Deathless - Jackson Wang

By yOverthrow

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Kiara é uma estudante que chama bastante atenção pelo Campus. Digna de uma beleza estonteante, tudo o que des... More

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By yOverthrow

Jackson Wang

— Você parece estar de bom humor — Mark solta, enquanto o elevador desce até o térreo.

Está com os braços cruzados, observando a numeração diminuir aos poucos.

O encarando, paro de sorrir e desencosto o corpo da parede metálica cujo apoiava minhas costas quando adentrei aquele cubículo logo após ele.

— E isso não é bom? — questiono, analisando-o.

— Por que a levou ao dormitório? Pretende transar com ela?

— Não é da sua conta — respondo, mantendo minha voz firme.

— Para quem falou que ainda estava pensando no caso, mudou de opinião muito rápido, capitão.

— Está muito interessado na minha vida sexual ultimamente, sabia? Por acaso, é ciúmes?

— Na verdade, quero saber se preciso dormir fora. Ou se ela é tão liberal ao ponto de permitir que eu fique, e... — Mark retruca, mas para de falar quando me encara e nota que meu rosto não está tão receptivo ao início da provocação. — Só estou brincando, capitão. É apenas brincadeira — a voz dele retorna após engolir em seco.

Meu rosto não se altera enquanto mantenho a atenção no meu colega de time, evitando que a raiva faça meu corpo ferver.

Não, porra. Mil e uma vezes, não!

Nem fodendo que eu permitiria que algo assim ocorresse.

Que qualquer filho da puta nos observasse transando. Que outro homem além de mim fosse capaz de ver Soulier transbordando qualquer tipo de prazer. De ver o seu corpo por inteiro, cada pequeno detalhe do seu rosto, todos os seus gemidos...

E pensar nisso estava me deixando puto. Pra cacete.

— Aconselho que não o faça — informo com rispidez no segundo em que o elevador abre. — Não estou com paciência pra provocações hoje. E você pode ser como um irmão para mim, Mark, mas não a trate como qualquer uma só porque acha que tem liberdade. Você não tem.

— Em todo caso — Mark me segue até a saída do prédio após uma leve tossida quando eu deixo aquele ambiente metálico —, estou falando sério, me avise se eu precisar dormir fora. Ou me dê as chaves do seu apartamento. Gosto de lá. É mais tranquilo. E posso dormir facilmente, no conforto e no silêncio.

— Eu até faria isso, de verdade.

— Mas? — ergue uma sobrancelha.

— Se eu permitir que durma fora do dormitório, aquela garota não vai conseguir pregar o olho.

— Não exagera, Jackson.

— Não estou, porra.

— Então ela tem coragem de dormir em um quarto com dois caras, mas não apenas com você?

— É o que parece — dou de ombros, irritado.

Isso também me estressava. Mas era incapaz de fazer algo para mudar.

— É interessante pra caralho — Mark solta, incrédulo, antes de continuar, provocando-me: — Uma caloura que só deseja que você fique o mais distante possível da vida dela, ao invés de dentro dela. Sabe, capitão...

Ele faz menção de continuar o comentário, entretanto, viro-me e agarro a barra de sua blusa, empurrando-o na parede mais próxima de nós. Mark tosse, parece surpreendido com o ato.

Uma de suas mãos toca o meu braço, tentando se desvencilhar daquele contato, mas ele não consegue.

— Ouça, não me importo se ela não quer transar comigo, posso esperar o tempo que Soulier quiser. Posso esperar a vida toda por isso. Mas me importo com a forma como a tratam, e quero que a respeitem. Até porque, independentemente disso, você tem razão, aquela garota agora é minha. Está entendendo o que estou falando? — questiono e ele acena com rapidez, embora ainda exista certa dificuldade. — Ótimo. Então controle sua língua. E peça aos demais para fazerem o mesmo.

Quando finalmente o solto, ele perde o equilíbrio por alguns segundos mas logo o recupera, afastando-se e ajeitando a blusa novamente ao corpo.

Nunca o tratei assim antes. Com essa frieza, mas precisava impor um limite. E isso valia a qualquer cara.

— Entendi — ele finalmente diz. — Vou me certificar de que isso seja respeitado. Mas, capitão, não era minha intenção...

— Ei, pessoal, pegamos alguém! — uma voz ecoa pelo estacionamento, fazendo meu colega de time se calar.

Olhando para frente, Tyler, um dos garotos do time, segurando um cara com força, levando-o até um grupo mais adiante.

Já dentro do estacionamento, a confusão aumenta quando Mark e eu nos aproximamos e percebemos que o que restava do meu carro, agora finalmente apagado, estava completamente envolto em fumaça.

— Porra... tenho admitir, eles foram criativos esse ano — solto, cruzando os braços e analisando o estrago com mais atenção.

Eu me aproximo do meu time, alguns com extintores em mãos, outros baldes de água. Certamente, recordaria de os agradeceria pelo trabalho árduo depois.

Então penso comigo mesmo: aquele carro era apenas mais um bem material, eu poderia substituí-lo amanhã mesmo se quisesse.

Mas e se alguém estivesse dentro do automóvel? E se houvesse vítimas?

Esses filhos da puta eram tão imaturos.

— Quem é você? — questiono, parando na frente do cara capturado por Tyler.

— Por que eu falaria o meu nome para qualquer um de vocês? Me deixem ir, ou vou ligar para polícia!

— Você vai ligar para polícia? — solto uma risada.

— Vou! Me solta logo!

— E está pensando em contar o quê? Que colocou fogo no meu carro? Certo, faça isso. Irá me poupar tempo.

Retiro o celular do bolso e teclo os números da polícia, ligando. Em seguida, uma voz surge. Era um homem. E ergo o telefone para o cara à minha frente.

"Alô? Você ligou para polícia de Athens, em que posso ajudar?"

Ele parece nervoso. Não sai uma palavra sequer dos seus lábios.

"Alô? Quem está ligando? Por favor, diga algo. Está precisando de ajuda? Está..."

Com um sorriso, eu desligo a ligação, então continuo:

— Que eu saiba, sua língua ainda está no mesmo lugar, então por que não disse nada? — questiono, mas ele ainda não diz nada. — Melhor ser sincero conosco, garoto, caso contrário, eu mesmo irei contar tudo à polícia. Vou perguntar novamente: quem é você?

Normalmente, eu reconheceria com muita facilidade qualquer cara idiota do time rival. E tinha certeza que ele não fazia parte deles. O time do norte. Talvez fosse até da região. Apenas mais uma vítima.

Consigo notá-lo ranger dos dentes, antes de dizer:

— Meu nome é William.

— Oh, certo, prazer em conhecer você, William — sorrio com certa ironia. — Vai me contar por que fez isso com a porra do meu carro?

— Eu não fiz nada.

— Já disse para não mentir.

— Não estou mentindo.

— Quer realmente me fazer olhar as câmeras de segurança? — ameaço.

Ele morde o lábio, encarando-me surpreso e amedrontado.

É apenas um jovem. Talvez tenha acabado de completar seus dezoito anos, mas cometeu um crime. E seria fácil destruir a sua vida a partir disso.

— Vamos lá, facilite as coisas — peço com impaciência. — Já é tarde e eu quero voltar para o meu dormitório. Diga a verdade. Em todo caso, não tem para onde fugir. E só vai sair daqui quando eu permitir que saia.

Ele olha em volta. Todos aqueles brutamontes em um círculo ao seu redor, prestando atenção no diálogo, prestando atenção nele. É muita pressão.

— Eu... eles... eles me pagaram — diz, finalmente.

— Eu quero nomes. Eles quem?

— Não sei seus nomes.

— William...

— Eu juro! Mas eram todos do time de futebol!

— Então me fale as características.

— Estava com o rosto machucado. Um era loiro, outro tinha a cabeça raspada, alto.

Encaro Mark por alguns segundos. Ele acena, confirmando as minhas suspeitas. Eram os garotos de mais cedo, aqueles que apanharam de nós.

Quando volto a atenção para o garoto, pergunto:

— Quanto eles pagaram?

— Quinhentos dólares.

Meu sorriso cresce genuinamente.

— Eles te pagaram só essa porcaria?

— Talvez seja um valor pouco pra você, mas é bastante alto pra mim.

— Sabe quanto custa o meu carro?

— Muito mais que isso, eu... acho.

— Sim. Muito mais que isso. Se multiplicar por cem o valor que recebeu ainda não seria o suficiente para pagá-lo de volta.

Seus olhos piscam, surpreso, e noto que William está assustado.

— Você entende as consequências disso, garoto?

Ele assente, os olhos baixos, visivelmente perturbado.

— Voce vai... vai chamar mesmo a polícia?

— Depende. Se colaborar um pouco mais, podemos resolver isso da melhor forma possível.

— Mas eu já falei tudo o que sei.

— Não é suficiente.

— Então o que vocês querem?

Eu poderia esquecer o dia de hoje. Esquecer que esses filhos da puta falaram que havíamos roubado o jogo, esquecer que bateram nos meus garotos, esquecer que eles existiam até sermos obrigados a nos encarar novamente.

Mas isso ultrapassa muito nos limites. E deixar passar, assim, sem revidar, era permitir que eles vencessem.

— Queremos vingança — falo, e olho para os garotos do time. Tudo o que eles fizeram para chegar até aqui, todo o trabalho árduo, as coisas que enfrentam. — Acredito que a temporada de trotes irá começar um pouco cedo demais esse ano, pessoal. O que vocês acham?

Não preciso de muito para compreender que eles concordam. O sorriso em seus lábios a animação repentina que surge enquanto encaram uns aos outros diz bastante sobre as suas opiniões.

Eles também queriam mostrar do que eram capazes. Mostrar que era perigoso se envolver conosco, assim, tão deliberadamente.

— Mas o que isso tem haver comigo? — William indaga.

— Você, garoto, é a nossa porta de entrada para a nossa pequena revanche — respondo, sorridente.

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O caos só começando

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