Minha felicidade tem olhos ca...

By anonymous_girl829

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Lúcia se muda pra Los Angeles, com sua família e quando chegam na nova casa. Ela descobre que o garoto que el... More

1- Lúcia
2- Oliver
3- Lúcia
5- Lúcia
6- Oliver
7- Cameron e Amy
8- Lúcia
9- Oliver
10- Lúcia
11- Oliver

4- Oliver

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By anonymous_girl829






               Continuei andando mesmo ouvindo Lúcia me xingando, entrei dentro de casa achando que meu pai já estava dormindo. Abri a porta da cozinha devagar, e ao me virar ele estava atrás de mim.
                    - Porque você está entrando molhado na minha cozinha? - disse ele com os braços cruzados, e nervoso.
                   - Eu estava na piscina, e eu vi o senhor olhando pela janela do seu quarto. - respondi, e ele me deu um tapa na cara.
                    - PORRA OLIVER! A filha do meu sócio é nosso vizinho. - disse ele aumentando a voz. - Fique com quem quiser, menos ela.
                     Ele pegou o copo de uísque e quando ele saiu, eu gritei:
                      - Eu sou adulto, e eu posso ficar com quem quiser.
                      Ele começou a rir da minha cara e se aproximou:
                     - Você acha mesmo que ela ia gostar de alguém como você? - ele me perguntou, rindo. - Com problemas, cheios de defeitos e que nunca faria ela feliz?
                     Minha vontade era de responder e gritar com ele, porém não estava afim de apanhar de novo. Apenas concordei com oque ele disse, e sai o deixando sozinho na cozinha.
                    Ao subir as escadas para meu quarto, Júlia estava descendo as escadas.
                     - Não escuta oque ele diz, e mentira é você sabe. - ela me disse, com aquela voz doce.
                    - Eu acho que é verdade, por isso as pessoas que eu amo se afastam ou vão embora. - segurando pra não chorar, terminei de dizer. - Porque eles me veem como eu sou, meus defeitos e meus problemas, e principalmente o caos que eu sou.
                     E quando ela abriu a boca pra falar alguma coisa, eu não deixei. Apenas me virei e continue subindo as escadas, e fui direto para meu quarto. Me joguei na cama, como sempre fazia ao brigar com meu pai.
                     Não liguei nenhuma luz, só fiquei ali no escuro. E uma luz veio da janela, fui fechar a janela e era o quarto de Lúcia que estava iluminando o meu. Vi ela entrando de cabeça baixa e triste, então fechei as cortinas antes que ela me visse. E sentei no chão e me encostei minha cabeça na cama, e fiquei ali refletindo.
                     Quando ia ao psicólogo, ele me pedia para escrever em um caderno oque eu sentia. E sempre resolvia, então dentro de uma caixa de baixo da cama eu escondia ele. E fui em uma folha limpa e comecei a escrever.

" Querido Diário,

              Essa é uma das milhões de vezes que venho escrever sobre isso, depois de discutir com meu pai. Faz muito tempo que não escrevo nada, porém nada mudou.
              As vezes acho que meu pai tem toda razão, ninguém vai gostar do caos que eu sou. E quando ela ver meus defeitos e problemas, ela vai embora como todo mundo sempre faz. Como a Marry fez.
               E graças ao caos e confusão que eu sou, a garota que eu apaixonado a 3 anos vai acabar se machucando. E eu nunca quis a machucá-la, e sim a fazer feliz. Porém eu Oliver Blake nunca vou poder fazer Lúcia Ramirez feliz..."
  
                   E antes que eu pudesse terminar de escrever, Olívia chega de fininho no meu quarto. Ela se sentou no chão ao meu lado, e fechou o caderno e me abraçou forte.
                  Ela passou a mão onde o nosso pai me deu um tapa, e disse:
                  - Ele te bateu de novo? - com os olhos de lágrimas. - Oliver isso está passando dos limites, duas vezes em 1 noite, sempre te bate por nada.
                  Eu abri um sorriso e respondi:
                 - Melhor ele bater em mim, do que em você Olívia. Eu sei que o papai nunca vai mudar, ele sempre foi um alcoólatra.
                   Olívia sempre chorava quando o papai me batia, e mesmo tendo vontade de chorar também. Eu apenas respirava fundo, e fingia que tava tudo bem.
                  - Eu deveria ter apanhado por causa da briga, não você. - disse ela, com voz de choro.
                  - Enquanto eu tiver vivo, o papai nunca vai encostar um dedo em você. - respondi, limpando suas lágrimas.
                   Uma vez minha mãe me disse pra nunca levantar um dedo pra uma mulher, e sempre me ensinou a proteger as minhas irmãs. Se caso alguém as machucasse, e eu cumpri a minha promessa que fiz com ela.
                  "Nunca deixar o papai encostar um dedo nas minhas irmãs...". E eu estava cumprindo a promessa, mesmo que fosse pra eu apanhar no lugar delas.
                    Ela beijou a minha bochecha, e me deixou sozinho. Eu resolvi ir dormi pra esfriar a cabeça, as horas se passaram e acordei com o sol batendo em meu rosto. Resolvi me levantar para fechá-la e voltar a dormi, porém tinha um carro diferente estacionado em frente de casa.
                      Apenas vesti uma camisa e resolvi descer, e ao descer as escadas eu escutei uma voz familiar. E corri para abraçar a Alanna, minha irmã mais velha.
                        - O'Conner quanto tempo? - disse ela me abraçando bem forte. - Como você cresceu.
                        - Na verdade foi você que encolheu, oque você está fazendo aqui? - perguntei a ela.
                        Ela pegou na minha mão e me guiou até a cozinha, e em cima da ilha tinha três caixas, uma de cada cor e com nomes em cada uma dela. A minha era verde, da Olívia champanhe e a do meu pai branca.

                   Ao abrir a caixa tinha uma gravata, e alguns doces. E uma carta e ao encostar nela, minha irmã ficou com os olhos brilhando e me disse.
                    - ABRE LOGO!
                  Então eu abri o envelope com a cartinha e comecei a ler.
 
" Querido O'Conner...

               Não sei como começar essa carta, porém vamos la. Queria te dizer duas coisas,a primeira que você é muito importante pra mim e eu te amo. E a segunda é que queria te convidar pra entrar ao lado da Olívia, no meu casamento. Como meus únicos padrinhos, porque não quero outra pessoa se não for vocês, e espero que aceitem...
      
                                       Com amor, Lana..."

                     Não precisei falar nada, apenas chorar ao ver que a minha irmã mais velha estava indo viver o sonho de construir sua família. E eu não poderia negar, o convite que ela me fez.
                    - Seria uma honra imensa, fazer parte desse momento. Eu te amo Lana. - disse a ela, enquanto escorria lágrimas pelos meus olhos.
                    - Eu também te amo O'Conner, e obrigado por ser meu melhor amigo. - ela respondeu, enquanto me abraçava forte.
                    Alanna a vida inteira me chamou de O'Conner, por conta que amava os filmes de velozes e furiosos e carros. Uma eu peguei uma caixa de papelão, e fiz o meu próprio carro de preferência um Nissan Skyline. Igual o do Bryan no primeiro filme, e desde então ela nunca mais parou de me chamar de O'Conner.
                     Olivia chegou alguns segundos depois e abriu a sua caixa, e claro que ela também chorou muito. E nós três ficamos abraçados até o nosso pai interromper, ele começou a rir e falar:
                      - Que palhaçada é essa? E mais uma daquelas reuniões que vocês faziam. - disse ele se aproximando das minhas irmãs, com uma garrafa de whisky.
                       E como um bolo irmão eu entrei na frente e respondi:
                       - Sim! E o senhor está atrapalhando, melhor eu sair daqui com minhas irmãs.
                       Peguei a chave do carro que estava na ilha, e peguei na mão das duas e levei até o meu carro. Abri a porta para elas entrarem e me sentei no banco.
                       - Vamos fazer uma tatuagem? Estou afim de fazer mais. - disse a elas olhando pro retrovisor.
                       - Você é doido? E claro que não isso é uma péssima ideia. - disse Olívia.
                      - Quero fazer uma nas costas, e deixa de ser boba Olívia e só uma tatuagem. - respondeu Alanna tentando convencer Olívia.
                     E claro que Alanna conseguiu a convencer Olívia, e eu dirigi até o estúdio de tatuagem que ficava no centro de Los Angeles. E enquanto não chegávamos, ligamos o som e cantamos bem alto e todas as pessoas que nos viam no semáforo debochavam de nós.
                       Ao chegarmos no estúdio Olívia ficou ansiosa e com medo, então resolvi fazer uma sozinho de um escorpião no braço. E como já tinha feito outras nem doeu, já Alanna fez uma no pescoço e Olívia teve coragem de fazer fadas no braço. Claro que não podia faltar uma combinando com elas, fizemos de dinossauros.

                      Era simplesmente surreal o como passar aqueles momentos com as minhas irmãs eram maravilhosos, ambas lembravam um pouco a mamãe.

                     Por mais que Alanna não era filha da mesma mãe que eu e Olívia, ela era uma das mais parecidas com ela.  Alanna era determinada e corajosa, e ia atrás dos seus sonhos independente se alguém não a apoiasse. E vê-la feliz conquistando o seu maior sonho, de se casar e ter a sua família era satisfatório pra mim.

                        Olívia era a minha irmã gêmea, mesmo sendo parecidos somos bem diferentes. Ela era ingênua e inocente, como nossa mãe. Olívia sempre via o melhor das pessoas, e acreditava que elas poderiam melhorar um dia, e ela se importava demais com pessoas que não ligavam pra ela. Porém ela não faz ideia do quanto ela é importante pra mim, e eu sinto oque ela sente (porque temos telepatia de gêmeos literalmente).

                        E eu estava sentindo a ansiedade de Olívia dentro do carro, e eu sabia que não era por medo do que o papai iria falar da sua tatuagem. E sim sobre oque rolou no aniversário da Lúcia, eu estacionei o carro no estacionamento do shopping e tirei o cinto de segurança e me virei pra trás.
                        - Pode me contar oque está acontecendo? Senti você ansiosa desde que saímos de casa. - perguntei a ela.
                        Alanna que estava mandando torpedos pro noivo, largou o celular e virou para trás também. E assim que nós dois olhamos pra Olívia, ela começou a chorar sem parar.
                         - Eu descobri uma coisa no aniversário da Lúcia, e queria saber como existe pessoas ruins? - disse ela chorando ao ponto de soluçar.
                        Seguramos na mão dela e tentando a confortar.
                        - E pode nos contar oque aconteceu, e aí tentamos te ajudar. - respondeu Alanna.
                        - Enquanto todo mundo estava na festa, eu subi no quarto da Olívia para achar meu brinco que tinha perdido. Porém quando cheguei lá, a prima dela estava tendo uma conversar estranho com o ex namorado da Lúcia. - disse Olívia dando uma pausa pra respirar e continuar. - Eu resolvi ficar atrás da porta para escutar, e não gostei do que eu ouvi. Era a Bianca prima da Lúcia, gritando e brigando com o Andrés: "Se alguém descobrir que eu ajudei, eles vão me matar".
                      - Ajudou com oque Olívia? Não é oque estou pensando e? - perguntei já imaginado.
                       - Sim, ela ajudou o Andrés a abusar da Lúcia. E pra piorar, o garoto que a Lúcia acha que abusou dela na verdade é uma vitima igual ela. E quem na verdade é o abusador e o Andrés, e não o Miguel.
                        E ela tampou o rosto e começou a chorar, até soluçar. Eu e Alanna ficamos completamente em choque, que q vida inteira esteve do lado do abusar e não fazia a mínima ideia. E eu comecei a sentir um ódio dentro de mim, e comecei a socar o volante sem parar.
                       Alanna não sabia quem ajudar, um estava tendo crise de choro e outro ataque de raiva. Porém ambos estavam completamente em choque com aquilo, eu estava em choque. Respirei fundo pra tentar ajudar a Olívia, que estava completamente abalada.
                        - Você contou pra alguém? Contou isso pra Lúcia?
                        - Não, não tive coragem e não queria estragar o momento dela. Ela estava muito feliz, e isso acabaria com ela. - respondeu Olívia limpando as lágrimas.
                        Alanna segurou as mãos da Olívia bem forte e disse:
                      - Você fez certo Olívia, e não vai contar a ela agora. Precisamos saber se isso é de fato verdade, ir atrás do Miguel e de outras vítimas.
                       Depois de confortar a Olívia, Alanna me olhou nos olhos e disse:
                      - E o O'Conner vai ajudar nessa, estamos ao seu lado Olívia.
                       Porém Olívia não parava de chorar, e ela colocou a mão no peito:
                     - A minha melhor amiga nem faz ideia da verdade, do que aconteceu com ela.
Me sinto traida por ela, Pq alguém próximo e da família dela ajudou o abusador e não fez nada além de culpar alguém inocente e que também era uma vitima, A Lúcia é uma garota tão incrível, e nao merecia nada disso.
                        E percebi que Olívia estava tendo uma crise de ansiedade, as pernas balançavam e as mãos também. Ela começou a repetir.
                       - Por favor! Por favor faz isso parar, faz essa dor sumir.
                     Eu pulei pro banco de trás e comecei a abraçar ela forte, porque o meu abraço era um dos únicos lugares que ela se sentia em casa. E era o único abraço que nunca a abandonou, e me doía ver a minha irmã daquele jeito.
                      - Olha pra mim Oky? - coloquei a minha mão no coração dela. - Respira fundo, eu não vou sair do seu lado Oky, eu te prometo  de dedinho.
                       E eu cumpria tudo que prometia a minha irmã, na verdade todas as promessas que eu fazia com a Olívia de dedinho nunca se quebravam. Eu limpei as suas lágrimas e beijei sua testa, e mostrei ela uma foto.
                     

                     E assim que ela viu a foto ela abriu um sorriso, porque ela sabia exatamente oque tinha acontecido nesse dia da foto. Foi no primeiro dia de aula na escola nova, e fizemos a promessa do dedinho, ela havia me prometido que ia ficar tudo bem. E éramos muito pequenos, e ela falou que ia ficar tudo bem porque eu estava ansioso pra fazer novos amigos e colegas.
                    E ela se acalmou finalmente, então saímos do estacionamento e passamos em uma sorveteria porque Olívia tinha visto Lúcia. Estacionei o carro, e ela desceu e abraçou a Lúcia, porém quando ela me viu Lúcia virou o rosto e eu encostei a cabeça no banco.
                      - Me conta quem é a garota? - disse Alanna me olhando com seu olhar doce.
                       - Não faço a mínima ideia de quem está falando. - respondi enquanto ligava o carro.
                     Minha irmã me encarou tanto, e como eu não conseguia esconder nada dela. Mesmo que eu tentasse, não conseguia esconder. Então eu respondi:
                      - Tabom! E a nossa vizinha, é ela e a Lúcia. E ela é a garota mais incrível que já conheci em toda a minha vida. Sou apaixonado por ela desde a primeira vez que a vi, ela e o motivo para eu levantar todos os dias da cama. E ela me salva de formas, no qual nunca imaginei ser salvo.
                         Alanna começou a fazer uma carinha de boba, e apertar minhas bochechas.
                       - Oliver Blake apaixonado? Ai meu Deus isso é possível? Olhas seus olhos?
                          Quando olhei meus olhos no retrovisor, eles estavam completamente dilatados. E as minhas pupilas estavam enormes, como se eu tivesse usado droga. Peguei no painel o meu óculos escuro e os coloquei no rosto.   
                         - Porque você não fala oque sente pra ela? - ela me perguntou me encarando.
                        - Simples, eu não posso fazer isso. Eu só machuco ela, e toda vez que nos beijamos algo acontece. Tirando que ela me odeia. - respondi enquanto dirigia.
                         Ela se virou pra mim, e ficou me encarando por alguns minutos:
                        - Você é um burro, vai deixar a garota que ama partir. E também é simples, muda por ela!
                         E ela tava certa, eu era um burro e não podia deixar a garota que eu amo partir. Sem ao menos tentar, mesmo que ela me odiasse eu precisava falar. Virei o carro, e fui em direção a minha casa.
                          - Porque estamos indo pra casa? Sendo que ela está na sorveteria? - perguntou a minha irmã.
                          - Eu preciso entregar ela uma coisa que guarda a anos, desde a primeira vez que a vi.
                          Ela apenas concordou e fomos pra casa, e eu estava nervoso com oque poderia acontecer. Porém estava animado, e ansioso pra entregar o colar que a Lúcia perdeu quando nos conhecemos.
                            Eu estacionei o carro na garagem, e minha irmã desceu enquanto eu terminava de estacionar. E quando olhei pela janela, vi uma pessoa no qual não via a anos. A minha ex namorada Zoe Jones, a garota que me apresentou as drogas e a bebida aos 15 anos. E ao invés de sair do carro, apenas congelei e não conseguia me mexer.
                            Alanna quando me viu completamente imóvel dentro do carro, abriu a porta de onde eu estava e ela me cutucava.
                          - Oliver oque aconteceu? E o porque da zoe está no nosso gramado. - disse ela desesperada.
                          - Me deixe aqui e entre com ela, preciso ficar sozinho. - respondi, mexendo apenas meus lábios.
                          Zoe Jones foi a primeira garota que me apaixonei de verdade, e também a primeira garota que partiu meu coração. No começo éramos só amigos, porém depois começamos a namorar. Ela me apresentou ao mundo das drogas, e da bebida.
                         Conheci ela alguns meses depois de internar minha mãe na clínica de repouso. E eu entrei numa depressão profunda, e ela apareceu com seu jeito meigo no começo e depois completamente abusivo no final. Ela quase me matou milhões de vezes, e achava engraçado.
                          Ela me afogava ou me deixava pra morrer no mar, e ela me fazia ser alguém que não era e não queria. Ela me fazia parecer alguém como meu pai, abusivo e violento. Uma versão totalmente diferente do Oliver de agora, o meu pior ano foi enquanto estava ao lado dela. Eu tive uma overdose e ela sumiu por semanas, e quando eu melhorei ela apareceu como se nada tivesse acontecido e aparecia com uma droga diferente.
                        Até que ela foi embora do nada e sumiu do mapa, não deixou nada. Porém eu fingi que não estava sofrendo, e fui forte porque Alanna estava prestes a largar tudo e ir pra Londres viver seu sonho inglês. Fazer o intercâmbio que tanto sonho, e eu precisava fingir que estava tudo bem para levá-la no aeroporto. Porque a única coisa que eu ligava de verdade era pra felicidade da minha irmã.
                        E ver ela depois desses anos, era como se tudo voltasse com ela também. E zoe fingi ser alguém que também não era, ela era completamente manipuladora e só ligava pra ela mesmo. Tinha medo do que ela podia fazer, com qualquer um que entrasse na vida dela.

                        Alguns minutos se passaram e já estava me sentindo melhor, vi várias notificações no meu celular de chamadas da Alanna. Porém como estava no silencioso nem vi o celular tocar, sai do carro e tranquei.
                        E assim que entrei pela porta, meu pai estava indo atrás de mim e já estava com um copo de vinho na mão.
                        - Filho, vá para seu quarto e coloque uma roupa fina. Temos um jantar muito importante hoje.
                        E pela primeira vez eu vi meu pai, bebendo porém calmo. Fiz oque ele mandou e fui me trocar, porém quando entrei no meu quarto tinha uma caixinha de aliança em cima da minha cama. Não entendi nada, só me troquei e desci com a caixinha para cozinha.
                         E ao chegar na cozinha, escutei um barulho vindo da sala de jantar. Quando cheguei lá, uma mesa de jantar estava posta com pratos e talheres chiques.

                        Me perguntei que diabos estava acontecendo ali, meu pai fazendo um jantar. Significava que alguma merda estava prestes a acontecer e já estava com medo.
                         Apenas olhei pra Alanna e ela estava com olhos arregalados, e falando em libras pra mim. "CORRA", não fazia ideia do que isso significava. Até meu pai se aproximar e chamar Zoe para ficar do meu lado.
                     Ela sussurrou no meu ouvido:
                    - Gatinho! Agora você é só meu. E de mais ninguém ouviu.
                     Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, meu pai apenas se aproximou e colocou a mão no meu ombro.
                   - Meu filho vai se casar, com a filha de vocês. - ele disse levantando a taça.
                    - QUE PORRA ESTÁ ACONTECENDO? - gritei com meu pai.
                        Ele sussurrou no meu ouvido, com aquele bafo de vinho misturado com whisky.
                     - Não estraga a porra toda, você vai se casar com a Zoe. Porque estamos falidos, e os pais dela só vão ajudar se você se casar com ela.
                          Imediatamente joguei o anel na mão do meu pai, e ele me devolveu e me disse disfarçadamente.
                         - Se você não se casar com ela, você vai se arrepender do que eu vou fazer. Sua mãe e suas irmãs, estão na palma da minha mão.
                        Ele se sentou e fingiu que não tinha acabado de me ameaça, e eu resolvi colocar a aliança. Porque eu preferia casar com ela e ser infeliz pro resto da minha vida, do que perder a minha mãe e minhas irmãs.
                       Assim que botei a aliança no dedo da Zoe, ela pulou em mim e começou a me beijar a força. E mesmo que eu a empurrasse ela não desgrudava, até que ela ouviu a porta da frente se abrindo e ela viu Olívia e Lúcia.
                       - Cunhadinha! Eu vou me casar com seu irmão. - disse ela esfregando o anel na cara da Lúcia, e da Olívia.
                       Olívia julgou Zoe de cima abaixo e disse:
                      - Meu irmão? Casar como uma maluca como você?
                        Eu botei um sorriso falso no meu rosto, porque eu precisava manter a minha mãe e minhas irmãs a salvo. Porque eu sabia do que meu pai era capaz, e eu só queria vê-las felizes.
                     - Sim, eu vou me casar com a Zoe. Vocês gostando ou não. - respondi Olívia.
                          Olívia olhou pra minha cara, esperando que eu fosse desmentir e saiu quando viu que não ia falar mais nada.
                          Depois do jantar, subi até meu quarto porque eu precisava de um momento sozinho comigo mesmo. Me deitei na minha cama, e fiquei pensando como minha mãe reagiria a tudo isso. Ela provavelmente ficaria com ódio se soubesse do meu noivado, porém orgulhosa se soubesse da verdade.
                            E as horas foram passando e percebi que todos já haviam ido embora, resolvi me levantar pra tomar um banho. E enquanto a água caía sobre minha cabeça, eu só queria desistir novamente naquele exato momento. Porém precisava ser forte, para manter as mulheres da minha vida a salvo.
                           Peguei a toalha e me tampei, ao voltar pro meu quarto vi a luz da led diferente de quando sai. Estava vermelha, e ao procurar o controle escutei uma voz atras de mim.
                        - Esta procurando isso gatinho? - perguntou Zoe.
                        E ao me virar pra trás, ela estava de lingerie praticamente pelada. E abri a porta pra ela sai, e ela me empurrou na cama e trancou a porta e pulou em cima de mim.
                         - Hoje você é meu gatinho, e não vou deixar você escapar.
                       E antes que eu deixasse ela tirar a roupa, eu a empurrei no chão e ela puxou a minha toalha.
                        - Meu Deus Oliver Blake! Isso está maior que da última vez. - disse ela encarando minhas partes.
                      Peguei ela pelo braço, e abri a porta do meu quarto. E empurrei ela pra fora do meu quarto e disse:
                        - Entra aqui se novo, e juro que não vai ter casamento.
                       Tranquei a porta do meu quarto, e vi que a janela estava aberta. Então fui até a janela para fechá-la, e me vestir. E como estava entediado fui atrás das coisas que Olívia contou mais cedo, atrás do Andrés, desse tal de Miguel e todos os envolvidos.
      

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