𝐒̶𝐓̶𝐀̶𝐋̶𝐊̶𝐄̶𝐑̶ ̶𝐍̶𝐈̶...

By lairy7aydi

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+16 | Ele é o puro diabo, ele é a pura maldição. Mas, ele é a maldição que eu mais desejo. MAEVE FAWLEY uma... More

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By lairy7aydi

Maeve Fawley.


— Eles são seus amigos, não meus.

TERCEIRA VEZ HOJE, a terceira vez que já discuti com a Ivanna hoje, apenas por uma estúpida festa. Ela se sentia presa em casa, queria se divertir, e obviamente eu compreendo isso. Mas o último lugar que eu quero estar é em uma festa, com pessoas bêbadas e repletas de hormônios.

Apesar de sermos melhores amigas, Ivanna tem seus milhares amigos, e eu tenho os meus. Os amigos de Ivanna me detestam de certa forma, e eles escondem o ódio deles por conta da escritora, a mesma que agora está pelejando aos prantos andando pelo meu quarto.

— Não seja difícil, Eve! — implorou, me agarrando pelos ombros, me sacudindo — Por favor!

Cansada de escutar os milhares de motivos da garota do porquê eu tenho que ir para essa festa, eu decidi ceder. Talvez apenas para ela finalmente calar a boca, mas foi inútil de qualquer forma. Porque agora ela falava sobre todas as opções de roupas que podemos usar.

Meus pensamentos estavam longe de vestidos, maquiagem e festa neste momento, meus pensamentos estavam na noite de alguns dias atrás.
A noite em que obviamente tinha alguém me perseguindo naquela rua escura e silenciosa.

Não me abalarei facilmente com isso, mas obviamente a ideia de ser algo terrível está me corroendo por dentro. A ideia do que poderia ser, talvez me apavore um pouco, afinal quem gostaria de ser perseguida?

Eu obviamente aparentava estar bastante pensativa, pois apenas senti um leve tapa ser transferido em meu braço, chamando a minha atenção. Eu deveria matar Ivanna apenas por essa maneira estúpida de chamar minha atenção.

— O mundinho dentro da sua cabeça está difícil? - perguntou sarcasticamente, voltando seu olhar para a trilha de roupa nos cabides — Eu não consigo escolher apenas um.

— Vista um por cima do outro. — Um sorriso travesso acolheu meus lábios, recebi um olhar de reprovação da mulher que tinha ambas mãos na cintura, negando com a cabeça.

— Patética. — Revirou seus olhos azulados, os olhos que logo se concentram em um vestido avermelhado, laterais entreabertas — Você vai vestir esse!

Senti o tecido ser fortemente arremessado em minha direção, não poderia negar, o vestido de fato era lindo e totalmente atraente. Mas porra, faz tanto tempo que eu não visto coisas assim, hoje talvez seja o dia.

Não questionei nada, apenas tirei a toalha que estava em torno de todo o meu tronco, tampando obviamente partes necessárias. Não me importava com a morena alí, ela estava amarrada demais em torno dos pensamentos de qual vestido usar.

O vestido subiu por todo o meu corpo que estava com o cheiro refrescante de pós banho, o vestido moldava as curvas do meu corpo. E caralho... Ver toda aquela minha silhueta do meu reflexo no espelho, fez eu me sentir bem pra caramba.

Passei ambas mãos pelo tecido firme do vestido, sentindo a textura, enquanto mantia meu olhar também firme no espelho, apreciando como eu estava me sentindo. Suspirei suavemente, mordiscando meu lábio inferior.

— Eu facilmente foderia com você. — Ao escutar a fala de Ivanna, rapidamente saio do maldito transe. Praguejei mentalmente quando senti meu rosto esquentar.

— Sua idiota! — Insultei brincalhona, arremessando um travesseiro em sua direção, que logo foi pego por ela — Você está menos feia.

Meu olhar viajou pelo vestido azulado com o tecido fino e suave, as costas nuas da mulher estavam visíveis, assim como suas pernas. Ela usava um salto baixo que à fazia aparentar ser mais alta.

Quando Ivanna voltou a se organizar, eu liberei meus fios acastanhados que antes estavam amarrados em um rabo de cavalo. Agora os fios ondulados e suaves caíram sob meus ombros e alguns pelas minhas costas. Passei a mão pelos fios, ajeitando.

Suspirei pesadamente, peguei o salto que estava em um canto abaixo da minha penteadeira. Calcei calmamente, enquanto voltava meu olhar para Ivanna que corria pelo quarto atrás dos seus pares de brincos. Soltei uma risada baixa ao ver ela quase tropeçando.

Minha risada se calou quando um toque de celular preencheu todo o cômodo, olhei para o meu celular que tocava sem parar. Ao perceber de quem pertencia a outra linha, rapidamente fui até o celular e o agarrei, atendendo a chamada.

Maninha? —  agora a voz suave e doce soou pelo cômodo, me fazendo sorrir feito uma estúpida.

Olá meu chorão — respondi sorridente, enquanto a risada gostosa do outro lado era bem perceptível — Como está indo as coisas aí na senhora Houng? — A senhora Houng era a mulher mais gentil e bem humorada que eu conhecia. Obviamente, Ivanna não puxou isso à ela, já que eram mãe e filha bem diferentes uma da outra.

— 'tá sendo ótimo! — O pequeno assegurou com sua voz eufórica — Ela até fez Cugui — soltei uma baixa risada ao ouvir o pequeno se embolar com a palavra.

Você quer dizer Cookie, querido? — Indaguei com uma risada ríspida — Fico feliz que esteja tudo bem aí, pequeno.

Passei minha mão pelos meus fios acastanhados, enquanto meu olhar ia para Ivanna que terminava de retocar sua maquiagem, voltei minha atenção para a ligação que eu estava, escutando como Nolann aparentava estar se divertindo. E caramba - isso me deixava feliz pra cacete - Suspirei aliviada.

Aproveite bastante. — Desejei, escutando uma despedida eufórica do garotinho, o mesmo que logo desligou a chamada, me deixando com um sorriso totalmente rendida.

Nunca senti esses momentos eufóricos de felicidade quando eu tinha a idade de Nolann, nunca tive esse momento para ser a criança que eu deveria ser. E eu faria de tudo pra ter aproveitado cada momento que seria impossível de termos novamente.

Eu queria dar para Nolann todo o carinho que eu nunca recebi do meu pai, porquê não quero que algo esteja faltando pra ele. Afinal, não só eu, mas as Houng's também darão esse amor e apoio, e eu nunca fiquei tão contente ao ver que haviam pessoas ao meu lado, me ajudando.

— Ei, cabeça de vento! — Escutei o chamado de Ivanna, levantando meu olhar, vendo a mulher de braços cruzados. A mesma deu uma voltinha, dando a mim toda a visão da sua produção.

— Podemos ir? — Perguntei ríspida, pegando a chave do carro de Ivanna, girando ela em torno do meu dedo indicador. A mulher assentiu, seguindo logo atrás de mim.

Bebidas alcoólicas, pessoas dançando em cima das mesas de madeira, até pessoas quase transando em cima delas sem o mínimo de vergonha possível. Aquela festa era um horror para qualquer mãe ou pai de um adolescente.

— Podemos ir embora? — Me virei sem hesitação para Ivanna, a mesma que já tinha um sorriso enorme estampado em seus lábios — Eu meio que já me arrependo.

— Você deveria ter deixado sua chatice lá em casa — soltou uma risada nasal, grudando seu braço ao meu, indo em direção da multidão envolta da fogueira.

Meus olhos rolaram para trás em negação, eu poderia facilmente correr daquele lugar, mas seria taxada obviamente de louca. Não que eu esteja muito longe de estar, porquê definitivamente eu estou ficando aos poucos.

Minha cabeça doía com a tamanha gritaria, esse era um dos motivos do porquê da festa ser em uma floresta no meio do nada, ninguém iria reclamar da gritaria e da música estrondosa. Não estava gostando, e estava reclamando pra cacete em minha mente, exigindo todos os insultos possíveis para Ivanna, que aparentemente estava se divertindo bastante.

A mulher de cabelos ondulados que antes estava ao meu lado, agora estava em cima de uma das mesas de piquenique, dançando com algumas garota que eu nem sabia que existia poucos segundos atrás.

Aproveitando que Ivanna estava negativamente focada em mim, me levantei do pequeno banco de madeira, me afastando daquele furdunço todo. Adentrando um pouco mais na floresta, admirando as árvores grandes, os galhos balançavam por conta da ventania forte.

Suspirei um tanto aliviada por ter me livrado daquele pessoal e de tudo aquilo, agora tudo estava mais calmo. Olhei envolta e tudo estava quieto, assim como eu desejei e esperei que estivesse.

As folhas secas estavam espalhadas pelo chão, a cada passo o barulho ecoava pela floresta. Ainda era possível escutar o som da música bem baixo, continuei andando sem rumo, estava um breu terrível, como se a escuridão engolisse a floresta por completo, o brilho da lua era única iluminação para não me deixar sem visão total.

Olhei para os lados, eu estava sozinha. Pelo menos era nisso que eu gostaria de acreditar, pós apesar disso, eu sentia uma maldita presença comigo. Aquele pensamento me fez ficar com a respiração desregulada, me deixando de certa forma nervosa.

Escutei passos distantes, como se eles estivessem em minha direção, não era um animal. Eram passos extremamente bem regulados para ser um animal, o inquilino vinha lentamente, mas eu não fazia ideia em que direção estaria. Senti meu corpo enrijecer, cerrei meus punhos, olhando ainda para os lados.

— Ivanna? — O chamado pelo nome da mulher saiu arrastado, como um suspiro medroso e profundo. Quem quer que seja naquele momento, queria me fazer de estúpida.

Me abaixei lentamente, meus dedos se afundaram na areia úmida, sentindo calafrios. Senti a ponta dos meus dedos tocarem em uma pedra, fechei meu punho, a pedra agora em minha mão discretamente.

Senti novamente a maldita presença, um calafrio percorreu todo meu corpo novamente quando senti uma quente respiração ofegar na minha nuca, me fazendo rapidamente virar para trás. Porém, antes que eu me vire bruscamente, senti a mão firme pressionar toda a região da minha boca, me fazendo paralisar.

— Quietinha... — uma voz masculina sussurrou arrastado, levei uma das minhas mãos até a mão que estava ocupada tampando minha boca, tentando me soltar de seu aperto. Me contorci, debatendo meus pés ao máximo.

Minha outra mão estava ocupada igualmente, com a pedra que havia pegado pouco tempo atrás, afirmei meu aperto entorno da pedra. Sem hesitação alguma, ergui meu braço para trás, acertando fortemente a pedra na lateral do rosto desconhecido. Quando senti seu aperto afrouxar, ele elevou a mão até onde foi atingindo.

Ergui meu braço novamente, o trazendo para trás do meu corpo, atingindo o estômago do homem que me soltou ao levar ambos braços agora até a região da barriga. Assim que o movimento foi feito, me afastei rapidamente, minhas pernas tomaram conta própria, correndo o mais rápido que eu conseguia.

— Filha da puta! — O homem berrou, cerrando os punhos com força.

Olhei para trás rapidamente, vendo que o desconhecido que tampava seu rosto com uma máscara preta ainda me perseguia, suas longas pernas faziam que ele chegasse cada vez mais perto, me fazendo gritar. Uma excitação tomou conta do meu corpo por inteiro, ele não parecia disposto a parar até eu mesma decidir isso. Uma coisa que eu obviamente não faria de jeito nenhum.

Quanto mais eu corria, ele parecia ficar mais distante, então isso apenas deu motivação para correr ainda mais, até eu não ver mais silhueta nenhuma. Mas isso não me impediu de continuar correndo, eu queria estar o mais longe possível.

Fazendo um barulho terrível ao pisar desesperada sob as folhas secas espalhadas no chão, não ousei olhar para trás naquele momento, continuei a correr como se não houvesse um infeliz amanhã. Até sentir um corpo colidir junto ao meu, me fazendo ir de encontro com o chão.

Olhei para cima apavorada, até ver os cabelos ondulados morenos e a expressão confusa, Ivanna me olhava de cima para baixo ao meu ajudar levantar do chão. Olhei para trás, não tinha mais ninguém, exceto eu e Ivanna, isso me fez sentir um enorme alívio, deixando meu corpo relaxar.

— Ivanna! — Brandei o nome da mulher em minhas frente, me sentindo bem mais calma ao vê-la. Passei ambas mãos pela minha veste, limpando a sujeira que se encontrava-se no vestido.

— Não some assim, você me deixou preocupada! — A mesma clamou, cruzando os braços em frente ao corpo, uma feição de reprovação. — A sorte sua é que eu estou com vontade de ir pra casa.

Suavizou a feição, jogando seu braço por cima do meu ombro, me levantando para mais perto do seu corpo, me direcionando para fora daquele breu. Meu coração ainda acelerado, não parava de pensar no acontecimento anterior.

No fundo algo me dizia que ainda tudo poderia piorar...

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@ autorafaye.

Estão gostando da história?

O ponto de vista do nosso stalker já está bem pertinho, preparem os corações.

;)

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