Cristian
— Vou sugar seus seios até formar o bico.
Betina ficou perplexa com minha proposta.
— Você está zuando comigo ou falando sério?
— Estou falando sério.
— Tem leite, não vai sentir nojo?
— Nada em você me dá nojo. E eu estou hipnotizado pelos seus seios, parece que você colocou silicone, de tão firmes e redondos...
— Nossa. — Betina parecia surpresa com tudo o que eu dizia. — Eu estou de resguardo, lembra? Nada de sexo para mim por uns dias.
— Eu sei, não se preocupe. Minha intenção é nobre: ajudar o acesso do meu filho ao leite que é dele por direito. Vamos aproveitar que ele está dormindo.
Então a peguei pela mão e a levei até o quarto que iríamos compartilhar. Coloquei alguns travesseiros escorados na cabeceira da cama para que se sentasse com mais conforto.
— Tire a blusa.
— Tem certeza? Minha barriga ainda está enorme. Nem parece que já dei à luz...
— Não precisa ter vergonha do seu corpo. Além disso, nesse momento eu só tenho olhos para eles. — Eu afirmei, apontando para os seus seios.
Betina ruborizou. Eu achava divertido como ela ainda ficava tímida depois de tudo que já tínhamos dividido.
A loira tirou a blusa e eu observei aqueles bicos intumescidos mirando diretamente para mim, como se me chamassem. De tão cheios a pele pareciam brilhantes e eu passei as mãos por eles, conferindo se aquela maravilha toda era de verdade.
Depois me juntei a ela; me deitei de lado sobre seu colo e, com a boca, alcancei uma das mamas. Com uma das mãos eu acariciava o outro e logo senti o leite sair de ambas.
Comecei a sugar com vigor, e engoli todo o leite que chegava na minha boca. Betina parecia sentir um pouco de dor, mas não me pediu para parar. Logo eu mudei de seio e iniciei o mesmo processo. Me surpreendi ao descobrir que ser amamentado era tão bom. Eu poderia me viciar naquilo.
Era inevitável que eu ficasse excitado. Betina também arfava com frequência. Fiquei um bom tempo degustando-a.
Ficamos assim por tanto tempo que nem vimos a noite cair.
…
Algumas semanas se passaram.
No começo foi um desafio cuidar do Tobias: ele era um bebê estressado que chorava bastante e demorou para pegar o peito, dormindo pouco e fazendo Betina ficar extremamente cansada. Depois nós contratamos uma babá, os novos funcionários da Mansão foram se adequando a nossa casa e uma rotina harmoniosa se formou. Tricia aparecia às vezes para falar da festa com Betina e aos poucos minha noiva diminuía sua implicância com minha consultora.
Mais um dia tinha terminado, mas a tarde ainda guardava surpresas. Fiquei admirado quando cheguei em casa e vi Betina sentada no sofá da sala, rindo alegremente com aquele homem grande e folgado chamado Rick.
— Que honra o ver aqui .— Eu disse ironicamente, sem estender minha mão para cumprimentá-lo.
— Boa tarde. Vim conferir se minha amiga está bem e conhecer o Tobias.
Betina levantou-se e veio me cumprimentar. Ela estava arrumada. Fazia tempo que não usava maquiagem porque só ficava dentro de casa nos últimos dias, mas agora ela estava arrumada e eu fiquei com ciúmes, mas procurei não demonstrar.
— Como deve ter visto, MINHA NOIVA está muito bem tratada e instalada. E você, o que faz na minha casa?
— Cristian! — Betina me repreendeu. — Rick é meu amigo e você sabe. Ele começou essa semana na polícia civil de São Paulo, mas ainda não conhece ninguém. O chamei para almoçar comigo...
— Então ele está aqui desde o almoço.
— Parabéns para a sua cozinheira, ela fez uma comida excelente. — O outro falou, nitidamente feliz por me deixar incomodado.
— Bem, eu vou tomar um banho e depois vou na casa da minha mãe. — Eu disse.
Realmente precisava passar na Mansão da Família Servantes e não tinha a menor intenção de desperdiçar meu final de tarde na companhia daquele cara chato.
Quando sai do banho, Betina me alcançou perto da porta do nosso quarto.
— Posso te pedir um favor?
— Se eu puder ajudar.
— Você disse que vai para a casa da sua mãe. É caminho para o apartamento do Rick, não pode dar uma carona para ele?
— Aff!
— Eu posso convidá-lo para dormir aqui, se preferir... — Ela disse marota, se aproveitando dos meus sentimentos.
— De jeito nenhum, eu o levo, de preferência para bem longe daqui.
— Cristian, você fica muito fofo quando está com ciúmes. — Betina me beijou. Eu me senti aquecido, pois ainda não tínhamos feito amor depois que ela teve o Tobias.
— Quando você termina seu resguardo?
— Na verdade terminou hoje. — Ela disse, mordendo meu ombro. — Não volte tarde para casa, temos uma pendência para tratar hoje, nesse quarto.
Eu prometi voltar logo, estava ansioso para ficar sozinho com ela naquela noite.
Rick me esperava na sala. Talvez se ele me tratasse com mais simpatia, eu pudesse engolir a sua presença, mas o homem fazia questão de me encarar com aquela expressão azeda. Será que era ciúmes? Com aquela atitude era difícil eu acreditar que suas intenções com a Betina eram apenas de amizade.
Ainda assim eu lhe dei carona.
Enquanto dirigia o carro pelas ruas movimentadas de São Paulo, eu decidi abordar aquele assunto com o Rick:
— Por que não gosta de mim? Diga a verdade: está a fim da Betina?
— Longe disso. — Rick falou, sem desviar os olhos da pista. — Eu apenas não fui mesmo com a sua cara.
— Simples assim?
— Pois é. Ah, tem mais uma coisa: Você me lembra alguém que eu conheci na infância e que eu odeio.
— Se conheceu na infância não sou eu, pois sou mais novo que você. - Respondi. Nisso o aplicativo do carro me indicou que entrasse na rua à direita e eu o fiz. Era uma rua escura e deserta. — Se a Betina é importante para você, peço que faça um esforço para se dar bem comigo. Vou me casar com ela.
— Vou me esforçar, só me dê um tempo, não consigo forçar não ter ranço de você.
— Certo.
De repente uma moto passou por nós com dois rapazes de bermuda. Percebi que Rick ficou tenso ao meu lado. Logo escutei outra moto do nosso lado, fazendo sinal para encostarmos.
— Seremos assaltados. - Ouvi o Rick falando.
Então percebi que Rick estava armado, o que era óbvio, pois era um policial, mesmo que a paisana.
— Eu vou acelerar e passar por cima daqueles caras. — Rangi os dentes.
— Espere. — Rick pediu.
Fui obrigado a parar o carro quando o garupa da segunda moto apontou a arma para nós. Ele estava encostado com a moto ao meu lado. Então bateu no vidro e eu não abri. Como o vidro era escuro, ele enxergava apenas nossos vultos dentro do veículo. Quando a dupla da primeira moto desmontou para completar a abordagem, Rick me disse:
— Fica encostado no banco e abre o vidro rápido, esteja preparado para sair correndo.
Meu coração foi a mil com aquela ordem. Eu abri o vidro rapidamente e eu só tive tempo de ver o Rick atirando contra ele. O acertou diretamente no peito que estava desprotegido. O som do tiro ainda ecoava em meus ouvidos, mas pude ouvir o policial me falando:
— Agora, vai!
Eu pisei fundo no acelerador em meio a tiros que vieram em nossa direção. Voltei com o carro para a rodovia, me emaranhei entre os demais veículos e pudemos perceber que eles não conseguiram nos seguir.
— Cristian, você está sangrando — Rick me avisou, visivelmente preocupado.
Foi então que vi minha camisa branca tingida de vermelho.