Lee Minho
Quando paramos eu e o Han saímos para a universidade, fomos até à nossa sala. À frente da nossa sala estavam os nossos seis amigos. Todos a conversar animadamente.
Fomos até lá e começamos a falar com eles. Quando tocou, cada um foi para as suas salas e quando entrei vi o Choi San. Comecei a tossir, então peguei no inalador e inspirei.
Vejo os olhares preocupados dos meus amigos, mas todos menos o Han continuaram a falar. Comecei a tremer e a hiperventilar quando Choi San olha para mim. O Han puxa-me pelo braço para fora da sala e leva-me para a casa de banho.
Começo a chorar, então o Han diz-me para eu me sentar no chão e senta-se ao meu lado. Ele pega nas minhas mãos que tremiam muito e olha-me nos meus olhos que estavam cheios de lágrimas.
Ele põe uma das suas mãos na minha bochecha e seca as minhas lágrimas, só este simples gesto faz-me acalmar e parar de hiperventilar.
Ele chega ao pé da minha bochecha e eu consigo sentir a respiração quente dele, então ele dá-me um beijo na bochecha.
Os lábios dele eram fofos e macios.
Eu parei de tremer e corei igual a um tomate. O meu coração estava acelerado e senti uma sensação na minha barriga que era muito satisfatória. O Han olha-me nos olhos e sorri. Ele levanta-se e ajuda-me a levantar.
Ele deu-me as mãos, eu ainda estava muito corado e saímos da casa de banho. Vamos para a sala de mãos dadas e pedimos desculpa pelo atraso ao professor.
Vamos cada um para o seu lugar e vejo os olhares de todos confusos, mas queria lá saber, o que importava era o facto do Han ter-me dado um beijo, foi na bochecha mas era um beijo na mesma.
Fiquei a aula toda a pensar no Han e no beijo que ele tinha me dado. Quando toca eu vou até ao Han animado e ele dá-me a mão e sentamo-nos de mãos dadas. Olhamos para os meninos e recebemos olhares confusos, mas ninguém diz nada.
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Depois de ter quatro aulas, fomos para casa. Quando estávamos à frente do portão da universidade, o Han pergunta:
-Min, posso a companhar-te até casa?
-Claro, Hannie, não quero ir sozinho e também gosto da tua companhia.
Ele dá-me a mão e vamos até minha casa. Quando chegamos a casa, dei-lhe um abraço e um beijo rápido na bochecha. Vejo-o a corar e a sorrir. Digo adeus e entro em casa. Inspiro o meu inalador e vou para o meu quarto.
Eram oito da noite, de repente eu lembro-me que eu e o Han amanhã vamos apresentar o trabalho, mas hoje foi um dia tão cansativo. Os meus olhos estavam um pouco doloridos de ter chorado ontem e hoje muitas vezes.
Temos de treinar na mesma a apresentação, então liguei para o Han.
Ele atendeu rapidamente e disse:
-Olá Min.
-Olá Hannie. Hoje temos de treinar a apresentação, pois temos de apresentar o trabalho amanhã.
-Aíí esquecemos-nos.
-Então vamos treinar agora.
-Queres fazer video chamada?-ele pergunta.
-Pode ser.
Abro o WhatsApp e ligo para ele por video chamada. Ele desliga a chamada e atende a vídeo chamada.
Vejo-o com uma camisola preta e branca da adidas e com o cabelo molhado. Presumo que tenha acabado de tomar banho.
-Vamos treinar?
-Bora
Depois de treinarmos mais de cinco vezes, eu ainda não sabia se ia conseguir falar à frente de uma turma de vinte e sete pessoas mais o professor.
-Min, vai correr tudo bem. Tu consegues apresentar a tua parte.- ele diz. Como é que ele sabia que eu estava inseguro sobre apresentar? Eu sorrio e digo enquanto ia para a cama:
-Hannie, para a semana, temos teste de desenvolvimento, certo?
-Sim
-Então gostarias de ir à biblioteca comigo estudar, na segunda?
-Claro, adoraria. Mas agora tenho de ir jantar. Tchau Min.-ele despede-se.
-Tchau, Hannie.
Quando o Han desliga a chamada, sinto um vazio, como se faltasse alguma coisa, e essa coisa era o Han. A minha mãe quase nunca estava em casa, por isso, nem jantei, fui logo para a cama.
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Acordei todo transpirado e ofegante, por ter tido um pesadelo com o Choi San a perseguir-me e a bater-me até à morte.
Vou tomar banho para relaxar e tirar o suor do meu corpo. Visto umas calças largas de ganga, uma camisola branca com uns detalhes azuis, um casaco de ganga e umas botas brancas. Vejo que está mais tarde do que nos outros dias. Saio de casa e vou até ao autocarro.