"Me diga ao menos o que fazer."
Sun-hee se apoia inconscientemente em Taehyung encarando o homem em sua frente.
— Saiam todos por favor.— o homem pede se levantando.— Não entendo a surpresa majestade, você mesma me baniu para cá.
— Não imaginava o encontrar tão cedo e com magia.
— Seu ex-marido apenas tirou meu mana, não minha magia.— ele sorri leve.— Ah não sabiam, ando sendo atualizado das notícias do reino divino.
— Então sabe sobre o semi-deus.— Taehyung diz sério.
— Ah sim, não apenas sobre um, mas sobre dois.
— Existe um segundo?— Sun-hee pergunta.
— Estou mais atualizado que vocês pelo visto.— ele diz se sentando.— Sentem-se por favor.
Sun-hee sem saber o que fazer acata sentando-se ao lado de Taehyung.
— Quem é o segundo semideus?
— Não sei, só sei que existe tal quanto Beomgyu.
— Então conhece ele.
— Sim, conheço.
Taehyung analisando o nervosismo da mulher decide tomar a voz.
— Está ao lado dele?
— Estou, é apenas uma criança, uma criança abandonada pelos céus e pela Terra.— ele diz.— Não poderia o deixar ser capturado por vocês.
— Sabe dos riscos.
— Sei, por isso tento o manter aqui.— conta.— Mas o garoto é curioso, deseja saber sobre o pai, sobre quem o largou ao mundo.
— Já chega de voltas, diga aonde ele está!— Sun-hee bate na mesa irritada.
— Eu não sei, ele fugiu assim que sentiu vocês.— Seong se levanta.
Sun-hee sai irritada determinada a encontrar o menino antes que batesse 00:00 e o portal de volta para casa se abrisse.
Com o último raiar do sol, Sun-hee termina o seu feitiço.
— Temos o nome e a origem de seu sangue, consegui sua localização.— Sun-hee avisa para o deus.— Vamos.
— Está correta dessa vez?
— Perfeita.— ela diz retirando aquelas tantas camadas de roupas.
— O que está fazendo?— ele questiona a vendo se despir.
— Tirando essas idiotices.— com magia ela coloca uma roupa mais confortável e pega sua espada e adagas.— Vamos matar esse garoto de uma vez.
Taehyung sorri com a atitude a ex-esposa e a acompanha enquanto seguem o raio.
Sun-hee pulava por cima das casas e corria rapidamente até pararem no começo da floresta de onde vieram.
Uma flecha vem em sua direção porém é impedida por magia lunar.
— Ele está aqui.— ela sussura acumulando um pouco de magia em sua mão esquerda enquanto impunhava a espada Suns drop.
Jatos de água afiados vem em sua direção e são quebrados pela lâmina da espada.
— Saia garoto, não tem como escapar.— a deusa diz caçando com o olhar o menino.— Será rápido e tranquilo, tem minha palavra.
— Do que ela vale? Já tiraram tudo de mim, agora até minha vida querem levar também?— sua voz ecoava deixando confuso saber sua origem.
— Quem matou seu pai foi o antigo deus de Firenz, não temos nada a ver com isso.— Taehyung se coloca nas costas da mulher.
— São deuses, devem proteger e não matar.— ele diz lançando mais flechas e lâminas de água.
— Está me irritando menino!— Sunhee avisa quebrando árvores em sua volta para descobrir de onde ele estava os atacando.
Com o passo rápido Sunhee impunha sua arma no pescoço de quem caminhará em sua direção.
— Por que sempre chega de mansinho?— Sun-hee questiona indignada.— O que faz aqui?
— Os segui, aqui deve ser apenas uma armadilha.— Hyejin diz esbaforida.— Vamos procurar em outro lugar.
Taehyung rapidamente faz um laço com a luz lunar e derruba o menino da árvore.
— Armadilha? Está de que lado Hyejin?— Sunhee questiona se aproximando da garota enquanto Taehyung lutava com o garoto que tentava fugir.— Acho que confiei demais em você.
A lua brilha forte no meio do céu indicando, era meia noite.
— Mate-o logo Taehyung, temos dez minutos antes que se feche.
O menino usava a água dos lagos ali e Sun-hee o ataca com raios enquanto Taehyung o golpeia.
— Parem!— Hyejin se coloca na frente do menino o protegendo com magia.— Ele não merece morrer.
— Hyejin saia, antes que...
— Que o que? Me matem também?— ela grita.— Só irão o machucar sobre meu corpo, então podem começar me matando!
Sun-hee a olha incrédula.
— Saia... da... frente.— Taehyung diz empunhando sua espada em direção a Hyejin na esperança que ela saia da frente podem o menino é mais rápido o empalando com a espada lunar.
— Taehyung!— Sun-hee o segura antes que ele piore.
O portal começa a se fechar e Taehyung cai para trás entrando no portal desequilibrando Sunhee que lança um raio solar cortando o pescoço do garoto.
— Hyejin!— ela grita lançando um último feitiço contra a cidade.
Taehyung cai segurando seu ferimento antes de Sunhee colocar suas mãos estancando o sangue dourado que rapidamente vai se curando por conta própria.
— Maldito meio sangue!— Taehyung reclama com raiva.— O que faremos agora?
— Esperar, é o que devemos fazer.— ela olha para suas mãos ensanguentadas.
Porque? Por que não consegui fazer isso por Lucas aquela vez?
Era egoista dada as circunstâncias, mas era tudo o que ela pensava.
— Vamos, devemos contar isso para os outros.— ele a chama porém ela estava distante.— Hwang?
— Ela... não foi normal de uma maga aquilo.— ela diz se levantando.— Hyejin não é apenas uma maga.
— Então o que ela é?
— A outra semi deusa.— conclue andando pela floresta até a fonte que estava rala devida a magia do portal.
Sunhee corta sua mão sem muita cerimônia e pinga seu sangue colocando seu rosto logo em seguida, vendo algo que não imaginava.
"— Seong, ela está quase nascendo.— a mulher diz colocando seus braços envolta de sua barriga enquanto Seong segurava o pequeno menino de dois anos.— Os céus não irão sentir?
— Irão, mas está tudo bem.— ele acaricia seu rosto sorrindo leve.— Será uma menina linda.
— O que você fará com ela?
— Não podemos manter dois semi-deuses no mesmo lugar.— ele diz.— Temos Beomgyu, ele os céus matarão fora que ele tem a energia lunar, não há lugar para ele nos céus, porém Hyejin tem mana solar e eu conheço alguém que poderá cuidar dela até os reinos dos deuses cair.
— Quem?
— Min Ji-yen.— ele diz.— Minha velha amiga e me deve um favor.
Taehyung tira a cabeça da mulher da água após perceber que ela ficou por muito tempo.
— O que você viu?— ele pergunta a levantando.
— Ela é filha de Seong.— ela diz aérea caminhando.
— Hyejin?
— Sim, ela... ela é minha prima.— Sunhee diz perdendo as forças ao ponto de se apoiar em uma árvore.
Em questão de segundos sua cintura é tomada por Taehyung.
— Vem, eu vou te levar.
Taehyung os teleporta para o palácio que estava totalmente diferente.
— Namjoon juntou tudo mesmo.— Taehyung diz olhando em volta e vendo a sala dos tronos.
Dois grandes tronos, o do Sol e da Lua e abaixo os outros dos deuses que estavam sentados com feições preocupadas.
— Meus céus, vocês voltaram!— Yeji exclama correndo até eles.— Nós vimos o que aconteceu lá, vocês estão bem?
— Hyejin é sua irmã.— Sunhee diz sem escrúpulos.
— O que?— Hyunjin se levanta indo em direção da prima.
— Seu pai após o término se casou com uma mortal, tiveram uma filha e a mandaram para cá como sobrinha de Min Ji-yen.— ela conta.— Hyejin...
— Hyejin não sabe disso.— Hoseok avisa.— Ela também é o motivo do desequilíbrio.
— Devemos matá-la também?— Jimin questiona.
— Não... tentar matá-los causou mais terremotos.— Seokjin diz.— São crianças.
— São desvios.— Yoongi aponta.— Que outra alternativa nós temos?
— Acha certo matar ele mas não matá-la por ser de sua família?— Dylan comenta.— São iguais e nossa opinião não deve mudar apenas por isso.
— Deve haver algum outro jeito.— Jungkook diz.— Pesquisei na biblioteca real e já existiu outro semi deus antes da lei existir.
— E o que aconteceu?
— Ele foi morto.— ele conta.— Porém não sabemos o que fazer se ele continuar vivo, Sun-hee não pode matar apenas a parte mortal dele?
— Para que? Ele se tornar um deus por completo e se virar contra nós?— ela rebate.
— Tente conversar e não ser tão agressiva, ninguém quer morrer.— Hoseok fala.— Talvez seja isso o que ele quer, ter um lugar.
— Onde ele viveria? Seria deus do que?
— Tomaria o lugar do pai como deus da água e Hyejin...
— O que faríamos com eles? Não é fácil ter tantos deuses assim.— Hyunjin comenta.
— Tem como abrir o portal mais cedo Nam?— Taehyung questiona.
— Consigo, porém demora dois meses em vez de seis.— afirma.
— Tudo bem, pode começar agora.— Sun-hee diz respirando fundo.— Vou para meus aposentos, seguirei o Sol aqui, certo?
— Exatamente, pela manhã te mostraremos tudo.— Jimin sorri fraco.
Hyejin estancava o sangue com suas mãos tentando o curar o mais rápido possível.
— Aishi, está dando certo.— ela avisa vendo o corte cicatrizar.
— Uhm v-você...
— Não fale, seu pescoço ainda está machucado.— Hyejin se levanta procurando resquícios dos deuses.— Meu céu, eu trai os deuses!
— Pois é, por mim.— ele diz rouco se apoiando nela para levantar.— Temos que sair da cidade antes que eles voltem.
Eles se levantam rapidamente indo até a beira da floresta que separava as cidades.
— Merda, isso é uma barreira solar.— ela reclama se queimando ao tentar passar.— Sunhee fez isso.
— Talvez eu consiga.— ele tenta se queimando.— Magia Lunar.
— Magia Lunar? Quem fez o feitiço foi Sunhee isso é impossível.
— Eles são casados, o que é poder dele é poder dela.— ele diz óbvio.
— O que? Eles se odeiam.
— Agora, mas nunca revogaram o casamento aos céus.— conta.— Ainda são casados aos céus.
— Não pode ser... eles junto são...
— Mais poderosos.
— Destrutivos! Eles vão nos matar!
— Vão.— Beomgyu aceita.
— Não pode aceitar isso assim! Podemos conversar, barganhar eu não sei.
— Barganhar com deuses?— ele ri incrédulo.— Vou viver minha vida normalmente Hyejin, até os deuses chegarem, sugiro que faça o mesmo.
As lágrimas escorriam dos olhos da garota, borrando as manchas de sangue do garoto em seu rosto.
Ele rapidamente a abraça colocando seu rosto em seus peito, Beomgyu acaricia seus cabelos delicadamente em uma tentativa de acalma-la.
Com o raiar do Sol ela se limpa com magia caminhando com Beomgyu até a mansão que os deuses deixaram.
— Jovem senhorita, aonde estão os mestres?— a empregada chefe pergunta.
— Foram para a Capital, me deixaram aqui com Choi Beomgyu meu noivo, o tratem bem.
Choi parecia surpreso com a capacidade da menina de mentir, ele supõe que foi adquirida após tanto tempo ao lado de Sunhee já que além de tudo ela era uma ótima mentirosa tal qual Taehyung.
A garota se assustava com a junção dos dois, eles eram destrutivos juntos já que suas piores partes se complementavam quando estavam próximos, era a ela como uma bomba relógio, nunca sabia suas próximas reações.
— O que irá fazer agora?— ela questiona para o menino que se deitava na cama.
— Dormir e pela tarde irei dar uma volta por todo o centro, com esse tanto de ouro aqui posso fazer tantas coisas.— ele diz tranquilo.
— Sua tranquilidade ainda me assusta.— admite se jogando na cama ao seu lado.
— Antes eu sentia medo dos deuses, um medo que me deixava ansioso, acreditava que um dia eu sairia e os encontraria na minha porta.— conta.— Mas depois de um tempo eu só aceitei, demoraria mas eu deveria viver o que eu pudesse.
— Você viveu?
— Antes de morrer eu vivi, viajei muito e explorei lugares incríveis.
— Como você morreu?
— Estupido, mas foi uma picada de cobra.— ele ri.— Seong riu muito, mas cuidou de mim até eu crescer novamente.
— E ai?
— E ai depois disso eu sou o que sou hoje, já vivi o suficiente. Acredito que isso seja o bom de ser meio mortal, poder morrer.
— O que tem de tão belo em morrer?— questiona.
— Ué, não é óbvio? Os deuses já devem ter sido pessoas amáveis aos olhos de todos, hoje transmitem medo e imponência.— começa.— Viveram o suficiente para serem vilões, prefiro morrer como um herói.
— Não vê a beleza em viver para sempre? Poder ver o mundo se desenrolar, ver vidas incríveis, seu início, meio e final.
— Prefiro imaginar o final.— ele ri.— Quero saber o que acontece após a morte.
— Você vive na pós vida até poder reencarnar.— ela expõe.
— Sim, mas eu quero ver.
— Pode visitar esse reino.
— Nah, isso é sem graça.
Ela então ri com a complexidade dos pensamentos dele.
— Durma também, não planejo sair sozinho.
Tentando livrar seus pensamentos sombrios sobre a própria morte ela adormece.
O dia seguinte para os deuses foi de pesquisa, Sunhee estava tranquilamente trabalhando com Taehyung, ambos só se irritavam momentaneamente.
— O que fizeram com o meu jardim?— ela questiona abrindo o portão onde apenas ela era permitida entrar.
Sunhee caminhava sobre a neve revendo suas rosas agora espinhosas.
— Merda, ninguém cuida de vocês além de mim.— ela espeta lentamente seu dedo na rosa deixando seu sangue pingar.
As rosas se tornam um vermelho vibrante e ela sorri fraco.
— És linda como o sangue na neve.— ela se vira para ver o dono da voz.
— O que faz em meu jardim?— ela pergunta a Taehyung que carregava rosas lunares em suas mãos.
— Seu jardim? Eu entrei no meu.— ele expõe.
— Filho da puta, ele juntou os jardins.— ela caminha pesadamente pelos corredores até ver o portão lunar.— É, realmente esse é o seu jardim.
— Precisou de tudo isso para perceber?— questiona.
— Se me disser que o dia está lindo, irei até a janela confirmar se realmente é dia.— ironiza.— Então sim, eu precisei.
— Mentes mais do que minha pessoa.— diz sentando-se na cadeira com chás e pequenos bolinhos.— Se junte a mim.
— Há muitas rosas aqui.
— Há muitas flores de luna em seu jardim.— ele aponta.— Por que?
— Não sei, seu jardim reflete a mim.
— E o seu a mim.— ele beberica o chá quente.— Não me esqueceu?
— E você, me esqueceu?
— Não, não tem como te esquecer.
— Muito menos você.— ela diz.— Porém ainda me ama?
— Nunca soube diferenciar a vontade de te ver morta com o amor que sinto com você.
— Em que ocasiões me deseja morta?
— Quando está longe de mim, mas quando te vejo desejo que nada no mundo seja capaz de te ferir.— Taehyung a olha.— Sente o mesmo?
— Quero ser a única pessoa capaz de ferir, Taehyung.
— Está atrasada, já és essa pessoa a partir do momento que lhe vi chorar, seu rosto avermelhado é lindo como agora.— se refere ao rosto ruborizado pelo frio.— Sou ainda quem ama?
— És a partir do momento que pôs a lâmina em meu pescoço pela primeira vez.— ela ri se livrando daquele tom mórbido.— É doentio, deveríamos parar?
— Você sente dor?
— Quando você me corta, jamais senti dor.
— A mim também não, não é estranho?— Sunhee rapidamente pega a faca que estava na mesa e empala a mãos do Imperador na mesa.— Viu? Não fui capaz de sentir nada além do frio da lâmina.
Taehyung não mentira e Sunhee adorou comprovar a veracidade de suas palavras.
Ele rapidamente retira de sua mão e golpeia o coração de Sunhee fazendo os dois caírem na neve.
— Nada, nem um fisgar.— ela diz vendo seu sangue escorrendo junto ao de Taehyung.
— É tão linda quando sangra.— ele diz acariciando seu rosto com a mão onde a ferida ainda cicatrizava.
Era engraçado, a ferida que ambos faziam demorava um pouco mais para se curar.
— É tão lindo quando está assim, apaixonado.— ela diz vendo ele se aproximar de seu rosto.
Após tanto tempo eles finalmente voltaram a sua chama, era um amor doente, ardente e verdadeiro.
Ambos sabiam a dor de viverem separados, a dor de não ter o calor e o frio de seus toques.
Era doentio, todos sabiam, eles sabiam porém era inevitável.
Sunhee respira fundo vendo Taehyung a levantar e continuar o que faziam na neve, na neve gelada e sangrenta eles se amaram loucamente, eram loucos, psicoticos um pelo outro não era atoa que mal tiveram concorrentes até por que os céus protejam quem eles tentar separar.
O frio machucava suas peles, mas eles pouco se importavam, bagunçados sobre aquilo eles finalmente voltaram ser eclipse.