Vejam o vestido no link externo ou comentários
A campainha tocou, a Eleanor mandou o Thomas ir abrir a porta e eu suspirei. A El estava a acabar de me maquilhar e a minha paciência parecia estar prestes a acabar. Sou sempre paciente e calma mas quando tenho de estar quieta parece que todo o meu corpo tem energia e precisa de se mexer. Hoje a Eleanor ajudou-me em tudo, desde o vestido ao batom. Tem mais jeito do que eu e mesmo assim demorou imenso tempo.
Ouvi a voz do Jack mal este entrou na casa, depois ouvi-a ficar cada vez mais próxima.
- El...-sussurrei
Colocou o batom e sorriu a olhar para mim.
- Estás perfeita! –falou entusiasmada
- Amor, o Jack pode entrar?
A Eleanor olhou para mim e eu confirmei que podia. Levantei-me e fui para a frente do roupeiro. Não me lembro da última vez que me vesti assim ou me preparei tanto para algo. Sem dúvida que isto era especial. Além disso, ia com o Jack, teria de estar à altura dele. Olhei-me ao espelho e vi-me de vários ângulos. Tudo impecável! O treino, a ajuda da El, o meu bom gosto e claro, os meus genes constituíam uma Jennifer bonita, ao nível do Jack.
Os dois rapazes entraram no quarto a conversar sobre as mulheres demorarem muito. A Eleanor respondeu-lhes muito revoltada e eu olhei Jack. Sorri-lhe e peguei na clucth que ia levar.
- As mulheres demoram sempre mais que os homens –Thomas respondeu calmamente
- Nem sempre –respondi
- Demores o tempo que demorares vais ficar sempre feia. Por isso nem tentas...–esticou-me a mão –acho que vais precisar de ajuda
- Passe o tempo que passar vais negar que me desejas –dou-lhe a mão –desejem-me sorte!
- Boa sorte e juízo! –El disse-me dando-me um beijo
- Aproveita Jenny –Thomas falou e deu-me também um beijo
- Eu tomo conta dela –Jack cumprimentou-os –divirtam-se!
- Thomas, dá-lhe prazer! Eleanor, fá-lo gemer! –gritei já a ir para a porta
O casal protestou.
- Eu sei que sonhas muito mas daí a pensares que te desejo ainda vai muito...-Jack falou com um sorriso malicioso
- E daqui até sonhares que tomas conta de mim vai muito mais! –olhei-o sem expressão
- Ainda se elege o rei e a rainha do baile? Ou a miss ou lá o que é? –olhou-me nos olhos –é que vamos ganhar de certeza!
Sorri ao ouvi-lo e consecutivamente também me sorriu. Depositou um beijo na minha bochecha e saímos. Fomos no carro do Jack.
(...)
Fotos, conversações, risos, elogios. Algumas das coisas que aconteceram até agora. Jantamos numa mesa com algum pessoal do meu curso, como combinado, e como seria de prever é um jantar divertido. A turma sempre foi das mais criativas e animadas e, consequentemente ou não, unida. Partilhamos os nossos sonhos, o que vamos fazer e o que fazemos. Sou das únicas que já tenho trabalho garantido e a única rapariga que já está no curso de tiro, sinto-me lisonjeada por tal facto.
- Vamos dar uma volta? –questionei perto do ouvido do Jack. Teríamos agora tempo para ver o espaço, conviver e divertir-nos.
Levantou-se e eu repeti o seu gesto.
- Vamos à beira dos meus amigos e depois vamos? –deu-me a mão e caminhamos
- Sim! Quero ver se há mais arquitectos jeitosos –trinquei o lábio a olhar para ele
- Nem penses nisso! –olhou para mim -vieste comigo, vais comigo!
Ri-me.
O Jack veste um fato preto e simples. As calças assentam-lhe bem e realçam-lhe o rabo jeitoso. A camisa branca tem pequenos botões pretos e está no ponto, acentuando-lhe o seu físico. Se há coisa que eu gosto de ver é um homem bem vestido. Despido também. Porém, falemos apenas de cenários que envolvem roupa. Um bom corpo, uma cara bonita, bom gosto e bons genes. Perfeito. Ele está perfeito e não o trocava por ninguém! Contudo, é sempre giro tentar pica-lo.
*Jack a narrar*
Dirigi-mo-nos à mesa onde estavam os meus amigos. Felizmente, alguns tinham ido fora do salão e assim ficamos com cadeiras para nos sentarmos.
- Boa noite pessoal –cumprimentei-os
- Não sabia que já namoravas mas isso explica muita coisa –falou o sempre intrometido Charles
- Boa noite!–Jennifer cumprimentou-os –sou a Jennifer e gostaria de saber quem é a namorada dele –sorriu para Charles
Charles apontou para as nossas mãos e ela riu-se.
- Sempre me ensinaram que devemos dar as mãos às crianças –Jen contrapôs
O Charles ficou impressionado, calou-se e limitou-se a olhar. Ninguém espera o que a Jennifer diz, nunca, e alguns não sabem o que responder. Ela acha imensa piada a isto.
Todos se apresentaram e sentamo-nos. Começamos por conversar sobre os últimos e os próximos tempos, porém, pouco depois as atenções viraram-se novamente para Jen. A minha tão bonita amiga não ficava indiferente, principalmente quando estudou ciências forenses e usa um vestido transparente.
- Também nunca vos vi na universidade, o que é uma pena –olhou para mim e sorriu
- Concordo plenamente –o meu melhor amigo William concordou
A conversa prosseguiu e ela não deixou de lado o facto de me querer picar.
- Eles até são interessantes –Jennifer sussurrou-me ao ouvido
- Não tanto quanto eu -sussurrei-lhe ao ouvido e ela riu-se
Continuamos a conversar juntamente com os meus amigos, acompanhando com um copo de vinho. Reparei que vários foram os que não tiravam os olhos de Jennifer, comentavam e tentavam a toda a força falar de assuntos fatelas com ela. No entanto, ela mostrou-se indiferente e sempre animada.
(...)
Íamos para fora, apanhar um pouco de ar, e estar sozinhos.
- Ficas bem de fato –comentou enquanto caminhava a minha frente–e eu sei que estás a olhar para o meu rabo. Podes parar?
Parei e continuei a olhar para ela. O vestido fica-lhe bem, salienta o bonito corpo moreno. As costas sem imperfeições, morenas e sensuais.
- Parar de olhar não é parar de andar –virou-se para mim
- Não podemos ficar aqui? –fui até perto dela
Estávamos no meio do jardim, onde tinha uns sofás escuros com almofadas claras, uma mesa com uma jarra e flores brancas, copos vazios pousados, pequenas luzes em pontos estratégicos espalhados pelo jardim. Mal se ouvia a música e estávamos sozinhos. Encolheu os ombros e ajeitou o cabelo preso. Cantei estupidamente a música e ela riu-se.
Na queima estivemos mais juntos do que nunca. Não falamos sobre isso ainda. Agora estamos sozinhos e meio envergonhados. Cocei o pescoço e sorri ao vê-la.
- Não admira que não tirem os olhos de ti –encostei-me à mesa
- Não sejas parvo –falou e virou-se para mim ficando ainda distante
- As tuas mamas são demasiado boas –disse maliciosamente –tu é que pediste ahah
Cruzou os braços tapando as mamas, fez uma cara de amuada e protestou.
- Pensei que ias ser querido!
Jennifer, estás bem??
- És uma mulher de sonho, não admira que te queiram comer está bem? Mas és demasiado para eles! –estiquei-lhe a mão e fiz beicinho - além de linda e jeitosa tens grande personalidade
Corou e sorriu para o chão. Deu-me a mão e olhou para elas.
- Tens as mãos bonitas –falou e passou um dedo pela minha mão. Abanou a cabeça e falou para si num sussurro –deixa essa tua panca por mãos!
Sorri ao ouvi-la e aproximei-a de mim. As minhas mãos percorreram as suas costas e acabaram na sua cintura. Os braços da Jennifer envolveram o meu pescoço e demos um abraço.
Tenho que admitir que tive uma óptima visão quando a abracei e trinquei o lábio de forma a controlar-me. As minhas mãos queriam acariciar e explorar aquele volume formado debaixo do tecido branco. Retomamos a posição, ambos sorriamos.
Novamente aqueles lábios vermelhos. Hoje mais escuros, devido a um batom qualquer que os tornavam mais apetecíveis.
- Fazes-me tão bem –Jen falou baixo e deu-me um beijo, mexeu nas golas acetinadas do casaco
- Fazes-me mal –respondi-lhe e beijei-lhe o pescoço. De cabelo preso, o seu pescoço parecia ainda mais elegante e bonito.
Sorriu. Passei o nariz pelo pescoço até à sua bochecha e depositei outro beijo.
- Sou o teu vício? –acariciou a minha nuca e mexeu no meu cabelo
- Humhum...-a minha boca prosseguiu caminho para o seu peito. Tive total visão sobre as suas mamas. O perfeito volume, redondo, de tamanho ideal e igualmente morenas. O pano transparente dava uma excelente visão, porém todos os pormenores dourados escondiam os mamilos e parte da barriga –quer dizer, não sejas convencida –olhei-a nos olhos –fazes-me mal porque és louca
- Também tens esse efeito em mim –riu-se e brincou com a minha barba
- Que efeito? –encostei-a a mim. Senti-a encostada a minha intimidade, apenas separados por tecidos.
Hoje não tens muito álcool, controla-te Jack.
- Não sei –retorquiu e olhamo-nos nos olhos. Azul com azul. Mistério com curiosidade.
Falaram ao microfone, chamando todos para o salão, algo ia acontecer.
- Temos de ir –Jennifer afastou-se e ajeitou-me o laço –vamos lá garanhão!
Porque é que nos interromperam? Logo agora!
Sorri com o seu comentário e segui atrás dela.
- Fica a saber que também te comia –falei a brincar
- De quatro –respondeu a rir-se
*Jennifer a narrar*
Dançamos juntos e depois com outros pares. Acabamos a dançar em grupo e eu descalça. Fomos chamados a um pequeno palco por cursos e recebemos umas lembranças. Homenageamos os directores de curso e houve quem quisesse ir discursar. Houve karaoke e muita diversão.
Foi uma boa e longa noite. Adorei e sem dúvida a companhia do Jack ajudou a isso. Por falar em Jack...ele hoje está tão goals...estamos tão goals...e eu estou a gostar demasiado dele.
Vamos no carro dele, com música baixa, e eu com o casaco dele vestido. O sol começa a nascer e está frio.
-Obrigada Jack –dispo o casaco enquanto ele pára em frente a minha casa –depois digo-te alguma coisa!
- Obrigado eu –ele olhou para mim
- Vai descansar que precisas –disse quando lhe entreguei o casaco
- Também devias descansar Jen –deu-me um beijo e sorriu
- Sonha comigo! –dei-lhe um beijo e sorri
Sai do carro e entrei em casa. Descalcei-me e segui caminho para o quarto. Em breve teria de estar pronta para mais um dia. Um banho era a solução.
***
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