*Brasil*
Acordei com cheiro de café da manhã. O loiro deveria ter acordado mais cedo e ter preparado tudo. Me levantei escovei os dentes e fui para cozinha, me deparei com o argentino de costas para mim cozinhando algo.
Me aproximei dele silenciosamente e o dei um susto enquanto o abraçava.
-Bom dia, princesa. -dei leves beijos em seu pescoço e buchecha.
-Brasil, que susto! -ele colocou uma das mãos em meu cabelo acariciando -Dormiu bem, corazón?
-Dormi sim, e você?
-Bem também, já preparei o café, pode sentar na mesa, já já levo o que falta.
Fui em direção a mesa e, uau, tinha um monte de coisas, tinha pão, geleia, manteiga, presunto e queijo, e bolo. Que horas que esse doido acordou pra fazer bolo?
-Uau, Arg, quanta coisa.
-Espero que goste. -Ele disse enquanto coloca um prato com um molete na minha frente e dava um sorrisinho doce.
-Humm, então o burguês fez omelete?
-Só come logo.
-Certeza que não tem veneno?
-Haha, engraçadinho.
Dei um sorriso ao ver que ele tinha sim achado graça na referencia que fiz do primeiro dia dele aqui. Coloquei um pedaço do omelete na minha boca, e estava realmente bom. Quando me deparei já tinha comido tudo.
-Estava muito bom, pra um iniciante.
-Iniciante? O seu rabo, esqueceu q também moro sozinho?
-Ei princesa, ti acalma aí. -comecei a rir da expressão de raiva dele. - E desde de quando você usa xingamentos como "seu rabo"?
-Desde que estou a mais de uma semana preso com um brasileño boludo.
- Obrigado pelo elogio.
- ¡Sabes que noe fue un cumplido!
- Lo sé, pero me encanta hacerte enojar.
- Te odio. -ele disse isso ficando vermelho. - Sabes que creo que tu voz és hermosa em mi idioma. Lo hizo a propósito.
- Sí, lo hice.
- Te odio.
- Eu também te amo, coisa chata.
****
O tempo passou e eu fiquei o dia inteiro ansioso por conta do Carnaval. Eu comemorava todo ano, mas não era todo ano comemorado com os outros países. Sabia muito bem na merda que ia dar se ficássemos bêbados de mais, e eu seria um dos que ficaria muito bêbado.
Era 15:00 quando nos marcamos de nos encontrar na minha casa para entregarmos as fantasias um para o outro. Em pouco tempo minha casa estava cheia, com gente sentada no sofá e na mesa, para ficarmos todos em um só ambiente.
-Muito bem, vamos começar. -disse Colombia - Algum problema em eu ser a primeira? -todos nós concordamos então ela proseguiu.
-Muito bem, minha fantasia foi baseada, em bem, personalidade da pessoa. É pra você, nosso querido francês.
O França foi em direção a Colombia e pegou a sacola, olhou dentro e falou
-Não, você não fez isso -ele começou a rir.
-Sim, eu fiz, agora vai se vestir.
Ele voltou 5 minutos depois com cuturnos, um short não muito largo com um colete desabotoado e sem uma blusa com uma tiarinha de coelho na cabeça e um pompom no bumbum pra imitar o rabinho de um coelho. Todos nós começamos a rir e gritar o nome do francês quando ele começou a desfilar para nós.
-Muito bem, minha vez agora. Essa fantasia eu escolhi para fazer um sacanagenzinha com nosso amigo esquentadinho. Nosso doce e amoroso, Argentina.
O loiro levantou desconfiado de seu lugar e foi até o francês. Quando olhou na escola seus olhos se arregalaram.
-Te odeio.
Declarou seu ódio e foi em direção ao banheiro enquanto todos nós ríamos atrás dele.
O argentino voltou do banheiro com botas pretas uma calça preta alta meio aperta e um croppet não muito curto junto de uma máscara de gato com um chicote. O França comprou uma fantasia de mulher gato pra ele.
-Tá uma gostosa amiga.
-Vai se fuder, França. -declarou e mostrou dedo do meio pro outro loiro. -Muito bem, escoli essa fantasia, por que não tinha fantasia que combinace melhor com o peitudo do Croácia do que está.
O moreno se levantou e foi curioso até onde estava o argentino e viu a fantasia dentro da sacola.
-Mas nem fudendo - ele riu anazalado e foi vestir a roupa.
Ele voltou a sala com uma calça preta com tiras vermelhas presas as calças que passavam pelo seu corpo sem uma camisa e um chapéu de bombeiro. Eu assobiei para fazer graça e o França gritou logo em seguida.
-Aín, apaga meu fogo aqui, bombeiro. - foi inevitável, o apartamento estourou em risos
- Ok, a fantasia que eu escolhi para nosso anfitrião é totalmente auto explicativa.
Me levantei e peguei a sacola, quando olhei dentro, podia apenas rir, saí da sala e fui vestir.
Aquele corno manso me deu um short vermelho com uma saia de tulhe vermelha pra colocar por cima uma tira com chifres e um tridente preto. Eu era o diabinho.
-Muito engraçado viu. Minha vez, se preparem para o show. Essa fantasia eu escolhi por que a pessoa que vai usar ela hoje é isso. Vem cá, Uruguai.
Ele se levantou desconfiado e bisbilhotou a sacola. Eu abri um sorriso de lado enquanto ele ia em direção ao banheiro com o semblante em raiva.
Ele voltou do banheiro com uma bermuda de um lado amarela e do outro vermelha com um chapéu que caia duas fitas e tinha sininhos nas pontas. Agora sim, ele era um verdadeira bobo da corte.
-Por que não colocou a blusa e o nariz de palhaço?
-Não consegui respirar muito bem com o nariz e tá muito calor pra usar blusa. - ele respondeu seco. -também, só faz calor aqui.
-Tá achando ruim?
-Não, não.
Todos estavam sentindo a tensão no ar, até o Argentina tava assustado. Todos sabiam que levo tudo na brincadeira, a não ser que fale mal do meu país, isso eu não aceito de jeito nem um.
-Então não reclama, seu porra.
-Gente, vamos dar continuidade a brincadeira? O que acham?
Se não fosse a Venezuela pra acalmar as coisas, eu teria voado no pescoço do Uruguai. A brincadeira continuou é as fantasias estavam muito boas.
O Coreia tava de anjinho, a Venezuela tava de indiana com aquelas sais de sininho um top e véus coloridos na cor roxa, o Japão tava de pirata, os EUA tava de deus grego, a cara dele do jeito que é exibido e a Colômbia tava de Tinker Bell.
Até todo mundo se vestir já tinha dado a hora de fechar as ruas para o desfile dos carros, então fomos todos apé. Estava indo tudo bem, até o Uruguai resolver abrir a matraca.
-Nossa gente, agora que eu percebi, o Coreia é o Brasil tá parecendo que estão de casalsinho.
Olhei para o Uruguai e depois para o Argentina, ele tava incomodado. Ciúmes? Ou talvez raiva? Olhei para o Coreia e realmente parecia que a gente tava de casal, as fantasias eram iguais a não ser pela minha ser vermelha com chifrinhos e um tridente e a dele ser branca com asinhas e um aurela.
Olhei para o Coreia e ele estava envergonhado e...corado? Talvez? Continuamos a andar e percebi que o Japão também tava incomodado, sempre soube que ele tinha um crushisinho pelo Coreia, por mais que ele seja todo mais fechado e na dele.
Chegamos aonde seria o desfile e já tava tudo uma muvuca, um monte de gente dançando e sambando, rindo, bebendo e se divertindo. Todos com brilhos, muito, muito gliter e roupas chamativas, conversando alto com seus amigos.
-Muito bem pessoal, bem vindos ao Carnaval!
Todos os países estavam perdidos, sem saber pra onde olhar, vendo a farra, os papéis coloridos caindo e outros no chão.
-Uau, e eu pensava que nossas festas eram farras.
-Você ainda não viu nada Japa. -disse vendo que os carros estavam chegando. -Olhem ali.
Apontei a direção do desfile e ao verem as fantasias das sambistas a decoração dos carros e toda aquela farra, os olhos deles brilharam e todos foram contagiados pela batida da música.
Todos começaram a dançar e eu não conseguia esconder o enorme sorriso que estava em meu rosto ao ver meus amigos se divertindo. Mas esse sorriso logo desapareceu ao eu ver o bobo da corte ir em direção ao Argentina e o tirar pra dançar. Fiquei com raiva.
Com raiva pelo o Uruguai não desencanar do MEU loiro, MEU argentino, MEU homem.
O Uruguai olhou para mim, viu meu semblante de raiva, e mesmo assim, ele o beijou. Ele beijou o Argentina. AQUELE FILHO DA PUTA BEIJOU O MARTÍN CONTRA SUA VONTADE.
E eu não ia deixar barato.
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Oioi pessoal, espero que gostem desse capítulo. Eu não sei se ficou muito bom, pra mim falta alguma coisa mas não sei oque é, mas espero que vocês gostem.
Esse foi capítulo de hj.
Bjjss até o próximo 😘
(1463 palavras)
Sasa ^^