Sirius Black e Roxanne Malfoy

By AutoraBlack1959

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Lilian olhava Roxanne atentamente enquanto esta esperava Sirius descer, curiosa. Elas nunca tinham se dado be... More

Grifinória vs Sonserina
A gélida monitora
O diário de Roxanne
Intransigente
Má companhia
Quem a todos odeia
Sangue-ruim
Não perturbe
Espírito Natalino
Clube de Slug
Não tão cruel
Cartas e apresentações
Retorno
Até que um eu te amo as separe
Torre de Astronomia
Não se trata de orgulho
Há males que vêm para o bem
A união do útil e o agradável
Três segundos
Madrugada inquieta
Distrações e Promessas
Marcas e runas
Floresta proibida
DCAT
Abstinência
Boatos
Instável
Irmãos Black
Discussões de relacionamento
Ciúmes
Encontro
O encontro continua
Levemente apaixonada
Casal feliz...
Relacionamento público
Floquinho
Visita indesejada
Artes das Trevas
Alguns problemas resolvidos
Alô aos velhos amigos
Importante!!
Julgamento contestável
Magia sensorial
Puramente tola e sortuda
Beijo desastroso
A frieza que te cerca - Parte I e II
Caos (incompleto)

Sentimentos e conflitos

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By AutoraBlack1959

Sirius era a melhor companhia que Roxanne tivera na vida.

Não era estranho. As várias faces dele casavam quase que completamente com as dela. Variava muito bem conforme interagiam, e, por mais difícil que Roxanne parecesse ser, para ela ele sempre encontrava o jeito certo de lidar.

Claro, os problemas nunca ficavam de fato resolvidos, mas eles não possuíam solução quando dependiam de uma real mudança da sonserina; afinal, era certo que ela jamais cederia. Não importava o quanto Sirius se esforçasse, não importava o tempo que passavam juntos, os beijos, a troca de experiências e conversas, qualquer dedicação e a sincera paixão que ela tinha por ele.

Sirius podia tentar, mas Roxanne não seria salva. Alguém que fora tão afundo já estava condenado, e ela descera demais, tudo que a compunha era frio e sem vida, e nada que a moldara era bom. Tão obcecada quanto era, seu futuro estava limitado ao passado que ela jamais seria capaz de esquecer.

Não tinha espaço para o presente, e era ali que Sirius estava. Aquilo era tudo que importava, e era realmente uma pena. Parecia uma grande piada que aquilo fosse tudo o que persistia na cabeça de Roxanne naquela tarde enquanto conversavam, mas ao menos a piada era com os dois, e a ignorância disso era uma benção que somente Sirius possuía.

Ou não.

Ele não era tolo, sabia no fundo que Roxanne não lhe pertencia. Talvez seu tempo juntos estivesse determinado, mas Sirius já aceitara: roubara o coração dela, ela tomara sua alma, e aquela troca fora justa.


Lara estava extasiada. As meninas haviam enfeitado a Sala da Lufa-lufa de modo extravagante, bem como ela gostava, e a guiaram com os olhos tampados até lá para fazer surpresa. Deram os presentes antes da festa, até porque o lugar estaria uma bagunça e se deixassem para depois seria difícil. Conversaram e comeram um pouco, e quando começou a se aproximar da hora do jantar elas foram dispersando para se arrumar. Amélia e Lily ficaram um pouco mais.

— Beem, depois que Lily terminar de maquiá-la temos uma surpresinha para você – Amélia cantarolou, e a ruiva mordeu a ponta da língua segurando o riso.

— O quê? – Lara virou o rosto bem na hora que Lily aplicava uma máscara em seus cílios e acabou borrando.

— Lara! – Lily repreendeu rindo e limpando.

— Desculpe! Que surpresa?

— Hum... – Amélia fez biquinho enquanto pensava em uma dica. – É uma pessoa e é da Sonserina.

Lara abriu um sorriso, mas logo o desmanchou confusa. Apenas Lily sabia, não Amélia.

— Por que Roxanne...

Amélia pestanejou.

— O Greengrass. – Lily interceptou, porque as duas sabiam quem Lara namorava. – O Greengrass está vindo, vocês podem aproveitar sozinhos antes de o pessoal começar a chegar.

Lara desconfigurou. Ficou de boca aberta e depois riu nervosa.

— Ah, sim! Que ótimo... Merlin... Muito bom. Obrigada!

Amélia franziu o cenho.

— Amiga, está chateada porque a Malfoy vem?

— Não! – Lara disse depressa, enquanto Lily fechava os olhos em uma expressão receosa. – Com certeza não.

— Lara essa festa é sua. Se está chateada nós vamos conversar com Sirius e ela não virá.

— Não é isso! – Lara se sentiu zangada. – Quero que ela venha, realmente quero.

Amélia balançou a cabeça.

— Eu sabia! Lily, vamos falar com ele...

Lily apanhou uma madeixa dos cabelos acaju, alisando-a distraidamente.

— Mely, Lara só se confundiu. É completamente normal.

Amélia virou o rosto e ficou quieta enquanto Lily maquiava a aniversariante, até que de repente a grifina se alertou. Tinha acabado a maquiagem e pegara um papel no bolso. Despediu-se e saiu apressada, disse um até breve e foi.

— Lara – Amélia retomou o assunto, calmamente. – Malfoy é declaradamente um projeto de Comensal, você ficar incomodada é completamente normal, e...

— Mely, eu não estou! Não tenho problema algum com ela!

— Mas ela tem com você! Ela é o problema. Sei que você é boa demais e não quer se indispor com ninguém...

— Não tenho porque me indispor, estou certa de que ela é uma garota legal. Se Sirius...

— Sirius é um tolo, Lara – Amélia replicou, chateada. – Conversei com ele depois que começaram a namorar, ou ao menos tentei. Ela o deixou completamente enfeitiçado, e todos os garotos o amam demais para acordá-lo, mas todas as coisas que as pessoas falam sobre ela...

— As pessoas falam demais – A lufana cortou, decidida embora aflita. – Sempre têm muito a dizer e nunca conhecem ninguém. Confio no julgamento do Sirius! Além do mais, desde quando nos baseamos em boatos...

— Não são boatos – A outra insistiu, olhando rapidamente ao redor e abaixando a voz. – Meu pai trabalha no ministério. Ela sempre está lá nos verões, e ele me alertou sobre ela. É perigosa demais, papai não costuma se assustar com nada e nem contar coisas do trabalho, mas logo nas primeiras semanas me disse que era espantosa! Meu irmão a conheceu e concordou. Chegaram a pedir que eu não cruzasse o caminho dela, sabe o quanto isso é estranho? Você os conheceu, parece do feitio deles?

— Ela jamais nos faria qualquer coisa...

— Não estou dizendo que faria algo aqui, na verdade nem estou mais falando dessa festa, mas você parece querer aproximá-la, e isso seria tolice. Ela sequer parece gostar de Sirius, acha que ele é garantia de alguma coisa? Ela não é uma boa pessoa, Lara, isso é tudo o que estou dizendo.

Por mais gentil que o tom de Amélia fosse, Lara sentiu que era hostil consigo diretamente. Julgaria-se desleal se sequer fingisse aceitar o conselho da amiga, e sua devoção a Roxanne era inabalável.

— Não vejo assim, e não quero que ninguém tente impedi-la de vir – Respondeu de braços cruzados. – É namorada de Sirius e melhor amiga do meu namorado, é muito bem-vinda.

Amélia tentou procurar palavras para discutir, mas aquele comportamento de Lara era tão incomum, beirava a cegueira pela qual Sirius passava. De toda forma, também não queria deixar a amiga mal com brigas, queria exclusivamente o seu bem.

— Tudo bem – Respondeu então, dando um sorrisinho pequeno. – É o seu dia, você tem que aproveitar. Não vamos falar mais disso.

Realmente não falaram, e como nenhuma das duas tinha tendência à maldade e ao rancor, logo tratavam-se como sempre. Logo depois Amélia saiu para que a amiga pudesse ficar com o namorado e foi para a cozinha buscar mais alguns doces.

— Ela vem? – Foi a primeira pergunta a Dylan após o selinho de cumprimento.

O garoto riu e foi puxado pela garota para a Sala enfeitada.

— Vem sim, acho que estava se arrumando. Eu teria chamado ela para vir antes, mas estava conversando com Bellatrix e não seria bom interromper.

Lara continuou radiante.

— Não importa, já é uma ótima notícia! Não está perfeito? – Indicava a decoração – As meninas fizeram, passaram a tarde inteira arrumando. A diretora Sprout também ajudou... – Desengatou em uma tagarelice, tão distraída que não dava chance para o namorado responder, e muito menos dizer o que queria. Ele tentou algumas vezes, mas cortá-la era difícil, principalmente quando estava ficando tão tímido.

"Que idiota" Ele ou sua Roxanne o xingaram quando ele desviou o olhar de Lara outra vez. Não dava para identificar quem era porque o pensamento sobre si era bem comum para os dois. Continuou quieto só observando até que comentou em pensamento "Sim, Greengrass, fique esperando para ver Lara se cansar de falar, aproveite para ir cavando sua cova e torça para existir vida pós-morte".

— Lara – Ele disse, mas ela passou por cima. – Lara! – Chamou-a novamente e ela ouviu. Sentaram-se no sofá. – Hum... Seu presente, posso dar?

Lara arregalou os olhos e riu.

— Tinha esquecido! Desculpe... Claro.

— Beleza – Ele sentia o coração muito disparado. – Mas queria falar uma coisa antes... – Ela o incentivou com o olhar. Dylan limpou a garganta com dificuldade – Eu quero te agradecer por ter tido paciência comigo. Por não ter desistido de mim, mesmo depois de tudo o que eu disse, fiz e pela Roxanne – Não devia ter dito o nome dela, reclamou para si, remendando depressa: – Você é boa demais, e eu teria muito a perder, demorei muito para perceber que te amo, mas agora sei e vou fazer tudo para agir de acordo.

Os olhos de Lara brilharam.

— Você o quê?

Ele ficou mais vermelho. Repita logo, idiota.

— Te amo. – Gaguejou, e se atrapalhou pegando algo no bolso. Foi interrompido quando Lara se jogou nos braços dele e ficaram assim algum tempo.

— Também te amo – Ela respondeu, ainda abraçada a ele.

Dylan sorriu e manteve o contato mais um pouco antes de realmente pegar o presente no bolso.

— Legal! É... Bem, eu não embrulhei porque chegou de última hora – Entregou a ela um broche cravado de diamantes, com uma gravação atrás. – Era da minha mãe, da família... Achei que estava perdido, mas meu irmão... – Engoliu seco – Estava com Adam, conversamos e ele concordou que ficasse com você... Já que vai ser da família em breve...

Lara segurou nas mãos carinhosamente, com os olhos marejados e o sorriso aberto.

— Conversou com seu irmão, isso é maravilhoso, amor!

Amor... Soava tão bem. O sonserino sorriu pequeno.

— Conversamos... Eu não o perdoo, jamais, mas não importa. Ele fez o mínimo mas gosta de você, então eu o convidei para o nosso casamento... – Alarmou-se. – Tudo bem para você?

Lara riu alegre.

— Tudo ótimo! – Agarrou-o novamente. – Obrigada, obrigada!

Dylan teve pensamentos presunçosos, sua Roxanne sequer o criticou. Estava mais quieta ultimamente.

— Bem... dizem que é um broche mágico. Poder e vitalidade, mas... – Calou-se, pestanejou e tentou contornar: – Só o peguei porque é valioso e da família.

Poder e vitalidade... Astoria fora um caso a parte, não? Os irmãos não faziam ideia de que a promessa só fora feita a um grupo seleto, e que sua mãe fora expulsa dele quando se tornara uma traidora de sangue.

De repente, Lara o soltou.

— Ah, como está seu irmão? Ele estava apaixonado pela Rô, não estava? Falou algo sobre ela e Sirius? Eu odiaria que ele não comparecesse por causa deles!

— Ahn – Dylan balbuciou. – Nada. Nem lembramos dela. Deles.

— Tudo bem.

E aproveitaram o tempo anterior a chegada dos convidados sem citar qualquer um daqueles nomes de novo.

Roxanne chegou sem ninguém perceber. Tudo bem que o lugar estava um caos, mas Lara contava com o alarde das pessoas para saber que a amiga tinha chegado. Estava até aflita depois de ver Sirius sem ela com os amigos, fora para o quarto chorar um pouco e quando piscou ela pareceu brotar do chão.

Lara pulou no pescoço dela.

— Achei que não vinha!

— Imaginei que fosse voar no meu pescoço – Roxanne zombou aceitando o contato desconfortavelmente, porque era fato que Lara amava abraços. – A idade só te deixa menos discreta.

A lufana a largou, sorrindo.

— Isso é um feliz aniversário?

Roxanne concordou, entregando uma caixa embrulhada para a garota.

— A magia vai se gastar, mas demora. Se não gostar...

— Eu já amei – Lara respondeu, com a caixa abraçada perto do coração. Abriu-o e viu as vestes, correu para o quarto antes que Roxanne pudesse abrir a boca para falar um "a". Voltou vestida com o pijama – Eu adoro coelhos!

Virou e deu uma chacoalhada para que o rabinho em formato de pompom balançasse. Roxanne segurou a risada.

— Lara, você esqueceu o anel. Você precisa usá-lo para funcionar.

— Anel? – Lara voltou para o quarto e procurou na caixa. Achou e voltou para Roxanne, colocando a joia no anelar. Transformou-se num coelho de repente e se destransformou assustada. – AH! O que foi isso?!

— Pense de novo. – Roxanne mandou, e Lara fechou os olhos e pensou. Lá estava o pequeno coelho, após um momento de espanto ele começou a saltar por todo o corredor, deu voltas ao redor de Roxanne e voltou a ser uma Lara muito excitada.

— É PERFEITO! – E ficou como uma criança brincando por uns bons cinco minutos, até que a sonserina lembrou que precisavam ir para a Sala Comunal.

— Não vai se trocar? – Roxanne lembrou, mas a lufana continuou a acompanhando pelo corredor.

— Lógico que não! Ainda não cansei, e é um pijama muito bonito.

Roxanne deu de ombros, e assim que chegaram a onde a festa efetivamente acontecia localizaram Sirius.

— Ah não – Um corvino reclamava, estavam no canto em que se inscreviam times para os jogos. – Esse grupo não é justo, no mínimo você, o James, a Lily e a Malfoy ficam em times diferentes.

— Nossa, sua voz foi à oitava – Sirius zoou – Acho que só os cães ouvem – E voltou-se para James – O que você acha?

— Realmente não ouvi, pode repetir?

O corvino riu a contragosto, mas ia repetir quando viu Roxanne e virou o rosto. Os garotos estranharam e olharam para trás. Sirius sorriu de imediato.

— Oi, Rô – Estendeu a mão e segurou a dela, mas ficou paralisado um segundo pensando se apreciava a visão ou a beijava primeiro. Vestido preto e simples, a capa sobre os ombros, os colares, os cabelos brancos contrastando e o rosto tão bonito. Deu-lhe um selinho, sorrindo. – Que bom que chegou.

— Você dizia...? – James quis saber se o corvino ainda tinha coragem na frente da sonserina. Como ele não teve, Lily o ajudou. Colocou a mão no ombro do namorado.

— Vamos, meninos, parem de provocar.

Remus já havia concordado com o corvino, mas sabia também que os amigos estavam de palhaçada. Até Peter sabia, e por isso já inscrevia um novo grupo mais justo, ou seja, os quatro de sempre.

— Tá, tá, vamos ver o que a aniversariante acha.

Roxanne tirou a mão de Sirius de sua cintura e entrelaçou seus dedos nos dele.

— Ah... – Lara encolheu os ombros. – Fica meio impossível um time com a Rô...xanne e vocês. Deem uma misturada.

Os garotos fizeram drama, mas atenderam à sugestão. Roxanne sequer foi consultada se realmente queria participar de algum grupo, ao menos não ficou com o Pettigrew, mas Dália a irritava igualmente e não era excepcionalmente habilidosa em atividade nenhuma.

— Essa é a última – Sirius disse a ela. A festa já havia perdido grande parte da dimensão e só tinham quatro grupos para os duelos. Alguém do time de Roxanne estava contra alguém do time de Sirius, mas não davam muita atenção. Ele brincava com os cabelos dela e a beijava hora ou outra. – Você foi ótima. Estão com quantos pontos mesmo?

— Setecentos e vinte.

— Ai! – James interrompeu o que falava para Peter. – Está brincando? – Olhou Remus e Lily. – Não existe essa pontuação, nós estamos com quinhentos e seis.

— Quinhentos e sete.

— Isso muda tudo. – Sirius caçoou, e Lily sorriu.

— Muda que você só perderam treze pontos por terem colocado fogo nos cabelo da Lana, não quatorze.

— Tá, tá, mas está certo? Estamos com duzentos a menos!

— Está certo, estamos com cento e quarenta a menos. – Lily disse por fim, e Sirius riu.

Lembrou a Roxanne que perderiam a vantagem nessa atividade por depender do desempenho individual da equipe, o que no mínimo a deixava estressada. Mantiveram a conversa, até que Lilian teve que duelar e foram assisti-la.

Pegou Kayin, que era realmente bom. Roxanne estudou o duelo com interesse, e constatou algumas coisas quanto a capacidade de Lilian. Uma delas é que, afinal, a garota não era ruim. Mal desenvolvida apenas, e isso para uma nascida trouxa que definitivamente lutaria não era bom.

Roxanne lutou contra Remus, e quem conhecia sua maneira de duelar sabia que tinha pegado absurdamente leve; mesmo assim sua superioridade não foi nem minimamente contestada.

Seu time venceu por apenas sessenta pontos, e quase todo mundo foi para sua sala comunal dormir. Apenas uns poucos ficaram, para fazer a brincadeira mais ridícula inventada pelo ser humano: verdade ou consequência.

Sirius não foi tolo de tentar convencê-la a participar. Ninguém além de Dália sequer sugeriu, então ela apenas ficou sentada ao lado do namorado ouvindo as bobagens. Coisas tão insignificantes. Pessoas covardes que não sabiam se declarar e estavam querendo uma brecha no momento. Os marotos realmente faziam as coisas ficarem interessantes, Dália e outra garota também, mas não era nada que de fato interessasse a sonserina.

Até que a garrafa apontou para Dália e outra garota, Mary McDonald. Esta estava ao lado de Benjy, que nesse momento largou a mão de Daphne e tocou o ombro da amiga, perguntando-lhe algo.

— Está tudo bem – Mary respondeu baixinho, e os olhos de Dália ferviam. De repente tudo aconteceu muito rápido: – Pode falar.

Dália fez uma careta de desprezo para ela.

— Bom, faça o que quiser. – Disse, virando a cara.

Lily e Alice se olharam, conversando entre si. Mary ficou vermelha.

— Até quando você vai ficar com isso? – Perguntou brava, com a voz ainda mais aguda do que era normalmente.

— Não é a sua vez de perguntar, McDonald! – Dália rebateu, mais intensa que a amiga. – Faça qualquer coisa inútil, pra você não é difícil.

Roxanne suspirou e se encostou no sofá, imaginando onde acabaria e se envolvendo de tédio.

— Se você não quer jogar direito então não jogue, Dália! – Mary gritou, com a voz um tanto falha. – Ou faz uma pergunta ou me responde...

— Eu já sei tudo sobre você, Mary – Dália alteou a voz, cruzando os braços e crispando os lábios. – É até entediante.

— Dália!

— Dá pra pelo menos explicar...

— Você é sonsa ou se faz?

— Pode ignorá-la – Daphne disse e Benjy acrescentou algo, mas Mary parecia no limite.

— Eu não te fiz nada para você me tratar assim, logo quando eu...

— Você nunca faz nada, não me trocou por esse panaca também, certo? Eu cheguei a ter pena, mas você bem que mereceu...

— Cala a boca – Não foi uma só boca que ordenou, Dália obedeceu apenas porque sentia que ia gaguejar. Mary estava com lágrimas nos olhos e as duas ofegavam.

— Eu mereci? – A voz de Mary quebrou. – Estou esse tempo todo tentando recuperar sua amizade e você diz que eu mereci...

— Sua amizade! – Dália trovejou, amizade. Amizade. Não precisava da amizade dela. Fora traída. Não importava se seu coração se partira com a voz de mágoa de Mary. Tinha Roxanne. – Sua amizade! Você é insignificante! Eu não preciso de você...

— Alguém tampa a boca dela...

Muitos já haviam lhe dito palavras grosseiras, mas a cabeça de Dália estava a mil.

— Eu precisava de você. – Mary sussurrou, e a outra cerrou os punhos.

— Dane-se! – Retrucou, enlouquecida. Fora traída. Mary trocara e agora falava sobre amizade. – Dane-se você e sua amizade, eu...

Ela o quê? Não a amava? Não ligava? Não estava magoada? Não tinha se apaixonado? Nada, nada. Já tinha superado, Roxanne estava ali. Era dela quem gostava, e foi na tentativa de provar tudo isso que se inclinou e a beijou. 


Olaaaaa, feliz natal galeraaaa houhouhou

Espero que tenham gostado, façam o favorzinho de comentar <3

Fiz insta p essa história, maas ainda tô organizando então não me cobrem muita coisa!! Eis o querido: megera_indomavel_

Bjs, bom ano novo tbmm


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