~~Junho de 1959~~
"Olá Pai." Uma mulher de cabelos bastante escuros disse enquanto estava em um penhasco rochoso olhando para o oceano agitado.
"Hel! Minha linda mais linda de todas as minhas filhas!" Loki disse enquanto se aproximava de sua filha e lhe dava um beijo em sua bochecha decadente.
"Eu sou sua única filha." Ela disse olhando para o pai.
"Não muda o fato de você ser linda." Loki disse a ela com uma piscadela.
"Não que não seja bom ver você... mas o Pai-de-Todos nos proibiu de nos encontrarmos." Loki disse enquanto agarrava sua mão decadente e começava a valsar no topo do penhasco ao som do mar abaixo. "Não que eu faça tudo o que ele diz, mas você sabe que não quero ser pego fazendo travessuras... É mais divertido assistir se eles não sabem que estou tramando alguma coisa." Loki sorriu e Hel revirou os olhos para as travessuras de seu pai.
"Você sabia que eu tinha três filhos?" Hel perguntou enquanto colocava a cabeça no ombro do pai enquanto dançavam.
"Claro, Antioquia, era um Grifinório impetuoso que se jogava em todas as brigas que podia, assim como seu tio Thor." Loki disse enquanto girava Hel para longe dele e de volta para seus braços. "Cadmo simplesmente não era divertido. Lufa-lufa chata. No entanto, Ignotus, eu fui abençoado com travessuras. Ele era da minha casa."
"Estou ciente." Hel disse com um olhar inexpressivo no rosto.
"O que é isso, meu querido?" Loki perguntou enquanto parava de dançar e inclinava o rosto de Hel para ele para ver seus olhos.
"Eu ainda tenho dois herdeiros neste mundo... todo o resto morreu. O herdeiro de Cadmo é um louco que eu preferiria arrastar para Niflheim e alimentá-lo com meus Draugr do que vê-lo deixar sua semente neste mundo." Hel suspirou e afastou-se olhando novamente para o mar.
"O segundo herdeiro?" Loki perguntou enquanto pegava a mão dela em decomposição, levando-a aos lábios para beijá-la antes de apenas segurá-la confortavelmente.
"O herdeiro de Ignotus... ele é o último e não pode ter filhos. Você pode curá-lo? Não quero que o filho de Cadmo seja o último dos meus herdeiros em Midgard." Hel olhou para o pai.
"Eu não sou um curandeiro... mas deixe-me conhecê-lo e verei o que posso fazer... ele sabe sobre você?" Loki perguntou.
"Mais ou menos..." Hel respondeu com malícia brilhando em seus olhos. Loki jogou a cabeça para trás e riu fortemente na brisa do mar.
~~**~~
Dorea e Charlus Potter tinham acabado de se sentar no solário, onde gostavam de jantar quase todas as noites. O solário era de vidro em três lados com cobertura de vidro. Isto permitiu-lhes ver o terreno que rodeava a sua casa senhorial. A mansão deles ficava no topo da gêmea de Stinchcombe Hill. Os Potter sempre tiveram algum tipo de casa no topo daquela colina desde antes de Guilherme, o Conquistador, chegar à terra, no entanto, a população local esqueceu-se da colina gêmea quando o Estatuto Internacional de Sigilo entrou em vigor. Para grande desgosto da família Potter, que ganhou dinheiro com os trouxas locais com suas poções de cura.
"Ooh... Torta de Pombo..." Loki disse enquanto dava uma mordida na massa de carneiro. A varinha de Dorea estava fora do coldre de pulso e apontada para Loki, que estava sentado em frente ao marido, bem ao lado dela. Charlus, entretanto, não estava olhando para Loki, mas para a mulher que estava sentada ao lado dele. Ele lentamente puxou uma capa do bolso e observou a mulher revirar os olhos para ele.
"Você não vai precisar disso. Não estou aqui para te levar embora; apenas falo com você." Ela disse a ele. "Pai, comporte-se." Ela se virou para seu companheiro, que estava ignorando a mulher com a varinha apontada para o rosto enquanto ele servia uma segunda porção. "Você sabe quem eu sou?" Ela perguntou ao homem.
"Morte." Charlus respondeu.
"Sim, eu sou Hel, Deusa da Morte... e sim, eu dei ao seu ancestral, Ignotus Peverell, aquela capa de invisibilidade."
"Foi para lá que minha capa foi! Hel, você não rouba do seu pai! Estou procurando essa capa há séculos." Loki reclamou com a boca cheia.
"Feche a boca quando comer e depois fale." Dorea e Hel repreenderam Loki ao mesmo tempo em que Charlus lutava para não rir.
"Hel, essa capa é a única coisa que me deixa invisível perto da sua avó, ela não consegue ver através dela. Não posso pregar uma peça nela sem ela." Loki choramingou.
"Ah... então foi por isso que a avó me deu." Hel disse olhando para as unhas da mão não deteriorada. Olhando para Charlus ela perguntou: "você conhece a verdadeira história dos três irmãos?"
"Eu sei que Ignotus Peverell foi meu ancestral e que ele recebeu uma das Relíquias da Morte, assim como seus dois irmãos. Se a história sobre o rio era verdadeira ou não, eu não sei."
"A história do rio não era verdadeira, porém a destruição que a Varinha das Varinhas cria e a morte de Antioquia eram verdadeiras, assim como a depressão que a Pedra da Ressurreição causa, resultando no suicídio de Cadmo. da Capa da Invisibilidade." Hel disse com uma piscadela.
"Por que você presenteou os três irmãos?" Charlus perguntou ao mesmo tempo que Dorea perguntou: "Por que você está aqui?"
"Estamos aqui porque Antioquia não tinha herdeiros. O herdeiro de Cadmo é louco e eu preferiria arrastá-lo para o Inferno, você diria, e o herdeiro de Ignoto é infértil." Hel afirmou olhando para Dorea, Charlus desviou o olhar envergonhado. "Eu me recuso a permitir que MEUS herdeiros morram em Midgard. Antioquia, Cadmo e Ignotus eram MEUS filhos. Eu os presenteei com o que vocês chamam de Relíquias da Morte porque eles eram meus filhos e eu queria ajudá-los. Antioquia era um mago poderoso que tive dificuldade em encontrar uma varinha que funcionasse para ele, por causa disso ele foi provocado em Hogwarts, chamado de aborto, quando na verdade ele era filho da Deusa da Morte! Eu fiz para ele uma varinha que funcionaria para ele como o filho da Morte. A esposa de Cadmo morreu no parto, eu queria dar ao meu filho e à minha nora uma maneira de ficarem juntos mesmo após a morte. Ignotus assim como meu pai, Loki, era cheio de travessuras. Seu jogo favorito quando criança era o que você chamaria de esconde-esconde. Seus irmãos mais velhos sempre o encontravam e que como o bebê da família o deixava triste, ele queria ganhar para variar. Minha avó cansada de ser pegadinha pelo meu pai viu as lágrimas do meu filho e me deu a capa para dar a ele".
"Como alguém pode estar cansado de receber uma pegadinha?" Loki perguntou enquanto se inclinava na cadeira equilibrando-se nas duas pernas traseiras. Hel baniu as duas pernas fazendo com que Loki caísse no chão.
"Eu não sei pai, não vejo por que alguém não gostaria de receber uma pegadinha." Hel disse rindo enquanto Charlus e Dorea riam da desgraça do Deus da Travessura e do Caos.
Loki ajeitou a cadeira e sentou-se bufando, olhando para Charlus e perguntou: "Onde você é lufa-lufa na escola?"
"Não, eu era da Grifinória enquanto Dorea aqui era da Sonserina." Charlus afirmou olhando para Loki e percebendo alguns traços familiares entre Loki, sua filha Hel e ele mesmo.
"Grifinória? Como você é da Grifinória? Quando sua esposa me notou pela primeira vez, sua varinha estava na mão, pronta para explodir minha cabeça enquanto você procurava sua... MINHA capa de invisibilidade para se esconder. Você parece ter suas características misturadas. ."
"E como você sabe tanto sobre as características de Hogwarts?" Dorea perguntou entre mordidas enquanto jantava.
"A última vez que estive em Midgard assumi o nome de Salazar Slytherin." Loki afirmou.
"Merlim!" Charlus exclamou olhando para Loki.
"Não, Salazar. Merlin era um charlatão de segunda categoria que enganou as pessoas fazendo-as acreditar que ele era a segunda vinda de Myrddin Emrys só porque ele era um falecido do homem. Agora, Myrddin foi um grande mago e profeta, um dos últimos magos de batalha ."
"Não pai, quando um dos Seidr/Seidrmenn diz 'Merlin' é equivalente a dizer 'Meu Deus' ou 'Pai de Todos' de surpresa, ele não estava te chamando de Merlin." Hel respondeu balançando a cabeça para o pai.
Loki olhou para ela, revirou os olhos e piscou para Charlus. "Mais uma vez, por que as características trocadas?"
"Eu sou um Mestre de Poções, mas minha esposa é uma Auror. É por isso que ela é rápida com a varinha." Charlus afirmou enquanto continuava seu jantar. "Então, o que a família Potter pode fazer pelos nossos ancestrais que nos presentearam com sua presença esta noite?" Charlus perguntou.
"Você pode fazer sexo." Loki disse sério. Tanto Loki quanto Hel começaram a rir do olhar vazio que Charlus lhes deu e do olhar incrédulo que Dorea lhes deu. "Não, tataraneto, ou algo assim. É o que podemos fazer por você." Loki disse com um sorriso malicioso.
"O...ok. O que você pode fazer por nós?" Dória afirmou.
"Eu posso te dar um bebê." Loki disse com uma piscadela e um sorriso malicioso.
"Eu não vou fazer sexo com você!" Dorea rosnou.
"Nem eu, você. O Pai de Todos ficaria chateado se eu fosse pai de outro filho." Loki disse revirando os olhos.
"Seu marido tem o invólucro do esperma, mas não há nada dentro, e é por isso que você não consegue conceber." Hel afirmou.
"Se você realizar magia sexual durante o solstício de verão, então eu, o Deus Loki, posso entrar no esperma de seu marido e terminar a ação. Essencialmente, seu filho teria três pais, uma mãe e dois pais, mas eu não seria geneticamente o pai de seu criança... que seria eu mesmo. Ooh... ooh... Hel, eu seria meu próprio avô!"
"Não, não, você não faria isso. Você pode ser um pouco menos louco?" Hel respondeu revirando os olhos para as travessuras de seu pai. "Loki se tornaria seu filho e viveria a vida de um bruxo. Ele não saberia que era o Deus Loki, qualquer teste dos pais mostraria seu pai como Charlus Potter. Como todos os deuses, ele seria imortal, mas qualquer ação que normalmente resultaria na morte, suas memórias seriam liberadas e ele deixaria de ser o bebê Potter e seria o Deus Loki novamente. Qualquer filho gerado pelo bebê Potter seria geneticamente um Potter.
"Essencialmente, eu nasceria de você, cresceria em um ritmo Midgardiano normal, teria filhos que seriam Midgardianos e 'espero' fora da vista do Pai de Todos, envelheceria e morreria, liberando-me para ser um Deus novamente. Isso vai acontecer. seja tão divertido!" Loki disse batendo palmas e quicando em sua cadeira.
Charlus e Dorea se entreolharam e depois para Loki, "Ele seria tão hiperativo quando criança quanto é agora, quando adulto?" Dorea perguntou a Hel.
Hel e Loki recuaram e riram: "Sim... meu irmão Fenrir é igualmente hiperativo. Desculpe, essa é uma característica de Loki. Eu tenho algumas preocupações..." Hel afirmou olhando para Charlus. "Você não é naturalmente infértil. Você foi amaldiçoado."
"Sim, quando era um jovem exasperante, lutei na guerra contra o Lorde das Trevas Grindelwald, quando voltei do continente para casa descobrimos que estava amaldiçoado." Charlus afirmou.
"Minha preocupação é que não foi um inimigo conhecido que te amaldiçoou, mas sim um inimigo oculto, que finge ser um aliado."
"Quem?" Dorea perguntou parecendo preocupada entre Charlus e Hel.
"Não sei, as Nornas escondem isso." Hel afirmou.
"Longbottom." Dorea afirmou com um aceno de cabeça e semicerrou os olhos para o marido. "Augusta Prewett não ficou feliz por você ter se casado comigo em vez dela."
"Não, posso dizer que não é Longbottom. A família Longbottom sempre estará do lado e protegerá a família Potter." Hel disse olhando para Dorea. "Eles fizeram um juramento familiar que não pode ser quebrado, nem mesmo pelos cônjuges."
"Nornas?" Charlus perguntou enquanto voltava à conversa.
"As Destinos... três irmãs que gostam de brincar com o destino... profecias são enviadas aos videntes e profetas pelas Nornas/Destinos."
"Besteira." Charlus disse.
"Sim, exatamente o que pensei." Hel afirmou.
"Destino, amigos... eu sou um Deus, eles não têm controle sobre mim." Loki afirmou enquanto fazia malabarismos com algumas facas. As sobrancelhas de Hel, Charlus e Dorea se ergueram em descrença com essa afirmação.
"Não os tente, pai!" Hel repreendeu. "Você sabe muito bem que as Normas podem brincar com o destino dos Deuses. Meu irmão Jormungandr está fadado a matar seu irmão Thor! Meu irmão Fenrir está fadado a matar seu pai Odin! Só porque você é um Deus não significa que o Destino o faça. não tenha participação no seu destino!"
Hel estava gritando com o pai no final de seu mini-colapso. Loki pegando as três facas separando-as em três Loki antes de se tornar uma novamente. "Sinto muito, querido. Tentarei não tentar as Normas." Loki disse enquanto caminhava até onde Hel estava e a abraçava, beijando sua bochecha decadente, ele se abaixou e pegou a cadeira que ela havia derrubado e segurou-a como um cavalheiro para que ela pudesse se sentar novamente.
"Você gostaria de um pouco de chá, minha querida?" Dorea perguntou enquanto olhava para Hel.
"Sim por favor." Hel respondeu ainda tentando recuperar o fôlego.
"Morrigan, serviço de chá para quatro, por favor." Dória disse. Nem um momento depois, uma pequena elfa em um vestido vermelho com o brasão de Potter no coração apareceu e colocou um bule de chá com quatro xícaras ao lado de sua Senhora, havia creme e açúcar, e pequenos doces também incluídos.
"Seu Brownie tem o nome da Deusa Celta da Guerra?" Loki perguntou enquanto se sentava e começava a pegar um doce, apenas para levar um tapa de Dorea.
"Ela é uma elfa doméstica." Dorea afirmou enquanto servia chá e doces a Hel antes de servir ao marido e depois a si mesma. Os lábios de Hel se curvaram em um sorriso fechado enquanto ela observava seu pai se contorcer antes de Dorea finalmente servi-lo.
"A mesma coisa. Assim como os Anões são Goblins. Elfos são Altos Elfos da Corte Seelie. Elfos Negros/Gigantes de Gelo/jötunn são Elfos da Corte Unseelie. Os Jötunn também são chamados de Gigantes. Trolls são Trolls." Loki disse com desdém. "Então magia sexual?"
"Não é discutido na mesa de jantar!" Dorea afirmou e deu um tapa na mão de Loki novamente enquanto ele pegava outro doce.