°•Festival pt2•°
-Apagar O Passado, É O Melhor Jeito De Viver O Futuro.
-E Para Isso Eu Preciso Da Sua Ajuda...
Point Of View Dahyun:
Dahyun se move ao ritmo da música, sentindo a energia contagiante. Seus olhos se encontram com os cabelos ruivos de Sana, que dança com uma graça hipnotizante. A vampira desliza suavemente, seus movimentos fluidos destacando sua altura. Dahyun sorri, envolvida pela magia da dança, enquanto Sana encanta com cada passo, revelando um charme único e misterioso.
Dahyun realmente esqueceu o que acabara de pensar, era como se algo em Sana a tirasse completamente do chão, a levasse para outro lugar, totalmente imerso da realidade e a fizesse esquecer de tudo e de todos. Quando a música parou, parecia que havia se passado horas que estavam juntas se movendo lentamente em uma sincronia perfeita. Mas ao mesmo tempo, aquilo tinha sido rápido, quer dizer, Dahyun queria mais, sentia que podia ficar muito mais tempo colada a Sana, mas não iam ficar dançando sem música, seria estranho. Mas sinceramente? Dahyun não se importava.
- espero que eu tenha lhe impressionado. - Sana piscou para a Kim assim que saíram do salão. Agora andavam lado a lado pelo corredor.
- me impressionou e muito. Você dança elegantemente. - com as mãos entrelaçadas a de Sana, Dahyun imitou o jeito que Sana movia os quadris e mantinha sua cabeça levemente erguida. A japonesa riu. A Kim era tão fofa e engraçada, era tudo mágico.
- obrigado. Você também dança muito bem. - trouxe a coreana para mais perto de si. Se pudesse ficaria abraçada à garota por horas enquanto dançavam ao som de uma melodia.
Saíram do prédio e foram ao jardim, onde sentaram-se sobre a grama perfeitamente aparada, se abraçaram e ficaram a encarar o céu carregados de nuvens em formatos fofos e estranhos. Sana e Dahyun compartilhavam histórias vívidas.
Minatozaki não queria assustar a Kim, mas pressentia que estavam sendo observadas. Por isso, trouxe a Kim para mais perto. Como eram as únicas que estavam ali, seria certo que a pessoa estava bem escondida. Ao olhar para os lados e não encontrar alguém, mas mesmo assim tendo a certeza de que a pessoa ainda estava lá, a ruiva olhou para cima, tendo um encontro direto com pupilas negras. Eu sabia.
De cima do telhado,
Hirai olhava a cena com um pouco de raiva. E talvez... inveja?
Suspirou pesado e profundo, aquilo com certeza não era o ideal para a mente de Momo assistir. Mas ela não sabia como parar, algo naquelas duas garotas em específico chamou muito a sua atenção. Ela só não sabia o que..
Mesmo que Sana estivesse a visto, ali, as observando. Ela não saiu, não tinha o porque de achar aquilo errado, e não era os olhos de Sana que a intimidariam. Continuou parada. Com as mãos descascando sobre a mureta do terraço, Momo mantinha seus olhos fixados no que estava abaixo de si. Se o que estava fazendo deixava Sana desconfortável, ou até mesmo Dahyun, ela continuaria daquele jeito.
- Sana... sempre tão egoísta e irritante. Por que não da um jeito nela de uma vez? - uma voz grossa vinha de suas costas, não precisava se virar para saber de quem se tratava.
- não é como se eu pudesse. Você sabe, ela não esta nos meus objetivos. - observou o amigo ficar ao seu lado. Bangchan era alto, bonito e forte. Mas algo em seu ser demonstrava perigo. Ele era um pouco sádico na verdade. O lobisomem teve alguns traumas durante a infância, uma eterna ferida em seu peito descrevia seu ódio pelos vampiros. Já houveram muitos boatos de mortes aos vampiros, o culpado? Todos do grêmio e aqueles que não eram tão inocentes sabiam quem tinha sido o responsável, mas isso faz um pouco de tempo, foi a 1 anos atrás. Por coincidência, o mesmo ano que o caso com a Chaeyong aconteceu... na verdade, muita, mas muita merda aconteceu naquele maldito ano. E assim como as mortes e a Chae, deve ser mantido lá.
- seus objetivos? não me faça rir Hirai! O que te impede de eliminar alguém? an? Talvez esteja com pena... ou... não, não me fale que... - a feição no rosto do rapaz passou para indignação, logo um soco foi desferido na mureta, Momo o olhou de relance. - ainda senti algo pela vampirina? - uma risada sádica escapou da boca do mais alto, agora, com os cabelos brancos.
- pare de rir seu idiota! - Momo foi em direção ao coreano tampando a sua boca com certa brutalidade. Não duvidaria que Sana pudesse os ouvir, e ela não queria tirar na sorte. - e é claro que não besta! Aquilo passou tá legal, nós éramos apenas crianças.
o rapaz sorrio mas ainda, era obvio que Momo não o convenceu.
Chan não gostava nem um pouco dos sentimentos que Hirai um dia, ou talvez ainda, sentiu pela vampira de cabelos ruivos. Ele a odiava, e queria acreditar que Momo também. Mas no fundo, ele sabia que ainda havia paixão a ser escondida pela Minatozaki.
- escuta Momo. Você sabe que um dia, eu vou pegar ela, e vou mata-la. E se você tentar interferir ou ajuda-la... eu te matarei e te mandarei pro inferno junto dela. - sussurrou ao pé do ouvido de Momo.
qualquer um que estivesse no lugar da japonesa, estaria tremendo de medo. Muitos alunos podiam temer o grêmio estudantil. Mas sem sombra de duvidas, eles temiam muito mais Bangchan. Isso é porque ainda não sabem do que Momo é capaz. Afinal, não é atoa que ela é a líder, e também, a peça principal para o trunfo de JYP. comparada a Hirai Momo, Bangchan não é nada.
os dois se afastaram, com olhares profundos em um ritual supremo.
- tenta a sorte. - no mesmo instante que terminou a frase, Hirai foi acertada por um soco, que ela defendeu colocando seu braço na frente do rosto. Ainda sorrindo o garoto se sentou no chão, se escorando na parede. A morena logo o acompanhou. Tanto faz, aquilo já era normal para eles.
- então... ta... - o garoto pôs as mãos nos bolsos do uniforme e de lá retirou um maço de cigarro, logo, foi tirado um isqueiro. - quer? - Momo negou. - e a Chaeyong? já descobriu?
- não, mas está quase. Ela já tem mais ou menos uma ideia de que fui eu. Mas ainda não tem provas. - suspirou enquanto se afastava da fumaça que o outro fazia. - não até ela conseguir falar com Mina.
- tsc. Essa ainda está viva? Que mancada. Por que fizeram isso na frente dela?
- ela sabia, sabia de tudo, Mina é muito esperta, então não ia fazer diferença se estivesse visto ou não. A verdade é que não vai demorar para ela voltar. - encostou a cabeça na parede, já ficando com dor de cabeça.
- voltar? Para onde ela foi afinal?. - questionou o rapaz. Momo fechou os olhos enquanto pensava. Ele já sabe muito, não precisa de mais. Até certo ponto, Bangchan será útil, mas não poderá saber.
- eu não sei. As únicas pessoas que sabem é o JYP, Tzuyu e Jihyo. - o garoto concordou.
- e como pretende afastar a Chaeyong da verdade? vai bater nela de novo? - falou enquanto mexia as sobrancelhas sorrindo. Momo mexeu a cabeça em negatividade. O céus, o que o Jin Yong pensou quando colou um cara que só pensa em agressividade nesse plano?
- sabe. A única maneira de esquecer o passado, é o apagando de vez. - permitiu sorrir a única vez naquela tarde. - só assim podemos viver o futuro. - se levantou, encarando o amigo ainda sentado e com o cigarro entre os dedos.
- do que você precisa?- o sorriso nem sequer abandonou o rosto do garoto.
- de tudo que você puder me oferecer. - saindo dali com um sorriso diabólico no rosto, Momo já começava a sentir a droga em suas veias. Diferente do calmante, a raiva demorava a se fazer presente. Mas agora que estava ali, Momo não conseguia se controlar. Foi para o seu quarto tão rápido quanto quando saiu da pista de dança.
O céu ia se tornando escuro aos poucos, assim como a preguiça das duas garotas sentadas sobre o encosto de uma arvore.
Poder ficar ali, apenas longe dos outros e com o sentimento aberto á garota que estava em seus braços era incrível. Sana se tornou quase que dependente do corpo da outra, queria estar a todo momento com a jovem bruxa. Queria poder a tê-la para si, somente para si.
Com leves carícias, seus dedos passeavam por entre as mexas negras da coreana. Se apegaram tão rápido uma a outra que fica difícil não dizer que era um amor de alma gêmeas. Um encontro repentino e totalmente glorioso. Algo difícil de se achar, que chegou tão cedo. Mas, mesmo com esse sentimento de amor, a Kim ainda sentia que faltava algo, mais especificadamente, um alguém.
Dahyun olhou para cima, encarando a íris de seus olhos castanhos e com um sorriso besta nos lábios.
- o que foi? - Minatozaki sorrio ao mesmo jeito, óh céus aquilo estava tão perfeitamente perfilado que parecia ser surreal.
- nada... eu só.. - Dahyun se levantou, parecendo se lembrar de algo. No caso, alguém. - Sana, eu preciso te fazer uma pergunta. - fez perna de índio estando do lado de Sana, de frente a ela.
A japonesa por sua parte franziu o cenho, e agora? O que a Kim queria? Se tranquilizou e colocou um sorriso calmo no rosto.
- claro, pode perguntar qualquer coisa. - fechou os olhos aumentando o sorriso. Sentiu o corpo da Kim tenso então queria passar conforto para a garota.
- ok... é. Lembra que eu falei para você sobre Jin? O meu irmão? - Sana assentiu. Dahyun continuou. - então, ele meio que... não estava no festival, junto dos outros professores. Eu queria saber se... Você sabe, como é do grêmio deve saber se ele, trabalha aqui? - falou com dificuldade. Ela mesma não queria acreditar que ele não estaria ali com sigo.
Sana por sua vez, assentiu novamente em compreensão. Pareceu pensar, talvez não fosse o certo o que ela escondeu da Kim, mas de qualquer forma, a garota precisava e merecia saber. Então disse:
- eu o conheço. Nos falamos por ligação esses dias. - Dahyun parecia surpresa com a informação, então... se Sana o conheceu, talvez á chances dele estar aqui? - ele me disse na ligação que queria pedir demissão. - agora sim Dahyun estava em choque, demissão? Mas por quê? - disse que tinha uns assuntos para resolver e que demoraria muito a voltar, então me disse para cuidar de você.
- mas... como assim? Ele não vai voltar, você sabia que ele não ia voltar? E não me disse!? - algumas lagrimas se puseram nos seus olhos, poxa... Jin preferiu falar aquilo para uma estranha, ao invés de dizer para a sua irmã? - por que...?
- eu não sei... olha, ele pediu para eu não dizer nada a você. Mas... eu não sei se posso te contar isso.. - Sana abaixou a cabeça negando. - ele só disse que não ia voltar, e que era para eu cuidar de você.
- cuidar de mim? Logo você? - Dahyun riu indignada. Como poderia acreditar naquilo se o próprio irmão havia dito para não ficar perto dos vampiros? - Sana, meu irmão odeia vampiros, por que pediria a você para cuidar de mim?
- é... digamos, que eu não tenha falado para ele que sou um vampiro...? - Dahyun balançou a cabeça. - mas é tão ruim assim?
- como assim? Isso é péssimo Sana! - Minatozaki franziu a testa. - não estou me referindo a você, claro. - Sana suspirou em alívio. - ele tinha prometido que ia voltar, que ia... ficar comigo.. e agora, ele não vai mais? Sana me fala, por favor. Por quê?
A ruiva respirou fundo antes de começar.
- tudo bem... mas por favor, não fique com raiva de mim. - Dahyun mesmo incerta concordou. - ele descobriu que seus pais tinham alistado ele no exército. Sabe? Anda acontecendo algumas guerras no Norte.
Dahyun ficou um tempo parada e tensa. Processar aquilo foi difícil. Seu único irmão, tinha ido pro exército, e que, provavelmente, iria para a guerra? Parecia que estava engolindo granito. Como seus pais fizeram aquilo?
A kim jogou a cabeça para trás. Isso era terrível, de mais! Esses treinamentos são muito rigorosos, se juntar com outros sobrenaturais e treinar é perigoso.
A coreana se levantou, ainda processando o que ouviu. Havia sinceridade na fala da ruiva, mas por que não acreditava?
- Dahyun? está tudo bem? - Sana se levantou junto acompanhando a garota que já saia do local.
- olha, eu... preciso fazer uma ligação ok? - gesticulou e seguiu seu caminho para as escadas.
- a.. ok, quer que eu vá com você? - a japonesa temia que a Kim teria ficado um pouco desconfiada e talvez com raiva de si.
- não, não precisa. Quero ficar um pouco sozinha por favor. - Sana concordou.
- então, eu vou te acompanhar até o seu quarto. - nada foi dito, apenas continuaram a andar até os dormitórios.
parando de frente ao quarto da Kim, as duas garotas se olharam.
- se cuida ok? - Sana disse. Dahyun concordou e proferiu um: "você também" E assim a porta foi fechada, deixando um clima um pouco ruim no ar que já era ruim.
Minatozaki seguiu para o seu quarto sem muito esperar. olhou para a porta de madeira e abriu-a.
De olhos arregalados olhava a bagunça na minha frente. Quadros rasgados, cama bagunçada, cortinas soltas, e sangue...
- Mas que merda....?
CONTINUA.....