I AM DEATH ITSELF

Da GucciFull

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[Livro 1 Concluído|☑️] Harry Potter, um personagem criado para cativar os fãs do mundo bruxo, sem que ninguém... Altro

Capítulo 00: Prólogo
Capítulo 01: Eu estou no meio de uma refeição agora
Capítulo 02: Então tem um Peverell em Hogwarts?
Capítulo 03: Tenham cuidado, ela pode farejar o medo
Capítulo 04: Se voltarem a falar mal dos meus amigos vão se arrepender
Capítulo 05: Seleção
Capítulo 06: Unhas e dentes são armas que ferem
Capítulo 07: Não pretendo salvar ninguém além de mim mesmo e dos meus amigos
Capítulo 08: Acho que sua aparência já é um castigo suficiente
Capítulo 09: Rosa vermelha
Capítulo 11: Quem brinca com fogo se queima
Capítulo 12: Suas cicatrizes contam histórias profundas
Capítulo Extra: Especial de Natal
Capítulo 13: A escola virou um caos
Capítulo 14: Está na hora de deixá-la ir
Capítulo 15: Pedir ajuda não é um crime capital.
Capítulo 16: Não sou exatamente o tipo que segue ordens.
Capítulo 17: Taça das Casas
Capítulo 18: Adeus, Hogwarts.

Capítulo 10: Seria bom se ele pudesse confiar um pouco mais em mim

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Da GucciFull

No corredor, os alunos evitavam o caminho para que Harry Potter passasse, embora tivesse olhos admirados, ainda havia algumas crianças com medo de serem alvos do bruxo conhecido; Peverell achava isso irritante, reconhecendo que ter recusado para entrar no Quadribol pode ter sido a decisão certa. Draco era alvo de olhares admirados, o fato de ele ter sido escolhido para entrar no campo com apenas onze anos já tinha se espalhado como febre em Hogwarts, os fantasmas Criselda e Roman também contribuíram para que o assunto se estendesse até as outras salas comuns. Pansy e Blaise provocavam o loiro até deixá-lo envergonhado, diziam coisas como "Que orgulho do meu dragão." ou "O esperado do herdeiro Malfoy." e "Ele é tão fofo que foi reconhecido, o treino será um espetáculo".

Eles passaram pela dupla de ouro, Hermione e Ronald, ficando para trás. Os seus olhos fuzilavam as costas do grupo sonserino com fervor. Harry ignorou os dois e puxou Neville pelo ombro, assustando o menino por um segundo.

- Que susto, Potter. - Disse Longbottom com o rosto envergonhado com a proximidade do outro.

- Desculpe, não foi minha intenção. Qual é a sua aula agora? - Questionou Harry, sendo seguido pelos olhares de Draco, Pansy e Blaise.

Os três discutiam os motivos de Harry estar tão próximo de Longbottom, mas não conseguiam saber o motivo, então apenas ficaram observando. Qualquer movimento estranho de Neville, eles puxariam Harry de volta para a sua própria segurança.

- Herbologia. - Respondeu Neville com brilho nos olhos; ele parecia muito ansioso para começar a aula.

- Eu e meus amigos também. Como é o mesmo caminho, vamos todos juntos. - Convidou Harry, e foram até a sala em grupo, com três membros de uniformes verdes e um vermelho.

O grupo alcançou a sala antes que a aula começasse.

- O que você acha que terá hoje? - Perguntou Harry para Neville, sabendo o quanto o menino estava preparado para a aula. Afinal, ele era quase um expert no assunto e sentia raiva de si mesmo por não ter dado o reconhecimento que Longbottom merecia em sua vida anterior.

- Provavelmente vamos plantar, conhecer algumas plantas mágicas e identificar ervas hoje. Tudo teórico, como estamos na primeira semana ainda. - Respondeu Neville categoricamente.

Pansy e Neville se entreolharam com a resposta, apenas acenaram com a cabeça concordando.

- Você gosta de Herbologia, Potter? - Questionou Longbottom com expectativa.

- Não me chame de Potter, parece que está irritado comigo. - Brincou Harry com um sorriso gentil, Neville assentiu com a cabeça. - Eu gosto da sua utilidade em poções e feitiços, além de que é essencial aprender a evitar e se defender de plantas venenosas e perigosas.

- Isso é verdade, Harry. - Comentou Neville, envergonhado por ter ficado tão empolgado.

Ele não sabia explicar, mas pensou que foi errado ter falado só sobre Herbologia e não nas outras matérias; sentiu que exagerou e ficou de cabeça baixa pensando em dizer algo para se redimir.

- Conhecimento é poder, Neville. Nunca esqueça disso, meu amigo leão. - Disse Harry com um tom sugestivo.

"Harry não ficou chateado." Pensou Neville com alívio, um sorriso bobo adornado em seu rosto enquanto olhava ao redor da estufa e depois se distraiu com alguns vasos.

A Professora Sprout adentrou a sala de aula com sua energia contagiante. Seu rosto iluminou-se ao ver alunos de Grifinória e Sonserina juntos, ressaltando a importância da cooperação nas aulas de herbologia. Com um sorriso caloroso, ela inicia a aula abordando conceitos fundamentais sobre o crescimento, propriedades e usos de diversas plantas mágicas. Ela destaca a importância do conhecimento teórico para compreender as peculiaridades de cada espécie.

"Como esperado a sua resposta foi certeira." Pensou Harry com um olhar caloroso para Neville, que estava ocupado anotando em uma prancheta sobre plantas mágicas.

- Por Merlin, menino! Você sabe tão bem sobre plantas e ervas, gostaria de ser o meu ajudante? Pode ter certeza que vai aprender muito comigo e pontos extras. - Sugeriu a Sra. Sprout com um sorriso alegre, aliviada com a ideia de ter um ajudante que pudesse aliviar um pouco seu fardo.

- Verdade? - Perguntou Neville incrédulo com a ideia de ser ajudante de herbologia, era o sonho dele fazer um estudo mais profundo nessa área.

Aquele pedido parecia bom demais pra ser verdade.

- Aceita, Neville. Você não vai querer perder essa chance. - Insistiu Harry com um tapa gentil nas costas do bruxo tímido.

- Eu farei o meu melhor, professora Sprout. - Respondeu Neville com um brilho nos olhos, animado para começar a ajudar na estufa.

- Ótimo, meu bem. Visita-me nas terças e quartas de manhã, tenho planos para você! -Disse a bruxa, afastando-se enquanto se despedia dos outros alunos.

- Eu não acredito que isso está acontecendo. - Soltou Neville com vontade de chorar.

"Você é um bom garoto, seus pais estariam orgulhosos de você." Disse Harry com um sorriso caloroso, afagando a cabeça do jovem bruxo Longbottom. Enquanto fitava os olhos verdes de Harry, Neville refletia sobre a expressão sorridente de seus pais, Alice e Frank, imaginando como eles o veriam agora.

Essa era a primeira vez que Neville ouvia tais palavras de alguém. Sua avó costumava apenas apontar o quanto ele era fraco e patético. O impacto da afirmação de Harry desencadeou uma sensação calorosa em seu peito, uma espécie de bem-estar que Neville lutava para entender.

- Obrigado, eu também espero. - Murmurou o bruxo tímido com um sorriso reprimido, brincando com seus dedos.

- Longbottom, o que eu posso fazer aqui? Essa planta está grudando em mim que nem chiclete, assediador! - Exclamou Blaise com uma expressão assustada fingido, xingando com prazer e fazendo o grupo rir com sua piada ruim.

- Tudo bem, pode me chamar de Neville. - Disse o Neville, ajustando suas luvas antes de ir em sua direção ajudar.

A aula terminou e Pansy pegou sua mochila, acompanhada dos outros meninos. - Vocês vão para a biblioteca agora?

- Sim, mas eu quero pegar uma coisa no quarto antes disso. - Respondeu Draco, segurando o braço do Neville. - Não esquece do nosso compromisso, Neville. Biblioteca, em quinze minutos.

- Pode deixar, estarei lá. - Prometeu Neville alegremente.

- Irei com o Draco. - Disse Blaise, acompanhando o amigo loiro platinado de olhos cinzas.

- Eu vou em um lugar e volto logo. - Disse Harry, arrumando sua mochila nas costas.

- Tudo bem, vamos nos encontrar por lá. Você também é bem-vindo, Nott. - Disse Pansy olhando para o bruxo, ele ficou surpreso com o convite e apenas acenou com a cabeça. - Vamos meninas. - Chamou, sendo seguida até a porta por Emília e Eleonor.

~

O bruxo de olhos verdes e esmeraldas foi em direção ao corujal, com papel e caneta na sua mão. Ele sentiu um forte vento atingi-lo assim que entrou no local, coberto de corujas e uma delas olhou para ele e abriu as asas, voando na sua direção com um piado que ele imaginou que fosse alegre por encontrá-lo.

- Edwiges, minha rainha. - Falou Harry com um brilho amável nos olhos verdes, abraçando a sua ave branca com delicadeza.

Ela beliscou a ponta da sua orelha com carinho. - Eu sinto sua falta e não faz nem dois dias, ainda bem que a minha amiga é linda e chama atenção por toda parte.

A ave olhou orgulhosamente para seu dono, a asa branca aberta e o peito alto com uma pose nenhum pouco modesta. - Quero que faça um trabalho pra mim. - Disse o bruxo, entregando dois bolinhos para a sua ave elegante.

Harry escreveu a carta com Edwiges ao seu lado, observando sua escolha de palavras.

"Mestre Ragnok,

Estou bem após uma longa aula em Hogwarts, agora membro da Sonserina. Como foi seu dia? Espero que esteja bem.

Gostaria de informar sobre minha busca pelas horcruxes. Há um objeto pulsando magia negra no cofre de Bellatrix Lestrange. Como ex-horcrux de Voldemort, acredito ser crucial destruir esse artefato para evitar futuros problemas.

Ficarei no aguardo de sua confirmação após as devidas providências. Mantenha-se seguro.

Atenciosamente,
Harry."

- Essa carta parece boa, não é? - Perguntou Harry para a sua companheira e sua coruja respondeu com um som inaudível, batendo as asas como se fosse um pedido para confiar nela. - Eu vou te dar, deixa eu só enfeitiça-la para que ninguém veja além do próprio duende.

O feitiço foi rápido e prático, a coruja despediu-se do seu bruxo e alcançou voo no entardecer, tons de azul e laranja atingindo o céu com tamanha beleza incomparável. Um lindo pôr do sol, clamando pela noite cheia de estrelas.

~

O Peverell foi até a biblioteca e se encontrou com seu grupo, sentou-se na mesa rodeada de pessoas: Blaise, Draco, Theodore, Neville, Pansy, Eleonor e Emília.

- Você perdeu, Harry! Pansy chamou Neville de pitel e Blaise soltou uma bomba fedorenta alguns minutos atrás. - Disse Draco, puxando o garoto para sentar ao seu lado enquanto contava tudo e ria junto.

- Draco é dramático demais, estávamos desfrutando da intimidade. - Explicou Blaise com um sorriso de satisfação.

Harry abriu um sorriso e fingiu uma careta de nojo. - Ainda bem que eu não estava aqui. O que vamos fazer agora?

- Eu pensei em fazer um cronograma programado, assim podemos estudar um pouco de tudo, inventar exercícios, tirar dúvidas e quem sabe brincar nesse meio pra se divertir. - Sugeriu Pansy entregando uma folha, era uma lista escrita com sua própria letra cursiva e atraente que humilhava todos sentados na roda.

- Isso aqui está perfeito, Pansy. Nunca vi algo igual. - Elogiou Blaise enquanto lia junto com Draco.

- Obrigado. - Agradeceu Pansy com um sorriso torto, ela não gostava de admitir, mas era realmente boa em tudo que se tratava de organização e planejamentos, acostumada por conta de sua educação rígida com sua mãe.

- Isso ficou incrível, eu sugiro jogo de cartas e xadrez bruxo. Também tem uma brincadeira que a Eleonor inventou. - Disse Emília, atraindo a atenção da garota de cabelo e olho prateado. - Conta pra eles, Eleonor.

- No que você pensou? - Perguntou Draco com um olhar curioso.

- Eu estava pensando em uma brincadeira de achar coisas, uma pessoa pegaria objetos importantes pra você e guardaria em um lugar, assim a pessoa teria que procurar e achar. A ideia é testar seu conhecimento em achar objetos perdidos, assim cada um inventa o método que achar mais prático; imagino que chegaremos em uma situação que teremos que procurar nós mesmos um objeto, uma pessoa e acredito que essa brincadeira poderia ser útil no futuro de alguém aqui. - Sugeriu Eleonor com um sorriso incontrolável e explicava com muita calma.

Os bruxos entenderam e concordaram com a ideia.

- Parece uma boa ideia, parabéns Eleonor, tome seu prêmio. - Disse o herdeiro Malfoy jogando um bolinho de chocolate com gotas de caramelo, ela pegou e agradeceu pelo doce.

- Então foi isso que você foi buscar. - Comentou Harry olhando para os bolsos recheados do amigo loiro.

- Eu não resisti, tudo bem? - Indagou Draco retoricamente, abrindo uma barra de chocolate e comendo e oferecendo para o pessoal da mesa.

- Acho que precisamos dar uma olhada no dever de herbologia. - Sugeriu Neville, abrindo seu caderno e o livro.

- Vamos seguir esse plano por enquanto, mas a brincadeira de Eleonor ainda está de pé. - Disse Draco, retirando seu material e ouvindo seus amigos concordarem em voz alta.

- Alguém pode me dizer o nome da planta mágica que quase engoliu minha mão? - Perguntou Blaise, olhando para as expressões confusas dos amigos. - O assediador! Falou como se fosse óbvio e todos riram, aliviados por entenderem.

- Era um visgo do diabo, aquela planta pegajosa. Melhor vocês aprenderam cedo sobre ela. - Explicou Harry, a mão ocupada escrevendo um relatório sobre a planta.

- É perigosa? - Questionou Malfoy com um brilho curioso nos olhos cinzentos, parando de escrever.

Os bruxos pararam para ouvi-lo.

- Dependendo da situação, podem sim ser perigosas. - Explica pra gente, Neville. - Pediu Harry.

- Essa planta pode ser perigosa no escuro, capaz de agarrar qualquer superfície ou uma pessoa quando está no escuro. A única forma de derrotá-la é dizer Lumus com o movimento certo de sua varinha. - Instruiu Longbottom, orgulhoso em poder falar sobre o assunto que mais gosta.

- É por isso que ela agarrou minha mão. - Brincou Blaise com um tom sugestivo no ar, Harry entendeu e riu baixo com a barriga remoendo de culpa, era um pensamento tão errado.

~

Na manhã seguinte, Harry acordou e fez sua corrida matinal, voltou para o quarto e estava seus colegas acordados e se arrumando.

- Bom dia. - Cumprimentou Harry, ouvindo um "Bom dia" baixo e sonolento do Draco e do Nott.

- Bom dia, Harry. Estava correndo? - Perguntou Blaise empolgado e curioso, ele raramente estava de mal humor.

- Sim, não quero perder minha forma. - Explicou, limpando o suor com a toalha em volta do pescoço enquanto tomava um gole generoso de água.

- Sério? Estou precisando começar também, tenho dificuldade em acordar cedo. - Explicou Zabini, terminando de abotoar os botões da camisa social.

- Seria bom eu começar levantar mais cedo também, estou prestes a entrar no time e treinar um pouco seria bom. Tenho a mesma dificuldade. - Explicou Draco com um brilho ansioso nos olhos, ele mal podia esperar pra começar a treinar e participar das partidas.

- Eu vou acordar vocês dois na primeira vez, depois dependerá apenas de vocês. - Disse Harry, levando seu kit de banho até o banheiro e fechando a porta.

- Obrigado Harry! - Disseram juntos, exceto Nott que estava entretido arrumando a gravata.

Eles foram até a sala de Defesa Contra a Arte das Trevas, Harry com sua cobra sob o pescoço atrás de Draco, os alunos se afastavam com medo da sua serpente e deixando transparecer que era o guarda-costa do herdeiro Malfoy. Estranhamente, as crianças se sentiam intimidados e ao mesmo tempo não conseguiam desprender os olhos neles; havia uma coisa neles que os atraia sem precisa de uma explicação lógica.

- Graçass ao Draco, os meninosss esstão olhando pra mim maisss do que o normal. Devo agradecê-lo por isso. - Murmurou Pansy ao lado de Blaise, sentindo-se uma abelha rainha da escola.

- Não esqueça que Draco é o foco principal. - Provocou Blaise com um sorriso maroto, chamando atenção de algumas meninas por onde passava.

#Querida, essstou um pouco entediado, quero novidadess. Conte-me, andou verificando os passosssss do diretor?# Sibilou Harry em tom baixo para não chamar atenção.

#Ssim, messstre. Ele pegou uma chave da gaveta e desapareceu na minha frente.# Explicou a serpente.

#Como era essa chave?# Questionou Peverell.

#Dourada com ssímbolossss da cor prata, estranhossss e confussos. Tinha uma gema de rubi nele.#

#Tudo bem, o que ele disse antesss de aparatar?#

#Rosssa, mestre.#

#Obrigado, querida. Vou deixá-la com Malfoy por um momento então fique bem comportada.#

#Eu gosssto do Malfoy, ele é um bruxo.# Disse com a voz carinhosa.

#Então você não gosssta de mim? Esstá me traindo?# Provocou com um tom ciumento fingido.

#Não tesste a minha paciência, messstre. Você não vai querer me ver irritada contigo.# Sibilou com um tom áspero e ameaçador.

#Sssim, querida.# Respondeu Harry, soltando uma risada enquanto ouvia resmungos da sua cobra, tipo: "bruxo idiota" e "parece que não sabe a diferença", levando sua provocação a sério.

- Malfoy, podemos ir juntos? - Perguntou Vincent Crabbe, aproximando e acompanhado do Gregory Goyle.

- Sim, pode nos acompanhar. - Disse Draco com um sorriso complacente.

Harry virou para o garoto loiro e colocou a cobra ao redor de seu pescoço.

- O que está fazendo? - Perguntou, acariciando as escamas brilhantes da serpente, sem se importar de tê-la ao seu lado.

- Você é a estrela de Hogwarts, então divirta-se. - Disse Potter com um sorriso brincalhão.

Blaise puxou seu braço e os dois foram em direção a Pansy, que estava flertando com um bruxo um ano mais velho que ela. - Ei, Pansy, a aula já começou.

- Por Merlin, vai assustar sua mãe! Então vamos logo! Me liga, gatinho. - Disse Pansy se afastando do menino de cabelo encaracolado e olhos azuis escondidos atrás de um óculos preto, a mão da bruxa sendo segurada pela pressão do bruxo Zabini e o Peverell.

- Ela não toma banho, então toma cuidado cara! - Disse Zabini em voz alta e levando um chute na canela pela bruxa de cabelos pretos. - Aí! Por que fez isso? Até um cachorro seria mais misericordioso. - Resmungou, acariciando a sua carne dolorida.

- Faz isso de novo e vou chutar em outro lugar. - Disse com um olhar ameaçador, focando em suas partes baixas e o bruxo moreno cobriu rapidamente. - Você não terá filhos de seu sangue, será a vergonha da família. - Disse áspera, voltando a caminhar mais rápido pra não perder a aula do Quirell.

- Pansy é demais. - Elogiou Harry com uma expressão apaixonada fingida, ele desviou de um tapa do amigo e fugiu correndo pelos corredores ouvindo xingamentos do Zabini.

O grupo alcançou a sala de aula e sentaram em dupla, Harry sentou em uma cadeira e Ronald sentou-se depressa ao seu lado.

- O que você quer, Weasley? - Perguntou Harry com mal humor.

- Estou apenas sentando com meu amigo, não posso? - Perguntou Ron com um sorriso inocente.

- Vaza do meu lugar, seu sardento, cabeça de gengibre, intrometido, ridículo, pobre, desperdício de oxigênio. - Disse Malfoy com intenção de xingar toda a geração Weasley, ele achava a insistência do ruivo patético.

- Não tem seu nome aqui, Malfoy! Não vou sair. - Disse Ronald com um olhar irritado.

O ruivo queria entrar no soco com o puro-sangue Malfoy, mas qualquer brecha alguém sentaria no lugar e ele insistiria, afinal Harry Potter tinha que ser o seu amigo e da Hermione e de mais ninguém.

- Saia agora mesmo. - Ordenou Malfoy com um tom imperativo, ameaçando retirar sua varinha e acabar com a cabeça de gengibre.

- Me obrigue. - Reclamou Weasley e a cobra sob os ombros do loiro saiu com postura ameaçadora, rastejando pelo pescoço branco do Malfoy e suas escamas brilhantes aproximou-se do Ronald com um brilho assassino sob seus olhos vermelhos furiosos.

- V-Vai pagar por isso! - Gaguejou Ron, correndo para a mesa da Hermione e sentando-se na cadeira com seu rosto pálido e a perna tremendo sem parar.

Aquilo foi pior do que seus irmãos fizeram transformando seu bicho de pelúcia em uma aranha, pensou o Ronald.

- Obrigado, serpente. - Agradeceu, acariciando a ponta da sua cabeça, divertindo-se com a textura das escamas pretas ônix.

A cobra balançou a cabeça, parecendo entediado depois de ter assustado o bruxo ruivo tão facilmente e virou-se até Harry Potter.

- Ela deve estar com fome, pode ir. - Disse Harry, vendo Malfoy soltar a cobra e se sentar do seu lado.

O professor Quirell fechou a porta quando todos os alunos já estavam na sala, caminhou até a mesa do professor e escreveu seu nome no quadro-negro. "Quirinus Quirell", uma letra garranchosa e superficial.

- O-Olá, e-eu sou Q-q-quirell, seu n-novo p-p-professor de D-Defesa contra a A-arte d-das t-trevas. - Gaguejou o professor Quirell.

- Essa aula vai ser um desastre. - Resmungou Draco com um olhar nal humorado. - Não existe magia que possa consertar esse defeito de alguém? - Indagou o bruxo, Harry pensou por um instante e virou para o seu amigo loiro.

- Ou pode ser que esteja fingindo. - Sugeriu Peverell com um olhar desconfiado.

Os dois assentiram e voltaram a olhar para o bruxo mais velho. - B-bem, c-contrariamente à c-crença popular, as m-maldições d-das trevas têm um i-impacto s-substancial no m-mundo mágico. C-cuidado com a c-casta e c-cadência das c-c-cantigas m-místicas, e v-vocês podem c-compreender o q-quão q-querido é q-q-querer q-quebrar q-quaisquer quimeras q-que q-querem q-quebrar. - Instruiu o professor de DCAT, com sua gaguejeira exagerada e seus alunos perderam o interesse em tentar entendê-lo.

- Harry, eu posso fazer uma pergunta pessoal? - Questionou Draco, um brilho curioso sob seus olhos cinzas.

Harry encarou o amigo loiro e assentiu com a cabeça, largando a caneta e o papel porque já não sentia utilidade em escrever nada, a gagueira não estava ajudando muito a compreender o assunto e deu atenção para o Malfoy.

- Onde você conseguiu as cicatrizes nas costas?

Harry desviou o olhar, mexeu na caneta tinteiro como se fosse algo interessante. - Essa caneta deve valer quanto? Não lembro quanto gastei, deve valer menos que um galeão. - Disse disfarçadamente.

- Não adianta mudar de assunto, Harry. - Insistiu o loiro, Peverell aceitou que não poderia mentir e nem guardar aquilo por muito tempo.

- Foram trouxas que fizeram isso comigo.

- Quem foram esses trouxas? - Questionou Draco com um brilho assassino nos olhos, cinza igual a uma tempestade prestes a engolir uma cidade como um tsunami raivoso feito pela natureza.

- Não posso te responder. - Respondeu Harry com um olhar sério.

- Me fale se foram os trouxas que estavam cuidando de você no mundo trouxas. - Insistiu Malfoy, pegando no braço do seu amigo como se dissesse "pode confiar em mim".

- Não se preocupe, foi apenas um acidente. - Respondeu Harry com um sorriso tranquilizador fingido, ele não queria que ninguém o ajudasse.

Era uma história vergonhosa para se lembrar, além disso, foi a muito anos. - Eu nem lembro mais disso, Draco.

- Tudo bem, não vou insistir. - Disse Draco, voltando a prestar atenção na aula.

"Seria bom, se... ele pudesse confiar um pouco mais em mim." Pensou Draco com as bochechas coradas.

Se a confiança era o problema, ele faria com que Harry confiasse nele. Mais tarde, pretendia ir atrás de respostas sozinho, ou no mínimo, com ajuda de Blaise e Pansy. Ninguém fere seu amigo sem mais nem menos.

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