Lee minho
Acordo em um pequeno salto pelo barulho do meu despertador estridente, sério eu odiava aquele alarme horrível.
Levanto-me desligo a televisão que ainda estava ligada e vou vestir-me.
Como hoje era o torneio de mata, logo tinha de levar fato de treino, então vesti um conjunto preto largo, muito confortável na minha opinião e umas sapatilhas pretas da adidas.
Troco as ligaduras e desinfeto as minhas feridas. Sai de casa e fui para o autocarro. Quando cheguei à universidade, fui diretamente para a nossa sala e vi toda a gente a conversar.
-Olá a todos-digo.
-Olá Min-dizem em coro.
-Hoje vamos estar todos juntos, nós os oito.-Diz o Jeongin.
-E hoje eu vou brilhar no mata. Nós jogamos muito ao mata nas nossas aulas.-diz o Changbin muito animado.
-Tu vais brilhar, mas nós vamos perder-Diz o Felix.
-Verdade-digo enquanto pensava na grande derrota que ia acontecer.-Eu nunca fiz educação física, pela asma, então vai ser uma merda.
-Vai correr tudo bem-diz o Han confortando-me.
-Vamos temos de ir se não queremos chegar atrasados.-Diz o Seungmin.
-Vamos!-Disse o Changbin animado enquanto nos guiava para o ginásio.
Quando entramos lá, aquilo parecia ainda maior do que na primeira vez que eu entrei lá, quando o Chan nos apresentava a escola. Havia lá uma multidão enorme, já que provavelmente eramos os últimos a chegar.
Começo a suar frio e aquele ginásio gigante parecia ter diminuído. Eu ia ter de aguentar o dia todo quase ali. Como eu iria? Inspiro o meu inalador rapidamente e olho para Han com um pouco de desespero.
Ele dá me a mão e sorri, eu sorri de volta. Ele conseguia acalmar-me duma maneira que ninguém conseguia.
Vamos para um dos bancos, fomos para um mais longe de toda a gente. Quando a universidade toda estava lá, o professor do Changbin apitou e disse num altifalante:
-Olá a todos, hoje vamos fazer o torneio de mata. Os mais velhos vão começar primeiro. Por favor os dos quinto ano e quarto ano de todos os cursos venham para aqui jogar.
Várias pessoas se levantam e vão até lá. Começavam a jogar, e eles atiravam a bola com muita força e quando acertava em alguém, parecia doer muito.
Eu fiquei com um pouco de medo, pois eles não tinham medo de magoar os outros e gostavam de magoar. O professor disse para os do terceiro ano de todos os cursos irem jogar. Eles eram iguais ao anteriores, sem remorsos, sempre a magoar os mais fracos de propósito.
Apetecia-me ir lá e dar um murro naqueles animais por estarem a bater com a bola em pessoas mais fracas, mas o que eu poderia fazer? Provavelmente ia acabar igual aos mais fracos. Os meus pensamentos cessam quando ouço o professor no altifalante:
-Alunos do segundo anos, venham.
Olhamos para Chan e dava para ver que ele estava um pouco assustado e sem vontade de levar com várias bolas.
Ele não era fraco mas não ia ter coragem de atirar contra as outras pessoas, a única coisa que ele ia fazer, provavelmente, era fugir da bola.
Chan vai até ao meio do ginásio. E o jogo começa, como previsto por mim, ele nunca atirava em ninguém, mas era muito bom a não ser acertado.
Só sobravam cinco da equipa de Chan e sete da equipa adversária. Um da equipa adversária pega na bola e dá para ver que ele ia atirar com muita força. Ele mira no Chan e dá para ver que ele estava com medo daquela bola. Ele atira e o Chan não consegue desviar, então ele leva com a bola no braço. O adversário atirou com tanta força que deu para ver a dor estampada na cara do Chan.
Eu estava muito preocupado com ele. Ele vem na nossa direção a segurar o braço acertado. Quando ele se senta nós perguntamos:
-Channie estás bem?- vou até ele.
-Sim-ele diz
-Não estás bem nada. Olha o teu braço-diz o Changbin. Olho para o braço dele e este estava todo vermelho e com uma marca meio roxa no meio, onde provavelmente, bateu a bola.
-Isso vai ficar uma nódoa negra-diz o Hyunjin.
-Isso já passa não é nada-Diz o Chan.
Eu nem conhecia o rapaz que atirou a bola no Chan, mas estava com vontade do espancar. Os meus pensamentos desaparecem ao ouvir o professor a dizer:
-Primeiro ano, venham.
Inspiro o meu inalador, pois não ia poder leva-lo para o campo. Eu já estava pronto para morrer, pois ontem tinha cortado a minha mão toda e não ia poder levar o inalador para lá. Mas levei-o na mesma.
Descemos as escadas e vamos até ao lado direito do campo. Ficamos lá parados, a olhar para as caras desconhecidas, mas quando olho para a equipa do outro lado, vejo Choi San e o seu grupo, ou seja, ele ia tentar atirar em mim o tempo todo.
Vou para pé do Han e decidi que ia jogar ao pé dele. Antes do jogo começar olho para a plateia e vejo o Chan a olhar para nós. Volto a focar-me no jogo, este começou.
A equipa adversária atira para o nosso campo e bom que não foi para mim. Foi numa rapariga e esta mandou um pequeno gritinho pela dor e ela sai do jogo. Agora era a nossa vez de atirar a bola.
O Changbin pega na bola e atira num dos amigos do Choi San, mas ele atirou com pouca força para não magoar ninguém. O amigo dele perde e vai sentar-se, consigo ver a cara do Choi San chateada, logo este olha para mim e sorri.
Ele pega na bola e perceber que ia atirar a bola na minha direção. Em menos de um segundo, eu agacho-me. E a bola não me acerta, porque se acertasse estaria sem cabeça.
O Choi San estava focado em mim e eu sempre fugia da bola, eu apenas confiava nos meus reflexos, que não eram maus de todo.
Mas começo a sentir uma falta de ar, então tiro o meu inalador para inspirar, mas quando o tirei do bolso, Choi San acerta neste com muita força fazendo o inalador ir para uma ponta do ginásio. Começo a sentir mais falta de ar e começo a tossir, vou rapidamente buscar o meu inalador que estava muito longe.
Inspiro e guardo o inalador. O jogo continua e quando só estavam na nossa equipa, eu, o Han, o Hyunjin, o Felix, o Jeongin, o Changbin e o Seungmin, então o Choi San pegou na bola com toda a sua raiva e mira em mim. Eu nem tinha percebido que a bola ia na minha direção.
HAN JISUNG
Vejo a bola a bater na cabeça do Minho com tanta força que ele cai no chão. Corro para ele o mais rápido que consegui. Ele tinha a cara vermelha e o lábio arrebentado.
-Minho, estás bem?-pergunto preocupado. Ele tentou sentar-se mas não consegue.
Ele tinha de ir para a enfermaria, então o pus nas minhas costas e corri o mais rápido possível para a enfermaria. Eu estava totalmente desesperado.
O pus na maca e disse á enfermeira o que tinha acontecido. Eu estava a tremer e a baralhar-me nas palavras.
-Ei! Diz com calma. O que aconteceu?-ela pergunta pondo as mãos nas minhas.
-Estavamos no torneio de mata e ele levou com a bola na cabeça com muita força.-digo tentando-me acalmar. Ela analisou-o disse:
-Está tudo bem com ele. Ele deve acordar em meia hora.-Quando ouvi isso senti um grande alívio.- Mas agora tenho de ir embora.-A enfermeira diz retirando-se do cômodo.
LEE MINHO
Abro os meus olhos devagarinho e uma luz bem clara vem na minha cara. A minha cabeça dói muito, abri e fechei os olhos, então vi o Han ao meu lado. Este estava preocupado. Sentei-me na cama e vejo que estava na enfermaria. Do nada, veio flashback do mata e de ter levado com a bola.
Do Han a carregar-me. Eu senti uma dor no lábio mas era muito menos do que a da minha cabeça. Ponho a mão no lábio, sentindo uma pontada de dor, logo percebendo que tinha o lábio arrebentado. Olho para Han e ele pergunta:
-Estás bem?
-Dói-me um pouco a cabeça e o lábio.
-Vou buscar o kit de primeiros socorros para desinfetar o teu lábio.-ele diz levantando-se e indo até uma prateleira tirando de uma caixa vemelha vários produtos para desinfetar.
Ele aproxima-se e abre um dos produtos. Olha para os meus lábios e aproxima-se, talvez até demais. O meu nariz estava quase a tocar no dele.
Sinto o meu coração a acelarar e de repende deu-me muita vontade do beijar. Eu gostava dele, agora era o meu momento de confessar-me e dar-lhe um beijo como sempre me apeteceu. Olho diretamente para os lábios dele e pareciam tão macios.
Eu tinha de fazer os meus lábios tocarem nos dele. Aproximo-me, finalmente colando os meus lábios com os dele. Eram tão macios como eu esperava.
Fecho os meus olhos, aproveitando a sensação magnífica dos lábios dele nos meus. Ele corresponde ao beijo.
Continuamos até não ter-mos mais ar. Quando nos separamos, eu olho para ele nos olhos e digo:
-Hannie. Eu gosto de ti. Eu nunca me apaixonei por ninguém, mas eu apaixonei-me por ti. Desde que te vi despertaste-te curiosidade, quase uma necessidade de te aproximar de ti. E também a primeira vez que eu te vi, fiquei sem ar pela tua beleza avassaladora. Tudo em ti é perfeito, és único e tantas coisas que eu não vou dizer, senão ficaria aqui para sempre.
-Minho, eu também gosto de ti. Eu acho que comecei a me apaixonar por ti quando te ajudei no primeiro dia.- Ele diz.
Eu estava a sonhar só podia ser, o Han também gostava de mim. O sentimento era recíproco.
-Queres namorar comigo?-pergunto.
-Claro que sim-ele diz animado dando-me vários beijos pela cara toda e vários seguidos nos lábios.
-Contamos que namoramos?-ele pergunta.
-Claro, a não ser que não queiras.
-Claro que quero- ele diz.
-E quando lhes vamos dizer?
-Quando eles vierem aqui ou quando sairmos daqui.
-Okay, amor-digo-Posso chamar-te assim?
-Claro, amor.-ele diz. Eu coro e inspiro o meu inalador. Nunca me tinha sentido tão feliz na minha vida.