𝐒̶𝐓̶𝐀̶𝐋̶𝐊̶𝐄̶𝐑̶ ̶𝐍̶𝐈̶...

By lairy7aydi

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+16 | Ele é o puro diabo, ele é a pura maldição. Mas, ele é a maldição que eu mais desejo. MAEVE FAWLEY uma... More

- 𝐃E𝐃I𝐂A𝐓Ó𝐑I𝐀
- A𝐕I𝐒O𝐒 | N𝐎T𝐀S | G𝐀T𝐈L𝐇O𝐒
- E𝐏Í𝐆R𝐀F𝐄
- 𝐅A𝐍C𝐀S𝐓
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By lairy7aydi

Maeve Fawley.

A INFERNAL MADRUGADA sempre chegava, e eu já estava caindo aos cantos. Minhas pálpebras exaustas, meu corpo estremecendo em exaustão.

Ao olhar para o relógio prateado em meu pulso, marcando as horas exatas - 2:45 AM - Era realmente muito tarde.

Minhas unhas arranhando a bancada de madeira, o som causando arrepios irritantes em minha pele. Meus olhos rolando para trás, visivelmente entediada.

É errado da minha parte pensar desta maneira rude. Mas, eu me pergunto porquê diabos pessoas tendem á vim em cafeterias em plena madrugada. O pior sempre vinha até a garçonete.

E esse caso era especialmente o meu, o trabalho entediante de uma garçonete. Eu estava drasticamente acabada.

Meus dedos de estralavam um atrás do outro. Sem parar, apenas para me manter acordada. Minhas pálpebras estavam caídas de exaustão total.

Pensei que nunca mais sairia da minha maldita cadeira, já que os dois clientes pareciam manter uma eternidade. O que estava me irritando. Afinal, queria estar em casa o mais breve possível.

Quando os clientes começaram a se direcionar até a saída do estabelecimento, era um alívio enorme. Eu sentia que estava tirando uma enorme carga das minhas costas.

Levei minha mão até a faixa que estava segurando meus fios acastanhados, os soltando. Passei as mãos pelos fios, relaxando o cansaço.

- Puta merda... - suspirei, prensando meus lábios - Preciso ir embora.

Minha mão se estendeu até o balcão ao lado, onde meu celular estava. Minha única salvação era Ivanna, minha salvação para vim me buscar neste meio fim.

Ivanna sempre estava despertada em plena madrugada, já que se perdia intensamente em sua escrita. Era incrível, incrível como aquela garota é tão dedicada.

Disquei o número de Ivanna, meus dedos percorriam desesperadamente pelos números, de um jeito enlouquecedor - Em uma plena madrugada, alí não era de certa forma o melhor lugar para estar.

O barulho do toque preenchia a cafeteria silenciosa e solitária. Minhas pálpebras ainda estavam exaustivas, trabalhar em dobro é terrível.

O celular apenas aparentava não estar chegando a ligação, o que me deixava bastante nervosa. Como eu poderia esquecer? Ivanna é tão concentrada ao ponto de deixar o celular desligado enquanto escreve suas longas histórias.

Desliguei a chamada, não esperaria ela ligar o celular nessas circunstâncias da madrugada. Era idiota. Coloquei meu celular e todos os meus pertences novamente em minha ecobeg como eu sempre fazia antes de ir embora.

Me retirei de trás do balcão, fechando a pequena porteira que impossibilita alguma outra pessoa passar por lá. Caso algum arrombamento aconteça.

Desliguei todas as luzes do estabelecimento, me atrevi a olhar para fora pelo vidro. Senti meu coração se apertar ao não ver nada, apenas sendo um abismo escuro. Assustador.

Me direcionei calmamente até o lado de fora do estabelecimento, pegando a chave em meu bolso, a levando até a tranca da porta de entrada. Apenas a retirando após escutar o estralo da trinca.

A ventania fria batendo contra meu frágil corpo, O vento frio fazendo eu sentir arrepios por todo o meu músculos. Eu me estremeci, me envolvendo com meus próprios braços.

- Porque logo hoje, Ivanna... - arfei em minhas mãos, procurando me aquecer de alguma forma.

Odiava ruas escuras, odiava principalmente a neblina que eu imaginava bem longe. A escuridão sendo apenas iluminada por pequenos e falhos postes de luz.

Simplesmente odiava por muitos motivos, o escuro me apavorava, já que nunca podemos saber o que estamos esperando no abismo.

Não pararia para pensar nem por um maldito segundo, continuei andando no rumo exato em que me levava rapidamente para minha casa. Eu não temeria o escuro agora.

O som da ventania balançando as folhas secas das árvores que estariam prestes a cair me deixavam nervosa. Eu gosto do silêncio. Mas eu temia ele.

Nem tudo estava correndo bem, mas tudo ainda podia piorar quando eu passei pela loja de penhores. A mesma que foi furtada, enquanto eu passava por ela, assim como agora.

Estava até calma ao escutar apenas os meus passos. Mas, tudo era uma terrível maldição para mim.

Eu por alguns segundos paralisei assim que escutei passos, além dos meus. Meu corpo rapidamente se enrijeceu, meu coração parecia temer e sentir junto a mim meu desespero, porquê ele começou a bater estupidamente rápido.

Os passos não pararam nem por um instante, assim como eu não parei os meus. Eu não seria idiota ao ponto que gritar aos céus quem estaria alí, apenas aumentei a velocidade dos meus passos.

Eu estava bastante tensa, eu sentia um arrepio percorrendo todo o meu corpo. Minhas mãos que estavam firmemente segurando a minha ecobeg, agora estavam trêmulas.

Maldito momento que Ivanna está com o celular desligado. Se eu fosse morta hoje, eu juro que voltaria para puxar o pé dela caso acontecesse.

- Se acalma, Maeve. - murmurei para mim mesma - É só uma infeliz paranóia.

Enquanto sussurrava pra mim mesma, consegui escutar os passos ficando ainda mais altos, como se o inquilino estivesse cada vez mais perto do seu objetivo...

Eu.

Cansada daquela palhaçada toda, eu me virei para trás. É uma idiotice isso obviamente, mas, eu estava cansada de toda aquela tensão percorrendo o meu corpo.

A pior sensação é olhar para trás, porém não ver maldição alguma. Não cheguei no abismo da loucura de imaginar alguém me observando, tinha alguém me observando. Eu tinha absoluta certeza disso.

Os passos pararam. No momento em que eu levei meu olhar para cada canto daquela rua escura, o barulho de passos se fez silencioso. O que me deixou bastante nervosa, agora este certo inquilino estava ciente que eu tinha percebido sua presença.

Em minha mente percorria os piores pensamentos possíveis, alguma merda iria acontecer. Eu sentia isso, eu sentia que meu corpo amolecia a cada passo, meu corpo cheio de pavor.

Então para encher ainda mais minha mente de paranóias, os noticiários sobre as tragédias em Dumont passaram como uma filme. Assassinatos, estupros, sequestros - os piores pensamentos possíveis -

A rua era estreita até o caminho para a minha casa, o poste de luz estava fraco, como se fosse desligar em qualquer momento. Isso estava sendo como um maldito filme de terror, onde a vítima era morta no final. Mas não aconteceria, isso não é a porra de um filme.

Meus pensamentos foram interrompidos com a ventania forte, fazendo as folhas secas voarem. Um infeliz cantar foi a única coisa que eu consegui ouvir, era um cantar de corvos. Que logo os avistei voando aos ares, batendo as asas como um maldito flash.

Com tudo percorrendo minha mente, turbilhões de pensamentos diferentes, era tanta coisa. Eu acabei esquecendo o barulho dos passos, que estranhamente parou, não era possível mais escutar o barulho dos passos.

Quando avistei meu apartamento poucos metros de distância, não hesitei em correr. Comecei a correr como uma maldita desesperada, querendo o mais rápido possível chegar. Não tinha mais vestígios do inquilino ainda está em minha cola, então apenas queria chegar e me jogar na cama.

Procurei pelo meu pequeno cartão na ecobeg, enquanto olhava para os lados desesperadamente. Merda! Não estava achando a porra do cartão, meu corpo tremia, minhas mãos tremiam.

Abri rapidamente minha carteira em busca do cartão está lá, e felizmente estava. Passei o mais rápido possível, corri até o elevador mais próximo do prédio que me levaria para o meu apartamento. Não perdi nenhum segundo sequer, no momento em que o elevador se abriu, corri para dentro.

Apertei o botão com urgência, suspirando pesadamente, escutando passos fora do elevador. Eu paralisei, o desespero estampado em meu rosto, meu coração voltou a bater estupidamente rápido.

Mas ao escutar a voz feminina da minha vizinha ao lado, pareceu que me jogaram um maldito balde de água fria, o que fez com que meu corpo relaxasse. Tentei acalmar minha respiração logo quando a porta do elevador se abriu, a porta do meu apartamento sendo logo a frente.

Peguei a chave que estava em minha carteira, tentando ao máximo me acalmar com toda essa merda. Abri a tranca do apartamento, quando abri a porta, eu corri tão rápido para dentro. Desabando no chão, minhas costas escoradas na porta, suspirando pesadamente.

Estou em casa, estou segunda agora, eu sei disso. Não poderia temer toda essa situação de merda, porquê era uma situação de merda. Mas, eu tinha certeza de algo - tinha alguém me seguindo - E essa situação nunca iria sair da minha cabeça.

Mas eu espero verdadeiramente que seja o demônio.

Mas nunca um homem.

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@ autorafaye.

Estão gostando da história?

Hoje o capítulo foi mais com o ponto de vista, por conta que queria transmitir todas as emoções da protagonista nesta situação.

;)

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