de luz. - David disse.

Regina parecia presa entre duas paredes, sem saber pra que direção sair.

- Mas eu não...

- Sua magia das trevas não existe mais. - Henry falou. - E você sabe disso, desde que descobriu que estava grávida.

A mulher se voltou para o filho, e todas as pessoas no local também.

- Henry, o que quer dizer? - Emma perguntou.

- Li as histórias de todos vocês um milhão de vezes, se lembra? Eu sei muitas verdades sobre vocês. - ele sorriu. - Você amaldiçoou a rainha má naquele dia, porque mais do que ter raiva da sua mãe, você tinha raiva dela, e tinha raiva da vóvó Cora por te fazer virar ela. - explicou. - Você não diz isso pra ninguém, porque nunca achou que fosse fazer diferença... Até que fez. Amaldiçoou a rainha má porque tinha certeza que ela nunca seria amada o suficiente por alguém que quisesse uma família. Mas Robin Hood ama você, mãe. Não a Rainha Má, você, a Regina, a minha mãe.

- Isso significa que...

- Que a Rainha Má morreu, e a magia dela também. Tudo que existe agora é você, e as suas novas escolhas, e todas elas tem te levado a um bom caminho até agora.

Ela parecia suspensa no ar, perdida em lágrimas que não queria chorar naquele momento.

Seria possível?

Robin não tinha apenas encontrado uma forma de amar a pessoa que ela fora outrora. Ele tinha trazido essa pessoa de volta a vida, e matado, com seu amor por ela, toda os anos de escuridão em que ela havia vivido.

- Eu... eu...

- Você disse que seu filho era um gênio, e mesmo assim eu não imaginava que seria tanto. - ela ouviu a voz de Robin que estava chegando, com a arma em mãos, e se aproximava dela. - Henry está certo, você sabe disso, não sabe? Você tem tudo que precisa pra enfrentar Zelena, e dessa vez, com os poderes certos.

- No fim das contas, vocês nunca precisaram de mim. - Emma riu.

- A, isso não é verdade senhorita Swan. - Regina sorriu, em meio a uma lágrima - Nós sempre precisamos de você.

- Ótimo. - ela recarregou a arma mais uma vez. - Vamos matar uma bruxa.

**************

O quão irreal o mundo parece quando tudo da certo?

O filho de volta nos braços de Snow, o coração de Regina de volta ao peito, e o símbolo de coragem roubada de David de volta ao dono.

Zelena na cadeia, com seus poderes bloqueados, e os simbolos escritos em terra todos desfeitos para garantir que nenhum feitiço fosse lançado.

Ela ainda conseguia ver a expressão desesperada de Zelena quando usou magia de luz. O olhar incrédulo. E quando impediu que Gold matasse a irmã. Ainda podia sentir aquele sentimento confortável dentro de si, da resposta sincera que deu a Gold quando ele a perguntou:

- Então agora você é um deles? Um dos heróis?

- A partir de hoje eu sou.

Tinha sentimentos conflitantes a respeito do senhor das trevas. Sabia que sua antiga versão não teria pensado dois segundos antes de mata-lo. Com suas memórias de volta, ela se lembrava muito bem de sua conversa com Snow na Floresta Encantada, e no que ela a havia contado, a verdade sobre a manipulação de Gold.

Mas assim como matar Zelena não resolveria nada para ele, mata-lo também não resolveria nada para ela.

Não era como as coisas funcionavam.

Então Zelena havia ido para a cadeia sem os poderes.

E a adaga de Rumple estava nas mãos da única pessoa que ele não mataria para recuperar o poder: Belle.

- Acreditam nisso? Finalmente estamos em paz. - Snow falou.

A família estava reunida na casa da princesa. O dia parecia ter sido cansativo demais para que cada um fosse pra sua casa. Tudo que eles queriam era o conforto da presença uns dos outros, e, claro, mimar o recém nascido Neal.

- E finalmente temos nossas memórias de volta. - Robin falou. - E tenho que dizer, no ano perdido, nós tivemos nossas brigas. - falou pra Regina, com um sorriso divertido.

- Bom, você acabou sendo uma companhia menos irritante aqui em Storybrooke.

- Ou talvez a prefeita não tenha uma personalidade de gatinha arisca, como a rainha tinha.

Regina abriu a boca em um formato de O, como se não acreditasse que Robin tivesse acabado de dizer aquilo, mas a risada dele tornou impossível para ela fingir estar brava. E claro, toda a falsa indignação dela foi embora quando ele lhe roubou um beijo rápido.

- Okay, eu estou acostumada a ver meus pais serem assim, mas sério? O que aconteceu nesse ano perdido? - Emma questionou claramente confusa fazendo todos rirem.

Regina então caminhou até a cama, se sentando ao lado de Snow para ver o pequeno bebê adormecido.

- Onde está Roland? - Snow perguntou.

- Dormindo lá em cima, ele estava cansado então o coloquei pra dormir. - Sorriu, e então voltou sua atenção ao mais novo membro da família que dormia no colo da princesa. - Ele é tão lindo. - sua expressão se derreteu. - Se parece tanto com Henry quando era um bebê.

- Sim! - Snow concordou.

- Mais alguém consegue sentir a ironia nessa frase, considerando que ele é meu tio? - Henry perguntou, se aproximando de todos com um pote de pipoca na mão. - Pipoca? - ofereceu a Killian.

- O que é isso?

- Cara, você precisa de uma aula do mundo real.

- Se vai ser professor de cidade, leve Robin com vocês, ele precisa entender como um micro-ondas funciona. - Regina pediu. - Ou vou acabar tendo que construir um fogão a lenha.

Na cozinha, Robin, que conversava com David, fez uma careta.

- Por que estou sentindo que estou sendo ofendido?

Henry e a mãe riram.

E desse jeito a noite foi embora, entre conversas paralelas, pequenos cochilos, e muita pipoca.

Um momento entre família.






×××××××××××××××××××××××××××××××××××××××××

Olha eu de volta kkkkkkk

Espero que gostem do capítulo, e vou tentar não demorar tanto com o próximo, promessa de dedinho kkkkk ♡

Agora, pergunta rápida, mais algum swifit por aqui que está respirando e esperando pelo 19 de abril??



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