[Degustação] A missão do Pont...

By MaaMarche

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Enemies to Lovers | Medium Burn | Fake Dating | One Bed Only | Workplace Romance Ela, uma renomada agente da... More

Prólogo
Capítulo 1 - Detalhes
Capítulo 2 - Boas Vindas
Capítulo 3 - Passeio
Capítulo 5 - Interrupção
Capítulo 21 - Lembranças
Leia completo: EBOOK

Capítulo 4 - Banho

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By MaaMarche

Nota da Autora: Atenção, pessoal! Esse capítulo contém descrições sexuais. Se você não se sente confortável lendo pornografia, aconselho que vá para o próximo ou deixe de ler a história. Não é minha intenção ofender ninguém :)

- Para o primeiro dia, acho que fomos bem. Causamos boas impressões e conhecemos alguns vizinhos. Acho que amanhã deveríamos fazer compras e, quem sabe, considerar frequentar algum dos grupos esportivos do condomínio. Tem vôlei feminino, futebol masculino, tênis de duplas e a academia. – Danny dizia enquanto caminhávamos para casa.

- Tênis talvez seja uma boa. O grupo se reúne para jogar apenas aos domingos. Quanto aos times de vôlei e futebol que jogam duas vezes durante a semana é fundamental que entremos. Novas pessoas para conhecer, novas pessoas para avaliar. – dei de ombros destrancando a porta e entrando em casa.

- Está certo. Bom, eu vou tomar um banho agora, quer se juntar a mim? – ele perguntou, maroto, como quem não quer nada.

- Muito engraçado, Backer. Prefiro passar um tempo na hidromassagem, na verdade. Só vou pegar meu biquíni e uma toalha e o quarto é todo seu. - disse já subindo as escadas.

Entrei na imensa banheira sentindo cada parte do meu corpo anestesiada pela água quente. Encostei minha cabeça na parte almofadada do contorno da hidro e fechei meus olhos por um instante. Oh, sim. Eu precisava mesmo de um tempo para mim, para relaxar e descansar a cabeça pelo stress dos últimos dois dias: A notícia de Leonardo, o voo de NY até Miami, deixar a minha casa para trás por um ano, a nova missão e principalmente o estado de tensão constante que Daniel infringia em mim só de existir, que havia ficado mais intensa ainda de tê-lo tão perto o tempo todo por conta da missão. Eu sentia que aquele ano não ia ser nada fácil e que ele faria o que estivesse ao seu alcance para tornar a minha vida um inferno.

Estava tão imersa em pensamentos que não dei atenção ao balançar suave da água ao meu redor, julgando ser apenas o natural das rajadas da hidro. Porém, ao sentir a água movimentar-se mais do que os jatos permitiam, abri os olhos.

Backer postava-se ao meu lado, como se nada estivesse acontecendo, seminu.

- O que você está fazendo aqui? – indaguei bastante irritada de estar sendo incomodada neste momento de paz. E também, confesso, muito sem graça por ele estar tão pouco vestido.

- Aproveitando uma deliciosa hidromassagem com você. O banho estava muito chato, sabe como é. – ele deu de ombros. Sua expressão era bastante relaxada.

- Eu não te convidei, infeliz! – retruquei batendo as palmas das mãos na superfície cristalina de modo que um pouco da água voasse na direção do cretino desgraçado. Ele tirou o excesso de seu rosto e desceu a mão pelo peito até ela se perder de novo na pequena piscina. Meus olhos desceram rapidamente por seu corpo acompanhando o trajeto, fazendo o contorno por todos os músculos maravilhosamente expostos. Me policiei na mesma hora, controlando esses impulsos distraídos e voltando a sua face, transmitindo o máximo de raiva que eu podia pelo meu olhar.

- Não preciso de convite, meu amor. Embora seu corpo esteja bem convidativo nesse pequeno biquíni vermelho. – ele passou vagarosamente a mão por minha coxa embaixo da água transparente, espalmando-a pouco acima de meu joelho e seguindo. Segurei seu pulso, impedindo que a mão continuasse subindo. Ele só podia estar louco. Tinha esquecido que eu era eu, é a única explicação. Daniel riu baixo e rouco, dedilhando a parte na qual eu mantinha sua mão parada. Um arrepio subiu pela minha espinha, me fazendo respirar fundo para não perder o controle. Céus, quanta necessidade! Melanie, você já foi mais imune a toques masculinos do que isso. Lembrava-me a cada milésimo de segundo que os dedos dele não deixavam a minha pele que aquele era Daniel, e que eu não podia, sob hipótese nenhuma, aliviar minha abstinência com ele. Aquilo só podia ser tensão sexual, não é possível. Afinal, quando se é agente da CIA, não há muito tempo para arranjar um homem decente para passar uma noite. Eles são frágeis demais e não sabem tocar os lugares certos. Uma desgraça. – Por que você não deixa todos esses pensamentos condenadores de lado por apenas um momento e se permite aproveitar? – ele continuou com o mesmo tom supostamente sedutor. - Estamos presos em uma missão perigosíssima e só temos um ao outro para consolo. Se você admitisse que me quer tanto quanto eu te quero, eu tiraria nós dois dessa tensão e faria o peso que carregamos muito menor. – eu continuava com a voz entalada na garganta e ele agora aproximara seu rosto de mim e roçava seu nariz pelo meu pescoço. Meu aperto em seu pulso titubeou e ele imediatamente aproveitou para começar a distribuir pequenos apertões no interior quente da minha coxa nua. Ele não se arriscava muito, afinal apesar de mais frouxo, o meu aperto em sua mão ainda o restringia.

A realidade demorou a me atingir, mas o fez. Eu me tornei ciente de que a pessoa que estava me causando àquelas sensações era o cara que eu odiava, o ser mais desprezível da face da Terra, e me vi finalmente disposta a acabar com aquela brincadeira de mau gosto. Me levantei em um impulso, já puxando a toalha e a enrolando no meu corpo.

– Já disse que não quero você perto de mim. Pare de me tocar quando ninguém estiver olhando e não me olhe desse jeito. – exclamei apontando meu dedo em sua direção.

- Que jeito? – ele disse abrindo o sorriso torto que adorava fazer.

- Assim! – exclamei exaltada. - Como... se pudesse me comer com os olhos. – disse incerta. – E sabe do que mais? Eu vou dormir. Boa noite! – me virei para deixar o cômodo, mas Danny me chamou novamente.

– Quê, inferno?

- Você não pode ir dormir sozinha, Melanie. Vão suspeitar. – merda, ele tinha razão. Bufei e revirei os olhos.

- Então levante-se! Vamos logo, o dia foi longo e eu quero descansar. – disse disparando na frente, mas me detendo antes de virar e subir a escada. Minha respiração estava falha pelo nervosismo e eu já imaginava como seria passar a noite na mesma cama que ele. Nada relaxante, eu diria. Ah, mas era hoje que eu cortaria a mão dele fora se no meio da noite ele ousasse encostar em mim. Danny me alcançou rapidamente, também enrolado em uma toalha, embora a dele envolvesse apenas seu quadril. Nada bom. Pele demais exposta. Ignorei esses pensamentos injustificáveis. Ele passou um braço na minha cintura e abriu seu sorriso falso que eu já conhecia. Fiz o mesmo e subimos a escada em meio a risos sem noção e piadas sobre o suposto procurado para tornar as gargalhadas mais naturais. O clima ficou um pouco mais descontraído, de modo que eu voltei a me preocupar apenas quando já estávamos dentro do quarto.

Colocamos nossos pijamas - o que no caso de Daniel era uma boxer e uma regata colada e no meu era uma camisola de seda preta – o melhor tecido do mundo para se dormir -, escovamos nossos dentes e fomos nos deitar.

- Então, hm, boa noite, Melanie. – ele disse me olhando cauteloso. Apenas acenei com a cabeça e me virei totalmente para o lado oposto dele. Fechei os olhos e tentei imaginar que estava em casa, no meu apartamento em Nova Iorque. Que podia ver o Central Parque da janela, com todo aquele verde e a tranquilidade natural que ver aquelas crianças brincando sempre me passava. Demorei-me alguns vários minutos focada nessa paisagem, tentando desconectar do mundo real. Quando finalmente caí no estado de inconsciência, qual foi a minha surpresa ao sonhar com Daniel a noite toda?

Os corredores frios da imponente arquitetura da CIA passavam rapidamente por mim enquanto minhas pernas se esforçavam para estabelecer um ritmo acelerado de caminhada. Eu não queria parecer desesperada, embora fosse assim que eu me sentisse. Minha sala preferida de treinamento finalmente estava ao meu alcance e eu não hesitei em adentrá-la intempestivamente, aliviada por ter finalmente atingido meu destino. Eu não sabia o que estava me fazendo agir daquela forma, mas a cena estranhamente familiar me fazia crer ser mais uma daquelas noites. Aquelas em que eu tentava sair para me divertir e tirar a cabeça do trabalho e acabava na cama com qualquer cara ordinário que não tinha o mínimo de pegada necessária para satisfazer uma mulher como eu. Aquelas em que eu acabava mais sexualmente frustrada do que já estava e com isso me encaminhava para a sala de treinamento número seis com o objetivo de me cansar tanto que eu não seria capaz de fazer o que meu corpo queria que eu fizesse. Aquelas em que eu chutava sacos de areia e atirava em alvos de alumínio para evitar a humilhação de ceder ao nó no meu baixo ventre e simplesmente... Me tocar.

Mas aquela não era uma noite qualquer. Havia alguma coisa no ar, algo que o nublava e pesava, tornando aquele acontecimento tão mais importante do que realmente era. Enquanto eu começava a me alongar, o responsável por aquilo batia a porta pesada de ferro e caminhava lentamente na minha direção, quase como um tigre cercando seu jantar.

- Eu esperava receber uma ligação sua mais dia menos dia, Melanie, mas duas e quarenta da manhã de um sábado foi uma grande surpresa. – Daniel Backer disse enquanto deixava celular e carteira em um banco de madeira que ali havia e logo puxava o próprio braço direito por cima do ombro como se tentasse alcançar o meio das costas.

Mas espera... Eu o havia chamado? Como, onde, por quê? Permaneci em silêncio, terminando de segurar a sola do pé e me levantando.

"Finalmente entendeu que precisávamos treinar. Como parceiros é importante que estejamos sempre em sintonia... Se é que você me entende."

Um companheiro de luta. Era isso que eu queria de Daniel. Alguém que substituísse a frustração por ira. Mas então porque eu me mantinha calada? Se era ódio o componente que eu procurava, porque não o respondia? Não iniciava uma discussão?

Observei meus lábios curvarem em um sorriso misterioso. Meus olhos semicerrados acompanhavam a agitação de Daniel ao dar um pulo e girar os braços em círculos. Por que ele estava tão hiperativo? E por que raios eu continuava quieta?

"Confesso que a princípio eu estava mais que tentado a te mandar para a puta que a pariu, afinal eu estava pra me dar bem nessa madrugada, mas sua proposta foi tentadora demais para que eu recusasse."

Espera, então ele deixou qualquer garota chupando dedo por aí para vir treinar comigo? Foi então que eu reparei em suas roupas. Ele estava arrumado, com uma calça jeans negra, camisa social branca apertada e tênis brancos. Os cabelos bagunçados e uma boa dose de perfume masculino. Daniel estava vestido para caçar, bastante diferente do Daniel "marido" e dos uniformes da CIA a que eu já estava habituada. Não que eu estivesse muito diferente. Usava um vestido verde palmeira colado e apelativo, que de tão curto exigia a presença de um micro short preto por baixo. Eu não sabia qual era a minha tal proposta, mas sabia que boa coisa não devia ser se eu tinha conseguido arrastá-lo até aqui.

"Vamos começar? Quero logo te derrotar e ganhar meu prêmio." Certo, um prêmio. A proposta envolvia um prêmio. Aparentemente o vencedor de uma luta seria recompensado. "Você não devia ter aberto margem para pedir o que eu quisesse, Marquese. Não faz ideia das perversões que habitam minha mente."

E, sem dizer mais nada, Danny avançou.

Cruzei os braços em X rapidamente de forma a amortecer o soco dele nos antebraços, em seguida dando um pulo para trás para fugir da sua joelhada. Danny riu descrente ao ver que não havia conseguido me atingir. Aproveitei a deixa para acordar e revidar, dando um giro para dar o impulso necessário ao meu chute na direção das costelas dele. Daniel simplesmente segurou minha perna no ar e a enganchou no seu quadril, ficando assim colado em mim por trás. O que aconteceu a seguir não pode ser realmente considerado minha culpa. Veja bem, estávamos lutando há muito pouco tempo. De fato, tínhamos apenas começado. Eu não tinha tido a dose de adrenalina necessária ainda para esquecer o motivo que havia me levado àquela sala para começo de conversa. Eu ainda estava, sim, frustrada e necessitando uma forma de alívio rápido para o incômodo entre as minhas pernas. Então é por isso que digo que foi completamente compreensível eu ter deixado um suspiro extasiado escapar ao sentir o corpo másculo de Daniel em tanto contato com o meu.

Ele, claro, não deixou isso escapar.

- Mas o que temos aqui? Acho que chegamos à raiz desse chamado atípico em plena madrugada, huh? – Danny indagou enquanto prendia meus braços que tinham acabado de conseguir lhe inferir algumas cotoveladas. Com um braço só ele segurou os dois para trás, o que a princípio me causou certo alívio, pois serviram de barreira para que nossos troncos se encostassem. Mas então eu percebi que estava presa e que nem toda o chacoalhar do mundo faria eu me soltar.

Principalmente porque eu não queria ser solta.

Era tarde. Era simplesmente tarde demais. O pensamento já havia cruzado a minha mente e agora não havia volta. Eu estava sim excitada e não me restavam dúvidas que o motivo pelo qual eu havia chamado Danny ali em primeiro lugar era para resolver esse pequeno probleminha. Aparentemente, no entanto, eu só agora tinha especificado para mim mesma como ele resolveria.

E a "eu" do sonho parecia muito tranquila com isso. Ah sim, porque se restavam dúvidas de que aquilo era um sonho, a minha falta de nojo de Daniel havia encerrado aquela questão. E nem assim eu acordava. A vida não era justa.

- Me responde quando eu falo com você, Marquese. – Daniel disse entredentes ao alcançar um punhado de cabelos meus e virar meu rosto bruscamente de lado para que eu pudesse vê-lo. – Está excitada, é? Algum idiota te deixou insatisfeita e você teve que recorrer ao ninfomaníaco incurável que é seu parceiro? – me limitei a apertar os olhos bem fechados e esconder os lábios. Ele riu baixo com a minha muda concordância. – Só posso te dizer... que veio à pessoa certa. – completou.

No segundo seguinte eu estava completamente apoiada em uma parede qualquer da sala. Tinha sido empurrada até ali e agora tinha os seios comprimidos e a lateral do rosto pressionada. Daniel estava trás de mim quase que imediatamente. Elevou meus braços até uma barra de ferro que ficava presa ali no alto – utilizada normalmente para flexões aéreas – e as amarrou lá com uma corda dessas de pular que estava logo ao nosso lado no chão. Eu apenas acompanhei os movimentos dele, sem nem reclamar. Não precisava nem dizer que aquela era uma de minhas fantasias.

Quando se deu por satisfeito com o nó que apertava meus punhos, Daniel testou minha mobilidade, me girando até estar de frente para ele. Meus braços deram um nó, mas não chegaram a incomodar. Meu olhar encontrou o dele, sedento, ansioso. Senti meus joelhos fraquejarem, mas graças às amarras quase não deu para notar. Ele começou a tirar botão por botão de suas casas e seu sorriso aumentava a cada espaço de pele exposta que surgia que meus olhos faziam questão de conferir.

Devidamente descamisado, Danny veio até mim. Suas mãos alcançaram as minhas e trilharam um caminho de fogo pelo interior dos meus antebraços – lugar que eu não esperava ter uma relação tão direta com o meu baixo ventre – seguindo pelo lado de dentro dos cotovelos, então os bíceps e ombros. Minha respiração acelerou.

Elas então tomaram o rumo da minha nuca e seguiram o trajeto da minha coluna, abrindo o zíper do vestido pelo caminho. Este se tornou frouxo e caiu até meu quadril. Daniel não parava de olhar fundo nos meus olhos enquanto executava toda aquela tortura chinesa e aquilo estava aos poucos me deixando tonta. A mistura da agitação dos mares em sua íris e a lentidão sensual com que me acariciava e despia estava me tirando a sanidade aos poucos.

Ele voltou a subir as mãos para meus ombros apenas para descê-las na calma irritante de sempre pela frente do meu corpo, contornando os meus seios desnudos, que ele se recusou a tocar como eu queria, passando em caminhos tortuosos pela minha barriga e atingindo o quadril. Ele seguiu trajeto com as mãos por dentro do vestido e do short, assim arrastando ambos com ele. Toda aquela sutileza estava me deixando hipersensível, e acho que esse era, afinal de contas, o objetivo dele.

Seu toque foi suave por toda a parte de fora da minha perna até o meu pé. Ele se livrou das roupas ali e, enquanto eu já ameaçava resmungar que não estava mais aguentando, percebi um brilho diferente no seu olhar, que escureceu consideravelmente. Agora sim a diversão ia começar.

Daniel começou a percorrer o caminho de volta, mas dessa vez me tocando do modo como eu implorava para ser tocada. Suas mãos ásperas e fortes distribuíam apertões por onde passavam: Nas coxas, quadril, cintura, e finalmente peitos. Ele os segurou com firmeza, pela primeira vez desviando o olhar do meu para conferir como eles cabiam perfeitamente em suas mãos. Massageou aquela parte algum tempo e aproveitou para simultaneamente distribuir alguns beijos fortes e molhados pelo meu colo avermelhado com a ansiedade.

Eu tinha conseguido me manter comportada até então, mas foi só Daniel beliscar meus mamilos túrgidos entre seu indicadores e dedões que um gemido irrompeu pela minha garganta. Ele pareceu apreciar o som, fazendo de novo, dessa vez com a boca. Minha calcinha a essa altura já se encontrava vergonhosamente encharcada.

Os beijos e mordidas se estenderam por aquela região por mais tempo do que o aconselhado pela minha sanidade. Alguns suspiros ininterruptos já saiam com frequência dos meus lábios, e minhas pernas passaram a se apertar involuntariamente uma contra a outra. Daniel, percebendo esse fato, me lançou mais um olhar repleto de malícia antes de largar meus seios para postar as mãos em garras no meu traseiro. Isso aproximou seu corpo de mim e possibilitou que ele sussurrasse contra a minha boca:

– Aproveita a discrição enquanto pode, Marquese. Hoje eu te faço gritar.

Sem aviso prévio, girou meu corpo novamente de costas para ele. Daniel apoiou uma mão no centro das minhas costas, me pressionando contra a parede, e com a outra despendeu um pequeno tapa ardido em minha nádega direita. Gemi mais alto.

Ele pegou minha calcinha pelo elástico e a puxou em sua direção, fazendo a própria se esticar e esfregar precariamente minha intimidade pulsante. Mais um pouco de força e o frágil tecido cedeu, rasgando em dois mínimos pedaços de pano minha roupa íntima, que logo caíram no chão.

Daniel me abraçou por trás, brincando brevemente com meus seios e logo descendo uma das mãos pela minha barriga. Comecei a tremer de antecipação. Ele acariciou sinuosamente meu baixo ventre, depois pulou para o interior quente das minhas coxas e foi aos poucos chegando próximo da minha virilha.

- Vou fazer com você hoje, Melanie, só aquilo que você estaria fazendo se não me tivesse aqui. Vou te mostrar como posso ser bom sem nem sequer te foder da forma correta, da forma que quero. Você vai me pedir mais, deixar seu orgulho e aversão infantis de lado, e aí sim eu vou te dar tudo e não apenas essa amostra. – e feita sua previsão, senti seus dedos finalmente alcançarem a carne molhada entre as minhas pernas e passearem por lá como se estivessem conhecendo o território. Seu dedão encontrou meu ponto inchado de prazer e passou a desferir toques precisos, mas leves ali. Eu gemi profundamente finalmente sentindo aquela parte tão desesperada de mim receber alguma atenção. A massagem continuou, ficando a cada minuto mais intensa, como se me premiasse a cada gemido. – Você nunca mais vai ser a mesma, meu amor. Vai ter que olhar para mim todos os dias e se controlar para não pedir aquilo que só me deixou te dar em sonho. Vai chegar ao ponto de implorar pelo meu toque, de me deixar fazer quaisquer obscenidades que a minha cabeça formular. E eu vou esperar ansioso por esse dia. Mas não pacientemente. Oh, isso não. Eu vou te tirar dos eixos dia após dia, eu vou tornar o seu raciocínio lento e espaço, eu vou fazer você minha antes mesmo de te tomar em meus braços, simplesmente porque você vai não vai almejar ser de mais ninguém. Porque só eu vou saber onde tocar e como tocar. – a combinação da voz de Daniel fazendo todas aquelas ameaças no meu ouvido, com sua boca roçando sugestivamente ali e o dedo que ele escorregou por minha entrada para me penetrar me arrancou um soluço de delírio que eu não achava ser possível emitir. O meu prazer estava derretendo aos poucos, eu forçava as amarras para descontar a tensão e elas respondiam machucando meus pulsos. Meu quadril já acompanhava o movimento frenético que os dedos de Daniel tinham assumido em mim, e meu ápice estava tão perto que eu não achava ser possível durar nem mais um minuto. – Deixa vir, princesa. Goza na minha mão e assina sua sentença. Prova que você vai ser minha. Mostra o quanto eu te deixo louca.

E, com essas palavras finais, eu encerrei o mais intenso sonho erótico da minha vida, gritando o nome de Daniel no meu orgasmo e caindo na inconsciência, que estranhamente me trouxe...

À realidade.

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