— Kevin
Viajando pelos meus pensamentos atordoados, escuto passos descalços se aproximando de mim, olhei para o lado até ver Levi chegar mais perto e parar ao meu lado:
— O que faz aqui? — Ele perguntou.
— Estou olhando a vista — Respondi, tentando fugir um pouco dos meus pensamentos.
— Ah, legal — Ele olhava para o lago, um vento abafado passou pelo o meu corpo — Como você se sente?
— Eu estou bem, estou tentando não pensar tanto, isso acaba me deixando bem sensível a qualquer coisa, o que me faz me sentir um ingênuo idiota.
— Eu entendo, mas você não é um idiot — Falou ele, eu estava tão trêmulo que mesmo com as duas mãos grudadas uma na outra, era visível a minha tremedeira, Levi percebeu isso pois ele segurou a minha mão, fazendo os meus pensamentos negativos saírem do meu alcance.
— Taylor e eu conversamos sobre você, ela me contou sobre as coisas que você passou no passado — Falou ele, eu sei que isso que ele acabara de ficar sabendo é algo pessoal, no entanto, eu sei que Taylor só disse à ele por que ela confia nela, assim como ele confia nela, e sei que não foi a intenção dela falar aquilo para me afetar ou me deixar mal.
Abaixo a cabeça e fecho os olhos por alguns segundos tentando pensar em alguma resposta:
— Eu... Chorei até soluçar a madrugada inteira durante anos, dizendo que não aguentava mais. E no dia seguinte, eu estava sorrindo como se nada tivesse acontecido — Olhei para ele, que me olhava ainda segurando a minha mão — Mas é aquilo né, depois de certos infernos, não é qualquer demônio que me queima.
— Você tem razão, e é isso que o torna tão forte, Kev. Eu sei que pessoas te deixaram e você sofreu muito mas, tem gente aqui que te apoia agora, e eu sou uma delas! — Levi pegou em meu rosto e me fez olhar para ele.
— Se um dia você amar alguém, fale, mesmo que tenha medo de não ser a coisa certa a se fazer, mesmo que seja inseguro e tenha medo de arranjar problemas, mesmo que tenha medo que isso arrase a sua vida, você tem que falar e bem alto, kev, e assim dar um rumo em sua vida.
Eu sei que não estamos falando de amor e sim sobre a sua vida, sobre os problemas que você passou e enfrentou, mas agora eu estou aqui para enfrentar os seus demônios juntos com você, eu quero ajudar você a vencer!
Isso foi como uma pontada profunda de motivação, essas palavras de Levi me fizeram repensar tudo, me fizeram ter uma pequena porcentagem de coragem que me fez cogitar a possibilidade de dizer a ele os meus verdadeiros sentimentos, o que me matava era poder confessar para mim que eu o amava, mas eu não conseguia dizer isso à ele, eu não conseguia olhar nos olhos dele e dizer "eu te amo, porra" ao invés disso, as palavras que saíram foi:
— Eu adoro você, você é incrível e eu me sinto tão feliz por saber que você está aqui comigo sendo essa pessoa tão... Perfeita — Não sei se eu me arrependo de não ter dito que o amava, porque algo em mim lá no fundo dizia que esse ainda não era o momento certo, Levi se aproximou de mim e me deu um abraço apertado e demorado, eu retribuí o abraço, correspondendo, quase deixando algumas lágrimas caírem, mas eu não permiti isso, eu permiti sentir o seu abraço, permitir sentir o seu cheiro e permiti me entregar a ele como eu nunca fiz com outro alguém.
Ele olhou em meus olhos e mostrou um sorriso de canto, um sorriso que logo foi tampado pelos meus lábios quando ele me beijou, o seu beijo era tão... Bom e prazeroso que me faz sentir calor e ao mesmo tempo vontade de avançar mais afundo nesse beijo.
— Por que beijar você é tão bom? — Perguntei enquanto ele mordia o meu lábio de forma delicada sem muita força.
— Não sei, talvez eu seja um docinho — Ele sorriu.
— Sim, você é um doce na minha vida amarga — Beijei ele novamente:
— É bom saber que eu sou o doce na sua vida amarga — Ele colocou as mãos em meu pescoço e me olhava.
— Sabe, eu acho que tenho um pouco de inveja do seu coração — Falei olhando para os seus lábios molhados.
— Por qual motivo você teria inveja do meu coração? — Ele perguntou franzindo a testa.
— Por que é ele quem está pulsando dentro de você, e não eu — Ele sorriu de forma tão maliciosa que mordeu os lábios, e a sua reação foi espontânea de surpresa quando escutou eu dizer algo tão malicioso, ele segurou a minha mão e me puxou.
— Vem comigo — Começamos a andar pela casa, e me perguntava para onde ele estava me levantando, até chegarmos no quarto onde ele trancou a porta e fechou as cortinas da janela deixando o quarto não muito escuro, escuto o barulho do pessoal na piscina e escutei a música alta tocar, era uma música que estava em minha playlist: You Broke Me First - Tate McRae.
Levi me puxou até a cama e me jogou na mesma me fazendo cair deitado:
— O que é isso? — Perguntei me sentando, até sentir ele se sentando em cima de mim, colocando as suas mãos em meu pescoço.
— Cala a boca, e apenas faça o que tiver vontade, eu sou seu! — Ele me beijou, segurei a sua cintura e me envolvi em seus beijos molhados e cheios de tesão, ele me beijava com vontade e se mexia em cima de mim me fazendo sentir prazer ao passo que sinto o meu membro ficando ereto por receber esses movimentos, Levi logo se levantou e me deitou novamente, o mesmo tirou o meu shorts e fez o mesmo em seguida, se colocando em cima de mim, sinto o seu pênis tocar o meu, ele me roçava, me tocava, e me apertava conforme os seus beijos e mordidas desciam pelo o meu pescoço, passando pelo o meu peito e abdômen até chegar em meu pênis, ele começou a me chupar indo fundo e voltando a chupar lentamente, passando a língua ao passo que me dava tesão, seguro a sua cabeça, cravando os meus dedos em seu cabelo liso, fazendo ele me chupar mais.
Logo, ele cessou e voltou a me beijar, Levi se deitou na cama e me puxou para cima dele, ele me olhava e a sua mão estava em minha cintura me alisando:
— Eu quero sentir você pulsando dentro de mim — Sussurrou ele.
— Você tem certeza? — Perguntei.
— Sim, eu quero, quero ter essa primeira vez com você aqui e agora — Ele me lançou outro beijo, levantei as suas pernas até ele deixá-las apoiadas em meu quadril, me ajeitei em cima dele até começar a penetra-lo lentamente, ele gemeu baixo, fechou os olhos e apertou, conforme eu fui indo mais fundo, ele arranhava as minhas costas e apertava o meu braço, seus gemidos eram abafados e desejados.
— Só não para, Kev, continua — Ele sussurrou em meio aos gemidos quando eu estava completamente dentro dele, comecei a me movimentar, indo e voltando diversas vezes, colocando devagar e tirando na mesma felicidade, metendo nele sem parar, era bom, e era diferente do que transar com uma mulher é claro.
Levi levou a sua mão até o meu pescoço enquanto a outra estava em minha cintura, acompanhando os meus movimentos me fazendo meter mais e mais, eu gemia junto a ele sentindo o suor escorrendo pelas minhas costas, um arrepio me consumiu quando eu sentia que estava próximo de finalizar.
— Goza — Ele falou em meu ouvido, porra, escutar isso foi bom demais, olhei para ele tentando ter a certeza de que ele queria isso.
— Goza pra mim — Ele Sussurrou novamente enquanto eu prosseguia, portanto, eu não parei, voltei a me movimentar dentro dele mais rápido e um pouco mais agressivo, até que por fim, nós dois acabamos gozando ao mesmo tempo, encosto a minha cabeça em seu ombro tentando recuperar o fôlego, Levi estava ofegante e suado assim como eu.
— Isso foi bom demais! — Ele sorriu me dando um outro beijo, saio lentamente de dentro dele para não acabar machucando, e deito ao seu lado.
— Foi... Foi incrível — Respondi respirando fundo, e sorri por lembrar que tínhamos transado de novo, era bom fazer isso com ele e era uma coisa muito diferente e prazerosa, logo ele se levantou e foi até o banheiro dando passos curtos, deu para ver que ele sentia um pouco de dor, assim como eu também sentir quando foi a minha vez, me levantei em seguida e vesti o meu shorts novamente, abri a cortina do quarto para que a luz entrasse, quando Levi saiu, decidimos voltar para a piscina onde o pessoal estava, lá, a música ainda estourava de tão alta, tocava "We Could Bê Beautiful - Wrabel" eu entrei na água permitindo refrescar o meu corpo que parecia pegar fogo, Levi foi até Daniel pegar outras bebidas enquanto Taylor se aproximava de mim, olhei em volta e vejo que Jully conversava com Nataly.
— Iae amigo, você está melhor? — Ela perguntou.
— Estou sim, Levi e eu conversamos e...
— Kevin, eu sei, me desculpe por contar para ele sobre a sua vida, eu sei que é a sua privacidade e eu não queria contar, mas...
— Ei? Calma, está tudo bem, você não fez nada de errado — Interrompi ela — Eu sei que você fez isso por que está preocupada comigo — Falo ficando de costas para ela e encostei a minha cabaça em seu ombro, as suas mãos estavam agarradas em meu pescoço parando próximo ao meu peitoral, eu amava a relação e amizade que eu tinha com Taylor, pois éramos tão próximos e ficávamos tão grudados que qualquer um que visse nós dois juntos acharia que somos namorados.
— Eu preciso te contar uma coisa — Disse a ela.
— Pode dizer, se for uma fofoca melhor ainda — Escuro ela sorrir.
— Levi e eu transamos! — Fui direto, ela me jogou dos braços dela e me olhou assustada com um sorriso tão aberto que parecia que a sua mandíbula fosse se deslocar.
— Finalmente! — Ela gritou quase mais alto do que a música — Vem aqui e me conta tudo! Quero detalhes.
— Acho que você não precisa saber dos detalhes — Sorri me aproximando dela.
— É, você tem razão, no entanto, eu quero saber — Ele segurou o meu ombro — Ele mete bem? Ou, foi você quem meteu nele? Conta... — Ela sussurrou, comecei a sorrir sentindo uma onda de vergonha.
— Ambos fizemos a mesma coisa, e sim, ele sabe fazer muito bem, foi cuidadoso e, nossa, Taylor, ele é muito...
— Gostoso? — Ela complementou, comecei a rir novamente.
— Sim, e muito gostoso! — Era estranho dizer isso em voz alta, principalmente para Taylor.
— E me diz uma coisa... É grande? — Ela fez um gesto com as mãos, quase enfiei a cara debaixo da água para não mostrar o quão vermelho eu fiquei, ela começou a sorrir e vejo que ficou vermelha também, logo paramos de falar quando ele chegou até nós e se sentou, entregando a nós algumas bebidas.
— Ih... Eu vou ficar com ciúmes se eu ficar vendo você agarrar o meu boy desse jeito, Taylor — Brincou Levi abrindo um sorriso.
— Eu conheci ele primeiro, portanto ele é meu! — Ela me agarrou pelo pescoço.
— Calma gente, tem Kevinho para os dois — Anunciei.
— Eu fico com o Kevin fofo e gatinho — Falou a minha amiga arrumando o meu cabelo molhado — E você, Levi, fica com o Kevin safado e pervertido.
— Eu gostei, foi bom fazer negócios com você! — Eles sorriram, eu mergulhei para esconder a minha vergonha nítida em meu rosto corado.