"Não posso te soltar se não souber que tu está sob controle, odiaria ter uma morte tão sangrenta"
"Vamos Amara! Nós vamos nos atrasar para o Miss Mystic Falls!" Caroline choramingou. "Se eu não conseguir ver a dança, eu vou estar culpando você!"
"Calma, Care. Faltam trinta minutos para começar, nossos pais ainda nem saíram. E mais, porque você quer chegar antes de todo mundo?" Amara perguntou a outra enquanto arrumava o cabelo.
"Preciso saber como é, Ann, se vou ser a Miss Mystic Falls um dia, preciso saber para o que me preparar!" Caroline declarou enquanto gesticulava nervosamente. "E pare de mexer no cabelo, tá lindo. Vamos logo, por favor?"
A Gilbert revirou os olhos. "Ok ok. Deus, quanta pressa. Vamos então." Dizia enquanto andava em direção a porta.
A loira pulou da cama e exclamou exibindo um sorriso. "Obrigada! Obrigada! Vamos!"
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Caroline se senta em um banquinho no canto da sala logo que a premiação acaba, totalmente desacreditada. "Ann, eu não to acreditando. Como ela ganhou?? A Meredith tinha tudo para ganhar! Tudo! Ela tinha as atividades extracurriculares perfeitas, o vestido, o discurso perfeito! Ok, o par dela poderia ter sido melhor. Mas como?" E a loira continuava murmurando como toda a competição foi injusta e que a nova Miss Mystic Falls deveria ser a Meredith.
O discurso da Forbes só foi interrompido quando alguém limpou a garganta. "Não sei bem se foi injusto. Ela tinha ótimas condições sim, mas a outra também. E tu tá bem? Tu pareces prestes a ter um ataque."
Aquela voz não era estranha para Amara, porém ela não conseguia colocar um rosto na voz. Então, por mera curiosidade, a morena se virou e viu quem tinha falado com elas.
"Ela está bem, Bonnie. Só vai demorar um pouquinho para o choque passar. E tu? O que fazes aqui?" Amara questionou, genuinamente curiosa em relação ao que levou a outra menina a estar em uma festa que normalmente, não estaria. "Seus pais te arrastaram para isso? É deprimente, seriamente."
"Ah não, na verdade eu quis vir. Estava curiosa para saber porque todo o burburinho sobre o evento. E se vou ser honesta, não me parece tão interessante assim." A ainda não descoberta bruxa Bennett falou, enquanto olhava em volta. "Eu estava esperando mais, sabe? Parece um baile qualquer."
"Eu sei! Na primeira vez que meus pais me arrastaram aqui com meus irmãos eu tinha toda a expectativa de um baile estilo filme da Disney...talvez seja mais interessante para quem participa. O bom é que tem comida." A morena respondeu, sentada em um banquinho logo ao lado de sua melhor amiga. "Não quer ficar aqui com a gente? Pelo menos vais ter algo para fazer, além de ganhares companhia."
Bonnie sorriu e assentiu antes de puxar um banquinho e sentar junto com as outras meninas. "Então, somos amigas agora?"
A loira e a morena se olharam antes das duas acenarem. "Claro, se você quiser." Amara falou, sorrindo. "Podes me chamar de Ann."
"E eu sou a Caroline mas tu podes me chamar de Care, meus amigos me chamam assim." Caroline declarou, feliz de estar fazendo amizade com a outra menina.
"Então, vocês podem me chamar de Bon. E se me permite, porque Ann?" A bruxa perguntou, curiosamente.
"Bom, alguém decidiu que meu nome não tinha nenhum apelido decente e começou a me chamar de Ann, graças ao meu segundo nome. Mas eu me apeguei a este apelido então..." A Gilbert explicou, enquanto brilhava para a melhor amiga, com carinho.
"É totalmente verdade, Ann! Amara não tem nenhum apelido bom! Tu gostarias que eu te chamasse de Ama? Ou Ara? Péssimo!" Forbes protestou, fingindo estar insultada pela acusação, mesmo que fosse a mais completa verdade.
"Ou Care, tu poderia fazer como eu e chamar ela de Ami. Olá vocês." Elena chegou e entrou na conversa, sentando-se com suas melhores amigas.
"Oi Lena, finalmente lembrou que existimos?" Amara provocou enquanto abria espaço para a irmã ao seu lado.
"Eu estava com a mãe. Jeremy quase se meteu em uma briga e a mãe me colocou de babá..." Elena retrucou, revirando os olhos para as palhaçadas da mais nova. "Mas então, Bonnie. O que achaste do evento? Nada como pensava uh?"
"Então, nada mesmo. Jurava que iria ser um evento estilo filme da Disney." Bonnie respondeu, desapontada com o evento. "O lado bom é a comida, acho que nunca tinha visto tanto doce em um lugar só. E aquela fonte de chocolate? Meu Deus!" A bruxa brincou.
Amara se inclinou para frente e deu batidinhas reconfortantes no joelho de Bonnie. "O príncipe encantado vai chegar, princesa Bonnie. Só não em um evento desses, possivelmente." A menina brincou com a ideia de filme da Disney. "Ou talvez sim e vocês vão dançar aquela dança lenta e vão esquecer das pessoas em volta, quem sabe. Quer saber? Nós todas vamos achar um príncipe encantado. Elena vai arranjar um príncipe estilo Ariel. Care vai arranjar um príncipe estilo Bela e a Fera, ela sendo a Bela obviamente. Tu, Bonbon, vai ter um romance estilo Mulan, alguém que saiba a guerreira que vive em ti e ame isso. E eu, eu não sei na verdade."
"Amara, tu totalmente vai ter um romance estilo Aladdin. Alguém para te mostrar o mundo já que tu queres tanto isso. No caso, ver o mundo todo." Elena falou para a irmã. "Não concordam, meninas?"
"É, na verdade, acho que se encaixa perfeitamente contigo, Ann. Mas ainda acho que ao invés de um jeito mais despojado, teu príncipe seria um exemplo de cavalheirismo." Caroline respondeu honestamente, dando a melhor amiga sua própria opinião sobre seu futuro romance.
"Uau, ok. Obrigada. Mas acho que só bem mais pra frente, temos 7 anos. Não tem lá muito romance que possa existir em nossa idade." A Gilbert mais nova declarou mas até então, o dano já estava feito para todas as quatro. As expectativas já haviam sido criadas.
"Mana, tu viu..."
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Amara tinha planejado tudo, nos mínimos detalhes. Toda a noite tinha sido arquitetada, friamente planejada pois, nada poderia sair do controle dela nesta noite. Perder o controle significava possível morte e isso, ela não poderia aceitar.
A vida estava muito boa para ela morrer por um descuido. Portanto, depois de com a mão na consciência ter dado uma de Katniss Everdeen e colocado um pouquinho de sonífero na verbena que seus pais religiosamente colocavam como tempero nas comidas, todos estavam dormindo. Isso é, menos ela.
Pois hoje seria o dia que ela salvaria Lorenzo.
A menina andou pela casa cautelosamente, com medo de que o remédio não tivesse tido o efeito pretendido e ela acabasse por ter de se explicar, em direção a porta de entrada da casa.
Saindo de sua casa, a menina trancou a porta, pegou sua bicicleta e pedalou até a clínica de seu pai, Grayson Gilbert pois, se os sinais que ela havia captado estivessem certos, Enzo estava finalmente em seu alcance.
Aproximadamente vinte minutos depois, a menina havia chegado ao seu destino. A clínica médica de seu pai.
Logo ao entrar no local, ela já começou a se dirigir para o porão, sabendo que ele deveria estar lá, então, com uma frente corajosa que definitivamente não era verdade e agarrando a sua mochila com as coisas que seriam necessárias, ela desceu.
Degrau por degrau, ela se aproximava de seu objetivo.
Degrau por degrau, ela apertava mais firmemente a mochila em forma de conforto.
Degrau por degrau. Até não sobrar mais nenhum.
"Oi? Alguém aí?" A menina indagou, tentando descobrir se ele estava lá mesmo. Não houve nenhuma resposta, além de uma tosse vindo de um quarto fechado.
"Oi? Você tá aí dentro?" Amara perguntou enquanto tentava abrir a porta até que em dado momento, ela teve sucesso.
"Querida, saia daqui." Enzo pedia enquanto escondia o rosto da melhor forma que podia, virando-se. "Saia daqui, por favor, querida."
"Eu não. Eu sou a Amara, qual seu nome?" A menina perguntou, majoritariamente por educação, enquanto abria a mochila e tirava os sacos de sangue para empilhar eles ordenadamente no alcance do vampiro.
"Um prazer, senhorita Amara. Eu sou Lorenzo St. John. Agora, saia por favor"
"Já disse não, tu sabe o trabalho que foi conseguir esses sacos de sangue? Eles não caem do céu não, sabia?" A menina retrucou irritada enquanto gesticulava para os sacos de sangue.
O homem lentamente se virou com a menção do sangue e ficou embasbacado com a visão diante dele: uma menininha, não mais de dez anos, sentada na frente da cela e em sua frente, seis sacos de sangue. "Querida, o que estás fazendo? Como conseguiste isso? Porque estás aqui?"
"Ai meu Deus, Enzo. Eu tô aqui te resgatando, agora rápido por favor, tome seu sangue e vamos embora daqui. Eu tenho aula amanhã, sabe?" Amara falou impacientemente. "Não posso te soltar se não souber que tu está sob controle, odiaria ter uma morte tão sangrenta"
"Como quiser, anjo. Como quiser..." O homem respondeu rapidamente enquanto pegava um dos sacos de sangue e começava a beber.
Porém na mente do homem, duas coisas passavam em repetição: porque uma menininha sabia o que estava acontecendo com ele e veio aqui ajudar, sabendo que ele era um vampiro (ela deveria ter medo, era o normal a se esperar) e vingança.
Damon Salvatore não perde por esperar.
Agora, esse foi o início do fim.