IRRESISTÍVEL | VegasPete

By vegaspetit

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No mundo de almas gêmeas, onde a conexão entre duas pessoas é tão forte que os destinos se entrelaçam, Vegas... More

IRRESISTÍVEL | avisos
PRÓLOGO | Vínculo
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TEN
TWELVE
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SIXTEEN
SEVENTEEN
EIGHTEEN - JUNELUTER
NINETEEN
TWENTY
TWENTY-ONE
TWENTY-TWO
EPÍLOGO | MATRIMÔNIO

ELEVEN

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By vegaspetit

Oi! Como vocês estão?
Espero que gostem desse!

Boa leitura!





17 de setembro de 1996, Tailândia




Nya encarou seu próprio reflexo no espelho, os punhos fechados firmemente ao lado do corpo, olhos vermelhos e expressão ansiosa. Olhou um pouco mais para baixo, para o volume na região do abdômen, proeminente do oitavo mês de gestação, e seu coração se apertou com uma sensação ruim.

Jesus Cristo, ela estava sendo ridícula. Ela sabia que estava sendo ridícula mas... por que San não podia entender? O que era tão difícil de entender? Eles não deveriam sequer falar sobre isso ali. Mas Nya também sabia que não podia se esconder no banheiro ou em qualquer outro lugar sempre que eles discordavam.

Algumas vezes era mais fácil com Tull, ela pensou. E o pensamento a assustou porque não deveria. Não deveria ser fácil com o homem que ela não amava e não queria, deveria ser mais fácil com San. Com sua alma-gêmea, que o destino reservou para ela e também o contrário.

No corredor principal, um esquadrão de caçadores passou por ela, rostos concentrados e mãos armadas com prata. Eles tinham um problema, era o motivo pelo qual o alarme havia sido tocado, uma emergência. Alguém havia sido morto, um humano, por uma recém-nascida Vamphir e ela estava causando uma confusão.

Era de conhecimento geral que recém-nascidos Vamphirs podiam se descontrolar até aprender, que podiam quebrar as regras, por essa razão era proibido que vampiros criassem mais vampiros. Obviamente, como alguns outros acordos, esse não foi cumprido.

No momento em que San atravessou a porta principal, ela correu para ele. Nya quis agarrá-lo ali mesmo, na frente de todos aqueles caçadores, mas conseguiu se conter.

"San" Nya disse. San olhou para ela, a expressão tensa suavizando quando encarou sua barriga inchada. "Temos pessoas o suficiente para isso. Você não precisa ir." 

Mas San não era conhecido exatamente por sua capacidade de acatar ordens, independente de onde elas viessem. Não, ele era livre, e algumas vezes como um furacão. Papai odiava a maneira como ele se comportava, tão rebelde e desobediente, não era de se esperar que ele odiasse Nya também por ter escolhido alguém como San, mesmo quando deveria ter sido Tull.

"É o meu esquadrão" Disse San, colocando as mãos em sua barriga. O bebê chutou, a dor aguda estremecendo através das costelas de Nya. "É apenas uma vampira, eu vou estar de volta antes que você possa sentir minha falta."

Mas isso não pareceu certo. Ela sentiu através do vínculo deles, essa coisa amarga e ansiosa. Ele não precisava ir, haviam caçadores tão capazes quanto e disponíveis para conter uma vampira em descontrole, não tinha que ser ele.

Nya engoliu, tencionando.

"San..."

"Tem a ver com a família real" Disse San em voz baixa, cauteloso. Ele olhou ao redor, retirando as mãos da barriga. "Eles não podem mandar qualquer um."

Alguém chamou seu nome, então San começou a andar.

"Por favor" Disse Nya, segurando o braço dele. Por favor, por favor, fique. "Eu preciso de você aqui."

Ele olhou com atenção, afeição e carinho transbordando pela ligação deles. Ela adorava isso, essa... habilidade de sentir.

No entanto, Nya não quis dizer em voz alta, mas as dores recorrentes na barriga estavam aumentando. O bebê estava incomodando, parecia se revirar.

"Ainda não está na hora, você só tem oito meses" San disse, sorrindo brevemente. Ele olhou para os lados, vendo que ninguém estava prestando atenção neles. "Eu vou estar de volta antes de amanhecer. Eu prometo."

Ela quis dizer algo, mas a expressão de San endureceu com o que ele viu em suas costas e então ele se afastou com um passo.

"O seu esquadrão está pronto?" Disse Tull, colocando uma mão no ombro de Nya. Automaticamente ela se afastou, e a mão do homem com quem era casada escorregou. "Você não deveria estar de repouso?"

Nya engoliu, virando o rosto para olhar para Tull. Ele parecia genuinamente preocupado, o que não era tão estranho. O sangramento dessa manhã também a deixou preocupada, mas o médico responsável disse que estava tudo bem com o bebê. E isso era tudo que importava, que o filho deles estivesse bem.

"Me sinto melhor."

"Estamos de saída." Disse San duramente, olhando para Tull com frieza.

"Bom." Disse Tull, olhando para ele da mesma forma.

A coisa dentro dela quis gritar, agarrar as pernas de San e impedir que ele saísse por aquela porta, mas o que ela fez foi assistir, os olhos queimando com as lágrimas de desespero enquanto sua alma-gêmea se afastava.

"Eu sei que você está preocupada" Disse Tull laconicamente. Ele claramente desaprovava, mas não a impedia. Ele não poderia. "Mas o nosso filho precisa da mãe dele."

A criança de dois anos estava chorando alto no berço quando Nya entrou na sala de medicação. Com seu pequeno rosto vermelho e molhado, ele estendeu os braços para ela, implorando por seu colo.

"Tudo bem" Disse Nya, embalando-o. Ela não podia segurá-lo de pé porque o peso da barriga era demais, mas pareceu o bastante colocá-lo contra o peito e se sentar na poltrona do canto. "Tudo bem, meu filho. A mamãe está aqui."

June soluçou, uma duas, três vezes antes de finalmente parar. Ele enrolou uma mecha de seu cabelo liso na pequena mãozinha e suspirou profundamente quando dormiu em seu ombro.

O silêncio durou quase uma hora. A ansiedade a corroeu de dentro para fora, envolvendo seus órgãos como uma doença infecciosa, aumentando seus batimentos cardíacos. Nya sabia que havia algo errado no momento em que a correria no andar na ala médica começou. Houveram gritos, comandos e o som pesado das botas no piso.

Ela estremeceu com uma onda de dor abaixo do ventre, gemendo quando se estendeu para costas. Felizmente June permaneceu em sono profundo quando Nya o colocou de volta no berço, cobrindo-o com seu cobertor preferido.

Ela viu três dos melhores caçadores serem carregados às pressas para dentro da ala, sangue quente manchando o chão e criando um rastro onde eles passaram. O desespero preencheu seu peito, e algo partiu dentro dela, dilacerando como um membro sendo arrancado, quebrando em centenas de milhares de pedaços.

Nya demorou para entender o que era. O que estava se partindo. Era o vínculo. Frágil como vidro, resumido a migalhas tão rápido. Isso fez a dor no ventre aumentar, e ela não percebeu quando cedeu para o chão, o turbilhão de sensações quase deixando-a imediatamente inconsciente.

Eu deveria ter me agarrado as pernas dele, ela pensou. Impedido-o.

"Nya!" Gritou Tull, segurando seus braços. Ele deu apoio ao corpo, sustentando o peso quando ela não teve firmeza nas pernas para levantar. "O que você está sentindo?"

Outra contração a envolveu, e Nya choramingou pressionando a camisa úmida de Tull entre os dedos. Doeu desesperadamente.

"O bebê..." Ela murmurou. "Meu bebê..."

Mas não era só isso. Não poderia ser. Ela sabia que não era. O vínculo estava partido, estava quebrado. E só havia uma única forma disso acontecer.

Doeu de novo.

"Onde ele está?" Nya perguntou, embora em seu íntimo ela soubesse a resposta.

"Eu vou te levar para o hospital" Disse Tull, não olhando para ela. "Você está sangrando."

Estava tudo uma bagunça, então a missão não havia sido como o esperado. Algo estava errado.

"Onde está o San?" Ela se esforçou para dizer, os olhos quase se fechando. Parecia uma luta manê-los abertos.

O rosto de Tull estava pálido, sua testa suada e ele fez uma expressão quando olhou para ela. Durou dois segundos, mas foi mais do que uma confirmação. Essa era a resposta que Nya não queria de jeito nenhum.

Ele não vai voltar.

"Tull" Ela disse em um sussurro dolorido. "Onde ele está?"

Por favor, por favor.

Onde está o meu San?

"Ele está morto, Nya" Disse Tull sombriamente, não olhando para ela. Sua voz até mesmo falhou. "San está morto."

Uma gota de chuva pingou em seu rosto do lado de fora do prédio e escorregou pela bochecha.

Ele está morto, Nya.

San está morto.

Doeu mais uma vez. Então ela desmaiou.






[...]








Já passa das duas da manhã quando Pete se arrasta em direção à escadaria principal da mansão, com os pés doloridos descalço e tropeçando de bêbado. A última coisa que ele se lembra com clareza, é de seus pais se despedindo há cerca de meia hora atrás antes de irem embora e de Porsche insistindo que ele não deveria aceitar mais uma taça de champanhe.

Mas o que Pete poderia fazer? Ele está noivo, droga. E isso é uma comemoração, certo? Ele deveria poder beber quantas taças de champanhe quiser.

"Calma, calma" Diz Vegas com voz divertida, impedindo que Pete tropece em um degrau.

"Por que tem tantos degraus?" Questiona Pete, levantando a cabeça para encarar o topo da escada.

Está... longe. Há dezenas de degraus até chegar até lá em cima. Eles vão levar a noite toda.

"Só subimos dois."

Porcaria.

Pete encara o fim da escada mais uma vez, suspirando em desânimo.

"Acho que eu posso dormir aqui" Diz, percebendo que os degraus são longos e há bastante espaço. Ele certamente caberia em um, não seria a noite mais confortável de sono que ele já teve mas é alguma coisa. "Parece confortável."

Rindo, Vegas pressiona Pete contra o corrimão, para garantir que ele não vai voltar para trás todos os poucos passos que eles já deram para frente. Além disso, Pete não parece sóbrio o bastante para não causar um acidente.

"Eu disse para não beber tanto" Diz o maldito vampiro, segurando seus braços com firmeza.

Ele parece incrivelmente mais bonito debaixo dessa luz alaranjada, percebe Pete. Seu cabelo escuro penteado com gel e seu rosto estupidamente perfeito tão... perfeito. Por que ele tem que ser perfeito? E tão gentil? E... cheirar bem dessa forma?

"Odeio como você é bonito." Diz Pete, tentando tocar o rosto dele. Seus braços parecem moles, no entanto. Tudo que ele consegue é deslizar a ponta dos dedos pelo maxilar de Vegas antes de deixar a mão cair de volta.

Vegas sorri, permitindo o toque.

"Obrigado" Diz Vegas suavemente. "Se você fechar os olhos, vamos chegar mais rápido."

Pete ri, tentando acariciar a bochecha dele. Ele fica ainda mais bonito quando está sorrindo. Pete não gosta quando sua expressão é tensa e fechada, ele gosta disso. Dessa carinha suave e... amável.

"Você tem superpoderes?" Questiona Pete debilmente.

"Quase isso" Diz Vegas, agarrando-o pela cintura. É forte e quente, e faz Pete se sentir... alguma coisa. "Fecha os olhos, Pet."

Pete fecha os olhos lentamente, tateando os ombros de Vegas e pressionando os dedos no terno dele. A mão que está em sua cintura se torna mais firme, e a outra segura gentilmente sua nuca. Ele sente a pressão de não estar tocando o chão, como se não houvesse nada abaixo de seus pés, e o vento suave no rosto quando eles se movimentam. Dura meio segundo ou menos, mas a sensação de queda livre e o frio na barriga fazem Pete se agarrar em Vegas com mais força.

"Você pode abrir os olhos agora." Diz Vegas contra seu rosto.

Segurando a respiração, Pete abre os olhos devagar. Ele demora um pouco para perceber onde eles estão, agora no topo das escadas que pareciam tão longe olhando lá de baixo. Então ele olha para Vegas, e Vegas está sorrindo para ele, olhando-o daquela forma, e Pete não consegue ver outra coisa se não ele.

"Se você continuar me olhando assim, eu vou te beijar." Diz Vegas em voz baixa, se inclinando para frente. A ponta do nariz dele toca suavemente a bochecha de Pete, os lábios próximos ao seus mas não perto o bastante.

Ele não tem estado perto o bastante a noite toda, mesmo que estivessem juntos. Havia sempre um par de olhos curiosos sobre Pete, vigiando-o como falcão.

"As vezes" Diz Pete no mesmo tom de voz. "Eu não sei o que fazer com você."

Vegas afasta o rosto para olhar em seus olhos, as íris castanho-âmbar mais escuras. Alguma coisa tenciona em sua expressão, estremecendo através do vínculo deles, mas é rápido.

"Vou te levar para o quarto."

Em silêncio, Pete apenas aceita ser guiado, se esforçando para não tropeçar mais do que o aceitável em suas próprias pernas. Ele não reconhece o corredor silencioso e iluminado pelo qual estão passando mas não se torna uma preocupação eminente quando tudo que ele deseja agora é uma cama.

Quando Vegas fecha a porta, Pete suspira. Não é o mesmo quarto que ele ficou antes, esse é muito maior. É diferente do outro, parece meio habitado, e a cama é muito maior do que ele imaginou. Pete se questiona se esse quarto pertence a Vegas.

"Nem pense nisso" Diz Vegas, segurando os ombros de Pete quando ele começa a caminhar na direção da enorme cama. "Você precisa tomar banho antes. Não seja uma criança."

Pete olha para trás, empurrando o lábio para fora. Ele não está... fedendo. Talvez esteja um pouco suado mas não fedendo. Mesmo assim ele permite que Vegas o arraste para o banheiro, que sinceramente parece maior que o próprio quarto de Pete em casa, e comece a tirar suas roupas.

Pete tenta se controlar mas parece meio impossível fazer isso quando Vegas tira sua camisa, os dedos mornos roçando seus braços e lateral. Automaticamente, Pete tem pensamentos inapropriados. Ele se lembra daquela noite, na boate, quando Vegas o mordeu pela primeira vez e o ajudou a relaxar. Foi... bom. Mas quem ele quer enganar? Foi a melhor coisa que Pete já teve. E depois disso, o melhor orgasmo por mãos que ele já experimentou também.

"Você está bêbado" Diz Vegas de repente, tirando Pete de suas memórias.

"Nem tanto assim." Argumenta Pete, apreciando a maneira que as mãos firmes de Vegas deslizam por suas pernas quando ele tenta tirar suas calças.

Vegas olha para ele, como se Pete tivesse dito algo errado, inclinado em suas pernas, e então ele se levanta e pressiona Pete contra o que ele está apoiado. Uma pia, talvez, ele não sabe.

"Você me deixa..." Diz Vegas, a testa franzida e exalando... frustração pelo vínculo. "Sou eu quem não sabe o que fazer com você, Pete."

Pete pisca, imóvel.

"Eu não sei se entendi."

"Você age dessa forma" Diz Vegas, olhando para ele como quem olha para uma coisinha pequena e irritante. "E diz que não me quer, que não quer o nosso vínculo. O que você está fazendo?"

Isso pega Pete desprevenido. Ele não esperava esse confronto, ele esperava que eles fossem tomar banho juntos e talvez trocar alguns beijos antes de dormir.

Então Pete se pergunta a mesma coisa, enquanto Vegas espera uma resposta também. O que ele está fazendo? Jesus, o que ele está sentindo?

"Me desculpa" Diz Pete duramente, porque parece a coisa certa a se dizer. Eu sinto muito. "Desculpa. Eu sou um idiota."

Erguendo as mãos, Vegas segura seu rosto entre as palmas. O toque é suave, embora ele esteja tenso.

"Quando você nasceu, eu senti que meu coração ia explodir" Diz Vegas com a voz baixa, mesmo assim parece bem claro para Pete. "Foi a primeira vez que eu senti você, e a última em muito tempo."

Mas... isso deveria ser impossível, certo? Vínculos de alma-gêmea não são formados antes de uma idade apropriada, e mesmo que Vegas já tivesse tal idade, Pete era apenas um bebê. Como ele saberia? De qualquer forma, ele lembra que não há nenhum registro sobre isso, então não surpreende Pete que as coisas sem diferentes com eles.

"Eu não sei como" Diz Vegas, como se tivesse lido seus pensamentos. "E depois daquele dia, eu senti você de novo quando nos conhecemos."

Pete não entende, mas o peso da culpa se torna consciente. Ele encara Vegas nos olhos e mesmo que ele não diga em voz alta, Pete está ouvindo.

"Por que está me dizendo isso?"

"Eu quis você desde o primeiro instante" Diz Vegas gentilmente, com muita suavidade. "Eu quis... eu quero você, não importa o que alguém diga. Você é meu, Pete. Da mesma forma que eu sou seu mesmo que não queira."

O pensamento torturante de não querer Vegas o perturba. Como ele poderia não querer? Como ele poderia ignorar isso? Quer dizer, se Vegas não se importa... por que Pete deveria?

Tudo parece estúpido agora.

"Eu quero" Diz Pete rapidamente, um nó difícil de engolir na garganta. "Eu só... não tive coragem."

Alguma coisa boa e intensa se espalha através do vínculo, uma sensação quente e muito abrangente. Pela primeira vez, Pete fecha os olhos e sente que Vegas está perto o bastante, que não tem absolutamente porta ou parede nenhuma entre eles.

"Isso basta." Diz Vegas contra seus lábios, se inclinando para beijar Pete.

É o melhor beijo de todos, mesmo que com a sensação entorpecente de estar alcoolizado. Pete quase se sente sóbrio de novo quando Vegas o segura contra seu corpo como se ele fosse fugir. Mas não importa para onde Pete vá, ele não pode fugir disso. Ele não quer fugir mais.

Pete se torna remotamente ciente de que está choramingando e se contorcendo contra Vegas. Os dentes dele seguram seu lábio inferior antes de chupá-los de volta com sua boca, as mãos mornas e macias deslizando pelas pernas quase totalmente nuas de Pete. Com um impulso, Vegas consegue erguê-lo do chão, colocando Pete sobre a beirada da pia.

"Eu quero..." Ele diz, meio abafado contra sua boca, apertando Pete entre os braços. "Porra, eu quero..."

"O que?" Murmura Pete de volta, se afastando apenas o bastante para olhar no rosto dele.

Eu quero me afundar em você, diz Vegas em seu pensamento, como se não pudesse controlar, mesmo que seja o melhor dos dois nisso. Eu quero te tornar viciado em mim.

Seus músculos se contraem, e Pete busca os lábios de Vegas novamente.

"Você está bêbado" Diz Vegas em voz alta, empurrando sua boca para longe. Não tão longe, já que ele marca o maxilar de Pete e logo em seguida seu pescoço.

Uma ideia cintila em seus pensamentos, e isso o faz endurecer mais um pouco em suas calças.

"Me morde."

Pete sente quando Vegas se torna rígido, e ele se afasta um passo no mesmo momento, levando parte do calor embora.

"Por favor" Diz Pete, tentando soar estável. A verdade é que ele está tremendo por dentro, desejando algo mais.

Franzindo a testa, Vegas ainda não diz nada.

"Eu não vejo Sara há quase um dia" Diz Vegas com a voz grave. "É arriscado."

Mas Pete não se importa, e maldita seja Sara. Ele sabe que Vegas não pode machucá-lo de qualquer forma, e que ele não vai perder o controle ou coisa parecida.

"Eu quero estar sóbrio para sentir você" Diz Pete, enrubescendo até o último fio de cabelo. "Por favor."

Vegas faz um som no fundo da garganta antes de voltar a se aproximar. Pete murmura incoerentemente, pegando a mão de Vegas e colocando-a de volta onde estava. Os dedos de Vegas tocam suavemente seu mamilo endurecido, provocando, e fazendo Pete gemer.

Com a outra mão, ele segura a lateral do rosto de Pete, então Vegas aproxima seu próprio rosto do pescoço, a respiração calma e controlada arrepiando seus pelos. Ele lambe uma faixa de pele, mordendo suavemente sua mandíbula, beijando e chupando para marcar, então Pete definitivamente não está esperando quando Vegas afunda os dentes em seu pescoço.

Como gelo nas veias, a sensação prazerosa vai se espalhando por todo o corpo, tornando-o consciente ao mesmo tempo que Pete amolece de prazer. Ele fica tão duro tão rápido que sua cueca parece encharcada. Não dói nada, embora ele ainda possa sentir a forma que Vegas está sugando sangue, mantendo uma mão em seu quadril e a outra na nuca.

Pete daria, porra, qualquer coisa para ter Vegas nele agora. Nem um minuto mais tarde.

"Vegas" Pete geme, mordendo o próprio lábio para se impedir de gritar.

Ele não quer gozar assim, ele quer... Vegas batendo dentro dele, levando-o ao limite ou qualquer coisa do tipo. Ele quer rastejar para fora de sua própria pele e se emaranhar em Vegas até sentir que não tem mais espaço para ser tomado.

Dói pouco mais quando Vegas ergue a cabeça, os dentes escapando para fora de Pete. Seus olhos estão mais intensos, mais escuros, e Pete sente na ponta da língua o gosto ferroso do próprio sangue quando Vegas o beija.

"Espera, Pete" Diz Vegas contra sua boca, as mãos firmemente em seus quadris. Quando Pete olha para ele, seus caninos superiores ainda não diminuíram, então sua gengiva parece inchada com o volume dos dentes maiores, e há um rasto de sangue seco no canto dos lábios.

É... atraente. Excitante.

"O que?" Diz Pete com urgência, tentando se livrar do traje dele.

Vegas segura suas mãos, impedindo-o de levantar sua camisa.

"Eu não quero machucar você." Diz o Vamphir, a voz soando estranhamente grossa.

Pete quase chora de excitação, observando a maneira que o maxilar de Vegas se move quando ele está tenso, da mesma forma que consegue sentir o quanto ele também quer a mesma coisa.

"Eu não ligo se doer." Diz Pete, puxando-o para perto.

Vegas faz um som surpreso, os olhos escuros de luxúria quase se apertando quando sorri de um jeito diferente para Pete, seus caninos maiores aparecendo. Ele se inclina para Pete, mordendo seus lábios e descendo para o pescoço enquanto suas mãos agarram as pernas de Pete firmemente.

Pete geme e se contorce, apertando o rosto de Vegas contra seu peito, sentindo-se dolorosamente bem quando ele chupa o mamilo, a ponta dos dentes arranhando a pele sensível. Ele faz isso com o outro lado, deixando uma marca latejante antes de descer a boca mais para baixo, para onde Pete está mais dolorido.

"Abre as pernas para mim, amor" Comanda Vegas com a voz grave, segurando os joelhos abertos de Pete.

Ele gostaria de dizer que resistiu, que sentiu uma centelha de decência, mas é muito fácil abrir às pernas para Vegas. Pete joga a cabeça para trás, parecendo perder o controle de seus próprios membros, e geme ainda mais alto quando Vegas o morde entre as coxas, os dentes afundando no músculo mole enquanto ele mantém Pete parado com as mãos.

Isso envia uma onda de prazer chocante para o pênis negligenciado de Pete, e ele sente suas bolas pesarem com a necessidade de ser tocado.

"Vegas" Diz Pete em um murmúrio. "Por favor."

Levantando o rosto, Vegas beija o ponto acima da mordida, seus lábios sujos com o sangue de Pete.

"Eu gosto quando você pede" Diz Vegas, esfregando a boca contra a orelha de Pete. "Gosto muito, Pet."

Em um movimento único e rápido, ele puxa Pete de pé e o vira de costas, e Pete precisa se apoiar contra o borda para não perder o equilíbrio. Ele encara seu próprio reflexo no espelho a sua frente, um rasto de sangue seco entre o ombro e o pescoço, manchando seu abdômen e uma parte do rosto.

Todo corpo de Pete se contrai com a sensação dos lábios macios de Vegas deslizando por sua coluna até em baixo, ao mesmo tempo que as mãos dele tiram a última peça de roupa em Pete. Vegas pressiona sua bunda, e Pete geme em satisfação ao sentir uma língua quente e macia contra seu buraco.

"Porra" Ele consegue gemer, empurrando para trás, tentando obter mais daquilo.

Ele não consegue segurar outro gemido quando a língua finalmente empurra dentro dele, mergulhando mais fundo em suas paredes sensíveis. É dolorido e bom para caralho, mas não o suficiente. Isso não é perto do suficiente. Pete quer Vegas mais fundo, ele quer mais. Ele quer a foda completa.

"Vegas" Diz Pete, com gemido engasgado. Ele fica mortificado com a maneira que parece natural. "Me fode..."

Por favor, merda.

Vegas xinga, empurrando-o mais duramente contra a pia. Pete espera ansiosamente, se inclinando com o peito o mais baixo que consegue, se expondo para ele. A demora parece uma eternidade, então Pete abre os olhos e encara Vegas através do espelho, observando os olhos âmbar escuros vidrados com a luxúria.

Ele empurra para trás, provocando, olhando para Vegas com calor. Pete não consegue ver mais do que a parte de cima de seu corpo pela posição mas ele suspira audivelmente quando Vegas se posiciona duramente entre suas pernas. Pete sente a pressão do pau inchado e duro, pressionando seu buraco úmido tão bem que suas paredes internas se contraem em antecipação.

Vegas acaricia suas costas, abrindo suas coxas, e a mente de Pete fica completamente em branco quando Vegas o acerta em uma única estocada. Ele sente como se tivesse rasgando por dentro, inteiramente preenchido sem sobrar espaço para respirar. E é bom para caralho, tão bom que Pete poderia chorar.

"Mais fundo" Diz Pete, embora ele tenha consciência que não tem como Vegas ir mais fundo do que ele está agora. Ele está totalmente cheio, para sentir no estômago.

Jesus Cristo, não deveria ser tão bom. Seus olhos estão cheios de lágrimas.

"Eu estou tão fundo quanto é possível" Diz Vegas duramente, se segurando.

Uma mão segura a nuca de Pete, empurrando sua cabeça para frente, e a outra mantém seu quadril parado. Vegas começa a fodê-lo, forte e rápido, não verdadeiramente se importando com os sons que Pete está fazendo enquanto seu corpo é empurrado para frente, no ritmo das estocadas.

Dói, e Pete totalmente adora que esteja doendo, que seja real. Ele perde um pouco do equilíbrio, as mãos escorregando no mármore e seus joelhos terrivelmente fracos. Olhando pelo espelho, a visão que ele tem de Vegas fodendo-o por trás quase completamente vestido enquanto Pete está nu apenas o deixa mais quente e apertado de tesão.

Pete perde o fôlego quando Vegas pressiona o corpo para frente, puxando sua cabeça e ao invés de segurar a nuca os dedos se movem para o pescoço. Ele geme exageradamente alto, estrelas explodindo por trás de seus olhos com uma mordida nova próxima ao ombro, uma quantidade alta de hormônios correndo nas veias como uma droga.

Com a boca aberta, Pete se contoce com o orgasmo intenso, o corpo tremendo violentamente enquanto Vegas mantém os dentes enfiados em seu ombro, seus quadris balançando para frente e para trás, fodendo Pete até o limite.

Deus.

Puxando a cabeça, Vegas o empurra para baixo novamente, apoiando em seus quadris e aumentando o ritmo das estocadas. Incapaz de dizer algo ou se mover, Pete permanece inclinado, suspirando e choramingando, sentindo-se quase completamente saciado.

Vegas empurra mais algumas vezes, forte e até a borda antes de estremecer e gozar em Pete.

Satisfeito com a sensação entorpecente, Pete não consegue abrir os olhos. Ele se sente flutuando em algum momento, e o toque gentil da água engolindo seu corpo dolorido.

Pete pensa ouvir algo antes de desmaiar, a voz gentil de Vegas chamando seu nome, mas a consciência vai se esvaindo aos poucos, então ele não resiste.

Em anos, é melhor sono da vida de Pete.








[...]

E aí? Vocês gostaram? Espero que sim!

Vejo vocês no próximo!

Beijo!

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