Ter um pai ou não, nunca foi algo em que eu me importasse muito. Sim o dia dos pais era uma merda pra mim, mas não havia muito o que eu fazer. Aos meus dez anos meu pai não cogitava a minha existência, aos 200 anos eu ja conseguia me esconder melhor e não ter mais tanta raiva acumulada.
Mas, eu não estava pronta para ver ele. Na verdade eu sei que ele nem vai saber quem eu sou. Pelo menos era o que eu pensava.
Abro meus olhos e me sento na cama, o sol estava forte e pousava bem em cima dos meus olhos, ousou um barulho de cachoeira e olho ao redor. É normal para mim viajar enquanto eu durmo? não, mas se levar em consideração que vampiros existem, tudo é normal afinal.
Me levanto e começo a caminhar ao redor, estava quente e úmido o clima, um clima ótimo para virar lobisomem, e se molhar nas aguas dessa cachoeira. Me agacho e molho a minha mão com a agua quente do lago.
Voz- eu deveria saber quem é você, não?
Eu paro. aquele sotaque, fez meu corpo congelar por completo, eu ja o tinha visto milhares de vezes de longe, ouvido sua voz o suficiente de vezes para saber identificá-la de cor. Olho para o lado e o vejo apoiado em uma das arvores, seu rosto desconfiado que por mais que tentasse, ele não me passava medo algum.
Eu- acho que devo me apresentar para não haver divergências.- Meu nome é Love.
Ele me olha de cima a baixo, se eu não fosse tão paciente eu ja teria saído dali.
Klaus- e eu não acho que você deva achar alguma coisa, por que esta aqui?
Eu o encaro incrédula.
''ótimo pai que você me arrumou mamãe.''
Eu- por que você esta aqui?
Klaus- não é da sua conta.
Eu suspiro.
Eu-quer saber... - me aproximo dele e digo olhando em seus olhos.
Eu- eu torço muito que a minha mãe tenha que te trazer de volta, caso contrario você ta fudido na minha mão.
Saio do local e caminho de volta a cama, se eu vim de la, ou voltar de la também. Ate que sinto alguém me puxar pelo braço.
Klaus- o garota, não acha que esta se equivocando demais não?
Eu- eu? não papai, sabe por que? eu sou a rainha de nova Orleans, de mistic falls, e a rainha do sobrenatural. -Eu o encaro sem nem desviar meus olhos. -Eu me chamo Love Stuart Mikaelson.
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Kol- darling? darling-
abro meus olhos e vejo Kol ao meu lado me chamando, eu estava suada.
Eu- eu...
Ele me encarava como se eu estivesse machucada ou pudesse sumir.
Eu- briguei com o meu pai??
Kol- falou com o Klaus?
Eu concordo de leve com a minha cabeça, o que afinal estava acontecendo ? olho para o colar no meu pescoço, será que? não...não pode ser
Kol- estão chamando para fazer o ritual.
Eu me levanto da cama e o encaro, não sei se estou pronta para fazer esse ritual, mas é a única chance que eu tenho para ficar junto de minha mãe.
Eu- eu vou me arrumar primeiro e ja desço. - ele concorda com a cabeça e fica me encarando. - Kol?
kol- oi?
Eu- por que ainda não saiu do quarto? - Ele para um pouco e pensa, enquanto eu o encarava com os braços cruzados. -kol?
Kol- sua mãe pediu que eu cuidasse de você então...
Eu começo a rir da cara de tacho que ele esta agora, me aproximo dele e coloca minhas mãos no seu rosto.
Eu- se quer me ver pelada amor, é só me pedir. - eu vou ate o armário e pego um vestido. -Não é como se nunca tivéssemos dormido juntos.
Eu o encaro e vejo ele deitado na minha cama do outro lado de onde eu durmo.
Kol- vou me mudar pro seu quarto. - ele suspira e me olha. -Mais espaçoso, a cama é mais macia e...
Eu- e nada, vero tambem dorme aqui.
Kol- ela fica com o meu quarto, ou você se muda pra ele.
Eu- há muita coisa para acontecer ainda kol, se acalme. - digo enquanto me troco na sua frente.
O vejo encarar meu corpo de cima a baixo.
Eu- gostando amor.
Kol- você não imagina o quanto! - ele sussurra.
eu- me ajude a fechar o zíper então. - o vejo pular da cama e correr ate a minha direção, aos poucos ele fecha o zíper e depois beija meu pescoço. -vamos.
Ele concorda com a cabeça e vamos em direção a escada, e vemos velas acesas, descemos devagar e vejo um circulo no meio da sala, onde haviam dois outros círculos menores na frente.
Mãe- esta pronta querida. - Eu a olho de relance, kol se junta com os outros que estavam sentados na frente mais afastados, minha mãe não sabia o que eu temia, na verdade, nem eu mesma sabia.
Eu- sempre.
Entro dentro do circulo maior junto de minha mãe, e entrelaço minha mão direita a esquerda dela, enquanto as nossas mãos livres estavam apontadas para os círculos.
Mãe e eu- Victas Phesmatis Ex Eleto. Revertas Phesmatis Ut Victas. Victas Phesmatis Ex Eleto.Revertas Phesmatis Ut Victas.
Sinto meu corpo amolecer, e vejo o nariz de minha mãe sangrar.
Otimo vou morrer por causa desses idiotas!...ok não posso morrrer mas mesmo assim
Meu corpo é segurado antes de cair no chão e sinto o cheiro de Kol, enquanto minha visão estava começando a escurecer e apenas ouço.
Hope- PAI!
Maldito seja Klaus Mikaelson.
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abro meus olhos devagar e olho para o lado vendo Vero sentada enquanto conversava com minha mãe, sinto algo quente na minha mão direita e vejo Kol a segurando.
Eu- Eu adoraria saber se o impossível aconteceu, e eu finalmente morri.- Sinto os olhares de todos em mim e minha mãe se senta ao lado da minha cama e me abraça.
Mãe- nunca mais me assuste assim.
Eu- eu consegui trazer algum deles, pelo menos?
Vero- sim, trouxe o idiota de terno pra variar. - Me sento ereta e a olho, no seu pescoço havia uma marca de mordida.
Eu- quem fez isso em você? - Sinto um arrepio quando sinto Kol me fazer carinho no braço.
Rebeca- Descobrimos que Elijah é companheiro da morena aqui, e ele não conseguiu se controlar quando a viu.
Concordo de leve com a cabeça e pergunto.
Eu- onde ele esta?
Kol- no quarto, esta mal, não quer chegar perto de Veronica para não machuca-la.
Suspiro, e me levanto com ajuda de Kol, ja que ainda estava fraca.
Eu- me leva ate o quarto dele, por favor. -Peço e ele concorda, passo por Vero e lhe dou um beijo no rosto o que a faz sorrir, saímos do quarto e cruzamos um corredor, sem dizer nada, nenhuma palavra e por deus, eu agradeço por ter sido assim. Kol bate na porta e logo abre, revelando Elijah sentado em uma poltrona em silencio.
Kol- estarei aqui fora.
concordo com o mesmo e fecho a porta, me apoio na parede mas Elijah me ajuda chegar ate a cama e me sentar na mesma.
Eu- como esta?
Elijah- você deve me odiar, ela deve me odiar.
Eu- você a mordeu, mas isso não refuta o fato de que, ainda são companheiros. -Ele não responde. -Elijah, sou companheira do meu tio, e nem por isso o odeio, você perdeu o controle e é normal.
Elijah se levanta e começa a andar de um lado para o outro.
Elijah- não posso fazer isso mais uma vez, ela, não merece.
Eu- não, mas você tambem não merece, a conquiste Elijah, seja o cavalheiro que sempre falam que é!
Elijah se ajoelha em minha frente e diz.
Elijah- obrigada por estar me ajudando, mesmo que eu a tenha mordido.
Eu- você é meu tio, e ela é minha melhor amiga então, se a morder novamente o matarei.
Lhe digo e ele ri me arrancando gargalhadas.
Elijah- e Nik? ja falou com ele?
Eu- meu ultimo encontro com ele, não foi dos melhores.
Elijah- sinto muito sobrinha.
Eu- não tem culpa de seu irmão ser assim.
Elijah- posso te abraçar?
Concordo de leve com a cabeça e ele me abraça, um tio que eu nunca tive, agora esta ao meu lado.