ᝰ 🧠ヽ. 𝗩𝗢𝗜𝗗, sweet home.

By ANT1-R0MANTIC

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˚ .˚   .  🧠    .  . +  🗯️ .   ⊹ *   . .•. 𝒗𝒐𝒊𝒅. ᝰ ---------------------- ◜✸ 𝐒𝐈𝐍𝐎𝐏𝐒𝐄 resumida... More

❝ 실존적 공허함
★ ๑
🗯️ ' ᝰ .. GRÁFICOS
━━ ato ★ um
★ 𝟏 ᱙ 🧠◞ ˚ ❛ little spoilers
🧠 𝄄 ❪ O TAROT E A CARTA DA MORTE ❫
🧠 𝄄 ❪ O TORMENTO DOS OLHOS DE CANELA ❫
🧠 𝄄 ❪ OS DEMÔNIOS DE NAM-RA ❫
🧠 𝄄 ❪ A NOTÓRIA DETETIVE PEREGRINA ❫
🧠 𝄄 ❪ TOC TOC, SOU EU A MORTE ❫
🧠 𝄄 ❪ O FARDO PESADO DE LEE SU-HYEOK ❫
🧠 𝄄 ❪ O GANSGTER, O VALENTÃO E A CARTA CORINGA ❫
🧠 𝄄 ❪ O CADÁVER ENSANGUENTADO NO TAPETE ❫
🧠 𝄄 ❪ BEM-VINDO AO CIRCO DOS HORRORES ❫
🧠 𝄄 ❪ AS ESCADAS MORTAIS ❫

🧠 𝄄 ❪ O ASSOMBROSO APARTAMENTO 07 ❫

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By ANT1-R0MANTIC

﹙𝒇𝒊𝒗𝒆﹚ 、ヽ. ❛ O  ASSOMBROSO
APARTAMENTO  07 ...
------------------ ◜ 🧠  escreva
o que você ★ sente nessas
paredes...  ֺ۪ ⭒ ݂ ?
ᝰ࣪ . ׅ ᱙






━━ 、🧠ヽ. AREUM  ANDAVA  PELOS  CORREDORES DE Green Home, ela estava morrendo de fome e não chegava a hora de chegar no seu apartamento e encher a sua própria barriga. Em um rápido vislumbre, a garota passa pelo porteiro do prédio que estava dentro da peça de limpeza minúscula, ele parecia estar em alguma espécie de um estado catatônico enquanto mexia de qualquer jeito nas caixas onde estavam os produtos químicos. A cartomante não fez nem menção de parar o seu trajeto pois aquilo não era da sua conta então, não deveria interferir; mesmo que fosse um pouco estranho um porteiro futricando em produtos de limpeza e olhando para eles como se fosse comida. Ela concluiu que todo mundo daquele prédio era levemente maluco.

Segurando a caixinha do baralho de tarot em uma das mãos, a Yoon mantinha o lápis e o caderno na outra. Céus, ela apreciava tanto ir naquele terraço; mesmo com a deplorável situação atual dele.

Areum-ju era uma amante sonhadora, ela costumava ver beleza em coisas que as outras pessoas nem faziam questão.

Em sua língua, ela chamava aquilo de apreciar os detalhes alheios do mundo.

Enquanto estava perdida em próprios devaneios e filosofias místicas, a menina  nem reparou quando acabou esbarrando em alguém pelos corredores empoeirados.

Ela só se deu conta quando sentiu o impacto do seu corpo contra outra silhueta mais rígida.

“Garoto dos olhos de canela, você de novo.” ela fala com um pequeno sorriso percebendo que havia esbarrado de frente com o novo morador.

A diferença de altura entre os dois jovens era evidente, A cabeça de Areum-ju batia no queixo do novo morador; ela não era tão baixa e ele não tão alto ━ uma curiosa harmonia.

Devido a brusca proximidade do seus corpos, Cha Hyunsso conseguiu sentir o aroma da misteriosa cartomante.

Era engraçado, mas ele nunca havia sentido tal cheiro em toda a sua vida.

Ela tinha cheiro de incenso de maçã e shampoo de amêndoas; uma combinação que o menino jamais pensou que poderia ser tão boa.

“Sim, estou voltando para o meu apartamento.” responde ainda atraído pelo aroma que ela exalava.

“Qual o número?” indaga com um semblante curioso.

“1410.” o rapaz diz dando de ombros.

“Garoto dos olhos de canela, parece que você terá que aguentar o meu tarot por um bom tempo. Somos vizinhos.” ela anuncia super animada, um sorriso consumia os seus lábios rosados e carnudos.

Céus, Cha Hyunsoo queria entender como alguém poderia facilmente se animar com a sua presença; durante 19 anos isso foi completamente o oposto, ele parecia um repelente humano de pessoas, amigos, familiares e basicamente de meninas.

“Você sorri com os olhos.” ele comenta encarando as órbitas de amêndoa da mais baixa, reparando que quando a mesma ficava empolgada surgia um brilho no meio dos seus olhos. O timbre da voz soou mais baixo do que ele realmente queria. Droga.

Ok, certo. A verdade é que Hyunsoo era péssimo em se comunicar.

Ainda mais com meninas bonitas.

“O que você disse?” Areum-ju questiona não ouvindo ao certo o que o rapaz havia falado para ela; a garota não tinha uma das melhores audições possíveis.

“Nada.” Ele balbucia coçando a nuca. O menino achou melhor se calar. Hyunsoo
buscava achar uma explicação lógica ou até compreensível para as suas mãos estarem suando tanto; ele chegou a cogitar que fossem os hormônios.

“Você mora sozinho?” Areum-ju pergunta mudando de assunto e caminhando ao lado dele pelo corredor, o acompanhando em passos lentos.

“Moro.” responde breve guardando as mãos no seu casaco verde escuro se sentindo envergonhado pela situação de segundos atrás.

Areum-ju não era muito boa em ler as pessoas diferente da sua irmã mais velha que parecia ter nascido com tal dom.

A verdade genuína é que a cartomante era espetacular em pressentir sentimentos e entender as pessoas pelos seus olhos; se ela quisesse realmente respostas, sempre sabia que as encontraria nitidamente nas órbitas de outra pessoa.

“Como é morar sozinho?” pergunta de repente completamente curiosa, ela não fazia nem questão de esconder.

“Terrível.” pensou ele em plena melancolia fatídica.

“Diferente.” omitiu segurando um suspiro. No entanto, Areum-ju percebeu a pitada de dor que havia transparecido nas suas órbitas de canela; certamente ele era do tipo que sofria em silêncio, não era a toa que a algum tempo atrás estava em cima do parapeito do terraço.

Bem, em parte ela o compreendia, pois também sofria em silêncio.

“Você não é de falar muito né?” Areum-ju deduz com um tom brincalhão buscando aliviar o clima depreciativo que sentia.

“Sou péssimo em me comunicar.” admitiu com muita sinceridade

“Tudo bem, não me importo com isso.” a menina disse em um tom reconfortante. Cha Hyunsso aos poucos se sentia ainda mais confortável com a súbita presença dela na sua vida ordinária e tão fajuta; a vida dele era tão cinza e ela parecia ser uma paleta inteira de cores excepcionais. E o fato dela se interessar em conversar com ele mesmo o rapaz exalando só cinza e cores neutras, era gentil. “Você já deve ter percebido que eu gosto muito de falar. Sabe falar é muito libertador, a gente se expressa. Bem, espero que isso não seja um incômodo pra você.

“Não é.” Hyunsso ressalta dando ênfase nisso. A princípio, ele não gostou que a menina estivesse o impedindo de abraçar os braços esqueléticos da morte. Mas assim que ouviu a sua filosofia de vida, achou ela intrigante.

“Você quer ver uma coisa muito legal?” sugeriu em uma tentativa de trazer certa animação ao corpo do novo morador.

“Quero.” concordou ainda a olhando.

A menina cartomante puxou Hyunsoo pela mão, o conduzindo através das ruínas que eram os corredores de Green Home.

Cha Hyunsso sentiu uma onda eletromagnética percorrendo a ponta das suas falanges assim que sentiu a pele quente dela entrar em contato com a sua fria; os impulsos elétricos passeando por todo o seu corpo bem como, traziam um calafrio estranho pela espinha dorsal.

Pela primeira vez desde que toda a sua família faleceu, ele não recusou ou se afastou de um súbito contato físico.

Era curioso pois ela era uma completa desconhecida.

Yoon Areum-ju parou na frente do apartamento 07 no final do corredor, ela tirou do bolso do casaco de moletom uma chave que estava presa em um chaveiro de gatinhos persa.

A menina coloca a chave na fechadura e gira destrancando a porta.

Dando a visão a uma enorme sala de estar repleta de luzes coloridas pendurada no teto pela própria jovem, o lugar estava um pouco empoeirado mas nada que fizesse o lugar parecer insalubre ou desagradável.

O apartamento tinha cheiro de incenso de canela e maçã pois Areum-ju sempre fazia questão de comprar velas aromatizantes e trazer consigo quando pintava ali.

As paredes estavam cobertas de desenhos distintos e peculiares; eram pinturas feitas com aquarela.

“Bem-vindo ao apartamento assombrado de Green Home.” anuncia ela abrindo os braços e apresentando o lugar ao rapaz.

Conforme mais o tempo passava mais intrigado pela garota, Hyunsoo ficava, ela era uma caixa de surpresas e em uma vida tão ordinária, comum e deprimente como a dele isso era interessante.

“É lindo, foi você que fez tudo?” pergunta o novo morador admirado com aquelas artes espalhadas pelas paredes empoeiradas.

“Sim.” ela responde descansando as mãos na cintura com um semblante orgulhoso enquanto observava o desconhecido analisar as suas obras. “Faz anos que ninguém vem aqui. Era o apartamento de uma senhorinha muito simpática mas ela acabou infelizmente falecendo. Ela era uma mulher triste e sozinha, as pessoas falavam coisas terríveis dela. Todo mundo acha que é assombrado.

“E é assombrado?” sugeriu parecendo interessado na história do apartamento 07.

“Mais ou menos.” disse breve com o olhar um pouco perdido. “De qualquer maneira, você não acreditaria se eu contasse.

“Talvez, eu acredite.” Hyunsoo falou esperançoso. Areum-ju sorriu.

“Promete não correr por aquele porta ou me achar maluca?” pede a cartomante.

Pela primeira vez, uma leve risada escapou por entre os lábios um pouco secos dele; desde o terrível acidente, Cha Hyunsoo não conseguia rir mais.

“Não sei.” ele brinca.

Ela olha para o rapaz com aquelas órbitas de amêndoa onde facilmente o mesmo poderia se perder na imensidão castanha.

“Tudo bem, eu estava brincando. Não vou achar você maluca.” admitiu colocando as mãos no bolso do casaco.

A Yoon suspirou e falou olhando para a poltrona rosa antiga, lembrando com carinho da senhora: “Às vezes, eu vejo ela sentada naquela poltrona. Ela me olha sorrindo como se estivesse cordialmente agradecida. Sabe, antes dela falecer, eu vim aqui e ela me pediu pra ficar com o apartamento e não deixar ele virar um completo cemitério.

Hyunsoo ficou em silêncio, ele não sabia ao certo o que dizer; o rapaz a achava especial.

“Ok, agora você deve me achar um pouco maluca e completamente fora de si. Bem, tudo bem. Não é como se as pessoas realmente acreditassem que eu tenho amigos do outro lado.” disse respirando fundo e cobrindo os olhos com as próprias mãos.

“Eu acho legal você ter amigos do outro lado. É como se fosse um dom, faz de você especial.” o novo morador disse com sinceridade, o que chamou a atenção da mais baixa. Ninguém nunca havia falado isso para ela; as pessoas sempre acabam questionado e fazendo a menina se sentir esquisita. No entanto, Hyunsoo conseguiu fazer a cartomante se sentir especial.

A Yoon mais nova não disse nada.

De alguma maneira, ela sabia que o garoto também era bom em ler olhos.

“Bem, o único móvel que ficou foi essa poltrona rosa.” Yoon explica com o tom da voz um pouco triste enquanto aponta para o móvel. “Me siga por aqui com cuidado e por favor, não se sente naquela poltrona. Era da senhoria Sol-i, eu jamais descansei ali por respeito a ela. Pois, já não basta ela ter morrido, os filhos sacana dela levaram tudo. Os idiotas só não levaram a poltrona porque eu impedi.

“O que aconteceu com ela?” o rapaz questionou curioso a acompanhando pelo restante da sala de estar.

“Faleceu de coração partido.” disse o encarando nos olhos.

“As pessoas podem falecer de coração partido?” Hyunsoo perguntou, um tanto, surpreso.

Afinal, ele não era muito experiente em sentimentos e romance; era algo que nunca foi muito atrativo para ele.

Sem contar, que a sua experiência na escola não facilitava muito essa possível interação.

“Acho que podem. Eu não sei.” disse, os olhos de amêndoa encontrando-se com os de canela dele como se os dois fossem polos positivos e negativos.

“Você já amou alguém?” ele indagou de repente. Arem-ju ficou surpresa por ouvir ele falar tanto, a voz era calma e em sua opinião, era gostosa de se escutar.

“Não, eu não sei o que é o amor romântico. Eu nunca senti.” admite com completa sinceridade. “Sabe, a senhora Sol-i amou tanto o seu marido, fico feliz que agora de certa maneira os dois se encontraram do outro lado. Ela sempre me mostrava todas as cartas que ele tinha a enviado enquanto estava na guerra.

”E você? Já amou alguém?” perguntou  pegando um giz no chão com o intuito de usá-lo em algum novo rascunho em uma das paredes.

"Nunca." admitiu o menino com um olhar um pouco perdido.

“Bom, ninguém sabe que eu venho aqui ou das pinturas. Nem o proprietário do prédio ou o porteiro. Então, por favor que esse lugar fique entre nós.” a menina diz mudando de assunto e o pedindo para manter aquele lugar entre eles.

"Tudo bem." ele concorda.

A de cabelos escuros passa levemente a ponta dos dedos pelas pinturas já secas que havia feito, admirando com muita apreciação a arte nas paredes daquele apartamento baldio.

Areum comenta com um sorriso, os olhos brilhando: “Em qualquer oportunidade eu apareço aqui e trago alegria pra Sol-i e esse apartamento.

“Ela deve estar feliz.” deduziu o rapaz. Ela o olhou com afeição e disse: “Eu espero.

A cartomante parou na frente de uma das parades que ainda tinha um pequeno espaço vazio, com o giz na ponta dos dedos ela começou a rabiscar o que pareciam ser prédios.

No entanto, assim que ela olhou pelo canto do olho percebeu uma pontinha de brilho naqueles olhos de canela opacos; ele estava admirado com os desenhos, como se realmente tivesse apreciado.

“Desenha o que você sente.” a garota  sugeriu deixando o giz que estava com ela na palma da mão de Cha Hyunsoo.

“Não quero estragar o seu desenho.” se precipitou com receio negando o giz.

“Não vai. Tudo é arte.” ela sorriu o incentivando.

Cha Hyunsoo suspirou fundo e com o giz na ponta dos dedos, ele foi rabiscando.

A princípio, pareciam só rabiscos sem nexo mas em questão de minutos acabou se transformando em uma palavra.

Era uma silhueta de lado e bem no centro dela estava escrito a palavra “vazio.”

Areum-ju achou interessante, ele tinha um talento mais sentimental e ela era melhor desenhando objetos ou paisagens.

“Vazio.” a Yoon leu em voz alta com um semblante pensativo, observando o desenho.

O novo morador se abaixou, deixando o giz branco no chão.

A jovem sentiu o seu coração murchar, era exatamente a maneira como ela se sentia.

O vazio aparentava a consumir cada vez mais a cada dia, a diferença é que ela era boa em esconder.

“Você também sente?” perguntou Areum com curiosidade.

“O que?” questiona ainda encarando o próprio desenho.

“O vazio?” ela indaga sentindo o seu coração doer.

“Sinto.” admite de uma maneira breve, tirando os olhos da silhueta feita de giz e encarando novamente os hipinozantes olhos de amêndoa da menina.

“Eu também.” concordou também encarando os olhos do menino.

Hyunsoo não se sentia compreendido a um bom tempo.

Por outro lado, Areum-ju não entendia, mas aquele completo desconhecido ao seu lado parecia ser tão diferente das outras pessoas.

Eles compartilhavam uma conexão estranha e nem ao menos se conheciam direito.

“Mas o vazio não vai nos consumir, garoto dos olhos de canela.” ela disse tentando um ponto de vista menos depreciativo e mais positivo.

“Cha Hyunsoo.” disse de repente deixando a menina confusa. “Eu me chamo Cha Hyunsoo.

“Bem, olá Cha Hyunsoo.” respondeu com um sorriso singelo.

Naquele instante, duas almas sofridas haviam finalmente se comunicado e o premeditado vazio parecia ser um pouco menos assustador do que antes.

🧠 ⧛ ⋆ ★ ' . 𓋰
NOTAS ?!

★ 1. No próximo capítulo, finalmente irei seguir a seguinte trama da série! E sim, os monstros famintos vão aparecer.

2. Bem, eu quis explorar um pouco mais a relação da Areum-ju e do Hyunsoo. O que acharam? Já torcem
por esse casal?

3. Deixe sua estrelinha por favor! Me incentiva a continuar escrevendo :)

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