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By SEOKJINlE

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[CONCLUÍDA] Jimin ama tanto Jeongguk que mesmo quando ele está prestes a acasalar com um ômega, ele não quer... More

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By SEOKJINlE

I Take One Step Away



Se havia uma coisa que Jimin gostava de fazer em seu tempo livre, era cozinhar. Sempre que ele estava livre dos afazeres da matilha, querendo desestressar ou estava sozinho, ele cozinhava.

Sozinho, como agora.

Jimin preparou uma refeição enquanto esperava Jeongguk voltar para casa, quebrando três ovos com habilidade. Ele estava sozinho na casa deles, mas não ligava muito.

Ele adorava ficar em casa.

A cabana deles ficava perto da floresta e, comparada com as outras cabanas da alcateia, era pequena, mas aconchegante. Com seu telhado inclinado e muitas janelas, não faltava luz solar para iluminar a casa nem a neve se acumulava no telhado. Havia também uma lareira decorada com pedras cinzentas; ele adornou com pinturas de flores de cerejeira que fez na primavera com alguns membros de sua matilha.

Enquanto cozinhava, ele arrumou as coisas na mesa de jantar ao lado da cozinha. Era uma mesa pequena suficiente para duas pessoas, já que eles raramente recebiam convidados. Jimin bateu os ovos alegremente, balançou os quadris no ritmo da música que cantarolava para si mesmo e imediatamente avistou a cama. A cama deles.

Ele gostava, particularmente, da cama deles. Tinha quatro colunas, com cortinas em todos os cantos para maior privacidade. Era inegavelmente reconfortante, muito macia e aconchegante. Sempre que as cortinas eram fechadas, ele se sentia no lugar mais seguro do planeta, e também não ficava com medo do escuro, pois as janelas as iluminavam suavemente.

Ele foi subitamente tirado de seu devaneio quando uma voz familiar, uma voz que ele conhecia de cor, ecoou no cômodo.

— Jimin, precisamos conversar.

Jimin enrijeceu ao som de seu nome, mas recuperou a compostura com a mesma rapidez. Não era sempre que Jeongguk o chamava pelo nome. Jeongguk parou de se dirigir a ele pelo nome logo depois que eles começaram a ficar juntos, substituindo o mesmo por algo carinhosamente doce, como "amor". Bem, Jeongguk provavelmente foi forçado a fazer isso, graças à sugestão interminável de Jimin de que esse fosse o termo carinhoso deles, mas ainda assim, ele gostou. Ele achou que iria entrar em combustão na primeira vez que ouviu o apelido escapar dos lábios do alfa.

Ele colocou a tigela e o batedor improvisado sobre a mesa, limpou as palmas das mãos na túnica desgastada antes de se virar, cumprimentando Jeongguk com um sorriso. Ele caminhou em direção a Jeongguk, ignorando a expressão séria em seu rosto, passou os braços em volta de sua cintura e encostou a cabeça em seu peito.

— Eu senti sua falta. — Jimin sussurrou. Jimin esperava que Jeongguk o abraçasse e dissesse que também sentira falta dele, mas Jeongguk permaneceu imóvel. Se Jimin estava desapontado, ele não demonstrou, apenas aumentando seu aperto sobre ele. Jeongguk deve estar muito cansado, Jimin deve tentar ser compreensivo. — Você quer comer? Estou preparando algo para o jantar...

— Nós precisamos conversar. — Jeongguk interrompeu, segurando ambos os pulsos de Jimin para se soltar.

— Ok. — Jimin falou, desanimado.

— Sente-se. — Jeongguk apontou para a cama, a voz ranzinza e as feições rígidas. Ele não olhava Jimin nos olhos desde que entrou na cabana. Jimin sentou-se na cama, sentindo o material macio do colchão contra sua pele, e ele quis ficar ali deitado.

Quando Jimin olhou para Jeongguk, ele viu a exaustão surgir em seu lindo rosto. As bolsas crescentes destacavam-se sob seus olhos avermelhados. Ele também havia perdido um pouco de peso e fazia sentido que isso acontecesse.

Ele estava ocupado cumprindo seus deveres como o próximo líder da matilha. Jimin quase não o vê ultimamente.

— Jimin... — Jeongguk soltou outro suspiro, abrindo a boca apenas para fechá-la sem dizer outra palavra.

— Apenas diga. — Jimin esperou com a respiração descompassada, escondendo o jeito como ele cravou a unha do polegar esquerdo na carne do braço direito, um tique nervoso.

Jeongguk fechou os olhos com força, soltando um suspiro entrecortado.

— A minha nomeação está se aproximando, eu vou ser o alfa da matilha em breve, e eu... eu preciso... me juntar com alguém. — Ele soltou, talvez procurando por palavras mais consoladoras, para tentar suavizar o baque, e logo desistindo quando não encontrou nenhuma.

— Eu preciso me juntar com um... ômega ou eu... — Outro suspiro. — Você sabe disso, não é? — Jeongguk continuou quando ele apenas recebeu silêncio em resposta.

É claro que Jimin sabia. Ele não era tão ingênuo.

Mas apesar de estar dolorosamente consciente do que iria acontecer, do inevitável, ele ainda assim se apaixonou por ele.

Jimin ainda se lembra da primeira vez que seu coração disparou por Jeongguk.

Ele conseguia se lembrar tão vividamente como se tivesse acontecido ontem, como Jeongguk, de dez anos de idade, sorriu rigidamente para ele depois de gentilmente ajudar Jimin a recuperar sua pipa que ficou presa na árvore na floresta. Jeongguk estava ciente da punição que viria se eles fossem pegos se afastando muito do local onde os filhotes podiam ficar. Mas naquele momento, ajudar Jimin era sua única preocupação.

Desde o incidente da pipa, eles ficaram inseparáveis. Jimin estava em todos os lugares que Jeongguk estava, seguindo-o religiosamente.

Jeongguk era quieto, um pouco reservado, enquanto Jimin era barulhento e extrovertido. No começo, foi preciso muito convencimento para que Jeongguk concordasse em sair e brincar com ele, às vezes até com os outros filhotes.

Eles faziam pipas para empiná-las e, Deus, Jeongguk era péssimo nisso. Eles construíam castelos de areia, sujavam as mãozinhas e às vezes faziam acessórios com as flores do jardim da matilha. Certa vez, Jeongguk fez um anel com as mesmas e deu para Jimin. Um anel de amizade, disse ele.

Jimin adorava pensar que Jeongguk também gostava de sua companhia, embora às vezes ele dissesse para Jimin deixá-lo em paz — para ele ir embora. Jeongguk ficava um pouco mal-humorado às vezes.

Ele estava dolorosamente ciente disso quando, aos quatorze anos, decidiu cortejar Jeongguk, porque não importava quantas vezes Jimin tivesse pedido — implorado — a Jeongguk para cortejá-lo, ele nunca o faria. Porque, bem, Jimin era um beta, e os alfas não cortejavam os betas.

Alfas deveriam ficar apenas com ômegas.

Mas Jimin não ligava, ele era teimoso e gostava de Jeongguk de todo o coração, gostava dele antes mesmo de entender o que aquela palavra realmente significava.

Jimin o cortejou, embora devesse ter sido o contrário.

Dizer que Jeongguk ficou chocado quando Jimin lhe disse abertamente que queria ficar com ele era um eufemismo.

Não-alfas dando em cima de outros híbridos não era algo inédito, mas também não era muito comum; na verdade, era desaprovado, mas não importava para Jimin o que as outras pessoas diriam. Se os alfas podiam cortejar os ômegas de que gostam, então Jimin, um beta, também poderia cortejar o alfa de quem gostava. Se Jeongguk não fizesse isso, então ele faria.

Ele o cortejou mesmo quando seus amigos riram e o chamaram de desesperado. Ele o cortejou mesmo que seus pais e os de Jeongguk não gostassem, porque não era convencional. Mesmo quando os membros da matilha olhavam para ele com toda a decepção e escárnio que podiam demonstrar em seus olhares.

Jeongguk o rejeitou tantas vezes que Jimin perdeu a conta. O alfa disse que eles deveriam continuar amigos, e Jimin, embora um pouco magoado, concordou porque aceitaria qualquer coisa que Jeongguk oferecesse. Mas os sentimentos de Jimin nunca foram embora, eles apenas ficaram mais fortes.

Aos quinze anos, ele deu a Jeongguk seu primeiro presente. Um cachecol cor de ferrugem que ele mesmo tricotou. Era longo o suficiente para envolver duas ou três vezes em volta do pescoço e largo o suficiente para cobrir a maior parte de seu peito. Dessa forma, se ele abaixasse a cabeça, também poderia esconder o queixo e o nariz. Jeongguk ficava resfriado com muita facilidade, então ele pensou que um cachecol seria um belo presente que poderia protegê-lo do frio e mantê-lo aquecido.

Jimin não era exatamente habilidoso. Ele passou semanas tricotando e desperdiçou muito fio no processo. Um dos ômegas mais velhos da matilha pagou-lhe para ler livros para os filhotes e ele usou o dinheiro para comprar mais lã, determinado a tricotar um cachecol lindo e quente para Jeongguk. Jimin quase desistiu e chorou de frustração, mas graças ao apoio moral de sua mãe, ele seguiu em frente.

Ele carregou seu presente com confiança e ficou na frente da cabana dos Jeons. Ele temia que Jeongguk não aceitasse, pois ele apenas ficou encarando sem palavras, os olhos arregalados para Jimin que tinha um enorme sorriso esticado nos lábios, os olhos transformados em meias-luas, o cachecol nas mãos estendidas — claramente orgulhoso do que fez.

À medida que o tempo passava com Jeongguk imóvel, Jimin começou a perder o sorriso. Ele estava preparado para se virar e ir embora com o coração partido quando Jeongguk chamou seu nome e rapidamente pegou o presente dele, agradecendo antes de bater a porta em sua cara. Jimin estava tão feliz que se esqueceu de prestar atenção em seus passos, inclinando-se para frente e caindo de cara no chão coberto de neve.

Ele nunca viu Jeongguk usar o cachecol, nem uma vez. Jeongguk provavelmente jogou fora, era feio de qualquer maneira. Jimin prometeu a si mesmo lhe dar melhores presentes no futuro.

Jimin nunca se esqueceu disso, mesmo quando ele e Jeongguk começaram a namorar. Ele se lembrou de como ficou feliz quando Jeongguk disse sim, após três anos cortejando-o. Jimin até pediu para Jeongguk beliscá-lo, ele não conseguia acreditar que era real, que Jeongguk gostava dele o suficiente para querer namorar com ele também.

Jimin nunca se esqueceu disso, nem mesmo agora, cinco anos depois do relacionamento deles.

Era como um relógio pronto para encerrar todos os seus dias felizes. Sempre presente, deixando Jimin ansioso, um lembrete constante de que ele nunca teria Jeongguk por inteiro.

— Eu sei. — Foi tudo o que Jimin conseguiu dizer.

— Nós precisamos... Jimin. — Pare de dizer meu nome desse jeito. — Nós precisamos terminar. Eu preciso fazer isso. Você sabe o quanto isso é importante para a minha família. — Jeongguk tropeçou nas palavras, os olhos procurando os de Jimin.

Eu sei. Mais importante do que eu jamais serei para você.

Ele esperava isso, é claro. Até acreditava que seria forte o suficiente quando chegasse o dia em que Jeongguk teria que escolher todo o resto em vez dele. Jimin tinha essa pequena esperança boba em seu coração de que Jeongguk largaria tudo por ele porque o amava, mas era tudo uma linda ilusão. Estava tudo na cabeça dele, eles sempre estiveram com o tempo contado.

Tudo o que Jimin conseguia ouvir era a respiração pesada de Jeongguk e as constantes batidas de sua perna saltitante no chão, deixando Jimin inseguro sobre qualquer coisa.

A cabana deles de repente ficou cheia de tensão, diferente de como ele estava nas nuvens quando entrou ali pela primeira vez com Jeongguk. O porto seguro deles afastou a neblina para estrangular seus sentimentos com as próprias mãos.

— Eu sei. — Jimin suspirou. — Eu sei.

Não houve troca de palavras por um tempo enquanto eles ficavam sentados frente a frente com uma tensão tão pesada e eletrizante que uma faca poderia cortá-la. Jimin olhou para cima e viu a cabeça de Jeongguk inclinada, ele parecia tão indefeso e, antes que ele percebesse, Jeongguk levantou a cabeça e seus grandes olhos castanhos suplicantes encontraram os de Jimin e isso o fez querer ir para a cama deles e ficar lá encasulado.

Jimin imaginou que poderia fazer um escândalo, fazer a Jeongguk as perguntas que estavam em sua cabeça, jogar alguma coisa, qualquer coisa, em Jeongguk só para que ele soubesse como ele realmente se sentia. Ele talvez pudesse lembrá-lo da dor constante e surda em seu peito e gritar com ele, mas ele não faria isso. A mãe de Jimin o ensinou a ser gentil, a entender a situação de todo mundo, e era isso que ele estava fazendo.

Ele repetiu as palavras em sua cabeça, de que Jeongguk não tinha escolha, a mentira mais simples que ele poderia repetir até que seu coração aceitasse o veneno como verdade.

— Você quer que eu saia da cabana? — Jimin perguntou antes que pudesse processar totalmente as palavras. — Eu posso encontrar um lugar para morar...

— Não, não! Não vá! — Jeongguk rosnou, estremecendo com seu próprio tom quando percebeu o quão mordaz ele reagiu. — Quero dizer, você pode ficar até eu encontrar um companheiro.

Jimin provavelmente deveria ir embora desta cabana então. Ele teria que fazer isso de qualquer maneira, porque em breve Jeongguk e seu futuro companheiro morariam aqui. Mas ele ainda não era forte o suficiente para isso.

— Era só sobre isso que você queria conversar? — Jimin suspirou. Ele não conseguia olhar Jeongguk diretamente nos olhos. Seu coração doeu com o quão culpado ele parecia, como seus olhos que continham o universo brilhavam com algo que Jimin recusou e estava magoado demais para reconhecer.

— Sim. — Jeongguk murmurou, seus olhos não desviando de Jimin. Jimin balançou a cabeça lentamente.

— Então eu deveria limpar tudo e ir para a cama. Estou cansado. — Ele disse, levantando-se rapidamente da cama quando as lágrimas arderam em seus olhos. Ele não choraria. Ele nunca faria isso.

— Jimin, amor...

Jimin pigarreou.

— Ah, se você estiver com fome, pode comer o ensopado de porco que fiz da caça de ontem. Ainda está quente. Me desculpe, não terminei de cozinhar os ovos. E-Eu quero... dormir.

— Tudo bem. Obrigado. — Jeongguk hesitou. Ele realmente não merecia a gentileza de Jimin. — E você?

— Não estou com fome. — Jimin ofereceu um sorriso vazio, apenas levantando os cantos da boca. Jeongguk observou suas costas enquanto ele voltava ao que estava fazendo antes de Jeongguk entrar, mas desta vez, Jimin fez as coisas deliberadamente devagar. Eles não se falaram mais depois disso, Jimin não olhou para ele.

Mais tarde naquela noite, enquanto os dois estavam deitados na cama, Jeongguk esperou e esperou que Jimin buscasse seu calor e passasse os braços em volta dele, aninhasse o rosto em seu peito como fazia todas as noites, mas isso nunca aconteceu.

.        ·   .       .      .   .

Nos dias seguintes, Jimin decidiu ficar longe da cabana por enquanto. Não era bom para ele ficar sozinho com todos os pensamentos venenosos em sua cabeça. Era melhor ele ficar fora, colhendo frutas maduras com os membros de sua matilha, observando os filhotes correrem pelo jardim da alcateia.

Ainda faltavam uns bons três meses para a cerimônia de coroação, e Jimin não tinha ideia se Jeongguk já havia encontrado um ômega adequado, não que Jimin quisesse saber. Ele preferia se fazer de cego para essas coisas, pelo menos assim diminuiria o peso em seu peito. Mas não importava o que ele fizesse, os pensamentos simplesmente não paravam de surgir.

Neste momento, ele e Hoseok estavam colhendo mangas no jardim na beira da floresta. Havia vários tipos de plantas. Havia árvores frutíferas, flores e também uma área onde se cultivavam hortaliças. Ele cuidava do jardim com frequência. Toda a vegetação lhe trazia paz.

O local tinha um pequeno trajeto entre todas as árvores, ladeado de flores dos dois lados. Ele adorava andar descalço pelo caminho coberto de grama e musgo, que fazia cócegas suaves em seus pés. No meio havia também uma cabana para guardar todos os mantimentos e produtos extras que eles coletassem, para que os mais velhos pudessem ter fácil acesso.

— Como é? — Jimin perguntou, olhando distraidamente enquanto as formigas vermelhas subiam no tronco do pé de manga.

— Como é o quê? — Hoseok franziu as sobrancelhas, embora ainda absorto na colheita das frutas, ficando na ponta dos pés, alcançando as mangas o mais alto que podia usando uma longa vara de madeira com uma cesta feita de rede presa de um lado para que as frutas não caíssem no chão.

— Ser um ômega.

Isso chamou a atenção de Hoseok, ele ergueu uma sobrancelha. Não era todo dia que ele era questionado sobre como era ser um ômega. Ele vasculhou o cérebro em busca de uma boa resposta, mas não encontrou nenhuma.

— Nada de especial. Acho que somos todos iguais, não importa o status. — Hoseok afirmou, separando as mangas muito maduras e algumas podres das boas, colocando-as nos cestos que os anciões teceram. Hoseok inclinou-se para mais perto, sua boca quase roçando o lóbulo da orelha de Jimin quando ele riu: — Ah, ômegas produzem uma quantidade excessiva de lubrificação e seus cheiros fazem os alfas enlouquecerem.

Jimin imaginou que isso era muito especial. Os betas, como ele, não produziam lubrificação nem cheiravam a nada pelo qual valesse a pena enlouquecer. Além disso, se eles não fossem nada especiais, Jeongguk não teria que encontrar um companheiro ômega para ser o alfa da matilha. Ele não teria que deixar Jimin.

Mas Jimin manteve a boca fechada, isso não mudaria nada de qualquer maneira, ele apenas riu junto com Hoseok.

— Por que a pergunta?

— Estou apenas curioso.

Assim que eles terminaram as sessões de colheita de frutas, o companheiro de Hoseok, Namjoon, veio buscá-lo e o ajudou a carregar as cestas de frutas que eles escolheram para levar para a cantina da matilha. Namjoon deu um beijo na têmpora de Hoseok, fazendo-o brilhar de felicidade, antes de virar a cabeça para cumprimentar Jimin com um aceno de cabeça acompanhado de um sorriso com covinhas, que Jimin retribuiu.

Kim Namjoon, um dos Kims, era um dos alfas mais respeitados da matilha, junto com os Jeons. Os membros da matilha os adoravam por tudo o que eles contribuíram para a matilha. Mas eles se mostraram dignos de todos os elogios.

Jimin percebeu que Namjoon e Jeongguk eram quase os mesmos quando se tratava de se destacar em seu grupo, em termos de campo de trabalho. Homens fortes, ambiciosos e íntegros.

A única diferença era que era irrefutável o quanto Namjoon amava seu parceiro, enquanto Jeongguk nem tanto.

.        ·   .       .      .   .

Jimin estaria mentindo se dissesse que não estava evitando Jeongguk de propósito. Ele não conversava direito com Jeongguk há uma semana.

Ele acreditava que não fazia sentido conversar ou interagir com ele, já que eles estavam prestes a se separar depois que Jeongguk conseguisse encontrar um companheiro, provavelmente dentro de um mês — seria fácil para Jeongguk encontrar um parceiro, já que ele era um alfa que todos queriam, um alfa que todos os pais desejariam para seus filhos —, o que era engraçado, já que eles ainda dormiam na mesma cama.

Ele não estava tentando ser difícil ou chamar atenção, isso apenas... o machucava de uma forma que Jimin não conseguia nem começar a explicar. Isso o devorava vivo, mantendo-o acordado à noite, apertando seu peito com tanta força que ele não conseguia respirar.

Jimin não se aconchegou mais em Jeongguk como antes. Ele percebeu que se separar de Jeongguk mais cedo poderia ajudá-lo a engolir a verdade, embora soubesse em seu coração que isso era impossível.

Assim que Jimin terminou o banho, ele foi direto para a cama, mesmo detestando ir para a cama com o cabelo molhado. Ele não se preocupou em secá-lo. Ele só queria dormir, escapar de qualquer forma de interação com Jeongguk, não que Jeongguk estivesse tentando conversar com ele ou algo do tipo.

Ele caminhou até a cama com passos pesados, penteando o cabelo úmido com os dedos. Jeongguk já estava na cama, com um cobertor debaixo do queixo como uma criança curiosa, encarando Jimin com aqueles olhos brilhantes. Jimin fingiu não ver, cuidando da própria vida e enfiou-se sob a segurança de seu próprio cobertor, e deitou-se de lado, de costas para Jeongguk. Jimin conseguia sentir o olhar quente de Jeongguk na parte de trás de sua cabeça, mas ele ignorou isso também, deixando seus olhos se fecharem. Ele estava prestes a adormecer quando ouviu Jeongguk falar.

— Amor... Jimin? — Ele chamou suavemente, sua voz apenas um sussurro, tanto que Jimin pensou que ele tinha imaginado. Ele não se mexeu nem fez nada que pudesse revelar que estava acordado. Jimin sentiu a cama afundar atrás dele, uma sombra pairando sobre si. Ele suprimiu o arrepio que surgiu quando a mão de Jeongguk passou de acariciar levemente sua bochecha para abraçar a umidade de seu cabelo.

— Seu cabelo está molhado. — Ele murmurou melancolicamente, mais para si mesmo do que para Jimin. Jeongguk saiu da cama, tomando cuidado para não se mexer muito, com medo de acordar Jimin.

Alguns momentos depois, Jimin sentiu sua cabeça ser levantada suavemente por uma mão enquanto a outra colocava cuidadosamente uma toalha macia e seca sob sua cabeça. Então ele sentiu outra carícia em sua cabeça antes de Jeongguk pegar uma mecha de seu cabelo úmido para secar com a toalha.

Os toques foram fugazes; leves o suficiente para Jimin acreditar que sua mente estava alucinando para trazer um pouco de paz interior.

Jeongguk estava cantarolando uma música enquanto acariciava suavemente a cabeça de Jimin.

O coração de Jimin se apertou dolorosamente em seu peito.

Ele lutou contra o cansaço e a sonolência, querendo ouvir o cantarolar melodioso de Jeongguk, mas em vez disso adormeceu, não conseguindo sentir o beijo deixado perto de seus lábios e um sussurro de "eu te amo".

.        ·   .       .      .   .

Ler livros para os filhotes ainda era algo em que Jimin participava ativamente, embora houvesse um novo ômega designado para isso.

Ele simplesmente não conseguia abandonar essa tarefa, pois estava envolvido nisso desde que se entendia por gente. Além disso, Jimin sentia prazer em ver os rostos dos filhotes se iluminarem toda vez que ele encadeava as frases em melodias harmoniosas ao narrar histórias para eles. Ele também ajudava nas tarefas da cozinha, para ajudar os anciões a separar a comida na despensa quando a matilha vizinha lhes enviava carnes e suprimentos — uma forma de expressar gratidão à matilha de Jimin, que lhes presenteou com roupas tricotadas para mantê-los aquecidos no inverno passado.

Ele decidiu comer um pouco depois da hora do jantar, por isso estava sozinho no refeitório da matilha. Jimin mastigou a carne sem pressa. Embora estivesse comendo sua carne de porco grelhada favorita, ele não tinha apetite para isso. Ele forçou a comida garganta abaixo. Ele deveria estar grato por ter algo para comer, pensou.

Ele estava tomando seu segundo copo de água depois de terminar o jantar quando Hoseok apareceu na sua frente do nada e o assustou.

— Posso me sentar aqui? — Hoseok perguntou.

Jimin assentiu e bebeu o resto da água antes de colocá-la sobre a mesa, limpando a boca com as costas da mão. Hoseok o observou atentamente, o olhar em suas orbes traindo a alegria de seu tom quando perguntou: — Por que você está aqui sozinho e tão tarde?

— Hoje ajudei os anciões na despensa da cozinha e demorou mais do que o esperado. — Disse, apertando a barra da túnica que ainda estava molhada depois de lavar a louça.

— Ah...

— O que foi? — Jimin perguntou quando Hoseok continuou olhando para ele como se estivesse ansioso para abrir a boca e dizer alguma coisa.

— Nada. — Ele sorriu, embora um pouco tenso. — Mas, Jimin...

Jimin ergueu as sobrancelhas, Hoseok engoliu em seco.

— Sobre o Jeongguk... — Ele olhou para Jimin, observando seu rosto antes de continuar. — Você sabia que ele está procurando um ômega para acasalar? — Hoseok perguntou amigavelmente, levando em consideração os sentimentos de Jimin, e Jimin gostou disso.

Houve uma pausa significativa, o chilrear dos grilos alto em seus ouvidos.

— Jimin, me desculpe, eu não queria...

— Sim, eu sei.

Isso silenciou Hoseok, os olhos se arregalando em choque e Jimin apertou sua túnica com mais força.

— E você sabe que ele... encontrou um?

As palavras ecoaram em sua cabeça e seu cérebro travou por um momento. Tudo o que ele conseguia sentir era uma dor lancinante no peito que irradiava por todo o seu corpo e parecia que seu coração fora arrancado do peito e pisoteado no chão.

— Não. — Ele disse com os dentes cerrados.

— Ah. — Hoseok pegou os antebraços de Jimin quando o viu tremendo, colocando-os em cima da mesa, apertando suas mãos. — Ei, se acalme.

Ele encontrou um companheiro. Um ômega. Ele finalmente estaria com um ômega como ele provavelmente sempre quis, mas não conseguiu porque Jimin estivera em seu caminho. Sempre na droga do caminho dele. E esse ômega seria tudo o que Jimin não poderia, e nunca seria, para Jeongguk.

Jeongguk foi gentil com ele, sempre foi. Jeongguk o tratou como alguém trataria uma pessoa amada. Ele subia a colina todos os dias para buscar baldes de água e depois preparava um banho para ele na banheira improvisada, porque Jimin adorava banhos demorados, isso o ajudava a relaxar. A menos que Jeongguk estivesse fora para caçar ele fazia sem falhar, independentemente de quão cansado estivesse de seus deveres da matilha.

Ele sempre trazia algo para Jimin depois de retornar de uma caçada ou visitar outras alcateias para entregar-lhes roupas de inverno — a habilidade principal de seu bando — e vegetais que eles cultivavam em seu próprio jardim que os altos funcionários da matilha colhiam anualmente para manter a paz com as matilhas vizinhas. Jimin dizia a ele que ele não precisava trazer nada toda vez que voltava para casa, mas Jeongguk insistia, dizendo que trazia porque queria.

Ele trouxe vários presentes ao longo dos anos, flores, cachecóis, túnicas, e até panelas de madeira algumas vezes. Ele sempre trazia para ele óleos para cabelo e corpo porque sabia que Jimin amava, adorava quando ficava cheiroso.

Mas o seu favorito era o cobertor acolchoado.

Um dia, quando Jeongguk voltou de uma caçada, ele segurava em suas mãos o cobertor mais macio do mundo. Flores e heras bordadas em intrincados padrões repetitivos para cobrir o cobertor com sua elegância, e Jimin ficou cativado. Era mais grosso do que a maioria dos cobertores e mantas que tinham na cabana, e ele sabia que poderia mantê-lo aquecido por muitos invernos que viriam. Desde o momento em que Jimin acariciou pela primeira vez o tecido e sentiu o conforto de sua maciez, ele sabia que seria um dos presentes de Jeongguk que teria um lugar especial em seu ninho aconchegante, o ninho deles.

Jimin adorava ser abraçado para dormir, o que o fazia se sentir seguro e aquecido. Quando a lua brilhava forte no céu noturno e os dois estavam debaixo das cobertas, Jeongguk puxava Jimin para seu peito e passava os dedos por seus cabelos até adormecer. Era difícil para Jimin dormir em paz sem abraçar alguém, enquanto Jeongguk não conseguia dormir abraçado. Mas Jeongguk fazia um sacrifício da sua parte. Jimin imaginou que ele só fazia isso para que Jimin não se sentisse envergonhado.

Cada vez que Jimin dizia "eu te amo" para Jeongguk, o alfa apenas respondia com um beijo em seus lábios. Embora Jimin apreciasse o gesto, ele queria ouvir isso dele. Desde o começo, ele disse a si mesmo que não era grande coisa, Jeongguk provavelmente era tímido. Mas cinco anos depois, a mesma desculpa simplesmente não conseguiu aplacar a inquietação do seu coração. Ele supôs que estava sendo ganancioso demais.

Jeongguk cuidava bem de Jimin, enchendo-o de carinho sem fim. Jimin esteve genuinamente feliz durante todo o relacionamento, mas não era cego — Jeongguk ficava hesitante com tudo o que fazia perto de Jimin, como se houvesse algo que sempre o impedisse.

Jeongguk tinha dado a ele muita coisa, muito mais do que um alfa que — Jimin supôs — entrou em um relacionamento contra sua vontade jamais concederia. Estava tudo bem se ele não pudesse dar seu coração a Jimin.

— Você está bem com isso? — Hoseok perguntou, a voz gentil depois que Jimin recuperou a compostura.

— É claro que não! — Jimin não quisera explodir, mas estava dominado por tantas emoções que não sabia como se conter. — Sinto muito... — Jimin murmurou desanimado, afastando as mãos de Hoseok para colocar as palmas nos olhos, controlando sua respiração.

— Ei, ei, está tudo bem. — Hoseok tranquilizou-o. Ele não sabia o que fazer. — Vocês dois... ainda estão juntos?

— Não. Ele... nós, hum, terminamos tudo há algumas semanas.

— Mas você ainda mora com ele? — Hoseok perguntou, incrédulo.

— Sim...

— Mas por quê?

Jimin percebeu que Hoseok estava tentando ao máximo não explodir de raiva. Seu rosto estava tão vermelho que parecia que iria entrar em combustão a qualquer segundo.

— Ele disse que eu podia ficar até ele se juntar. — Ele hesitou antes de acrescentar: — Ele disse que não q-quer que eu vá embora.

Hoseok bufou.

— Grande merda. — Ele murmurou baixinho, mas Jimin ouviu.

Hoseok passou a mão no rosto, furioso.

— Você tentou conversar com ele? Pedir a ele para não fazer isso?

Pedir a Jeongguk para desistir de sua posição na matilha nunca foi algo que passou pela cabeça de Jimin porque ele sabia muito bem que ele nunca seria a primeira escolha de Jeongguk.

— Não. Está tudo bem, eu entendo. Ele tem que fazer isso... pela família dele e pela matilha.

Continue mentindo para si mesmo.

Hoseok suspirou alto, passando a mão no rosto novamente, frustrado por não poder fazer algo, ou dizer qualquer coisa que fizesse seu amigo se sentir melhor.

— Lamento que isso tenha que acontecer. Isso quebra meu coração. Eu odeio que ele tenha que acasalar com um ômega para ser nomeado como alfa da matilha. Por que não pode ser um beta ou mesmo um alfa? Simplesmente... qualquer um. Eu falei sério quando disse que não há nada de especial em nós, ômegas. Além disso, por que eles precisam acasalar para conquistar o título? Ele não provou seu valor o suficiente?

Hoseok tinha razão, mas: — Você sabe que é tradição.

— Sim, essas tradições estúpidas. — Hoseok revirou os olhos.

Ver seu amigo expor corajosamente as tradições da matilha em público fez Jimin abrir um sorriso.

— Não deixe a ômega Sol ouvir você se não quiser levar uma boa surra.

O rosto de Hoseok caiu, fingindo horror quando disse: — Ai que medo!

.        ·   .       .      .   .

Hwang Mi Dam era o nome do futuro companheiro de Jeongguk.

Jimin falou sério quando disse que não queria saber nada relacionado ao futuro acasalamento de Jeongguk, mas não pôde evitar quando a notícia chegou até ele.

Era tudo o que a matilha conseguia falar na semana seguinte. Emocionando-se ao saber como o precioso e poderoso Jeon Jeongguk iria se juntar com um ômega importante. Jeon Jeongguk se tornando alfa da matilha foi a melhor notícia que a matilha provavelmente poderia ter recebido em anos, ao que parecia.

Exceto que isso esmagava a alma de Jimin a cada dia que passava.

A sessão de colheita de frutas foi o único momento em que Jimin pôde fazer uma pausa de seus pensamentos opressores, mas até mesmo isso foi tirado dele quando seus colegas de matilha conversavam interminavelmente sobre o quão entusiasmados eles estavam com a cerimônia de acasalamento de Jeongguk. Eles até fofocavam descaradamente sobre o quão patético Jimin era, como ele ainda se rastejava por Jeongguk, mas calavam a boca imediatamente quando Hoseok rosnava para eles, ou quando percebiam que Jimin estava ali, trabalhando silenciosamente.

Ele ouviu que Hwang Mi Dam era de uma das famílias altamente respeitadas da matilha Dalbit. Ele ouviu que ele era um ômega conhecido, admirado por todos os alfas de todas as matilhas por sua beleza desarmante, agilidade e habilidades de caça excepcionais.

Hwang Mi Dam era basicamente perfeito e fazia sentido que ele concordasse em se juntar com Jeongguk.

Jimin vasculhou seu cérebro em busca de qualquer coisa em que fosse bom, qualquer coisa que o fizesse sentir-se melhor consigo mesmo, mas ele só descobriu duas coisas: ele era apaixonado por tricô e culinária.

Ele poderia ser um companheiro a se considerar também, não poderia?

Para alguém. Algum dia. Talvez, mas não para Jeongguk.

.        ·   .       .      .   .

Já passava da meia-noite quando Jimin voltou para sua cabana.

Hoseok prometeu que sempre estaria ao lado de Jimin, e hoje ele fez um trabalho incrível distraindo-o da dor que estava em seu peito, que o fez perder completamente a noção do tempo.

Jimin conseguia sentir um certo olhar sobre ele enquanto tirava os sapatos no hall de entrada. Jeongguk ainda estava acordado. Ele geralmente dormia um quarto antes das 22h.

Decidindo ignorar, foi até a cozinha pegar um pouco de água. Ele não estava com sede, não, ele só estava tentando se dar um tempo. Talvez Jeongguk estivesse dormindo depois de alguns minutos e Jimin pudesse ir para a cama em paz, sem ter que encarar os olhos que tanto amava.

— Onde você esteve? — Jungguk perguntou. Não foi acusatório, apenas curiosidade genuína.

— Na cabana dos anciões. — Ele respondeu, de costas para Jeongguk, aproveitando o tempo para beber a água que ele não queria.

— Tão tarde?

— Sim, eu ajudei nas tarefas.

Jeongguk não estava muito convencido, mas não pressionou. Jimin bebeu o resto da água e foi ao banheiro se banhar. Seu coração doeu quando viu quatro enormes baldes cheios de água até a borda.

Jimin saiu do banheiro sentindo-se revigorado. Toda a sujeira e o cansaço do dia foram removidos de seu corpo. Ele estava confiante de que Jeongguk havia adormecido, mas, para sua surpresa, um par de grandes olhos castanhos estava olhando de volta para ele. Jimin piscou, respirando fundo antes de desviar o olhar e caminhar para o seu lado da cama. Ele se sentou, virando as costas para Jeongguk, e começou a secar silenciosamente o cabelo com uma toalha macia.

Jimin foi inflexível em fingir que os olhos de Jeongguk não estavam fazendo buracos na parte de trás de sua cabeça quando ele falou baixinho: — Como foi o seu dia?

— Foi tudo bem. — Ele encolheu os ombros.

Foi um dia bem merda, para ser sincero, mas ele não precisava saber disso.

— O que você fez?

— Apenas o de sempre.

Jeongguk finalmente estava falando depois de semanas de silêncio, mas Jimin não conseguiu gostar disso.

— Você não quer saber sobre o meu dia? — Ele perguntou, o som revestido de dor não passando despercebido aos ouvidos de Jimin. Ele normalmente perguntava a Jeongguk sobre seu dia, entrava em seu espaço pessoal assim que o via, como uma criança que não quer ficar longe de seus pais depois de um longo dia, mas ele imaginou que não poderia fazer isso agora, então ele não o fez.

— Ouvi dizer que você encontrou um companheiro. — Jimin disse antes que pudesse se conter.

— Eu... hum, sim.

Jimin sentiu a cama afundar do outro lado, imaginando que Jeongguk devia ter se apoiado sobre os cotovelos.

— Isso é... m-muito bom. Que ótimo. — Jimin nunca teve dificuldade em pronunciar palavras, até agora. Ele pressionou a toalha na cabeça com mais firmeza, desejando que ela pudesse secar completamente para que ele pudesse dormir e escapar da realidade por um tempo.

Jeongguk olhou para as costas de Jimin, percebendo o quão pequeno ele parecia. Ele queria segurá-lo, mas ele era um covarde. Em vez disso, estendeu o braço e pegou a toalha.

— Deixe-me ajudá-lo...

— Não. — Jimin rebateu, recuando ao seu toque, levantando-se da cama e se afastando dele. A mão de Jeongguk ficou suspensa no ar. Jimin estava constantemente nervoso ultimamente, irritado, e ele sentia que poderia quebrar a qualquer segundo, mas não deixaria isso acontecer hoje.

— Tudo bem, me desculpe. — Jeongguk parecia um cachorrinho que caiu do caminhão de mudança, e tudo o que Jimin queria fazer era pegá-lo nos braços e encostar o nariz em seu pescoço, mas ele se conteve para não fazer isso. Ele sentou-se na cama depois de um tempo para terminar de secar o cabelo.

— Você gosta dele? — Jimin perguntou distraidamente. Isso o incomodava tanto que era tudo em que ele conseguia pensar ultimamente.

— De quem?

— Seu companheiro.

— Ele não é meu companheiro... ainda. — Jeongguk afirmou, e Jimin poderia apostar todos os seus óleos capilares e corporais que ele estava franzindo a testa agora. Jeongguk suspirou. — Sim. Ele é... simpático.

Jimin resmungou, odiando a forma como aquelas pequenas palavras perfuraram seu coração.







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oi anjinhos, como vocês estão? saudades imeeensas! depois de quase um ano de hiatus finalmente estou voltando aos trilhos e estou feliz em estar aqui neste momento, escrevendo esta nota de final de capítulo para vocês.

falando em capítulo... estou mega animada para esta historia em particular, é de uma autora com quem já trabalhei e que é muito querida pra mim, e desta vez trouxe um abo pois sei que muitos adoram esse gênero, portanto espero que, apesar de ser apenas o primeiro capitulo, vocês tenham gostado e resolvam voltar nas próximas vezes.

apesar de termos as tags, quero reforçar que esta história é heavy angst, o que quer dizer que teremos muitos momentos tristes, de angústia, etc; porém, tem final feliz para o nosso casal, sim, não se preocupem quanto a isso pois nunca decepcionaria vocês hehehe

quero também avisar que esta é uma shortfic de quatro capítulos, então logo ela terminará, mesmo assim teremos dois capítulos por semana pois sou ansiosa e não gosto de deixar vocês sem conteúdo, então quarta-feira e sábado às 20h teremos capítulos novos, marquem aí!

com esses avisos dados, me despeço de vocês por ora e aguardo para nos lermos em breve, ok? não esqueçam de curtir o capítulo para ajudar e, se quiserem, comentar o que acharam.


até a próxima,

beijos da boo 🌳

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