1985

By sammymsofc

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Sinopse: Lara é uma jovem de 22 anos que cursa cinema em uma das melhores faculdades particulares do Rio de J... More

Dedicatória
Apresentação dos personagens
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Epílogo

Capítulo 9

13 2 0
By sammymsofc

- Larita, tem um telefonema para você. - Patrícia anunciou enquanto tampava o "microfone" do telefone - É o seu namorado.

- Ele não é meu namorado Paty. - Riu enquanto pegava-o da mão dela - Oi Maxine.

- Então eu não sou seu namorado? - Max disse do outro lado da linha enquanto ria.

- Você não me pediu em namoro, portanto sou solteira. - Ela riu sentando-se no banquinho que tinham ao lado do telefone.

- Espertinha. Me diga, já está pronta? Posso ir te buscar?

A moça olhou para as duas amigas sentadas no sofá.

- Já, tem espaço no carro para mais duas pessoas?

Felipe entrou no apartamento sem bater, pegando todas desprevenidas.

- E ai princesas! - Falou alto.

- Na verdade, para mais três pessoas. - Riu sem graça enquanto coçava a nuca.

- Para a Paty, Vane e Felipe?

- Exatamente.

- Sempre terá lugares para eles.

Com um sorriso Lara despediu-se de Max que a disse que estaria na frente do prédio em menos de vinte minutos.

Depois de escutarem a buzina lá de baixo, os quatro desceram do apartamento.

- Seu Táxi chegou! - Max riu enquanto olhava-os pela janela sentado em seu banco de motorista.

- O melhor taxista do Brasil! - Paty respondeu enquanto entrava no banco de trás do carro.

Depois dos três entrarem no banco de trás, Lara sentou-se no banco da frente e fechou a porta, olhou para o rapaz e deu um sorriso. Ele tinha a expectativa de ganhar um beijo, todos estavam em silêncio esperando por esse momento mas a moça acabou com tudo propositalmente dando um beijo na bochecha dele.

***

Entrando na festa todos juntos, Lara procurava seu pai... quer dizer, Sérgio, com o olhar. Ele realmente era o rei das festas da Gávea.

- Eu nunca vi uma festa assim, no Méier era diferente. - Vanessa disse enquanto olhava em volta.

- Isso é uma festa de rico, Vane. - Max respondeu sem tirar os olhos das coisas.

- É hoje que eu arrumo um marido! - Patrícia disse enquanto caminhava até o meio do povo.

- Patrícia Andrade volta aqui! - Felipe repreendeu a irmã enquanto ia atrás dela.

Lara riu assistindo essa cena, irmãos mais velhos sempre serão irmãos mais velhos, não importa a década.

Depois de Vane ter ido para o meio da galera dançar, Max segurou a cintura de Lara e sorriu vendo-a o abraçar.

- Não me cumprimentou com um beijo, não gostei.

- Então você quer um beijo? - Fez-se de desentendida.

- De você eu quero tudo. - Aproximou-se devagar dando-lhe um beijo quente.

Foram interrompidos quando a música que estava tocando parou e começou a tocar "Bete Balanço" da banda Barão Vermelho, uma das músicas favoritas dela.

- Ai meu Deus eu amo essa música!

Puxou Max para o meio do povo que dançava. Ele a observava dançar sozinha, cantando e vibrando ao som da super chocante música com a voz do cazuza. Sentia como se estivesse se drogando com a droga mais maravilhosa já inventada, já estava viciado, seria muito difícil parar.

Lara era encantadora, fascinante. Era incrível como sua energia o atraía como um ímã super poderoso que não deixava seus olhos desencontrarem os movimentos de sua cintura, de suas mãos erguidas, seus pés batendo no chão. Para Max a Lara era poesia, não era qualquer poesia, mas aquelas em que você se apaixona junto do autor.

Sentiu-a dar um selinho em sua boca, a única coisa que conseguia fazer era sorrir. Sorrir era o que ele andava fazendo toda vez que pensava nela.

- Ei, Larabelle. - Ele chegou mais perto - Vou pegar uma bebida, quer também?

- Acho que você não deveria beber, está dirigindo? - Disse um pouco alto por conta da música.

- Não dá nada! - Deu de ombros enquanto ria.

Lara lembrou que a Lei Seca(1) só foi aprovada mais de dez anos depois, no início dos anos 2000.

- Pode ser o que você for beber. - Sorriu continuando a dançar.

Após vê-lo sair do meio de uma pequena multidão, sentiu alguém segurar sua bunda, assim que virou era um homem que nunca tinha visto na vida.

- O que é isso? - Colocou as mãos na cintura irada.

- Calma boneca, vamos conversar. - Ele estava completamente bêbado.

Ao perceber o que estava acontecendo, Sérgio e Max foram rapidamente até Lara.

- O que aconteceu? - Max perguntou.

- Esse merda apertou minha bunda!

- Vai se foder!

Sérgio apareceu do nada dando um soco no assediador, logo em seguida levou alguns socos mas revidou todos. Max queria participar, socar quem havia tocado em Lara, mas percebeu que era ela quem precisava de um abraço.

O anfitrião segurou o braço do homem e o jogou em direção a porta.

- Nunca mais apareça aqui! - Gritou enquanto erguia as mangas e colocava um cigarro na boca - Está tudo bem Lara?

Sérgio sentia algo diferente por Lara, sentia a necessidade de protegê-la, um sentimento que nunca havia sentido antes. Óbvio que sabemos o motivos, ele se tornaria pai dela mas para ele não fazia sentido algum.

- Está sim pa... Sérgio. - Sorriu empática ainda abraçando Max.

- Cara o seu rosto está terrível. - O parceiro da moça comentou enquanto olhava-o preocupado.

- Pode deixar que eu faço uma bolsa de gelo pra você. - Lara soltou-se do abraço do rapaz e sorriu olhando-o - Já volto.

- Vai lá, enquanto isso vou procurar o pessoal. - Max deu-a um beijo na testa e saiu assim que os viu caminhando em direção a cozinha.

Enquanto Lara abria a geladeira Sérgio estava encostado olhando-a.

- Então você e Max estão juntos?

- Quase isso. - deixou a bolsa vazia encima da mesa - Estamos saindo.

- Você acha que as coisas vão ficar sérias? - Observou-a colocar o gelo dentro da bolsa.

- As coisas não podem ficar sérias, vou embora em algumas semanas. Não se mexe. - Colocou a bolsa gelada em contato com o machucado.

- Ai... - Fez uma feição de dor - Vai ir embora pra onde?

- Minha casa. Olha pai, se você não parar de se mexer eu não vou conseguir te ajudar! - Disse irritada.

Lara falou sem pensar, era tarde demais já havia falado demais. Sérgio olhava-a confuso, tinha várias perguntas em mente mas a principal era "por que ela me chamou de pai?".

- Pai? - Riu.

- É uma gíria da onde eu venho. - Tentou contornar a situação.

- Então eu te chamo de filha? - Fez novamente uma expressão de dor por conta do machucado - Vai com calma porra.

- Desculpa! - Deixou a bolsa na mão dele enquanto pegava o anti-inflamatório - Você me chama de filha só se quiser.

- Vou te chamar de filha então. - Os dois gargalharam.

Lara queria entender onde seu pai havia se perdido para se tornar aquele homem quase frio e distante que conhecia. Onde estava esse jovem cheio de vida, dono das melhores festas e da risada mais engraçada que já havia escutado? Onde estava esse homem que via a vida de forma leve?

- Prontinho, sei que ardeu um pouco mas vai passar.

- Você tem jeito para ser médica, já pensou nisso? - Olhou-a enquanto pressionava o gelo no rosto.

- Já, minha família é de médicos sempre tive a pequena pressão de me tornar uma mas não cedi! - Apoiou-se na pia enquanto o olhava.

- Eu sei como é, me tornei médico por conta do meu pai também. - Deu de ombros - Mas até que eu gostei.

- Fico feliz. - Sorriu desencostando-se - Vou atrás do Max e dos meus amigos para aproveitar a festa maravilhosa que você está dando.

- Vai lá! A gente se esbarra qualquer dia desses. - Acenou vendo-a sair da cozinha.

***

- Gente, que horas são? - Lara perguntou após perceber que já era dia.

- Puta que pariu são quase oito da manhã! - Vanessa respondeu ao ver o horário em seu relógio de pulso.

- Caralho, que larica da porra. - Felipe disse enquanto sentava-se no sofá - Ei, Max! Bora comer um cachorro quente?

- Já é! - Deixou a latinha de cerveja encima de uma mesa aleatória.

- Mas antes vamos fazer um brinde ao futuro autor Max Garcia, que vai ser best-seller(2) no mundo inteiro! - Ergueu um copo de shot de tequila.

- Só não pode vender meu autógrafo. - Ele disse rindo enquanto brindavam.

Os quatro foram juntos até a barraca de cachorro quente mais próxima que encontraram, pediram seus lanches e juntos, sentados na calçada, comeram enquanto davam risada dos acontecimentos daquela noite que ficaria marcada para sempre na mente de Lara Almeida.

(1)Lei Seca: A lei seca foi criada em 2008 veio a norma que passou a ser conhecida como lei seca, que adotou a tolerância zero ao álcool na direção e criminalizou a infração de dirigir embriagado – com pena de 3 a seis meses de prisão.
(2)Best-Seller: Livro bem mais vendido do mês ou do ano.

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