Lucky loser - livro 1 da tril...

By autora_alba

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Rebater uma bola de tênis com toda a força que tem em direção ao rosto do seu agente esportivo não era a real... More

LUCKY LOSER
Capítulo um
Capítulo dois
Capítulo três
Capítulo quatro
Capítulo cinco
Capítulo seis
Capítulo sete
Capítulo oito
Capítulo dez
Capítulo onze
Capítulo doze
Capítulo treze
Capítulo quatorze
Capítulo quinze
Capítulo dezesseis
Capítulo dezessete
Capítulo dezoito
Capítulo dezenove
Capítulo vinte
Capítulo vinte e um
Capítulo vinte e dois
Capítulo vinte e três
Capítulo vinte e quatro
Capítulo vinte e cinco
Capítulo vinte e seis
Capítulo vinte e sete
Capítulo vinte e oito
Capítulo vinte e nove
Capítulo trinta
Capítulo trinta e um
Capítulo trinta e dois
Capítulo trinta e três
Capítulo trinta e quatro
Capítulo trinta e cinco
Capítulo trinta e seis
Capítulo trinta e sete
Capítulo trinta e oito
Capítulo trinta e nove
Capítulo quarenta
Capítulo quarenta e um
Capítulo quarenta e dois
Capítulo quarenta e três

Capítulo nove

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By autora_alba

ZANE BRANDO

O saque é o ponto inicial para o começo do rally, começa sacando o jogador que tirou a sorte no cara ou coroa, e ele fica sacando até o final do game. Normalmente, usamos quatro tipos de saques, slice serve, kick serve, flat service e o saque por baixo. Alternar eles no game é uma vantagem, quanto mais rápido fizer 4 pontos, mais rápido ganha o game e consequentemente o set. É por isso que agora estou praticando os diferentes tipos de saques com Phil, então, jogo a bola verde para o alto, praticando o flat, que consiste em ser um saque que a bola fará uma trajetória mais reta e com alta velocidade.

Esse, como muitos jornalistas dizem, é o saque que tenho mais especialidade, é um mais arriscado, porém goste dele, principalmente pelo quesito velocidade. A bola quica no chão do lado direito da quadra, já Phil está sentado na lateral da mesma, analisando como está a execução do movimento e se estou colocando toda minha força nele.

– Estica mais o braço – ele grita para mim.

Pego mais uma bola no cesto e repito o movimento, dessa vez, esticando mais o braço. Quando ela se junta as outras bolas no outro lado da rede, encaro novamente Phil, que agora está de pé e andando em minha direção. Ele faz sinal para eu repetir e faço tudo novamente, dessa vez com o olhar minucioso do meu treinador. Faço e refaço dezenas de vezes o flat, até estar como Phil deseja.

– Agora sim, está perfeito – Phil anuncia e de tanta dor no braço, deixo minha raquete cair na quadra.

– O primeiro já estava perfeito – murmuro e imitando minha raquete, caio cansado na quadra.

Treinamos a manhã inteira e o sol quente do meio-dia já começa a queimar minha pele. Phil chuta a lateral do meu corpo e gemo de dor, porque ele tem muita força e poderia facilmente quebrar uma costela minha. Meu treinador faz apenas um sinal com a cabeça para olhar o lado de fora da quadra. Abro um pequeno sorriso ao ver Arizona caminhando em nossa direção. Invés de eu me levantar, Phil se abaixa ao meu lado e encaro profundamente meus olhos.

– Você vai perder o York se metendo com a irmã dele – ele afirma e engulo um seco – escute o que estou falando, você vai perder o único agente que aceitou você e está movendo céus e terras pela sua carreira por uma mulher – Phil avisa novamente o que já havia falado dias atrás.

– Ela não é qualquer mulher – rebato ácido e agora sou eu quem encaro seus olhos – e se estou disposto a correr esse risco, você já deveria ter entendido que para mim, ela é diferente.

– Zane, pense bem – ele me aconselha e se levanta – vejo você no final da tarde.

Meu treinador recolhe suas coisas e vai embora, cumprimentando Arizona com um sorriso falso. Entendo Phil, ele sabe melhor do que qualquer um quão importante é minha carreira e quer protegê-la de qualquer forma. E nesse momento, protegê-la é ter York ao meu lado. Só que ela é diferente... e sim, não teremos nada sério, pois Arizona não está pronta para isso, mas se para tê-la como companhia, assumo o risco de York ficar bravo comigo.

– Vida difícil? – a mulher para na minha frente, tampando o sol que estava banhando meu corpo.

– Muito – brinco e apoio meus cotovelos no chão da quadra, deixando meu troco mais elevado – esse aqui é o lugar que me sinto em casa – conto, queria muito que ela viesse na quadra.

– Não precisa ser muito inteligente para saber disso – ela ironiza e se senta ao meu lado – é em todas as quadras ou só nessa?

– Em todas, mas especialmente nessa – explico e volto deitar meu corpo inteiro no chão.

Fecho meus olhos por pequenos segundos, sentindo os raios ultravioletas emitidos pelo sol adentrarem em minha pele e se converterem em vitamina D. Combinei de almoçar com Arizona no restaurante do clube, ela chegou um pouco mais cedo do que o combinado, gostaria de estar com um banho tomado antes de vê-lo novamente.

– Eu estou fedendo – aviso ainda de olhos fechados e escuto sua risada.

– Tudo bem, meu filho vem fedido da escola todo dia – agora sou eu que rio.

– Ele gostou do meu presente?

– Depois do pico de energia que o chocolate deu, ele foi dormir uma da manhã – ixi, não foi um ótimo presente – boatos que a mãe dele amou.

– E do seu presente? – viro meu rosto e vejo que a morena também deitou, deixando seus cabelos escuros esticados na quadra.

– Amei.

Observo seu perfil de lado, o rosto dela é desenhado perfeitamente. Porém, o que me chama atenção é uma tatuagem atrás de sua orelha. I want to hold your hand. É o nome de uma música dos Beatles.

– Eu quero segurar sua mão – murmuro o nome no ritmo da música.

– É a música da minha vida, me sinto como em um tipo de casa musical quando a ouço – ela me explica – porque alguém querer segurar sua mão, não apenas fisicamente, mas segurar uma vida juntos, é uma das maiores demonstrações de amor que há.

– Ele segura sua mão até hoje – não é uma pergunta, é uma afirmação.

– Segurará eternamente – então ela vira seu rosto por inteiro para mim – você já amou alguém?

– Romanticamente? – ela faz que sim – não, nunca tive tempo ou oportunidade.

Penso nas meninas da escola que beijei e como Olivia Chase era meu sonho de consumo. Penso nas mulheres com que fiquei durante minha vida mais adulta e como nenhuma delas eu senti nada além de desejo carnal.

– Eu vivo para o tênis mais do que vivo para mim – justifico algo que gostaria de não poder justificar porque a resposta seria sim.

– Por que isso? – mordo meu lábio inferior.

– É como se o tênis fosse meu filho, você vive inteiramente para Hunter, certo? – a morena concorda – eu vivo inteiramente para o tênis.

Talvez Arizona não entende isso, é difícil colocar um esporte em um pedestal tão alto, mas é a minha vida, a vida que escolhi ter e amar. O sol já está mais quente e não aguento mais ficar debaixo dele, por isso me levanto do chão e estico minha mão para a morena, com o intuito de ajudá-la a levantar do local.

– Eu preciso tomar um banho, você me espera no restaurante do clube? – não quero almoçar com ela tão fedido assim.

– Claro! Você só precisa me mostrar onde é.

Primeiro guardo minha raquete e coloco garrafinha, toalha e munhequeira, onde tem meu nome gravado em letra cursiva, dentro da minha mala esportiva. O punho é sem dúvida nenhuma a parte mais importante do corpo para um tenista, uma lesão nele te impede de fazer até os movimentos mais básicos. Arizona fica olhando todos os cantos do clube, é aqui que a elite de Atlanta se reúne para cafés e momentos relaxantes.

– Você sempre almoça aqui? – seus dedos seguram meu braço, para andarmos em um mesmo ritmo.

– Sim e geralmente fedido – deixo explícito que ela é tão importante que irei tomar um banho para almoçarmos juntos.

– Assim você me deixa tímida – a morena brinca.

Deixo-a no restaurante e sigo para o vestiário, onde deixo minha mala no armário que foi designado para mim e pego uma roupa limpa, para usá-la após o banho. Não demoro muito, mas acho que exagerei na quantidade de perfume, tudo bem, melhor estar super cheiroso do que fedendo suor. Minha roupa é parecida com a que estava usando anteriormente, ficarei no clube durante todo o dia, visto que tanto academia quanto piscina para natação tem aqui, além de instrutores muito bem preparados. A única diferença na camisa é que não é mais toda em cor branca, tendo a parte de cima detalhes em vermelho.

– Não sabia que iria almoçar com o garoto propaganda da Lacoste – é a primeira coisa que Arizona diz quando chego no restaurante.

Levo meu olhar para meu próprio corpo, é, a marca é boa para ser usada no dia a dia.

– É inevitável o estereótipo de tenista – dou de ombros e sento em sua frente na mesa, tem poucas pessoas hoje no restaurante, o que é bom – já viu o cardápio?

– Sim, já pedi, aliás – ela me avisa e assinto, não preciso abrir o cardápio, porque meu prato não está nele.

Faço um sinal para um garçom vir até a mesa, todos eles sabem quem sou e muitos esperam eu sair do restaurante para pedir uma foto ou autógrafo. Todos os funcionários sabem que almoço sozinho ou com Phil, então já imagino a fofoca que irá circular pelo clube por conta de estar almoçando acompanhado de Arizona.

– A proteína de hoje vai ser peixe – aviso para o rapaz que anota isso em um bloco de notas, gosto de um rapaz com a pele bronzeada e com o cabelo pintado de azul, ele sempre decora meu pedido sem anotar nada.

– Coca diet? – esse também parece conhecer muito bem meus gostos.

Assim que ele nos deixa a sós, Arizona está com um sorriso um tanto debochado no rosto.

– Coca diet?

– Gosto de fingir que sou saudável e poder tomar uma boa coca no almoço – depois de um tanto, o gosto da coca diet vira algo bom – aposto que você não toma refrigerante.

– Não, nem Hunter – bingo.

– Você sabe que está deixando vários patrocínios dele irem água abaixo – informo já prevendo que ele irá recusar fazer propaganda para a coca ou Pepsi quando foi jogador de basquete profissional – meu sonho é ser patrocinado pela coca.

– Ou pelo Willy Wonka – ela praticamente leu meus pensamentos, acho que Arizona percebe isso porque fica incrédula – sério mesmo?

– Quando eu era pequeno, em uma ação solidária de natal, ganhei o filme da Fantástica Fábrica de Chocolate, minha casa nem tinha televisão, mas lembro de assistir o filme na escola e ficar fascinado por aquele mundo de chocolate.

Quando estou no meio de uma partida, perdendo para meu adversário, eu me sinto novamente como aquele garotinho, com medo da vida, pensando se um dia iria tirar um bilhete premiado em uma barra de chocolate. Então, Phil grita para mim, algo para me incentivar, e bum, aquele garotinho volta para aquela casa, para aquela vidinha que ele teve, e Zane Brando surge no local. E eu ganho, com um gosto de vitória muito boa.

– E quando comecei a competir, pedi para Cameron se ele conseguia fazer o Willy Wonka me patrocinar, daí descobri que ele não era real – acho que foi a maior decepção da minha vida.

– É fofo, mostra que mesmo com a sua vida, você era inocente para as coisas do mundo – talvez, ou eu fosse um pouco burro – já tentou a Nestlé?

– Eles não superam o Willy Wonka – e o patrocínio deles não se encaixa tão bem no meu perfil, mesmo que seja um fã de chocolate – e você, como está a faculdade?

– Reta final sempre é um caos – seus lábios formam um bufo e vejo em seus olhos que ela está cansada – estamos terminando uma maquete de um edifício, quer ver?

Assinto com a cabeça e ela me mostra a foto do projeto, explicando porque cada coisa foi projetada e como eles usam os cálculos para fazerem isso. É lindo a forma como seu rosto de ilumina ao falar sobre sua faculdade e profissão que irá exercer após a formatura. Não entendo uma palavra do que ela diz, mas não a interrompo, deixo-a continuar falando, balançando a cabeça de vez em quando para sinalizar que estou escutando.

– Desculpa, quando embalo nesse tipo de assunto, fico falando sem parar – nego com a cabeça, adorei escutar cada palavra sobre esse assunto.

– Tem um brilho surreal em você quando fala – murmuro pegando sua mão, fazendo carinho em seu dorso com o meu polegar – mostra que você está feliz e isso me deixa feliz.

– Obrigada por ser tão gentil comigo nessa minha volta a vida – e há felicidade em sua fala.

O prato dela chega e minutos depois o meu também, acompanhado com uma coca diet, perfeição de alimentação. Primeiro bebo um gole generoso do refrigerante e depois disso já poderia treinar o dia inteiro de tão animado que estou. Meu celular começa a vibrar sem parar no meu bolso e franzo as sobrancelhas, pego o eletrônico e vejo o nome de Lizzy na tela, que estranho, sempre achei que ela não sabia que tem como se comunicar sem ser por mensagem de texto.

– Eu tenho que atender – murmuro para Arizona que silaba um sim e começa a comer sua salada – oi Lizzy.

– Eu... eu te mandei mil mensagens – sua voz está trêmula e tem um desespero em cada palavra pronunciada, alguma coisa aconteceu com ela – onde você... você tá?

– O que houve? – e porque ela está ligando para mim e não para nossa mãe? – cadê a mãe?

– Ela... ela não... não me atende – começo a ficar preocupado não só com Lizzy, mas com nossa mãe também – eu preciso de você, Zane, me ajuda, por favor.

– Onde você tá? – já levanto da cadeira e Arizona me encara com um certo quê de preocupação.

– Na Gaby – não faço ideia de quem seja Gaby e muito menos onde ela mora – vem rápido.

– Me manda a localização que estou indo – aviso e engulo um seco, com um mau presságio – eu estou indo, Lizzy, fique tranquila.

Desligo a ligação e devolvo meu celular para o bolso. Passo meus dedos em meus fios de cabelo e respiro fundo.

– Alguma coisa aconteceu com a minha irmã – conto e como eu, Arizona fica de pé – ela não me falou o que é, se for um problema feminino?

– Quer que eu vá junto? – se tratando de Lizzy, é tudo que mais quero.

– Sim, por favor.

Mando marcar as comidas praticamente intocáveis na minha conta e seguimos juntos para fora do restaurante. No caminho, não sei qual de nós foi, mas entrelaçamos nossos dedos. Ando apressado, seja o que tenha acontecido com Lizzy, não gostei do tom de sua voz. Acho que Arizona percebeu que não estou 100% para dirigir, porque pega as chaves da minha mão e abre a porta do motorista, agradeço ela mentalmente e tento ligar para minha mãe, acabando todas as chamadas na caixa postal.

– Ela não me procura quando acontece problemas – conto e tremo minha perna, o gps já está com o endereço de Gaby – nem temos intimidade para isso, eu nem sei se ela já menstruou.

– Vocês têm uma diferença de idade grande, isso é normal – ela tenta me convencer, só que gostaria de conviver melhor com Lizzy, para poder saber como agir agora com o que seja que tenha acontecido.

– E se tiver a ver com sangue? Eu odeio ver sangue – murmuro e ela ri de mim.

– Quantos anos ela tem mesmo?

– 16 ou 17, não, ela tem 17, vai terminar a escola daqui a uns meses – e então minha mãe irá arrumar suas coisas do apartamento e irá embora, morar com seu namorado, o qual não conheço e nem desejo conhecer.

– Se for menstruação, ela não ligaria para você – ótimo.

O trânsito parece não colaborar e cada minuto dentro desse carro parece ser interminável. Tento ligar mais uma vez para Cassidy, por que diabos ela não está me atendendo? Essa mulher vive com o celular na mão, então, por que não atende essa merda?

– Ei, deve ser alguma coisa envolve meninos, coração partido ou um fora, nada que sorvete e chocolate não resolvam – eu espero que seja isso.

– Ela é meio fitness, vive tomando suco verde, mas gosta de chocolate e ama assistir aquele reality show das irmãs Kardashian's – começo a falar sem parar – e ama uma linda mulher, na verdade, ela ama a Julia Roberts, já assistiu todos os filmes dela. Teve um jogo, Wimbledon, a primeira vez que fui para Wimbledon, a Julia Roberts assistiu minha partida, ela tietou a Julia o jogo inteiro. Foi fofo.

Lizzy cresceu rápido e não pude perceber isso, um dia simplesmente voltei de um campeonato e ela estava grande. Mas pode passar o tempo que for, Lizzy sempre será uma garotinha de cabelos castanhos e magrinha, que corria atrás da bicicleta do carteiro.

– Ela está bem, Zane – nem Arizona acredita nisso, pois se Lizzy me ligou, é porque está feio a situação.

O carro para na frente do que acredito que seja a casa de Gaby, a garota que é loira, já está esperando nós do lado de fora, e pela forma como seus olhos estão arregalados, não é algo bom que irei encontrar lá dentro. Arizona aperta minha mão e deposita um beijo em minha bochecha, fazendo um carinho leve em minha nuca.

– Vou estar ao seu lado para resolver o problema feminino da sua irmã – ela fala com a voz leve, mas tem desespero no fundo.

Saímos ao mesmo tempo, do automóvel, espero a morena contorna a frente do meu carro e de mãos dadas vamos até Gaby, que agora é percebível as lágrimas escorrendo por seus olhos.

– Cadê a Lizzy? – acabo por nem dar oi para a garota.

– No banheiro, ela não saiu de lá desde que entrou – a garota diz todo mundo rápido que só consigo entender banheiro e saiu – era uma brincadeira sabe, minha mãe tinha um teste de gravidez sobrando e eu não achei que isso era real.

– Isso o quê? – só de escutar teste de gravidez, já sei o que me aguarda e não estou gostando nada disso.

– Alguém ter engravidado sem nunca ter transado.

Se Lizzy transou ou não transou em sua vida, eu não faço a mínima ideia, então não sei nem o que falar.

– Existe falso positivo, não existe? – pergunto para Arizona, que deve saber tudo sobre esse assunto.

– Só falso negativo – uma ânsia de vômito nasce em meu estômago e cada osso do meu corpo treme – às vezes elas viram errado, fica calmo, Zane.

Não tem essa de ficar calmo. Entro dentro da casa e começo a gritar o nome de Lizzy em plenos pulmões. Em questão de segundos minha irmã desce o lance de escadas, se jogando em meus braços e chorando sem parar. Passo as mãos nos fios de cabelo dela, tentando protegê-la de todo o mundo.

– Estou aqui e está tudo bem, vamos lidar com isso – prometo beijando sua testa – agora, o que houve?

– Você esta...estava na Austrália, para jogar o aberto, e a ma...mamãe trouxe o namorado dela para dormir no apar...apartamento – seguro firme Lizzy em meus braços e sinto a mão de Arizona em meu ombro, me dando força para continuar a escutar as palavras que estarão por vir – eu acordei de manhã com uma dor insuportável na minha vagina e ti...tinha sangue na minha cama.

– Não precisa terminar – afirmo e continuo passando a mão em seus cabelos – eu estou aqui agora e nada de mau vai acontecer com você, eu prometo.

Lágrimas descem por meu rosto e agora entendo o motivo de minha mãe não atender o telefone.

– Eu falei para a mamãe no dia, ela disse ser infecção urinária – infecção urinária, puta merda, Cassidy – e quando eu liguei para ela e falei o que aconteceu, ela desligou na minha cara e não atendeu mais.

Limpo suas lágrimas e encaro o rosto de Lizzy, mesmo que não possuímos o mesmo sangue, ela é minha irmã mais nova e por ela, eu faço qualquer coisa.

– Arizona, ligue para seu irmão e vê quantos anos eu pego de prisão por assassinar um abusador.

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