Grávida do Bilionário Petulan...

By ManuhCosta_Official

2.9K 419 19

SEM REVISÃO - DEGUSTAÇÃO Por onde passava, Aquiles Theodoro Braga e Fonseca deixava algumas impressões sobre... More

Classificação e Informações 🖤➕1️⃣8️⃣
O Garoto
A Festa
Namorado Inesperado
Diálogos
Liberdade
Rotina
O Jantar
Outras Conversas
Aqui e Agora
Outro Jantar
Mais que Beijos
DISPONÍVEL NA AMAZON

Proposta Aceita

114 26 0
By ManuhCosta_Official




— Boa noite.

Ergo a cabeça e meu olhar se depara com um par de olhos azuis familiares, desvio para a mesa, acabei marcando esse encontro numa cafeteria com o senhor Braga, irei chama-lo assim porque bem, ele não é um Johnson.

Ele usa uma calça de brim beje cintura alta e uma camisa social azul de mangas cumpridas, relógio preto e os cabelos estão penteado para trás, ele cheira a um perfume mais intenso, mas não sei se é o perfume ou loção pós barba, muito cheiroso.

— Boa noite, senhor Braga.

Estava inquieta pela tarde, ora pensando na discussão que tive mais cedo com o meu filho, ora pensando que também não poderia simplesmente dizer que não iria ao jantar de noivado dele por desejar evitar todo o restando das duas famílias.

Eu também conversei com a Enid e ela me falou que a minha agenda está livre na data em que o Luís fará seu jantar de noivado, então eu meio que estou sem saída. Só que não quero ir a esse jantar e que ele seja como qualquer outro jantar quando estou perto dos meus pais ou do Tate e sua esposa perfeita.

— Aceita um café? — questiono.

— Sim, vou pedir.

Ele se senta na cadeira diante de mim, ocupa quase todo o estofado do acento, acho que ontem foi um momento de forte estresse, não fiquei tão atenta a essas questões, mas é algo do qual ver assim tão de perto soa meio assustador.

O vejo sacar seu Iphone e apontar para o QR code impresso sobre a mesa, é através dele que se faz o pedido e já aparece automaticamente o tempo de espera e seu lugar na fila.

Algo me surge sobre sua mensagem de hoje cedo a respeito de eu continuar a fingir a ser sua namorada, porque bem, venhamos e convenhamos, um homem como ele nunca precisaria de fingir ser namorado de nenhuma mulher.

Ainda mais com tantas mulheres tão mais jovens ou mais bonitas do que eu.

Eu também vim com a cara e com a coragem, enviei a mensagem dizendo que ele me encontrasse aqui com horário marcado, não dei nenhuma resposta a respeito da proposta que ele me deu, achei inclusive que essa poderia ser a maior loucura que eu farei na minha vida.

Cheguei a pensar que ele não viria.

— Posso te fazer uma pergunta?

— Faça!

Assim tão fácil? Tão acessível? Tão diferente daquele arrogante que me tratou super mal ontem?

— Por que eu?

Os olhos azuis se fixam em mim por momentos e ele fica em silêncio, não vou negar que essa intensidade começa a me intimidar um pouco.

— Você me parece confiável.

Sorrio, um pouco nervosa, mas também nada surpresa.

— Esse mistério todo para dizer isso?

É algo que os meus funcionários me falam sempre e que já até ouvi de muitos clientes, de pessoas para quem trabalhei.

— É a verdade! — os ombros largos sobem e descem. — Vamos falar sobre negócios?

Direto e reto, gosto disso.

— Qual é a sua proposta?

— Cem mil, o seu jantar na casa do seu pai e um jantar comigo.

As sobrancelhas dele se erguem e posso notar em seu olhar um tom cintilante de soberba.

— Você quer jantar comigo? — pergunta ele.

— Não exatamente, você deve me acompanhar em um jantar familiar também — escolho bem cada palavra.

— Ah, você também precisa de mim! — conclui.

— Eu não vou retirar o cem mil — dou de ombros e olho para a minha xícara vazia. — Não posso ir sem um acompanhante.

— E por que eu?

— Você me escolheu primeiro, lembra?

Não estou tendo o melhor dia da minha vida.

Fazia mais de um ano que eu e o Luís não discutíamos ou brigávamos pelo que quer que fosse, mesmo que tudo se tratasse de curtas palavras e bastante hesitação, ainda é muito melhor do que ele fazer qualquer insinuação a respeito do meu trabalho.

Ou ao meu respeito.

— E por que eu pagaria cem mil sendo que seria um encontro em troca do outro?

— Não é um encontro — corrijo secamente. — E se não quiser, não tem problema, pode dizer a sua meia irmã que terminamos.

Ele fecha o cenho, fica de repente assim muito carrancudo.

— Eu não posso fazer isso, a Heather falou muito bem de você e os Jonhson insistem que venha comigo ao jantar.

Eu também não estou surpresa com isso, sempre tento ser o mais agradável e profissional com todos os clientes, claro que tem algumas noivas com quem eu desenvolvo um pouco mais de afinidade, este foi o caso da Heather.

— Então, você já tem a minha proposta.

— Cinquenta mil e os dois encontros.

— Cem mil e os dois jantares!

— Cinquenta!

— Cem!

— Cem!

— Feito!

O vejo continuar sério como se esperasse que eu caia nisso bem fácil, mas já faço isso há muito tempo, não, essa mulher aqui ele não irá enganar!

— Ontem você estava disposto a me pagar cem mil só para que eu dissesse que sou sua namorada ao seu pai, agora está querendo me dizer que é muito só porque estou colocando um termo?

— Eu precisava mais de você do que você de mim e, você simplesmente saiu andando.

— Você foi muito indelicado.

— Não me apeteço de saber que pago para que me cubram de exigências.

— Mas eu não te cobri de exigências.

— Não foi o que pareceu.

— Ah, sua exigência era aquela cheia de machismo em que eu tinha que fazer o meu papel de mulher e ficar calada.

— Não costumo ser tão impaciente, mas ontem foi uma noite estressante.

Ainda estou curiosa sobre isso, mas não vou fazer nenhuma pergunta sobre porque já vi que esse tal de Aquiles Braga não gosta que as pessoas se metam na sua vida ou em suas decisões.

A moça se aproxima e coloca duas xícaras de café espumoso sobre a mesa, ela dá um sorrisinho gentil para o homem e se afasta olhando-o em silêncio, mas é claro que eu a entendo, afinal de contas, ele é realmente um homem bonito e que chama muita atenção, mas na minha vez ela estava com uma cara tão amarrada que eu senti medo.

O vejo segurar a xícara entre os dedos cumpridos e grandes e levar até os lábios, desvio o olhar para meu café e bebo um gole, forte, amargo e com espuma de canela, é uma excelente escolha.

— Preciso que envie seus dados bancários pelo meu número — ele checa o relógio de pulso e seus olhos se esgueiram para mim. — Tenho um compromisso daqui a pouco.

— Eu enviarei — pego meu celular no bolso do jeans e o desbloqueio. — Você não acha que deveríamos trocar informações...

— Não! — ele me corta.

Eu não sei bem como poderia ser isso, mas mesmo sendo impessoal posso entender que alguém como o senhor Braga não queira se abrir ou falar a respeito de sua própria vida. Talvez tenha muito dinheiro e uma vida bem longe dos Jonhson, sem sombra de dúvidas ele não gostaria de ter sua imagem afetada ou vinculada a quem quer que fosse por qualquer motivo.

Eu também penso que se faremos isso deveríamos saber o mínimo um sobre o outro, só que não quero que isso seja algo além do que já é.

Preciso de alguém que me acompanhe porquê de alguma forma isso vai mostrar ao meu filho que eu não tenho raiva ou rancor do pai dele, obviamente que em relação a raiva não, não odeio o Tate, mas ainda carrego dentro de mim alguns traços de rancor pela pessoa que ele foi comigo no passado e com ele também.

Eu nunca vou esquecer de todos os dias dos pais que eu tinha que ir ou dos natais em que o Tate estava aproveitando com a família dele e fingindo que o Luís não existia, por anos isso me afetou de diversas formas.

Hoje não tanto.

Talvez o Luís tenha se esquecido porque foi conveniente para ele durante a época em que já estava grande o suficiente para entender e escolher, mas eu não esquecerei nunca disso.

— Enviou?

A pergunta me tira das reflexões, digito rapidamente meus dados bancários em nossa conversa e envio para o mesmo, me sinto um pouco desconectada de tudo quando o Luís fica perto, ele me faz lembrar de muitas coisas que passei na vida e não gosto disso.

Mas me faz lembrar principalmente que a grande lição da minha vida se resumiu em amar demais, em ter sido ingênua e fraca e isso é algo que nunca mais farei na minha vida.

Por ninguém!

— Pronto! — ele diz ao checar a tela do celular. — Já foi encaminhado para o meu contador, algo mais?

— Te enviarei a data com horário no seu número — falo.

— Combinado. — ele se ergue deixando a xícara vazia sobre a mesa. — Também enviarei a data do jantar com horário.

— Ok, obrigada senhor Braga.

— Aquiles, por favor.

— Tudo bem.

Apesar de tudo é bem impessoal.

Ele checa o celular e faz um breve aceno com a cabeça, logo, gira os calcanhares e se afasta saindo da cafeteria, suspiro aspirando por alguns segundos ainda o cheiro do perfume masculino.

Observo-o sair do lugar e atravessar a rua por entre a janela grande lateral que fica ao lado da mesa onde estou sentada. Ele atravessa a rua e entra em um carro de luxo de cor preta.

Tenho certeza de que essa não é a melhor decisão que já tomei na vida, mas também, não será a pior de todas.

Continue Reading

You'll Also Like

2.7K 570 11
Não recomendado para menores de 18 anos! ... First Love Second Chance Enemies to Lovers Quando Samuel Barcelos e Gabrielle Alencar se apaixonaram, ne...
7.9K 1.5K 23
COMÉDIA ROMÂNTICA + AGE GAP 17 ANOS + MÉDICOS + ROMANCE PROIBIDO + TRABALHAM JUNTOS + GRUMPY & SUNSHINE Ele é inteligente, brilhante, sério e devasta...
413K 17.9K 54
• dark romance; •drogas; • sexo; •Palavrões de todos os tipos; • Porte de arma; •Sangue; •Torturas; • Se não gosta, por favor não ler. ▪︎Hum...
35.7K 1.5K 26
Só vocês lendo pra saber 😌