Lucky loser - livro 1 da tril...

Od autora_alba

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Rebater uma bola de tênis com toda a força que tem em direção ao rosto do seu agente esportivo não era a real... Více

LUCKY LOSER
Capítulo um
Capítulo dois
Capítulo três
Capítulo quatro
Capítulo cinco
Capítulo seis
Capítulo sete
Capítulo oito
Capítulo nove
Capítulo onze
Capítulo doze
Capítulo treze
Capítulo quatorze
Capítulo quinze
Capítulo dezesseis
Capítulo dezessete
Capítulo dezoito
Capítulo dezenove
Capítulo vinte
Capítulo vinte e um
Capítulo vinte e dois
Capítulo vinte e três
Capítulo vinte e quatro
Capítulo vinte e cinco
Capítulo vinte e seis
Capítulo vinte e sete
Capítulo vinte e oito
Capítulo vinte e nove
Capítulo trinta
Capítulo trinta e um
Capítulo trinta e dois
Capítulo trinta e três
Capítulo trinta e quatro
Capítulo trinta e cinco
Capítulo trinta e seis
Capítulo trinta e sete
Capítulo trinta e oito
Capítulo trinta e nove
Capítulo quarenta
Capítulo quarenta e um
Capítulo quarenta e dois
Capítulo quarenta e três

Capítulo dez

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Od autora_alba

ARIZONA McGREGOR

Zane não matou ninguém, ainda não matou ninguém. Ele está gritando com alguém no telefone, já eu, estou abraçando sua irmã mais nova, que não para por um segundo de chorar. Estamos em uma delegacia, York está na sala do delegando, fazendo os primeiros passos para um boletim de ocorrência. Phil, o treinador de Zane, está tentando achar a mãe dos dois, mas pelo que parece, não obteve nenhum resultado até agora. Cantarolo uma canção infantil, que costumava cantar para Hunter quando ele era apenas um neném e não conseguia pegar no sono. A garota em meus braços soluça e penso o quão monstruoso é uma pessoa para abusar de uma criança enquanto ela dorme.

– Um dia uma criança me parou. Olhou-me nos meus olhos a sorrir. Caneta e papel na sua mão. Tarefa escolar para cumprir. E perguntou no meio de um sorriso. O que é preciso para ser feliz – murmuro em um ritmo calmo em seu ouvido e a garota se agarra mais firma em mim – amar como Jesus amou. Sonhar como Jesus sonhou. Pensar como Jesus pensou. Viver como Jesus viveu. Sentir como Jesus sentia. Sorrir como Jesus sorria. E ao chegar ao fim do dia. Eu sei que dormiria muito mais feliz.

Meu dedo enrola um fio do cabelo platinado dela, deixando um pequeno cacho se formar e rapidamente se desfazer. Lizzy cochicha para si mesma uma parte da canção e começo a cantá-la novamente. É uma música religiosa que minha mãe me ensinou e entre todas as músicas de ninar, essa era a única que fazia Hunter dormir tranquilamente.

– O que eu vou fazer? – sua voz saí rouca e com medo, muito medo.

– Primeiro, vamos achar quem fez isso com você e fazê-lo pagar por isso – garanto para a garota, que sentada em meu colo e com os ossos tremendo, parece uma menina tão pequena e frágil – depois, você decide o que irá fazer com a gravidez. Mas, por enquanto, seu irmão vai resolver tudo.

Zane irá se culpar pelo resto da vida, soube disso na hora que sua irmã contou o que houve, ainda na casa de sua amiga. Porque, Zane foi para um campeonato, como de costume, e sua irmã mais nova ficou em casa com a mãe deles e um estranho. Não foi culpa dele, muito menos de Lizzy, que é a principal vítima disso tudo. Mas, não posso falar o mesmo da mãe deles.

– Ele vai me proteger – ela afirma e sabendo que a loira não me vê, afirmo também com a cabeça – Zane vai me proteger de tudo.

– Vai sim, querida — deixo um beijo em sua testa, alisando seu rosto.

Com quem seja que Zane estava gritando, ele para, se recompõe e respira fundo. Seus olhos fixam em mim e sua irmã, tem tanta dor em seus olhos agora, que meu coração parece se despedaçar por saber dessa dor. Sem jeito, ele anda até nós duas e com seus braços largos, arrodeia nossos corpos. Deito minha cabeça em seu ombro e sua irmã volta chorar, com um certo receio, Zane toca no rosto da garota, fazendo carinho nele.

– Estou aqui, pequena – ele diz para tentar mantê-la calma, mas nessa situação, não tem como acalmar alguém.

Eu engravidei aos 17 anos por escolha própria e mesmo assim foi difícil. Agora, engravidar aos 17 anos, fruto de um abuso dentro da sua própria casa, é desumano. No lugar de Lizzy, não sei o que faria e acho que a menina ainda nem pensou que há de fato um embrião dentro dela.

– O que vamos fazer? – ela pergunta para Zane, que está desnorteado.

– Prender esse monstro – o rapaz garante com o lábio tremendo – e achar Cassidy, por Deus, o que mais quero agora é achar Cassidy e entender porque ela colocou esse monstro dentro da nossa casa.

– A mamãe não vai me entender, né? – a conversa é entre eles dois, porém, como mãe, eu sei que defenderia Hunter até mesmo quando ele estivesse errado.

– Lizzy, eu não sei, eu mal conheço ela – Zane respira fundo, ele não tem muito apego sentimental por sua mãe – não importa o que ela entenda, eu entendo você e jamais vou sair do seu lado, nem por um segundo vou perder você de vista.

As palavras de Zane são sinceras, ele está com medo e desesperado para achar quem fez isso com sua irmã. York sai da sala do delegado e massageia sua nuca, ele nunca atuou como advogado, mesmo tendo passado no exame da ordem. Meu irmão encara nós três, ele ainda não me perguntou por quais motivos eu estava junto de Zane quando ele descobriu sobre o abuso que a irmã sofreu, mas logo irá e será uma dor de cabeça para explicar que finalmente estou me sentindo viva novamente.

– Uma delegada virá para cá e vai assumir o caso – ele explica para nós, voltando seu olhar para Lizzy – você vai precisar ser forte, ok? Todos nós aqui acreditamos em você e estaremos ao seu lado, mas você vai precisar ser forte para dar depoimento e fazer o exame de corpo de delito.

– Por que corpo de delito? – Zane pergunta em um tom áspero, apertando um pouco o meu ombro para não explodir de raiva.

– O rompimento do hímen, por mais que ele possa ser rompido antes da primeira relação sexual ou não ter sido rompido na primeira relação, o seu rompimento é uma prova – uma ânsia de vômito cresce em mim ao imaginar como a cabeça de Lizzy deve estar ao saber que precisará passar por mais tudo isso – e um exame de sangue, para confirmar a gravidez.

Meu irmão se agacha e fica com o rosto na altura do rosto da menina. Por ser um agente esportivo, ele nunca precisou lidar com casos assim. Porém, York está se colocando no lugar de Zane, porque eu sou sua irmã mais nova, e se isso tivesse acontecido comigo, York não teria a calma que Zane está tendo agora.

– No seu caso, a lei estadual permite o aborto, não precisa decidir isso agora, mas saiba que você tem essa opção – York tenta encontrar às palavras certas para continuar – Elizabeth, você poderá escolher se deseja ou não continuar com essa gravidez, caso queira continuar, entregar a adoção também é uma alternativa. O que você decidir, nós iremos acatar.

A loira ergue seus olhos para mim, a parte branca está muito vermelha. Seus lábios tremem ao abrir para formar sua pergunta, como se não conseguisse falar.

– O que você faria?

– Eu? – Zane faz sinal para eu dizer minha opinião para Lizzy – bem... eu tenho um filho.

– Você tem um filho? – Lizzy está surpresa por saber isso.

– Tenho, ele tem 5 anos – conto sabendo que Hunter está sã e salvo na escola – engravidei com 17 anos, porém, eu planejei engravidar aos 17 anos. Então, como eu já sou mãe, não conseguiria abortar... mas, sinceramente, eu não iria conseguir criar uma criança gerada dessa situação.

– Eu... eu também acho que não conseguiria abortar e nem criar – assinto com a cabeça e seguro firme a menina.

– Lizzy, você tem tempo para pensar sobre isso – reforço o que meu irmão já havia falado.

Agora temos que esperar a delegada chegar para então Lizzy depor e fazer o exame. York avisou que tanto a mãe deles como seu namorado já estão com ordem de prisão e na lista para serem detidos caso saem do estado. Pessoas entram e saem da delegacia, e nós continuamos esperando, ainda com Lizzy em meu colo e Zane abraçando nós duas.

– Lizzy! – uma mulher alta entra na delegacia junto com Phil, o treinador de Zane – o que fizeram com você?

– Tia Rachel – a garota pula do meu colo e corre até a mulher, abraçando ela fortemente.

Zane levanta do banco e faz sinal para eu levantar também. Meu irmão diz apenas com o olhar que teremos que conversar seriamente após tudo isso.

– Não tem nenhuma roupa da sua mãe no apartamento – Phil conta entregando um molho de chaves para Zane.

– Puta merda – ele xinga e começa a passar as mãos em seu cabelo – como ela pode fazer isso? Lizzy é a vida dela!

– Zane, eu não sei o que te responder – o homem coloca a mão no ombro de Zane.

É uma situação muito difícil para querer dar opiniões. Vou até meu irmão, que está calado e bem chateado comigo. O moreno não é burro e já percebeu que tem algo entre mim e Zane, talvez ele não ache que Brando seja a pessoa ideal para eu voltar a sair, mas ele é e cada vez que conversamos ou nos vemos, eu tenho mais certeza disso. E como ser humano, Zane é ótimo.

– Parece que a delegada chegou – York avisa e todos ficamos tensos – Elizabeth, temos que ir.

– Você pode ir comigo? – a loira ainda até mim e limpa as lágrimas.

– Eu? – franzo as sobrancelhas com seu pedido.

– Sim, Zane confia em você, então eu também confio – seu irmão apenas confirma com a cabeça – esteja comigo lá dentro, por favor.

– Claro! – pego em sua mão e juntas seguimos York.

Eu vomitei na metade do depoimento de Lizzy e Rachel, a esposa de Phil, vomitou durante o exame de corpo de delito. Já Lizzy, não derramou nenhuma lágrima a mais desde que pisou na sala da delegada, ela foi muito bem acolhida pelas profissionais de justiça e mesmo que ainda não tenham capturado quem tenha feito isso, sei que logo ele estará atrás das grades. E a mãe deles, sinto um nojo enorme por essa mulher saber o que houve em sua casa e ter ficado ao lado de um homem, e principalmente, por não ter protegido sua filha.

Após sairmos da clínica onde foi feito o corpo de delito, Lizzy concordou em passar alguns dias na casa de Rachel, e Phil se voluntariou em ficar esses dias em um hotel, para deixá-la com sentimento de confiança. As duas já partiram para a casa de Rachel, Zane precisa ver mais alguns detalhes com York e eu dependo do meu irmão para buscar meu carro no clube. O almoço parece ter sido dias atrás de tanta coisa que aconteceu nesse tempo.

– Ari – Zane me chama com uma voz carinhosa e observo pelo canto do olho York fechar a cara – obrigado por tudo hoje, pela atenção com Lizzy, eu nem sei como te agradecer.

– Ei, não precisa me agradecer – garanto e pego sua mão – estou aqui para o que você precisar, minha mão estará aqui se você precisar segurar alguma.

É nesse momento que sei que York entendeu que minha ligação com Zane é especial, porque ele sabe que acabei de citar a música que tenho tatuada.

– Amanhã vou visitar Lizzy e diga para ela que o que ela precisar, é para me chamar – aviso e ele me puxa para um abraço apertado – sua irmã vai ficar bem, nós iremos fazer ela ficar bem.

– Estou até agora me beliscando para ter certeza de que isso não é um pesadelo – imagino como tudo isso deve ser irreal para seus pensamentos – eu vou precisar segurar sua mão, obrigado – ele cochicha em meu ouvido.

Aliso sua bochecha, pequenos pontos de barba estão nascendo e logo ele precisará fazer a barba. Deposito um pequeno selinho em seus lábios e sinto ele formar um sorriso no meio disso. Está nascendo sentimentos bons por Zane dentro de mim e fico feliz por isso.

– Eu preciso ir ficar com a Lizzy – sim, ele precisa – York, vai me atualizando sobre tudo.

– Zane, você e sua família são meus clientes, Elizabeth vai ter um bom advogado – meu irmão coloca as mãos nos bolsos da calça.

Observamos Zane entrar em seu carro e sair do estacionamento da clínica. Não consigo segurar minhas lágrimas e me agacho no chão, em seguida, sinto os braços do meu irmão arrodearem meu corpo e ele murmura que posso chorar o quanto quiser agora.

– Ela só é uma criança – tem tanta indignação em minha fala – me diga York, como uma mãe pode deixar alguém fazer isso com sua filha?

– Existem mulheres que não nasceram para serem mães – é, infelizmente isso é verdadeiro – você precisa ajudar essa menina, ela vai precisar de todo o apoio do mundo, principalmente você que já passou por uma gravidez na adolescência.

– Ela foi estuprada em casa, enquanto dormia – Lizzy depondo fica rodando em minha cabeça, cada palavra e cada expressão – que mundo cruel.

Uma gravidez por si só é algo complicado, que envolve muita força e apoio, entretanto, pela maioria das mulheres, é a realização de um sonho. Só que esse não era o sonho de Lizzy agora, e ter uma criança, fruto de um abuso, deve ferrar mais ainda o psicológico dela. Ela precisará ser forte e Zane também.

Depois que choro tudo que posso, York me guia para seu carro e começamos o trajeto para o clube. Em um primeiro momento o silêncio reina o local, nenhum quer iniciar a conversa que precisamos ter. Porque isso parece tão fútil comparado ao que acabamos de viver, só que é nossas vidas e precisamos explicar o que houve nos últimos dias.

– Quanto tempo você está me escondendo isso? – conhecendo o moreno, ele está se sentindo traído, quebrei a nossa irmandade.

– Algumas semanas – informo com uma certa vergonha.

– Uau, obrigado por mentir para mim por algumas semanas – foi dado a largada para o drama – pensei que você confiava em mim.

– Por favor, York, você é a pessoa que mais confio no mundo – jogo minha cabeça para trás, encontrando o encosto do banco.

– Confia tanto que não me contou que está tendo um caso com Zane Brando – tem deboche quando ele cita o nome de Zane – dentre todos os homens no mundo, por que Zane?

– Você não entenderia – murmuro, pois, York não entenderia mesmo.

– Nem você deve entender – viro minha cabeça em sua direção – Zane não é um bom homem para você.

– Se eu quisesse sua opinião, teria pedido antes de ter saído com ele – digo com firmeza e bruscamente York para o carro em um estacionamento – você está há anos pedindo para eu sair novamente, estava esperando um, "parabéns, Arizona, estou tão feliz por você, Zane é um cara legal".

– Zane é um ótimo tenista e um ótimo irmão, mas ele não é o ótimo para você – gargalho ironicamente.

– Você não conhece o Zane.

– E você conhece? – ele rebate.

– Conheço – afirmo – pela primeira vez em quase 7 anos, eu senti atração por alguém, e quando conheci profundamente Zane, senti desejo e senti querer ser desejada inteiramente por ele.

– Ari... – levanto um dedo, mostrando que ainda não terminei.

– Ele me entendeu, foi gentil, sempre se certifica que estou feliz em sua presença, e acima de tudo isso, Zane faz eu sentir coisas que só sentia quando estava com Ethan.

Isso atinge York mais do que imaginei.

– Ethan é e sempre será a pessoa que amo, porém, finalmente percebi, que eu preciso ser amada novamente e amar... York, eu preciso amar alguém, compartilhar meus problemas e quem sabe até compartilhar a criação de Hunter – paro por um segundo – foi o que você sempre disse para mim, agora, qual é o problema?

– Tem diferença em falar e ver acontecer – ele pontua e engole um seco – e... e você citou a sua música com Ethan para o Zane.

– É uma música, milhares de pessoas no mundo devem gostar dessa música – principalmente porque é dos Beatles, a Inglaterra inteira deve gostar da música.

– Não é só uma música, Ethan cantava ela para você – York só está esquecendo que antes de Ethan ser seu melhor amigo, eu sou sua irmã – eu sei que falei para você viver novamente, mas tinha que ser justo com um cliente meu? Tem tantas pessoas no mundo.

– Ninguém escolhe por quem se apaixona.

Acabou a conversa. York liga o carro e aumenta o volume do rádio, uma forma bem clara de comunicar que não quer papo nenhum comigo. Claro que sei que é difícil para ele me ver beijar alguém que não seja Ethan. Vivemos todos os momentos de luto juntos, foi York que esteve ao meu lado quando o doutor confirmou o óbito e fez ele quem segurou minha mão durante o parto de Hunter. E não é fácil saber que desejo um rapaz que não é Ethan. Só que para mim também não é nada fácil isso e esperava tanto York me apoiar.

– Pelo menos Lor ficou feliz – informo quando saio do carro dele e o moreno me manda ir à merda.

Seguro as lágrimas e ando confiante até a recepção do clube, fico alguns minutos explicando o que aconteceu e só então sou liberada para acessar o estacionamento do estabelecimento. Quando entro no meu carro, fico por um tempo encarando o volante, por que York não consegue ficar feliz por eu estar saindo com Zane? Será que eu realmente estou pronta para isso? Será que Zane é realmente a pessoa certa?

No automático vou dirigindo para meu apartamento, meio anestesiada pelo acontecido do dia. Quando isso acontece com uma menina, é impossível não pensar que poderia ter acontecido com nós, comigo. Aperto forte o volante, deixando os nós dos meus dedos brancos, estou irritada com o mundo, com tudo, na verdade. Eu só queria ter tido um almoço tranquilo e divertido com Zane. Aposto que ele também deseja isso agora.

Consigo escutar as risadas de Hunter antes mesmo de abrir a porta, pedi para Harper buscá-lo na escola e depois no basquete e como é uma querida, ela concordou sem pensar duas vezes. Os dois devem estar brincando agora ou vendo algum desenho engraçado. Por ser criado em apartamento, Hunter tem uma certa limitação no que tange a brincadeiras e assistir televisão acaba se tornando inevitável. Tento colocar meu melhor sorriso quando abro a porta, mas ao ver meu filho seguro, se divertido e totalmente saudável, minha máscara desaba.

– Meu amor, deixa eu abraçar você – deposito um beijo demorado em sua testa e o abraço apertando seu corpo contra o meu.

Inalo seu cheiro de criança, ainda com resquícios do suor do dia. Meu filho foi minha salvação. A criança que Lizzy gerar pode ser sua destruição como pessoa, mulher e mãe.

– Você está me apertando – a voz infantil de Hunter diz em meio a uma gargalhada.

– Eu só quero ficar um pouco com você assim – beijo sua bochecha e o coloco no chão – me conta como foi seu dia.

– Irado – se começa com irado é porque foi um bom dia – teve aula de culinária, fizemos panqueca de banana, comi 3 – bato pequena palmas para esse ato – pintamos uma árvore na aula de pintura e o recreio foi bem legal também.

– E o treino?

Essa simples pergunta leva a dezenas de imitações e detalhes sobre como o treino de basquete foi insano e como ele sabe que nasceu para o esporte. Depois disso tudo, Hunter toma um banho e junto com Harper preparo a janta, um macarrão com queijo e de sobremesa panquecas de bananas feitas por meu filho e uma super ajuda do tio Google, porque o loirinho não lembrava as medidas e o que de fato ia além da banana e farinha. No final adicionamos achocolatado e fizemos panquecas de bananolate, nome completamente dado por Hunter.

Já estamos na cama quando meu celular toca, decidi deixar Hunt dormir comigo hoje, na realidade, eu necessitava ter ao meu lado essa noite. O nome de Zane aparece no visor.

– Estou te incomodando? – solto uma "não" como resposta – não consigo dormir e você foi a única pessoa que me veio à cabeça. Preciso conversar com alguém.

Observo Hunter dormindo serenamente, a televisão está passando o live action do Rei Leão no mudo.

– Temos a noite inteira, Zane.

Não o vejo do outro lado da linha, mas tenho certeza que ele está sorrindo igual eu.


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eu sei que a música do padre Zezinho é popular no Brasil, porém, minha mãe cantava para eu dormir quando pequena e achei fofo colocar.

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