HEARTLESS

Galing kay mallaniebooks

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+18| Sem Coração Na cidade de StaryVille é dividida em dois lados: o lado certo e o lado errado. Nela, existe... Higit pa

A V I S O S
D E D I C A T Ó R I A
E P Í G R A F E
P R Ó L O G O
1) Segredos e Riscos
2) Ligação Proibida
3) Noite Quente
4) Lágrimas Idiotas
5) Dia Infernal
6) Lugar Louco
7) Coitadinha
8) Mais Um
9) Feita de Aço
10) Se Esconda
11) Achou
12) Alta Velocidade
13) Loucura
14) Jogos de Tabuleiro
15) Chamas de Desafio
16) Pequena Presa
17) Jogo Perigoso
18) Pervetida
19) Nuit Noire
20) Nuit Noire #2
21) Nuit Noire #3
22) Confia Nele?
23) Vingança
24) H.G
25) La Nuit du Diable

26) Ela > Lucca

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TRÊS ANOS ATRÁS
Hades Gunnar

Eu não imaginava que Lucca faria um espetáculo tão cruel; foi como uma facada no meu coração — principalmente no dela. Uma jogada suja, até mesmo para ele. Observo seu sorriso satisfeito com uma expressão fechada, como se ele tivesse conquistado um prêmio, o prêmio da babaquice.

Lucca dá passos à frente, emaranhando-se nos fios do microfone, que cai do palco com estrondo. O público se silencia com o impacto. Pessoas se aproximam para ajudá-lo, mas ele as rejeita, insistindo que está tudo bem.

Jessy sentiria vergonha ao ver seu irmão nessa situação; ela tem tanto orgulho dele. Jessy o defenderia com unhas estiletes e dentes afiados. Às vezes, sinto inveja da relação deles, algo que nunca poderia ter com meu irmão.

Lucca se levanta, oscilando para os lados, retornando à nossa mesa. Colide com uma garçonete, assobiando para ela, antes de retomar seu assento, onde nunca deveria ter saído. O cenário ao redor reflete o turbilhão de emoções, e eu permaneço ali, impactado pela complexidade da situação.

— Por que está com essa cara, Hades? — ele pergunta, rindo, enquanto se serve de mais whisky. — Parece que viu o próprio demônio...

Estreito os olhos, desacreditando no que acabei de ouvir. Lucca beberica o álcool, mantendo seu olhar fixo em mim.

— Olha, ela é uma vagabunda vadia. — ele diz, ficando sério e cruzando os braços sobre a mesa. — Cara, ela tentou te matar duas vezes.

— Sobre isso, eu não preciso de ninguém para resolver o meu problema com Faith, eu mesmo resolvo com muito prazer.

— Com o seu pau dentro dela? — ele rebate.

— Se for preciso, eu coloco filhos nela.

Ele ri da minha afirmação, recuando na cadeira e retirando os braços da mesa. Qual é o problema dele?

— O que faria se Jessy estivesse naquele telão? — pergunto, dando um gole no vinho da minha taça.

— Não fale dela! — ele rosna, se aproximando da mesa novamente. — Eu mataria qualquer pessoa que fizesse isso com ela.

— Eu mataria você, porque você fez isso com ela. — minha resposta é calma, mas carregada de firmeza.

Lucca cessa o sorriso instantaneamente, intensificando seus goles no álcool. Eu me recosto na cadeira, observando ao redor. Os mafiosos mantêm seus olhares voltados para nossa mesa, claramente atentos à nossa conversa e ao clima carregado que se desenrola.

Meus olhos permanecem fixos nos de Lucca, profundos e intensos como o negro do carvão. A troca de olhares revela uma batalha silenciosa entre nós, onde as palavras não são mais necessárias para transmitir a guerra.

Não tenho a surpresa quando dois capangas de Paul aparecem para me levar. Ambos estão vestidos com ternos pretos e armas estão apanhadas, apontando para mim.

Sorrio me levantando da cadeira. Agora, tenho toda a certeza de que todos estão observando essa cena digna de uma gravação.

— Hades, o sr. Leclerc mandou nós virmos buscá-lo. — diz o capanga, andando para trás de mim e pegando minhas mão para algemar os meus pulsos.

— Eu conheço muito bem o procedimento.

Meus olhos se fixam no rosto surpreso de Lucca; ele claramente não antecipava que os homens viriam me buscar aqui, especialmente a esta hora.

Toque nela e eu te mato. — digo, encarando Lucca com um sorriso. Ele engole em seco, paralisado.

O capanga empurra meus ombros, me fazendo andar, mas ainda estou encarando o rosto de Lucca.

— Vamos, o sr. Leclerc está te esperando lá fora.

Desviando das mesas e de pessoas curiosas, com seus celulares gravando toda essa cena, andamos até a saída dos fundos. Para um grande evento, não seria adequado sair um Gunnar pela porta da frente sendo preso por transar com uma proibida.

Finalmente do lado de fora, observo o lixo espalhado pelo chão, causando um mau cheiro do caralho.

Inesperadamente, um dos homens, virou o meu corpo para si e acertou um soco no meu estômago. O outro, decide me segurar por trás, enquanto o outro estabelece mais e mais socos por todo o meu corpo.

Me vem a mente Faith encima de mim — não de uma boa maneira, me acertando facadas pelo meu corpo. A camisa preta foi ficando cada vez mais encharcada de sangue.

Sofri com os golpes de Faith, tive que me costurar e obriguei a Lyra para não contar a ninguém sobre esse meu pequeno problema.

Nunca recebi treinamento formal em primeiros socorros, mas tive que aprender na marra como controlar uma hemorragia e costurar a pele. Tantas e tantas vezes, muitas delas feitas pelo velho.

O gosto de sangue tomou conta da minha boca, incapaz de segurar, cuspo o sangue todo para a fora. Observo bem o rosto do capanga. Ele concerteza vai pagar pelo o que fez.

— Vocês são só cadelas de Paul, descartáveis prontos para morrer a qualquer momento. — falo, começando a rir, cuspindo mais sangue no chão.

— Mas só você está sendo tratado como uma.

O capanga ri e ameaça a me dar um soco novamente, mas o chamado de Paul para ele. O outro homem me solta e tenho que me segurar nas paredes para não cair no chão.

Leclerc não fala nenhuma palavra, apenas aponta sua arma na cabeça dos capangas e prontamente atira nos dois. Dois tiros para duas mortes.

Observo toda a cena calado, não me movendo do lugar. Paul guarda a arma dentro do seu paletó e olha o seu relógio de ouro no pulso.

— Perdão pelo inconveniente, Hades.

— Só se você me liberar. — falo, observando-o andar até mim.

Paul ri da minha cara e depois me acerta uma cabeçada, me segurando contra parede e me pressionando. Sinto o sangue escorrer do meu nariz.

— Não pode infringir as regras da punição, criança. — diz olhando para os meus olhos com fúria. — Você fodeu uma linda garota Phyok e ainda filmou ela, agora deverá pagar com sangue...

Sorrio para ele, mantendo nosso olhar conectado. Recolho sangue e saliva na boca e cuspo em seu rosto; Paul fecha os olhos momentaneamente, mas os abre novamente.

— Você não deveria ter feito isso.

— Eu faço tantas coisas que não devia.

Paul me solta e dá alguns passos para trás, abrindo o paletó e retirando um pano branco que rapidamente se mancha com meu sangue em seu rosto.

— Qual foi a sua experiência por quase ter morrido apostando racha? — pergunta, jogando o paninho no chão e passando a mão pela barba.

— Eu não tive nenhum acidente até agora. — digo, observando seu corpo que se aproxima do meu novamente.

Ele ri da minha afirmação. Ele sabe de alguma coisa, como o líder dessa cidade não saberia nada do que estivesse acontecendo?

— Eu te reconheceria até nos seus piores momentos Hades. — fala, finalmente ficando de frente comigo novamente.

— Eu não sei do que está falando.

— Você é o Corredor Fantasma, aquele que ganhou muitas corridas até chegar a grande final... Como conseguiu enganar todos?

— Eu tenho os meus truques. — digo, sorrindo e debochando.

Paul finca os seus dedos dentro de uma das facadas de Faith. Solto grunhidos quando ele pressiona cada vez mais a ferida.

— Você vai me obedecer, vai ser meu por um dia inteirinho, até não sobrar nada do seu corpo para sua mamãe chorar encima do seu caixão.

Minha visão foi ficando cada vez mais turva, enquanto seus dedos se movimentavam dentro de mim.

Meus olhos se fixam em uma pessoa atrás de Paul. Os cabelos loiros caídos para frente, vestindo roupas de garçonete que lhe caem bem, mas seus olhos, que tanto aprecio, apresentam medo.

Faith limpa os olhos e percebo suas mãos tremendo intensamente. Ela cruza os braços, como se estivesse criando um escudo contra o caos que se desenrola à sua volta.

— Sr. o carro está pronto. — escuto uma voz masculina, muito longe dessa minha realidade.

Paul tira seus dedos de dentro do meu estômago e da leves tapas nos meus ombros.

— Ajude ele e leve até o carro.

Leclerc desaparece da minha visão como um borrão, mas meus olhos só consigam focar nela, como uma obra de arte. Minhas pernas fraquejam, e o homem me segura antes que eu desmaie no chão. Ele me envolve, auxiliando-me a caminhar em direção ao carro BMW vermelho.

Meus olhos se fecham por alguns segundos e, ao abri-los, ela não está mais lá. Foi como uma sombra, presente em um instante e desvanecendo no próximo.

Esta foi nossa despedida, pois não a verei tão cedo agora. Mesmo que ela me odeie e deseje minha morte, farei o impossível para protegê-la de qualquer ameaça. — principalmente de homens.

Comentem e votem, me ajuda a saber se estão gostando da história e se devo continua-lá.
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Feliz aniversário bunnyn_tdp, um grande beijo e muitas felicidades. 💖✨️

"Jogue-me para os lobos e eu voltarei liderando a alcateia." — Seneca

Ipagpatuloy ang Pagbabasa

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